Vila Galé inicia construção de mais quatro hotéis num investimento de 35 milhões de euros

Por a 23 de Fevereiro de 2022 as 18:00

O grupo Vila Galé vai iniciar a construção de mais quatro hotéis nos próximos meses, num investimento superior a 35 milhões de euros, garantiram esta quarta-feira, 23 de fevereiro, Jorge e Gonçalo Rebelo de Almeida, presidente e administrador do grupo português, respetivamente.

Em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, o grupo vai investir cerca de 12 milhões de euros no Vila Galé Collection São Miguel para renovar parte do antigo Convento e Hospital de São Francisco, reconvertendo-o num hotel de charme, com 93 quartos, em parceria com a Santa Casa da Misericórdia.

Já no Continente, no centro da cidade de Tomar, nascerá o Vila Galé Collection Tomar, fruto da recuperação e reabilitação de várias áreas do antigo Convento de Santa Iria e do Colégio Feminino, transformando-as numa unidade de 4 estrelas, com cerca de 100 quartos, restaurante, bar, Satsanga Spa & Wellness, piscina exterior e um salão de convenções para mais de 200 pessoas.

Com um investimento a rondar os dez milhões de euros, esta unidade terá como tema a Ordem dos Templários.

Mais a Sul nascerá o primeiro hotel totalmente concebido para os mais pequenos, num conceito inédito no setor da hotelaria nacional. O Vila Galé Nep Kids, num investimento que rondará os dez milhões de euros, surgirá próximo do Vila Galé Clube de Campo, em Beja, e contará com cerca de 80 quartos e várias atrações projetadas para os mais pequenos como parque aquático com várias piscinas exteriores e escorregas, carrosséis, trampolins, insufláveis, Clube Nep com brinquedoteca, spa infantil, decoração 3D, parede de pintura e de escalada, piscina de bolas, slide e programação adequada aos mais novos.

O quarto projeto ficará localizado na mesma herdade, onde já existe o hotel Vila Galé Clube de Campo. Aqui, o Vila Galé Monte da Faleira será alvo de um investimento de cerca de três milhões de euros com foco no agroturismo, vocacionado para casais, aproveitando as mais-valias da produção já existente de vinhos e azeites Santa Vitória. Esta unidade terá quartos temáticos, piscina exterior, dois salões de eventos e duas salas de reuniões.

Na conferência de imprensa que marcou a apresentação destes novos investimentos, Jorge Rebelo de Almeida avançou ainda com um investimento futuro em Ponto de Lima, numa unidade que terá o enoturismo como foco, especialmente, no Vinho Verde, muito semelhante ao que já existe no Douro.

Ao longo de 2022 grupo tem vindo também a investir num programa de renovações que inclui uma nova piscina exterior no Vila Galé Évora, a continuação da remodelação dos quartos no Vila Galé Marina (Vilamoura) ou a substituição dos pavimentos dos parques infantis no Vila Galé Lagos, Atlântico (Praia da Galé) e Albacora (Tavira).

Já o conceito das pizzas do Massa Fina chegará ao Norte do país, com a abertura de uma pizzaria no Vila Galé Porto, constituindo este o sexto espaço da marca em Portugal, que já está no Estoril, Lagos, Praia da Galé, Vilamoura e Armação de Pera.

Já fora de Portugal, o ano de 2022 marcará a inauguração, em julho, do Vila Galé Alagoas, no Brasil. Trata-se de uma unidade com ‘tudo incluído’, composta por 513 quartos, seis restaurantes, Satsanga Spa & Wellness, oito salas de reuniões e salão para 1.000 pessoas, parque aquático infantil e outras infraestruturas desportivas e de lazer. Representando um investimento de 150 milhões de reais, vem reforçar a posição da Vila Galé como maior rede de resorts naquele país.

Reposicionamento no Estoril
O Vila Galé Estoril, no Estoril, foi, entretanto, transformado num hotel recomendado para adultos e onde, de abril a setembro, passará a estar disponível o regime de ‘tudo incluído’, além dos restantes regimes – alojamento com pequeno-almoço ou meia-pensão.

Além disso, o Vila Galé Estoril tornou-se num hotel temático, com nova decoração e sinalética dedicada aos ‘Sixties’. Cada quarto terá uma homenagem a um cantor dos anos 1960 e o acesso a um QR Code proporcionará o acesso à letra e música.

Na lógica da renovação, surge nesta unidade mais um restaurante, o Inevitável, com aproximadamente 30 lugares, aumentando as opções gastronómicas nesta unidade, onde já funcionava uma pizzaria Massa Fina e um restaurante com buffet.

Haverá também nova oferta de animação como aulas de ginástica e outras atividades desportivas, workshops ou música ao vivo, entre outras propostas culturais.

Segundo sublinhou o presidente do grupo Vila Galé, “apesar das dificuldades que a pandemia provocou nos últimos dois anos, mantivemo-nos ativos e dinâmicos e a trabalhar em novos investimentos”.

Jorge Rebelo de Almeida avançou ainda que o grupo tem estado empenhado em “reforçar a formação das nossas equipas, em assegurar a qualidade dos ativos e dos serviços e a desenvolver novos hotéis, para abrir em 2023”, concluindo que “2022 será o ano do início da retoma de uma forma mais consistente”.

Fluxo de reservas aumentam semanalmente
Apesar de ter sido um ano melhor do que 2020, em 2021, as receitas hoteleiras do grupo Vila Galé em Portugal ficaram ainda cerca de 50% abaixo das registadas em 2019, totalizando 59 milhões de euros. Já no Brasil, ascenderam a 325 milhões de reais, menos cerca de 15% do que em 2019.

Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador do grupo Vila Galé, frisou que 2021 foi um “ano bastante difícil, melhor que 2020, mas aquém de 2018 e 2017, para não falar de 2019”, frisando que, “se em 2021 ficámos 50% abaixo do ano pré-pandemia, não nos podemos esquecer que, em 2020, ficámos a 70%de 2019”.

Admitindo que, em 2020, o mercado sobreviveu alavancado nos turistas nacionais, o administrador do grupo Vila Galé revelou que “2021 já houve mais turistas estrangeiros, embora, na sua maioria, europeus”, salientando que, praticamente, não houve fluxo de mercados como o norte-americano, brasileiro ou asiático.

“Se antes da pandemia, a balança pendia em 65% para o turismo internacional e 35% para o nacional, com a pandemia a situação inverteu-se”, estimando Gonçalo Rebelo de Almeida que, em 2022, a balança volte a ficar “um pouco mais equilibrada”, avançando com uns “55 ou 60% para o mercado nacional e uns 40 a 45% para o estrangeiro”.

Certo é que, segundo o mesmo, “a partir de abril deste ano, contamos já com taxas de ocupação a rondar os 60%, sendo que março vai ser melhor que fevereiro e abril melhor que março e por aí adiante”.

“O fluxo de reservas tem estado a aumentar todas as semanas em 2022” admitindo Gonçalo Rebelo de Almeida que “o mercado britânico é sempre o primeiro a reagir”, seguido de Países Baixos, Escandinávia. Já fora da Europa, a retoma “vai levar mais tempo. O que constatamos é que a pandemia não ‘matou’ a vontade de viajar. O mais prejudicial foram as constantes mudanças nas regras”.

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