Carvi Beach Hotel Algarve conclui renovação e quer ser 4 estrelas

Por a 1 de Abril de 2019 as 11:52

O atualmente três estrelas Carvi Beach Hotel Algarve, situado em Lagos, concluiu a intervenção iniciada no ano passado, orçada em 600 mil euros. Todas as áreas do hotel de 102 quartos foram intervencionadas com o objetivo de modernizar a unidade. “Comprei o hotel há 12 anos, e, inicialmente, era  uma pensão extremamente degradada. Para eu poder rentabilizar o espaço tem de haver um investimento de qualidade, E só havendo qualidade é que podemos avançar para outros mercados. Com estas obras fui à procura de clientes que não tinha”, justificou à Publituris Hotelaria Alfredo Pedro, proprietário do Grupo Carvi Hotels.

O empresário adianta ainda que outro dos motivos que esteve na base desta remodelação foi a reconversão do hotel num quatro estrelas. “Atualmente somos um três estrelas do melhor que há em Portugal. Iremos ser o número dois em Lagos, a seguir ao Hotel Vila Galé Lagos”, atesta.

As obras de atualização do Carvi Beach Hotel Algarve terminaram no final do mês de março. Na primeira fase de remodelação da unidade hoteleira de três estrelas foram intervencionados os  quartos com o intuito de apresentarem uma  imagem mais atual.  No que respeita aos espaços públicos, também a entrada da unidade foi renovada e o lobby ampliado, de forma a “providenciar um maior conforto aos clientes”.

As obras contemplaram ,ainda, o piso inferior do hotel. Esta zona integra o espaço de wellness, com um ginásio totalmente equipado e sala de massagens; sala de jogos e televisão, um bar e um jardim.

Baixar preços para enfrentar a quebra do mercado britânico “está fora de questão”

A quebra do mercado britânico que afeta principalmente a região do Algarve não é uma dor de cabeça para Alfredo Pedro. “Apercebi-me rapidamente do que ia acontecer quando começou a questão do ‘Brexit’ e apostamos mais no  mercado alemão, que é o nosso número um. Os nossos clientes, para além dos alemães, são essencialmente ingleses, irlandeses, franceses e italianos”, explica o responsável.

Sobre a possibilidade de baixar tarifas para atrair os turistas do Reino Unido o proprietário garante que este não um dos caminhos a seguir. “Em Albufeira, por exemplo,  os hotéis entram  numa espécie de “prostituição muito barata”. Quando estão em crise e começam logo a baixar preços. Eu não baixo preços, não entro em saldos, pelo contrário, consegui aumentar os preços este ano, cerca de 10% face a período homólogo”, refere.

Balanço e perspetivas futuras

2018 foi “bastante positivo” para o grupo hoteleiro, proprietário de mais uma unidade em Nova Iorque, e, para este ano, as perspetivas são otimistas. “Em 2018 tivemos seis meses com uma taxa média de ocupação de 93% e o preço médio foi de 69 euros. Este ano estamos a crescer ainda mais”, analisa o empresário.

Sobre os principais constrangimentos enfrentados  pelo grupo o proprietário refere que, como no setor em geral, os recursos humanos são a principal preocupação. “O nosso principal problema é a falta de pessoal e a qualidade dos colaboradores. Somos obrigados a receber tudo porque não há pessoas para preencher as vagas. Por exemplo,o preciso de uma pessoa para a copa e não consigo encontrar”, lamenta.No que diz respeito à operação no Carvi Hotel New York Alfredo Pedro refere-a com  “positiva”. “Em Nova Iorque tudo é mais simples, não há burocracias. Não há uma entidade como Turismo  de Portugal a impor limitações e burocracias”, crítica. O empresário vai mais longe nas críticas à entidade pública portuguesa. ” O problema é que quem gere o Turismo de Portugal não são hoteleiros, não sei se eles entendem alguma coisa de Turismo.  Muitos deles nunca tiveram de pagar um ordenado na vida. O Turismo de Portugal precisa de hoteleiros, não de amadores”, aponta.

Para os próximos tempos o grupo hoteleiro não tem perspetivas de crescimento nem de continuar a expansão internacional.

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