Número de hóspedes e dormidas acentuam queda do turismo no início de 2021

Por a 1 de Março de 2021 as 11:59

O setor do alojamento turístico acentuou a quebra, tendo registado, no primeiro mês do ano, 308,4 mil hóspedes e 709,9 mil dormidas, correspondendo descidas de 78,3% e 78,2%, respetivamente, e que comparam com quedas de 71,2% e 72,6% em dezembro, pela mesma ordem.

De acordo com a contas do Instituto Nacional de Estatística (INE), as dormidas de residentes diminuíram 60,3% (-54,2% em dezembro) e as de não residentes recuaram 87% (-83,2% no mês anterior).

A análise do INE mostra ainda que 54% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (52,3% em dezembro).

A maior quebra nas dormidas foi registada na hotelaria, que representam 71,1% do total, tendo diminuído 81,4%, com os estabelecimentos de alojamento local (com uma representatividade de 25,1% do total) a cair 63,4% e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 3,8%) a recuarem 54,2%.

No que diz respeito à origem das dormidas, o mercado interno (peso de 60,1%) contribuiu com 427 mil dormidas, representando um decréscimo de 60,3% (-54,2% em dezembro). Já as dormidas dos mercados externos diminuíram 87% (-83,2% no mês anterior) e atingiram 282,9 mil.

Quanto aos mercados externos, o INE revela ainda que a totalidade dos dezassete principais mercados emissores manteve decréscimos expressivos em janeiro, tendo representado 84,1% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico neste mês. As maiores reduções registaram-se nos mercados chinês (-98,1%), dinamarquês (-95,2%), russo (-94,8%), canadiano (-94,3%) e dos EUA (-94,2%).

Relativamente às regiões mais afetadas por este decréscimo no número de hóspedes e dormidas registadas em Portugal no primeiro mês do ano de 2021, todas as regiões registaram decréscimos superiores a 50%. A região “menos afetada” foi o Alentejo (-59,3%), seguida do Centro (-69,3%). As maiores reduções foram registadas em Lisboa (-81,9%), Madeira (-81,2%) e Algarve (-80,6%).

Lisboa concentrou 27,5% das dormidas, seguindo-se o Norte (19,4%) e o Algarve (15,3%).

Neste primeiro mês de 2021, todas as regiões apresentaram decréscimo no número de dormidas de residentes e não residente. Se no primeiro caso, as menores reduções foram registadas no Alentejo (-54,9%) e Madeira (-56,1%), nos não residentes, o destaque menos negativo vai para o Alentejo, com uma quebra de 68,9%, enquanto todas as restantes regiões apresentaram decréscimos superiores a 80%.

Por fim, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,30 noites) aumentou 0,4% (-4,9% em dezembro), em janeiro de 2021, com os residentes a registar um aumento médio de 15% e os não residentes a crescer 22,3%.

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