Chefs querem dar a conhecer riqueza gastronómica regional

Por a 30 de Maio de 2017 as 9:44

Osvalde Stange da Silva, Chef executivo do Conrad Algarve, é um dos participantes da edição de 2017 da Algarve Chefs Week. Em entrevista à Publituris Hotelaria, em nome dos 14 Chefs que protagonizam esta iniciativa, Osvalde Stange da Silva fala na importância que a gastronomia assume, nos dias de hoje, quer na hotelaria, quer no turismo em geral

Qual a importância que a gastronomia assume, nos dias de hoje, no turismo e, em particular, na hotelaria?

Hoje em dia a gastronomia assume um papel preponderante quer no turismo, quer na hotelaria. Se, por um lado, os canais televisivos e programas culinários ajudaram a dar uma visibilidade extra à gastronomia e à forma como se vê a cozinha, os restaurantes e os Chefs, por outro, aumentaram o grau de exigência e atenção para com estes e fomentaram o crescimento, por exemplo, do turismo gastronómico ou do enoturismo. As novas tendências de saúde e bem-estar originaram também uma preocupação cada vez maior com aquilo que se come e com a integridade dos produtos, o que implica um maior rigor com a selecção e qualidade dos produtos e uma aposta crescente nos produtos biológicos e nos produtores locais. A isto junta-se a importância e visibilidade das aplicações, plataformas, directórios, blogs e competições ligados à gastronomia, bem como o crescente número de eventos em torno do tema.

E estes são apenas alguns dos factores que mostram o impacto económico da gastronomia actualmente.

Quais as mais-valias deste tipo de iniciativa? Os workshops são essenciais?

É claramente uma possibilidade de dar a conhecer a mais pessoas a forma como trabalhamos o património gastronómico regional nos nossos restaurantes e como interpretamos e defendemos esse património na selecção que fazemos dos produtos e fornecedores locais.

Para nós, os workshops são ao mesmo tempo uma forma de ensinar um pouco daquilo que sabemos, de aprender com as perguntas e dúvidas que nos colocam e de ver as coisas por outros prismas, de sentir as reacções das pessoas de forma directa, de sair do nosso habitat natural – a cozinha – e termos de nos adaptar a um novo espaço sem comprometer o resultado do produto final. Por isso, sim, são essenciais para levar a cozinha às pessoas e para bebermos desse contacto e levar as pessoas para a nossa cozinha.

Quais os objectivos que esperam alcançar com esta iniciativa?

Os objectivos são dar a conhecer os nossos restaurantes, a nossa cozinha e a riqueza do património gastronómico regional através de uma iniciativa que ajuda igualmente a dar visibilidade ao destino, assim como promover o contacto entre os diversos Chefs participantes, criando um espírito de união no sector e uma verdadeira troca de experiências que ajude a enriquecer a cozinha de cada um de nós.

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