Luna Hotels inaugura quatro estrelas em Tábua

Abriu portas no passado mês de setembro e é a mais recente unidade a juntar-se ao portefólio do Luna Hotels & Resorts. O Luna Hotel de Tábua, localizado na vila que integra o distrito de Coimbra, é a 14ª aposta do grupo hoteleiro no país e emprega atualmente 35 colaboradores. O hotel nasce assim da recuperação do antigo Hotel Turismo de Tábua, que pertencia à Turismo Fundos e com a qual a cadeia hoteleira celebrou um contrato de arrendamento por um período de 25 anos, que deverá ser seguido pela compra do empreendimento.

As obras de requalificação foram realizadas ao longo de 36 meses e, no passado dia 15 de setembro, o novo hotel abriu portas com uma oferta de 74 quartos e suítes num investimento de 3,5 milhões de euros, financiados pelo Portugal 2020. Da lista de facilidades consta ainda um restaurante, bar, sala de reuniões e um ‘wellness center’ com piscina interior, sauna, jacuzzi e ginásio, além da piscina exterior.

“Esta unidade hoteleira está direcionada, essencialmente, para o segmento ‘corporate’, atendendo às necessidades da forte rede empresarial sediada nas áreas circundantes à vila de Tábua, disponibilizando excelentes facilidades para a realização de eventos, reuniões empresariais, workshops, incluindo a componente de restauração e ‘catering’. Adicionalmente, o Luna Hotel de Tábua também está direcionado para os segmentos de lazer e turismo de natureza, maioritariamente famílias e casais em períodos de férias e fins-de-semana, dada a proximidade à rota dos Vinhos Dão, Serra da Estrela, Aldeias de Xisto e outros atrativos históricos e culturais existentes na região”, explica à Publituris  Hotelaria o grupo hoteleiro.

Apesar da abertura recente e da ocupação ser ainda “reduzida devido aos constrangimentos provocados pela pandemia”, o grupo explica que o hotel esteve “totalmente lotado” no feriado de 5 de outubro. “Verificou-se uma procura interessante por parte do mercado interno, quer no segmento famílias, quer no segmento empresarial, o que nos permitiu dar a conhecer as facilidades da nova unidade hoteleira à região e a futuros potenciais clientes”, explica.

Os dias de incerteza que toldam a hotelaria nacional não retiraram o fôlego à abertura da nova unidade. “No entanto, as obras de remodelação do hotel estavam praticamente terminadas em julho e a unidade pronta a entrar em funcionamento seguidamente. A forte procura sentida na região foram sinais reveladores para a nossa determinação de iniciar a operação logo que todos os procedimentos legais estivessem concluídos. E foi isso que fizemos”, acrescenta o grupo que, apesar de admitir os constrangimentos atuais, acredita que a operação será positiva. “É impossível antecipar quais serão as taxas de ocupação da unidade até ao final do ano, tal como qualquer empresa no setor diria. Temos reservas “on-the-books” sustentáveis tanto no alojamento como em pequenos eventos e restauração, mas essas previsões podem alterar-se rapidamente, como todos sabemos. Estamos otimistas quanto ao sucesso do Luna Hotel de Tábua”, assegura.

Balanço da operação
Relativamente às restantes 13 unidades que integram o portefólio do grupo, distribuídas pelo Norte, Centro e Algarve, o Luna Hotel de Fátima reabriu no início de maio e os restantes hotéis a partir de junho. No Algarve mantiveram-se encerradas duas unidades pelo facto da operação contratada com os operadores turísticos ter sido cancelada na totalidade.

A operação das unidades no Algarve registou uma “quebra substancial em 2020”, na ordem dos 60% / 70% acumulados a agosto face ao período homólogo, devido à falta de procura externa, em particular do mercado do Reino Unido. “A partir de meados de setembro e até ao final do ano, antecipamos quebras acima de 80% dada a imposição de quarentena aos turistas do Reino Unido e de outros destinos europeus e à evolução da situação epidemiológica nos países emissores (Europa em geral, Canadá, Brasil e Estados Unidos)”, explica o grupo que revela que o encerramento temporário de todas as unidades no Algarve está a ser equacionado.

No Norte e Centro do país, a operação registou resultados menos negativos, registando quebras na ordem dos 40% para o período acumulado até agosto de 2020, face a 2019. “De salientar, o aumento da procura por parte do mercado interno para destinos de natureza e montanha, do qual podemos tirar partido dada a localização e facilidades das nossas unidades existentes nessas regiões. Ainda é cedo para fazer previsões de fecho para 2020, mas o balanço geral do ano é bastante negativo, como para qualquer empresa do setor”, lamenta.

Para fazer face à incerteza vivida na praça hoteleira nacional, o Luna Hotels & Resorts está a implementar um conjunto de estratégias como a otimização de custos centrais e na operação, a digitalização de processos de forma a aumentar a eficiência das equipas e permitir o teletrabalho, sempre que possível, ou o já referido encerramento temporário das unidades com taxas de ocupação previstas demasiado baixas. Da lista de medidas constam ainda a formação contínua em procedimentos de higiene e segurança de acordo com as recomendações da DGS, o reposicionamento das unidades em novos mercados ‘target’ e o foco em canais de distribuição diretos.

Grupo prepara a abertura de cinco estrelas em Arcos de Valdevez
Na lista de objetivos futuros está a abertura de um novo cinco estrelas na vila de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo. Este resultará da recuperação de um solar histórico do século XVII e será convertida num hotel de charme com 26 quartos e suites, piscina interior e exterior, aquecida todo o ano, restaurante e bar e uma capela de estilo barroco. A abertura está agendada para o segundo semestre de 2021 e o projeto foi financiado também no âmbito do Portugal 2020.