Selina responde à quebra nas reservas com arrendamento de quartos a longo prazo

Por a 26 de Março de 2020 as 11:16
Manuel Rito, diretor de Marketing & PR Europa do grupo Selina FOTO: Frame It

“Nos próximos meses, o Selina vai também ser a casa dos que estão à procura de uma solução de alojamento a longo prazo”, lê-se na plataforma de reservas do Selina Secret Garden Lisbon. O grupo Selina  vai apostar no long term rental nas suas unidades em Lisboa e na Ericeira. O grupo, que tem atualmente cinco unidades em Portugal, num total de 700 camas, lançou dois pacotes de arrendamento mensal que incluem o Selina Secret Garden Lisbon e o Selina Boavista Ericeira & Surf School.

A medida surge numa altura em que o setor hoteleiro está a ser drasticamente afetado devido à escassez de hóspedes originada pela pandemia da COVID-19. Desta forma, a marca que entrou no país há pouco mais de um ano, aposta, até julho, no arrendamento dos quartos por períodos mais longos.

“Mudar o nosso foco, oferecendo aos clientes o que eles precisam, acreditamos ser a chave para a sobrevivência nestes tempos difíceis. Temos muitos modelos de adaptação a ser testados em toda a Europa – a nossa estratégia para estadias de médio e longo prazo está a ser pioneira aqui em Portugal e está agora a ser implementada em outras partes da Europa. E exatamente no momento em que as pessoas precisam de acomodações acessíveis de longa duração em ambientes agradáveis. Em vez de fecharmos as nossas portas, o nosso modelo de preços permite continuarmos a operar, oferecendo uma casa para quem está à procura”, explica à Publituris Hotelaria Nicole Pagels, diretora comercial para a Europa do Grupo Selina.

Em Lisboa, os preços dos pacotes mensais começam nos 300 euros por um quarto privado com casa-de-banho partilhada e 375 euros com a opção de casa-de-banho privada para um arrendamento de dois meses, até ao mês junho. Para quem optar por uma jornada mais longa, até julho, os preços são de 345 euros e 420 euros, nas respetivas modalidades. Nos valores, que contemplam as despesas de água, luz e wi-fi, está incluída ainda a utilização da cozinha comum à unidade e há também a possibilidade de adquirir o suplemento de pequeno-almoço, cujo valor é de 90 euros por pessoa, para um período de 22 dias. No total, estão disponíveis 10 quartos privados standard, 10 quartos provados com wc partilhado e quatro quartos deluxe.

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A novidade estende-se ao Selina Boavista Ericeira & Surf School onde é possível arrendar um quarto com quatro camas, pelo valor 300 euros em estadias de dois meses até junho ou de 350 euros até julho. Os quartos privados dispõem de valores entre os 280 euros e os 380 euros. A unidade tem assim disponíveis, para arrendamento a longo prazo, oito quartos privados (metade deles com wc privado) e quatro quartos familiares. Além da utilização da cozinha é ainda possível usufruir da piscina da unidade. Nos dois pacotes de arrendamento, em Lisboa e na Ericeira, é ainda necessário o pagamento de uma renda de caução.

Os dormitórios partilhados das unidades ficam excluídos destes pacotes e continuam disponíveis para serem vendidos à noite, embora esse seja um cenário pouco provável para os próximos tempos.

“Estamos agora a testar Lisboa, Ericeira e Milfontes. A resposta tem sido extremamente positiva e estamos a garantir que esta solução nos fará continuar a operar durante os próximos meses.”  acrescenta Erik Hoff, manager do Selina para a região centro e sul de Portugal

Além dos novos pacotes, o grupo criou ainda um allotment  com oito quartos, no  Selina Secret Garden Lisbon , que estão disponíveis, de forma gratuita, para os médicos.

Com cinco unidades no portefólio em solo nacional, no Porto, em Lisboa, na Ericeira, em Vila Nova de Milfontes e no Gerês, o Selina prepara-se para inaugurar mais uma unidade em Peniche, este ano, e uma segunda em Lisboa, em 2021, que resultará da renovação do Palácio Mendia.

Em entrevista recente à Publituris Hotelaria, Manuel Rito,diretor de Marketing & PR Europa do grupo Selina, adiantou que, até 2022, a marca terá investido 250 milhões de euros em solo nacional. No primeiro ano de operação no país, o grupo registou receitas no valor de cinco milhões de euros. Atualmente, o grupo está presente em 15 países e mais de 50 destinos.

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