10 anos depois, The Yeatman mantém aposta na diferenciação

Por a 24 de Agosto de 2020 as 11:43

Quando há dez anos,  esta unidade hoteleira nascia em Vila Nova de Gaia na zona das Caves do Vinho do Porto, a maioria julgava que se tratava de um projeto demasiado ousado para a região. Porém, ano após ano, o The Yeatman já deu mais do que provas de que veio para mudar a hotelaria da região do Grande Porto, mas também da hotelaria nacional.
O hotel vínico, um dos principais embaixadores do que melhor se faz em Portugal em matéria de néctar dos deuses, tornou-se ele próprio num destino turístico que empresta a melhor vista sobre a cidade Invicta.
A constante evolução da sua oferta de alojamento, que aumentou em 2018 com mais 26 novos quartos e uma suite presidencial, a par da sua forte aposta na gastronomia que lhe valeu duas estrelas Michelin ao restaurante liderado pelo Chef Ricardo Costa, bem como do Spa Caudalie onde se pode desfrutar de tratamentos também inspirados no vinho, têm enriquecido a diferenciação do hotel, mas também surpreendido os hóspedes e visitantes ao longo do tempo.

Jan-Erik Ringertz, que se encontra à frente do cinco estrelas há seis anos, refere que o segredo para o sucesso do The Yeatman é a aposta na criatividade, na qualidade e na diferenciação. “Quando este hotel foi construído, o objetivo era fazer um destino dentro de um destino, que ambos se ajudassem, porque o hotel não consegue viver sem o destino, mas o hotel em si pode ser uma mais-valia para o próprio destino”, explica, recordando que este caminho complementar se faz sempre tendo em conta as regras básicas delimitadas – criatividade, qualidade e diferenciação. A estas acresce também uma equipa motivada, que acompanhe o rumo que se quer para o hotel, sobretudo com motivação “para obter mais excelência”.

Apesar de localizado em Vila Nova de Gaia, o The Yeatman é um hotel para toda a região e, para tal, houve uma aposta na dinamização de eventos que atraíssem os visitantes, envolvendo a comunidade local no próprio dia-a-dia da unidade, como é o caso das Sunset Parties, das festas para celebrar o São João ou até mesmo aulas de vinho e outras tantas iniciativas que visam a divulgação e formação em vinho. Estas iniciativas só foram possíveis também graças aos amplos espaços do hotel, sejam interiores como exteriores, sendo que lá fora a vista é já o seu cartão de visita.

Presente
Quando inaugurou em setembro de 2010, Portugal vivia uma crise financeira, mas nem por isso o The Yeatman deixou de afirmar claramente o posicionamento que pretendia, sendo sobretudo procurado por clientes de classe média alta. Ao dia de hoje, e de caras a uma nova crise, o diretor-geral explica-nos que a gestão do The Yeatman, assim como da hotelaria em geral, tem de ser uma “navegação junto à costa”. Contudo, recorda que a diferenciação e a capacidade do hotel se ajustar a esta nova realidade vai ajudar, bem como a resiliência. “No fundo é preciso ver o lado positivo no meio disto e ter força de vontade”, indica, referindo que há que saber adaptar-se aos novos comportamentos dos hóspedes e estar atento às novas tendências que surgem no mercado. “E nunca sair dos seus valores reais e aqui apostamos muito na qualidade, não cedemos nisto”, completa, realçando que “os produtos de diferenciação e de qualidade não se vende pelo preço”.

Contrariamente às companhias aéreas que podem mudar os destinos das suas rotas, o The Yeatman “está construído aqui, este ano, no próximo ano, nos próximos dez ou 20 anos. Tudo o que fazemos temos de fazer com base no posicionamento a médio e longo prazo, por isso no preço não podemos tocar”.

Para assegurar que um hóspede mantém a confiança no hotel, o The Yeatman apostou também na diferenciação na forma como desinfecta os seus espaços. “Enquanto os hábitos estão em mudança, as pessoas procuram alguma segurança”, salienta, e é essa segurança que o hotel garante. A aposta na desinfeção com um desinfetante biodegradável capaz de garantir a higienização em cada canto, assim como a plastificação de diretórios, roupões, toalhas de banho nas piscinas, dispensadores de álcool gel à porta dos elevadores são alguns dos exemplos que a unidade adoptou. Contudo, para garantir que o quarto está higienizado, no final do processo é colocado um selo na porta , assim como no mini-bar.
Todas estas medidas e as restantes estão implementadas de uma forma que transmita naturalidade, “mas sempre com segurança que o cliente precisa”.
Quanto ao momento e ao seu término, Jan-Erik Ringertz está convencido de que “vai ser um longo período, turbulento”, mas para tal é necessário “termos paciência e resiliência, mas estou super convencido que vamos
chegar lá”.

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