Dormidas do mercado externo dispararam 486% em novembro

Por a 3 de Janeiro de 2022 as 14:22

Em novembro, o setor do alojamento turístico registou 1,5 milhões de hóspedes e 3,6 milhões de dormidas, números que indicam aumentos de 265,5% e 287,7%, respetivamente, face a igual mês do ano passado, mas que continuam a traduzir quebras de 17,0% e 12,4% face aos valores pré-pandemia, de acordo com os dados divulgado esta segunda-feira, 3 de janeiro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os dados do INE mostram que, em novembro, o mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas, enquanto os mercados externos totalizaram 2,3 milhões, o que traduz subidas de 140,1% e 486,0% face a novembro de 2020, mas que, em comparação com 2019, continua a mostrar  descidas quer nas dormidas dos residentes quer dos não residentes, que chegaram aos 3,4% e 16,6%, respetivamente.

Em novembro, as dormidas na hotelaria representaram 82,0% do total e aumentaram 309,6%, ainda que, face a igual mês de 2019, se continue a encontrar uma quebra de 13,8%. Já as dormidas nos estabelecimentos de alojamento local, que representaram 14,8% do total, cresceram 215,2%, ainda assim, também com uma descida de 11,1% face a novembro de 2019, enquanto as dormidas em turismo no espaço rural e de habitação, que foram 3,2% do total, aumentaram 197,0%, sendo as únicas a apresentar uma tendência positiva face ao período pré-pandemia, com um aumento de 33,6% face a novembro de 2019.

No acumulado dos primeiros 11 meses de 2021, os estabelecimentos de alojamento turístico viram as dormidas subir 40,4% face a igual período do ano passado, num crescimento de 36,0% entre os residentes e 45,3% nos não residentes, ainda que, na comparação com período homólogo de 2019, se registe uma quebra de 47,7% nas dormidas, incluindo de 10,8% nos residentes e de 63,3% nos não residentes.

Entre janeiro e novembro de 2021, as dormidas de residentes representaram 50,7% do total, o que, segundo o INE, ficou significativamente acima da quota verificada em 2019 (29,8% do total).

Por mercados externos, o destaque vai para o mercado alemão, que representou 15,3% do total de dormidas de não residentes em novembro, seguindo-se os mercados britânico (quota de 14,1%), francês (10,2%) e espanhol (10,0%).

O INE destaca, no entanto, que “a totalidade dos dezassete principais mercados emissores
registou aumentos em novembro, tendo representado 86,0% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico neste mês”.

Já no acumulado dos primeiros onze meses de 2021, os principais crescimentos registaram-se nos mercados irlandês (+199,5%), polaco (+170,4%), norte americano (+120,8%) e suíço (+100,7%). As maiores diminuições verificaram-se nos mercados chinês (-63,1%), canadiano (-49,3%), russo (-31,4%) e brasileiro (-22,7%).

Por regiões, em novembro, “registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões”, aponta o INE, que realça, ainda assim, o facto da Área Metropolitana de Lisboa ter concentrado 31,4% das dormidas, seguindo-se o Algarve (18,5%), o Norte (17,6%) e a Região Autónoma da Madeira (14,4%).

“Nos primeiros onze meses do ano, todas as regiões apresentaram acréscimos no número de dormidas, com realce para as evoluções apresentadas pela RA Açores (+117,1%) e RA Madeira (+73,3%). Os acréscimos foram generalizados às dormidas de residentes, com destaque para a RA Madeira (+110,4%) e RA Açores (+99,3%), e também às de não residentes (com o maior aumento na RA Açores: +157,8%)”, acrescenta o INE.

Já a estada média aumentou 6,1% em novembro e 4,4% no acumulado desde o início do ano, passando para 2,45 e 2,60 noites, respetivamente, ainda que, entre os residentes (1,79 noites), este indicador tenha decrescido 2,0%, enquanto entre os não residentes (3,07 noites) houve uma diminuição de 14,1%.

Segundo o INE, em novembro, 33,8% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes, percentagem que traduz um agravamento face aos 25,3% de estabelecimentos que estiveram encerrados em outubro.

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