Mama Shelter Lisboa registou faturação de 6,3M€ até agosto deste ano

Por a 13 de Setembro de 2023 as 16:05
Créditos: Francis Amiand

O Mama Shelter Lisboa, o hotel da capital que se autointitula como um restaurante com quartos por cima, registou entre janeiro e agosto deste ano uma faturação de 6,3 milhões de euros. O valor foi adiantado à imprensa esta quarta-feira, 13 de setembro, por Cristina Cavaco, diretora desta unidade hoteleira, e Afonso Magalhães, diretor de vendas do Mama Shelter Lisboa.

Destes 6,3 milhões de euros, quatro milhões de euros resultaram da componente de alojamento e 2,3 milhões de euros da atividade de Food & Beverage (F&B) do hotel, com os profissionais a enfatizarem o facto de os valores de faturação do alojamento deste ano começarem a “ficar mais nivelados” com os da componente de F&B em relação ao ano passado.

Como indicam, em 2022 o hotel faturou 7,5 milhões de euros, dos quais 3,5 milhões de euros foram gerados pela parte de alojamento e quatro milhões pelo F&B.
Cristina Cavaco atribui o “equilíbrio” da faturação deste ano entre a componente de F&B e o alojamento com o aumento do preço médio em Lisboa. Se em 2022 a tarifa média diária (ADR) do Mama Shelter Lisboa situava-se nos 115 euros, de momento este indicador encontra-se nos 135 euros, de acordo com os valores apontados por Afonso Magalhães.

A expetativa para 2024 é a de que a componente de F&B registe um aumento de 4% face aos resultados finais de 2023 e que o alojamento verifique um aumento de 4,5% a 5% em relação aos mesmos resultados.

Hotel espera captar mais mercado brasileiro e norte-americano

Num momento em que a unidade hoteleira prepara o orçamento anual para 2024, o foco agora prende-se com a captação de novos mercados, nomeadamente dos Estados Unidos da América (EUA) e do Brasil. Atualmente, os EUA representam apenas 5% dos mercados do hotel, abaixo dos 50% de mercado português, 35% de mercado francês e 10% dos mercados inglês e alemão.

A diretora do hotel reconhece que, “em teoria, não somos o típico hotel que o norte-americano vai procurar, porque normalmente procura cinco estrelas” No entanto, Cristina Cavaco é da opinião de que “o que oferecemos como experiência 360º compensa não ter mais duas estrelas, porque acabamos por ter o serviço”.

Créditos: Frame It

Para captar este mercado o Mama Shelter Lisboa vai marcar presença em feiras a título individual, nomeadamente na SET the Show – uma feira profissional dedicada às indústrias de entretenimento e viagens que decorre em Nova Orleães de 1 a 3 de novembro de 2023. Para o próximo ano, está também em cima da mesa a participação na Proud Experiences, um evento focado no turismo para a comunidade LGBTQ+ que terá lugar de 5 a 7 de junho de 2024 em Los Angeles.

“A primeira abordagem que tivemos [ao mercado norte-americano] foi positiva, [com a participação na L.E Miami]. Já tivemos alguns pedidos de grupos e individuais para este ano, mas o crescimento foi marginal, de 2%. No entanto, 2% sobre aquilo que temos já é positivo, com uma pequena intervenção. Estamos a estudar o return of investement, o que conseguimos fazer para posicionar o Mama Shleter Lisboa mais próximo do cliente norte-americano: o que querem, o que precisam e o que podemos dar”, afirma Cristina Cavaco.

A unidade hoteleira estará ainda presente na TTG Travel Experience em Rimini, Itália, de 11 a 13 de outubro de 2023, sendo que a unidade também olha com interesse uma possível participação na ILTM Latin America, que decorre de 7 a 10 de maio de 2024 em São Paulo.

“Queremos aumentar a nossa capacidade MICE”

No sentido de diversificar mercados, o Mama Shelter Lisboa segue para 2024 com olhos postos no aumento da sua capacidade para turismo de reuniões, incentivos, conferências e exposições (MICE) já que, de momento, só consegue acomodar eventos de 25 a 30 pessoas, de acordo com Cristina Cavaco.

Para o efeito, está prevista a aquisição de um novo espaço, fora do hotel, com capacidade superior a 100 pessoas. Apesar de referir que este espaço ficará próximo da unidade hoteleira, Cristina Cavaco prefere não se focar “naquilo que vamos abrir, potencialmente”, por não ser “uma coisa concreta”. Deixa apenas a garantia de que “é para onde a marca quer ir: queremos aumentar a nossa capacidade MICE”.

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