Web Summit trouxe mais de 4 milhões de euros para os empreendimentos turísticos de Lisboa

Por a 15 de Dezembro de 2022 as 13:35

Os dados, que apontam para um valor diário, foram avançados pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) em conferência de imprensa esta quinta-feira, 15 de dezembro, após o balanço das taxas de ocupação, preços médios e principais mercados em Lisboa durante 1 e 4 de novembro deste ano, altura em que decorreu a primeira Web Summit presencial após a pandemia.

Durante o período em que decorreu o evento este ano, e dentro da amostra inquirida pela AHP, de 120 estabelecimentos, 93% dos inquiridos da Área Metropolitana de Lisboa (AML) indica ter registado uma taxa de ocupação superior a 80%, enquanto 82% dos inquiridos da cidade de Lisboa registaram uma ocupação superior a 90%.

Comparando com as taxas de 2019, os inquiridos da cidade de Lisboa consideram que a ocupação deste ano durante o evento foi “igual” (31% dos inquiridos) ou “melhor” (31%) que a de 2019. Já na AML, 35% dos inquiridos classifica a taxa de ocupação deste ano como tendo sido “melhor” que a de 2019, por oposição a 30%, que considera ter sido igual.

Relativamente ao preço médio por quarto, durante a Web Summit de 2019 este situava-se nos 155 euros para a cidade de Lisboa, passando para os 210 euros este ano – levando os inquiridos a apontar que, relativamente ao preço médio deste ano, este foi “melhor” (43%), senão “muito melhor” (42%), que o que era praticado em 2019.

Já na AML, se em 2019 o preço médio era de 142 euros durante as datas do evento, este ano passou para os 193 euros, levando os inquiridos desta zona a considerar que o preço médio deste ano foi “melhor” (47%) e muito melhor (41%) que o de 2019.

EUA passam a liderar mercado, de acordo com os inquiridos

Quando questionados sobre quais os três principais mercados para esta altura na sua unidade, 52% dos inquiridos referiram os Estados Unidos da América (EUA), 51% o Reino Unido e 43% França – uma percentagem, aponta Cristina Siza Vieira, vice-presidente da AHP, como “mais equitativa” quando comparada com as percentagens de 2019.

Nesse ano, o Reino Unido liderava o top três, tendo sido indicado por 61% dos inquiridos como o seu principal mercado, seguido por Espanha (referido por 44% dos inquiridos), EUA (43%) e Alemanha (41%).

Para este ano, 93% dos inquiridos da cidade de Lisboa assegura ter tido reservas de participantes na Web Summit, enquanto na AML, 86% afirma ter tido reservas nesse sentido. Estas foram feitas, na sua grande maioria, através do Booking.com (67%), ficando para trás as reservas feitas através de website próprio (14%) e da Expedia (8%).

Feitas as contas, na AML a estimativa de receitas diária (RevPAR) nos quatro dias da Web Summit foi de 5.573.222 euros, considerando um preço médio de 193 euros, uma taxa de ocupação média de 80% e 36.096 quartos.

Já na cidade de Lisboa, o RevPAR diário foi de 4.733.883 euros, tendo em conta um preço médio de 210 euros, uma taxa de ocupação média de 90% e 25.047 quartos.

Ou seja, para os quatro dias do evento, estima-se que a receita de alojamento nos empreendimentos turísticos possa ter atingido cerca de 19 milhões de euros na cidade de Lisboa e à volta de 22 milhões de euros na AML.

Relativamente a estes valores, Cristina Siza Vieira ressalvou que os dados incluem apenas quartos em empreendimentos turísticos. No entanto, “se fossem incluídos quartos de alojamento local coletivo, estas receitas chegariam aproximadamente aos sete milhões” diários, assegura.

O inquérito levado a cabo pelo Gabinete de Estudos e Estatísticas da AHP foi realizado entre 7 e 21 de novembro de 2022 junto dos empreendimentos turísticos associados, não associados e aderentes ao Hotel Monitor, tendo gerado uma amostra de 120 estabelecimentos – 15,8% localizados na AML e 84,2% na cidade de Lisboa.

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