Costa anuncia pacote específico para apoiar empresas de restauração

O governo vai compensar os restaurantes pelas perdas de receita provocadas devido às restrições impostas nos próximos dois fins-de-semana, com um novo pacote de apoio específico para este setor.

A garantia foi dada na noite desta segunda-feira, 9, pelo primeiro-ministro em entrevista ao ‘Jornal das 8’, da TVI.

“A restauração tem sido muito atingida e para além das medidas que foram anunciadas a semana passada de 1550 milhões de euros – grande parte a fundo perdido – que se destina a micro e pequenas empresas, muitas delas de restauração, vamos anunciar esta semana um pacote específico para apoiar as empresas de restauração relativamente ao que vão sofrer de receita nos próximos dois fins-de-semana”, anunciou António Costa que admitiu que “a perda da restauração é uma perda absoluta e é distinta do conjunto dos outros setores”.

Sem adiantar o montante deste novo pacote, que deverá ser anunciado esta semana depois de Costa reunir com as associações do setor, o primeiro-ministro revelou que será calculado, individualmente para cada restaurante, o valor das quebras de faturação relativas aos próximos dois fins-de-semana. As contas serão feitas através do e-fatura que ajudará a calcular a média de faturação de cada restaurante durante o período de semana e de fim-de-semana de forma a concluir o montante aproximado de valor não faturado. Costa não revelou também qual a percentagem total que o governo irá cobrir.

O Estado de Emergência entrou em vigor às 00:00 desta segunda-feira, 9, e prolongar-se-á até ao próximo dia 23.  A circulação estará limitada durante a semana entre as 23h00 e as 05h00 nos 121 municípios mais afetados pela pandemia e, durante os fins-de-semana, esta restrição é aplicada entre as 13h00 e as 05h00.

Várias associações do setor já demonstraram o seu desagrado com estas restrições e, esta segunda-feira, dezenas de empresários do setor manifestaram-se no Porto.  Há já novos protestos agendados para esta quarta-feira em Aveiro e sexta-feira em Lisboa.

As principais críticas recaem sobre o facto de, com o encerramento dos espaços às 13h00, não ser possível faturar os almoços afetando, também, o delivery e take-away que têm sido uma bóia de salvação para os restaurantes.