My Story Hotels. “Preferimos ter os melhores 3 estrelas do que ser mais um 4 estrelas”

Por a 18 de Abril de 2019 as 11:00

Foi em 2014 que Acácio Teixeira, proprietário das lojas de calçado Seaside, meteu o pé no negócio da hotelaria. O empresário, detentor de alguns prédios, converteu um dos empreendimentos na primeira unidade do My Story Hotels. Na rua do Ouro, em Lisboa, nasceu o três estrelas My Story Hotel Ouro. Foi a poucos metros que, em 2015, a segunda unidade a envergar a marca do grupo viu a luz do dia no Rossio. No ano passado, o portefólio do grupo hoteleiro ficou mais musculado com a entrada no Porto através da inauguração do My Story Apartments Santa Catarina e com o salto para os Açores, onde adquiriu o Vila Nova Hotel, em Ponta Delgada, que será remodelado este ano. 2018 encerrou com a abertura do My Story Charming Augusta e, para 2019, há mais três novos hotéis projetados: o primeiro quatro estrelas do grupo, o My Story Hotel Figueira, em Lisboa, uma unidade junto ao aeroporto, com 126 quartos e mais um hotel na Rua do Ouro. Para o Porto, há um projeto de 100 quartos e que ainda não tem data prevista para arrancar.

“Não temos aqui um grande plano de expansão. As coisas têm surgido devagar e se aparecer um bom negócio que seja fora de Lisboa ou do Porto, com certeza. Não temos um objetivo definido até porque o nosso dinheiro vem da nossa atividade”, refere o diretor de operações, Alfredo Tavares. O responsável admite que há outros destinos como o Algarve e a Madeira que seduzem o grupo mas revela que os investimentos são sempre feitos com os pés na terra. “Não entramos em loucuras. Se surgir uma oportunidade de negócio aproveitamos”, explica. O serviço é apontado como uma das principais preocupações nos hotéis da marca. “As pessoas hoje não querem grandes complicações. Querem ser bem servidas, um serviço de internet de excelência e um bom pequeno-almoço”, enumera. O rápido crescimento da oferta hoteleira que tem pautado o panorama nacional e a expressiva concorrência são, na opinião do responsável, um aspeto positivo e uma oportunidade de aprender. “Se tivermos um hotel bom à volta de cem maus, não vamos beneficiar com isso. Temos de ser humildes para aprender com quem sabe e olhar para quem está ca há muitos anos. O Lisbon Heritage Hotels  tem cinco hotéis, todos eles fantásticos. E porque é que nos não podemos ter também cinco hotéis fantásticos? É tudo uma questão de trabalho, de ver o que eles fazem bem, sermos humildes e aprender”, refere.

Sem querer adiantar pormenores sobre números da operação, Alfredo Tavares conta que a taxa de ocupação nas unidades no grupo no ano passado foi de 90%. Elogiados pela elevada qualidade dos hotéis, até agora todos de três estrelas, o responsável explica que a classificação não é superior devido a alguns requisitos específicos que não cumprem, como o tamanho dos quartos. “Preferimos ter os melhores três estrelas do que ser mais um quatro estrelas. Por vezes vendemos acima dos quatro estrelas e isso é um motivo de satisfação”, conclui.

*Artigo publicado na edição de março da revista Publituris Hotelaria

 

 

 

Um comentário

  1. Paula Coelho

    18 de Abril de 2019 at 11:11

    Muitos parabéns Alfredo pelo excelente trabalho que tens feito com as tuas equipas. Sem boas equipas nada se faz mas sem dúvida que uma boa liderança também é fundamental.
    Continuação de muitos sucessos.

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