Club Med apresenta lucro operacional de 98 milhões de euros em 2022

Por a 26 de Abril de 2023 as 17:03

O Club Med registou um lucro operacional de 98 milhões de euros, regressando aos níveis registados no ano pré-pandémico. O valor é justificado pelo grupo hoteleiro em comunicado com os “fortes resultados” obtidos na Europa e na América, “apesar do impacto das restrições de mobilidade na Ásia e da Covid-19 na China”.

O volume de negócios do grupo em 2022 situou-se nos 1.699 milhões de euros, um aumento “de mais de 100% face a 2021”, o que permitiu recuperar para 99% o volume de negócios no mesmo período de 2019.

Também o EBITDA ajustado – ou seja, os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, com o ajuste para eliminar o efeito de determinados itens que não são em dinheiro e eventos únicos – registou melhorias. Se em 2021 o EBITDA ajustado foi de 13 milhões de euros, em 2022 este chegou aos 309 milhões de euros, recuperando para 96% de 2019.

Já a taxa média diária (ADR) alcançou os 208 euros, um aumento de 15% em relação a 2021 e de 20% face a 2019. Em comunicado, o grupo hoteleiro indica que “este aumento deve-se principalmente à implementação do segmento de luxo e aos investimentos significativos dos últimos anos, que permitiram melhorar o portefólio do Club Med Resorts, agora com 95% da capacidade – mais 10% que em 2019 – nas categorias de luxo (Premium) e luxo de topo (Exclusive Collection)”.

A taxa de ocupação média global dos quartos atingiu os 67%, aumentando 5% face a 2021, sendo que em 2019 este campo encontrava-se nos 71%.

Por outro lado, o número de clientes recuperou para 88% do valor de 2019, o que se traduziu em mais de 1,3 milhões de clientes – um aumento de 64% em relação a 2021.

“O nosso lucro operacional está acima de 2019, obtivemos um resultado líquido positivo e conseguimos reduzir o nível da dívida financeira, beneficiando da profunda transformação do nosso modelo de negócios. O Club Med nunca teve, desde a sua criação em 1950, um portefólio de resorts tão excecional. A quota premium da capacidade total continuou a aumentar, atingiu 95%, e conseguimos abrir sete resorts fantásticos”, refere Henri Giscard d’Estaing, presidente do Club Med, apontando para a abertura do Changbaishan (China), Magna Marbella (Espanha), Lago das Mil Ilhas (China), Yanqing Lijing (Pequim, China), Tignes (Alpes Franceses), Val d’Isère (França) e Kiroro Peak (Hokkaido, Japão).

Entre 2023 e 2025, o Club Med prevê a abertura de 17 novos resorts, além de planear a ampliação e renovação de outras dez unidades, “enquanto estuda outras oportunidades de abertura”, como referido em nota de imprensa.

Negócio do grupo na Europa regressa aos valores de 2019

Na Europa, em 2022, o negócio do Club Med aumentou 116% em relação ao ano anterior e regressou ao nível de 2019 (+4%), “apesar das preocupações decorrentes do contexto geopolítico e de inflação”, como o grupo aponta em comunicado. A capacidade dos resorts na Europa, Médio Oriente e Ásia (EMEA) subiu para 97% face a 2021 e recuperou para 86% comparando com os níveis de 2019. O Club Med Resorts recebeu cerca de 600.000 clientes da Europa, mais 98% do que em 2021.

A taxa média diária na Europa foi de 222 euros, o que representou um aumento de 12% em relação a 2021 e 22% em relação a 2019, algo que o grupo atribui “à evolução da capacidade dos resorts Premium na Europa e África”, bem como à “recuperação da procura no mercado” e aos “resorts que abriram recentemente na Europa, [que] também contribuíram com a sua capacidade de luxo para o crescimento da atividade europeia”.

Já no continente americano, tanto a Norte como a Sul, o volume de negócios aumentou 89% em comparação com 2021, e 33% em relação a 2019. Durante 2022, o Brasil tornou-se no quinto mercado de vendas em termos de volume de negócio.

Por outro lado, na Ásia, “o agravamento da pandemia de COVID-19 e consequentes restrições ainda afetaram muito a atividade do Club Med ao longo de 2022”, sendo que o grupo não avançou quaisquer valores relativamente a esta área geográfica.

Resort do Club Med em Albufeira foi o favorito dos portugueses

O resort mais visitado pelos portugueses em 2022 foi o Da Balaia, em Albufeira, no Algarve, que representa cerca de 20% do negócio neste mercado. Já nas viagens de longo curso, houve um aumento na procura de 86% face a 2021 e os três resorts mais escolhidos foram o Kani (Maldivas), o Seychelles Exclusive Collection Resort e o Punta Cana Dominican Republic.

Durante o verão, os principais clientes foram as famílias, no entanto, “apesar do verão ser a estação mais forte, as férias da neve também foram uma opção e a procura aumentou 1004% comparando com 2021”, com os resorts Les Arcs Panorama, Val Thorens e Grand Massif a marcarem as principais escolhas dos portugueses nesta categoria.

Primeiros meses de 2023 registaram uma taxa de ocupação de 77%

Entre janeiro e fevereiro de 2023, o volume de negócio atingiu o maior nível mensal dos últimos anos, com uma taxa de ocupação de 77%.

As reservas para partidas no primeiro trimestre de 2023, até 11 de março de 2023, aumentaram 36% em comparação com o primeiro semestre de 2022, evoluindo de forma distinta em várias áreas geográficas, nomeadamente +19% na Europa, +39% na América e +232% na Ásia.

O número de clientes neste primeiro trimestre de 2023 aumentou 29% em comparação com o mesmo período do ano passado, e as reservas para partidas no segundo semestre de 2023 (a 11 de março de 2023) também registaram um aumento de 23% em relação ao segundo semestre de 2022.

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