Bares e discotecas reabrem a 14 de janeiro com teste negativo à porta

Por a 6 de Janeiro de 2022 as 14:18

Os bares e discotecas vão poder voltar a abrir portas no próximo dia 14 de janeiro. O acesso a estes espaços, que estavam encerrados desde o passado dia 25 de dezembro, só pode ser realizado mediante a apresentação de um teste negativo à COVID-19, anunciou esta quinta-feira, 06, o primeiro-ministro António Costa.

O primeiro-ministro considerou  que o país se encontra numa situação “tranquila” no que respeita à contenção de casos graves da COVID-19 e que há condições para avançar “com cautela” no levantamento de algumas restrições.

Do leque de medidas anunciadas esta quinta-feira por António Costa, que reuniu durante a manhã com o Conselho de Ministros, fazem parte ainda o  o teletrabalho obrigatório até 14 de janeiro. Já as escolas podem reabrir na próxima segunda-feira, 10.

Associações contra apresentação de testes
As associações  de Bares da Movida do Porto e da Zona Histórica já reagiram e disseram ser “incompreensível” a obrigatoriedade de um teste à COVID-19  negativo para o acesso aos espaços, defendendo que abrem com “fortes limitações à liberdade”.

“Convém relembrar que vamos abrir, mas com fortes limitações à liberdade. Os apoios são importantíssimos para que o setor não feche de vez”, afirmou o presidente da Associação Bares da Movida do Porto, Miguel Camões citado pela Lusa.

Em declarações à agência noticiosa, Miguel Camões salientou que em dezembro, mês em que as medidas eram similares às agora anunciadas pelo Governo, “o setor teve quebras significativas”.

“O impacto em dezembro foi terrível. Embora possamos estar de portas abertas, com a obrigatoriedade de testes vamos ter problemas graves”, referiu.

Também o presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto, António Fonseca, disse ser “incompreensível” a obrigatoriedade de teste, considerando que a medida “não faz sentido”.

“Esta exigência continua a ser a continuação de uma machadada num setor que nunca provocou nenhum surto pandémico”, acrescentou à Lusa.

António Fonseca acusou ainda o Governo de ter mostrado “desprezo” e “insensibilidade” para com o setor da diversão noturna e das famílias que dependem do mesmo, defendendo ser necessário o alargamento das moratórias por mais 18 meses e que “seja o Governo a assegurar” as moratórias vencidas.

Já a  Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) pediu, na manhã desta quinta-feira, 6, que as novas medidas anunciadas pelo Governo viessem acompanhadas de apoios.

“A AHRESP considera que quaisquer que sejam as medidas a tomar, estas devem ser acompanhadas imediatamente por medidas reparadoras dos danos causados às empresas”, disse em comunicado.

“Não se compreende, ainda, que neste momento, em plena semana de contenção as discotecas e bares, encerrados por decreto, ainda não tenham recebido quaisquer apoios”, acrescentou.

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