Lisbon Marriott Hotel investe nove milhões de euros em remodelações

Por a 4 de Junho de 2019 as 8:10

Com mais de quatro décadas de história, o Lisbon Marriott Hotel está a ser alvo de uma remodelação total. O processo foi iniciado em 2013, com a renovação de 240 quartos com o objetivo de potenciar “um ‘design’ mais fresco e sóbrio, redefinir a iluminação, apostar em ‘art work’, mobiliário e novas carpetes”, refere a administração da unidade.

Atualmente, já foram investidos perto de seis milhões de euros na atualização das zonas públicas e de 400 quartos e estão ainda orçados mais três milhões de euros para as intervenções finais que deverão estar concluídas em 2021.

“Hoje em dia os clientes têm outros interesses. O hotel tem 42 anos e apenas foi alvo de uma remodelação total em 2000. Nestes quase 20 anos, as expetativas dos clientes mudaram. Lidamos com gerações como os ‘millennials’ e precisámos de nos adaptar. Por exemplo, há 20 anos a internet não era uma preocupação e hoje é fundamental numa unidade hoteleira. Há dois anos instalámos um sistema totalmente novo de internet”, refere Elmar Derkitsch, diretor-geral do quatro estrelas.

O ‘lobby’ do hotel e o ‘great room’ fizeram parte das prioridades na lista de alterações a fazer, logo em 2013. “A ideia para os espaços públicos era conferir-lhes vida. Os ‘lobbys’, geralmente, servem para fazer ‘check in’ e ‘check out’ e depois disso há um silêncio incrível, nada acontece. Os hotéis estão a investir num espaço que não gera receitas posteriormente. A nossa filosofia é a de encher estes espaços para fazer receitas, estamos aqui para ganhar dinheiro”, atesta Elmar que adianta que o ‘lobby’ do Lisbon Marriott Hotel é agora “uma zona muito ativa onde é possível trabalhar, relaxar ou beber uma bebida”.

Próximos passos
No ano passado começaram os trabalhos nas últimas 157 unidades de alojamento e que deverão ficar concluídos este ano. O processo foi feito por fases de forma a manter o hotel sempre em operação durante as obras sem que fosse necessário “retirar muitos quartos do inventário”, acrescenta o responsável. Também os quartos-de-banho assumiram uma nova roupagem com a colocação de ‘walk-in-shower’ e com a redefinição de todo o espaço e mobiliário.

Finalmente, até 2021 a remodelação total do hotel ficará concluída com as últimas intervenções no ‘health club’ e no restaurante Citrus que está sob a responsabilidade do chef António Alexandre. O diretor-geral do hotel adianta que o F&B é uma das áreas “de maior importância” na unidade, e destaca os almoços ‘corporate’ que atraem um elevado número de visitantes ao espaço. Recentemente foi lançado o ‘Express Lunch’ que oferece uma refeição constituída por três pratos de uma carta variada servidos em uma hora.
Sem querer adiantar números concretos, Elmar Derkitsch refere que a operação do quatro estrelas lisboeta tem sido positiva com os principais indicadores a crescer. “A ocupação subiu nos últimos quatro anos. Vender o hotel não é complicado mas vender o hotel a um preço correto é um pouco mais desafiante”, esclarece.

A piscina e o jardim têm sido “pontos-chave” para atrair hóspedes que “gostam de aliar o dia na cidade ao descanso num espaço descontraído como a piscina”, avança o diretor que deslinda que uma fatia de 30% do negócio da unidade hoteleira está no segmento business. Portugal e Estados Unidos são os principais mercados do hotel com Espanha e Inglaterra a assumirem um posicionamento crescente.

*Artigo publicado na edição de maio da revista Publituris Hotelaria.

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