Situação económica na restauração e alojamento agrava-se, diz a AHRESP

Por a 7 de Março de 2022 as 17:28

O ano 2022 “começou pior que 2021 para as empresas da restauração, similares e do alojamento turístico”, alerta a AHRESP, que refere que, em janeiro, metade das empresas da restauração registaram quebras acima dos 40% e um terço das de alojamento tiveram quebras acima dos 60%, ainda por razões associadas ao fenómeno pandémico.

Esta é uma das conclusões do mais recente Inquérito AHRESP realizado no decorrer do mês de fevereiro, e representativo dos setores da restauração, similares e do alojamento turístico, em todo o território nacional. Segundo a Associação, as quebras na faturação resultam em muito dos efeitos diretos do pico da quinta vaga da pandemia.

De acordo com o inquérito, 78% das empresas de restauração e similares e 37% das empresas de alojamento já tinham tido trabalhadores infetados. 51% e 19%, respetivamente, tiveram mesmo de encerrar por um período nunca inferior a sete dias por esse motivo.

Em consequência deste ambiente, o inquérito revelou, de novo, um aumento das intenções de insolvência, chegando mesmo a duplicar nas empresas de restauração. Hoje, 31% das empresas de restauração e similares ponderam mesmo encerrar definitivamente. A situação é menos gravosa no alojamento, com 8% das empresas a referirem esta intenção.

Uma das preocupações sentidas nos últimos tempos tem sido a notória dificuldade de contratação de profissionais para estes setores. Das empresas de restauração que tiveram necessidade em contratar novos colaboradores, 90% tiveram fortes dificuldades em consegui-lo. As funções com maior dificuldade de contratação foram 75% para profissionais de cozinha e 72% para profissionais de mesa/balcão.

Tais dificuldades também se fizeram sentir no alojamento, apresentando o inquérito que 78% das empresas sentiram dificuldades na contratação, especialmente para as funções de limpeza, cozinha e receção.

Muito relevante ainda é o facto de 52% das empresas da restauração e 28% do alojamento referirem que tiveram de adiar investimentos por terem dificuldades em contratar recursos humanos.

A Associação espera que estes dados, registados neste último inquérito, “consigam chamar a atenção e sensibilizar o Governo para as medidas que apresentou recentemente” e que “são inevitáveis para permitir às empresas acompanhar a esperada e desejada retoma da atividade económica”.

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *