Selina continua aposta nas estadias longas e apresenta Selina CoLive

Por a 28 de Outubro de 2020 as 12:16

O grupo Selina acaba de apresentar os novos pacotes de long term rental Selina CoLive que, no fundo, são um upgrade dos anteriores pacotes de alojamento de 30 dias lançados em março deste ano. A diferença é que com o Selina CoLive é possível ficar alojado em três unidades diferentes do grupo por mês, dando uma maior liberdade ao hóspede que não tem de ficar limitado apenas a uma unidade. Além do alojamento, o acesso ao cowork também é gratuito bem como aulas wellness diárias e descontos em F&B. Este produto pode ser subscrito a 30, 60, 90 ou 120 dias e pode ser adquirido para apenas um país ou ser um CoLive Global que permite selecionar diferentes localizações à volta do mundo.

“O trabalho remoto será a grande tendência e um dos segmentos que provavelmente irá crescer mais nos próximos anos. Logo o nosso objetivo é muito claro: sermos a casa oficial de todos os trabalhadores remotos e nómadas digitais em todo o mundo. Queremos que as nossas unidades tenham em média cerca de 30% afeto ao negócio de CoLive e que a médio prazo e no pós-COVID cada unidade viva de uma combinação entre “co-livers” e o turista tradicional”, explica Manuel Rito, global marketing project manager do grupo Selina. O responsável admite que esta é uma mudança de estratégia que pode servir de bóia quando a ocupação for menor.

“Esta é uma oferta que pretende ser mais que um plano de ação de sobrevivência nesta crise.Queremos ser os ‘first movers’ dentro deste novo mercado que está a crescer e fazer parte deste crescimento. É sobretudo uma decisão estratégica que vai ao encontro do segmento que já trabalhávamos no passado que eram os nómadas digitais. Mas queremos que o produto CoLive se estenda além disso: que seja um produto estrela dentro da marca, capaz de providenciar experiências memoráveis a todos os que o subscrevam”, acrescenta.Esta não é a primeira-vez que o grupo aposta nas estadias longas. O teste aconteceu há poucos meses, no final de março, em pleno confinamento, quando o grupo apostou em dois pacotes de long term rental, de forma a dar uma opção a quem naquela altura necessitasse de um alojamento por mais tempo e, também, para fazer face à estagnação da operação, comum a toda a hotelaria nacional neste período. A oferta esteve em vigor até julho e o balanço é positivo.

“Os pacotes de long term que lançámos logo em abril e maio foram um sucesso ao terem conseguido permitir o funcionamento do Selina Lisboa e Selina Porto em pleno período de confinamento. Nessa altura, conseguimos assegurar nestas unidades ocupações por volta dos 40%. Permitiu a sobrevivência, mas tal como qualquer unidade hoteleira tivemos quebras de receitas a rondar os 60/70%.Em relação à Ericeira ou Milfontes os pacotes de longa estadia tiveram tração em maio/junho, logo após o confinamento, para períodos semanais. Neste caso foi o mercado doméstico que o utilizou: maioritariamente casais ou jovens de 25-35 anos que, derivado da possibilidade de ‘work remote’, experimentaram pela primeira vez trabalhar noutros lugares fora de casa”, analisa.

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