Ocupação continuou em queda em Setembro mas preços subiram
À semelhança dos últimos meses de Verão, a hotelaria nacional continua a ver a taxa de ocupação a descer mas, ao mesmo tempo, os preços continuam a subir.
No passado mês de Setembro, a taxa de ocupação quarto caiu 2,2 p.p., fixando-se nos 86%, de acordo com os dados
do AHP Tourism Monitors, ferramenta exclusiva de recolha de dados da Hotelaria nacional trabalhados mensalmente pela AHP – Associação da Hotelaria de Portugal.
No mês em análise, foi registada uma variação negativa em todas as categorias, com destaque para a quebra de 4 p.p. nas três estrelas. Lisboa e Grande Porto foram os destinos turísticos com a taxa de ocupação mais elevada (92%) a par com a Madeira (90%).
O preço médio por quarto ocupado (AAR) subiu 4%, fixando-se em 106 euros. De realçar, neste indicador, o aumento em todas as categorias, à excepção das 5 estrelas onde a variação foi de menos 2%. Já o preço médio por quarto disponível (RevPar) fixou-se nos 91 euros, mais 2% face ao período homólogo. Os destinos turísticos com o RevPar mais elevado foram Lisboa (124 euros), Algarve (103 euros) e Estoril/Sintra (92 euros).
AHP: O melhor verão desde 2004
O ARR, a nível nacional fixou-se nos 115 euros, mais 7% do que em igual período do ano anterior, enquanto o RevPAR cresceu 4%, fixando-se nos 97 euros. Comparando com 2017, todas as categorias registaram uma melhor performance nestes indicadores, com os destinos Lisboa, Algarve, Madeira, Açores, Alentejo e Beiras a reflectirem um crescimento relativamente ao ano anterior.
Excepção para o Grande Porto que teve um melhor verão de 2018 no ARR, mas decresceu no RevPar, face ao período homólogo anterior.
“Os resultados acumulados do verão confirmam o que os indicadores de cada mês pré-anunciavam: um verão melhor para a Hotelaria nacional em ARR e RevPar e quebra na TO, em linha com o indicado pelos hoteleiros em resposta ao inquérito feito em junho “Perspetivas Verão 2018. De registar que desde a existência dos AHP Tourism Monitors, 2004, este foi o melhor verão de sempre naqueles indicadores [ARR e RevPar], demonstrando que o preço médio é o motor do crescimento dos resultados da Hotelaria, o que é inegavelmente muito positivo”, refere a presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira.
Na taxa de ocupação, o verão de 2018 foi melhor do que o de 2017 nos destinos Beiras e Alentejo. A nível nacional, a taxa de ocupação registou uma quebra de 2,2 p.p., fixando-se nos 84%. Neste indicador, destaque para a categoria 2 estrelas, a única a ultrapassar os valores do ano anterior. As 5 estrelas tiveram um melhor verão em 2016 e as 4 e 3 estrelas em 2017.
A estada média registou uma quebra face a 2017, a nível nacional, de 0,5% e fixou-se nos 2,03 dias.