Hotelaria nacional pode perder 46 milhões de dormidas e 3,6 mil milhões de euros em receitas
A hotelaria nacional deverá perder entre 40,6 milhões a 46,4 milhões de dormidas este ano, o que se traduzirá numa quebra de entre 3,2 a 3,6 mil milhões de euros de receitas para o setor. Os dados foram divulgados pela vice-presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Cristina Siza Vieira, na apresentação à imprensa da IV fase do Inquérito AHP ‘Impacto da COVID-19 na hotelaria’, que decorreu esta quinta-feira, 22.
Os dois cenários negativos projetados pela associação admitem, no primeiro caso, uma quebra na taxa de ocupação de 70% e, na segunda estimativa mais pessimista, uma queda a atingir os 80%.
Recorde-se que em 2019 a hotelaria nacional registou 58 milhões de dormidas, o que corresponde à maior fatia do bolo total de dormidas no país, que foi de 70 milhões. Já o peso das receitas turísticas do setor foi de 24%, no ano passado, o que se traduziu uma receita total para a hotelaria de 4,48 mil milhões de euros, que deverá sofrer uma quebra de entre 70% a 80% este ano.
Para a maioria dos hoteleiros questionados pela associação (90%), o maior obstáculo à operação hoteleira dos próximos tempos é o condicionamento ao tráfego aéreo, seguindo-se o medo de viajar (80%), o não retorno do mercado (30%), e a inexistência de apoios financeiros ou a não manutenção do regime de ‘lay-off’ (20%).