Cushman & Wakefield antecipa mais de 100 novos hotéis para os próximos três anos

Por a 4 de Janeiro de 2024 as 11:22
Créditos: Renaissance Porto Lapa Hotel

A Cushman & Wakefield (C&W) divulgou esta quinta-feira, 4 de janeiro, o resumo da atividade do mercado imobiliário nacional em 2023 e as perspetivas para 2024.

Se em 2023 o volume de transações de investimento em imobiliário de rendimento registou uma quebra de 42% face ao ano anterior, os setores de hotelaria e retalho foram os que suscitaram um maior interesse nos investidores, agregando à volta de um terço do volume total investido cada.

A consultora aponta em comunicado que “o ano de 2023 consolidou a recuperação da atividade turística em Portugal face ao ano anterior, verificando-se um aumento transversal de todos os indicadores”. Entre janeiro e novembro o número de hóspedes e dormidas tiveram aumentos homólogos de 13% e 10%, respetivamente. Ao nível dos indicadores de operação hoteleira, os proveitos totais ficaram 20% acima do período homólogo, com o RevPAR (Revenue per Available Room) a ter um crescimento de 18%, para os 77,30 euros.

Quanto à oferta hoteleira, a Cushman & Wakefield dá conta que em 2023 foram inauguradas mais de 50 novas unidades, com 3.300 quartos. Destas, mais de metade têm a classificação de quatro estrelas.
Entre as maiores aberturas a consultora destaca o Moov Lisboa Oriente (2 estrelas), com 180 quartos, o Renaissance Porto Lapa Hotel (4 estrelas), com 160 quartos e o Masa Hotel Campo Grande (4 estrelas) com 150 quartos.

Relativamente à oferta futura com abertura prevista para os próximos três anos, a consultora afirma que existem mais de 100 novos projetos hoteleiros em fase de projeto e/ou construção, com um total de 10.200 quartos. A oferta “continua a concentrar-se maioritariamente em hotéis de 4 e 5 estrelas (30% e 38% respetivamente) e nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto”, como indicado em nota de imprensa.

A expetativa para setor hoteleiro é a de que “continue a crescer durante 2024, suportado pela competitividade do país enquanto destino turístico, particularmente entre os turistas internacionais”.
Já de forma transversal a todos os setores, a consultora destaca “o maior enfoque de todos os players de mercado na qualidade e sobretudo na sustentabilidade”.

“Nesta matéria, é já evidente a disponibilidade de inquilinos e investidores para pagar um green premium por ativos muito sustentáveis, penalizando todos os outros com o chamado brown discount. Por outro lado, muitos proprietários institucionais que têm exigências ESG muito fortes quanto à composição dos seus portfolios veem-se neste momento a braços com um difícil dilema para alguns edifícios mais obsoletos: a dúvida entre investir fortemente na sua descarbonização (sem garantias de que a valorização acrescida justifique o custo) ou reconverter esses imóveis para outros usos mais adequados às necessidades do imobiliário de hoje”, refere a consultora.

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