Dificuldade no recrutamento para a hotelaria e turismo acentuou-se em 2022 apesar do aumento de salários
A hotelaria e turismo viram a dificuldade no recrutamento de colaboradores acentuar-se em 2022, apesar de se ter registado um “ligeiro aumento salarial” neste setor, segundo o mais recente estudo anual sobre as principais tendências do mercado de trabalho para o próximo ano da Michael Page.
O estudo, cujas conclusões foram divulgada esta segunda-feira, 28 de novembro, abordou diversos setores, incluindo o setor da hotelaria e turismo, que registou um um “crescimento gradual ao longo do ano e recordes de faturação em alguns momentos face a 2019”.
A retoma na área da hotelaria e turismo levou também ao retomar dos projetos de investimento, o que provocou um “aumento do investimento internacional em Portugal, sobretudo na área de hotelaria e alojamento local, com destaque para os investimentos particulares e cadeias mais pequenas que viram um enorme potencial para o desenvolvimento dos seus negócios”.
De acordo com o estudo da Michael Page, com a retoma registada, os “salários tornaram-se mais competitivos” e passou a existir “uma maior capacidade para a captação de candidatos, num mercado onde a oferta é consideravelmente maior que os profissionais disponíveis”.
Por isso, acrescenta a empresa de recrutamento, a “dificuldade no recrutamento de perfis para o setor da hotelaria e turismo acentuou-se ainda mais em 2022”, o que levou a “um ligeiro aumento salarial neste setor” e à “implementação de outras medidas com benefícios para os colaboradores”, como folgas fixas ou juntas, fins-de-semana livres por mês, seguro de saúde ou subsídio de alimentação.
“Como referência salarial, um Diretor Geral de Operações pode auferir até 110 mil euros e um Diretor de Hotel até 90 mil euros, ambos na zona de Lisboa”, estima a empresa, que diz ainda que, na hotelaria e turismo, os salários em funções mais operacionais aumentaram entre 5% e 10%.