Madeira lidera taxa de ocupação para o Natal

A Região Autónoma da Madeira lidera a taxa de ocupação para o Natal a nível nacional, tanto nas reservas que se encontravam feitas entre 2 e 12 de dezembro, como na previsão que faz para este período. Os dados foram adiantados pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) em conferência de imprensa esta quinta-feira, 15 de dezembro.

Após realizar um inquérito entre 2 e 12 de dezembro a 407 estabelecimentos hoteleiros, a AHP concluiu que, de momento, a hotelaria nacional regista uma taxa de ocupação de 42% para o Natal, com base nas reservas já realizadas, prevendo atingir os 59%.

No panorama nacional, a Madeira é a que regista mais reservas para este período (61%) antecipando chegar aos 73% de taxa de ocupação. Segue-se a Região Autónoma dos Açores, com uma taxa de ocupação de 49% baseada nas reservas atuais, esperando atingir uma taxa de 59%.

Para trás ficam Lisboa, que por enquanto regista uma ocupação de 46% e espera chegar aos 66%, e o Alentejo, que apesar de registar uma taxa de ocupação de 41% antecipa que os valores possam subir até aos 57%.

Também no Algarve e no Centro as reservas atuais e as previsões distam entre si, com Lisboa a marcar 46% de taxa de ocupação para o Natal e a prever 66%, e o Centro a registar uma ocupação de 35%, ambicionando chegar aos 51%. A mesma tendência verifica-se no Norte, que por enquanto tem uma taxa de ocupação para este período de 36% e prevê chegar aos 50%.

A variação entre as reservas atuais e as respetivas previsões é explicada por Cristina Siza Vieira, vice-presidente da AHP, como resultado das “reservas last minute” que se têm verificado como “tendência” no setor.

Comparando os valores para o Natal deste ano com os de 2021, 44% do total dos hoteleiros inquiridos considera que este ano será “melhor” que o de 2021 – tendo sido “melhor” ou “muito melhor” para perto de 90% dos inquiridos dos Açores e Madeira e “muito melhor” para 71% dos inquiridos do Algarve.

Já em relação a 2019, 67% dos inquiridos considera que este ano será “melhor” ou “igual” a 2019, com 70% dos hoteleiros inquiridos da Madeira a afirmar que este ano será “melhor” ou “muito melhor” que 2019. No entanto, 30% dos inquiridos da Lisboa admitem que ainda não será este ano que vão atingir os dados de 2019 para este período.

Preço médio por quarto para o Natal fixa-se nos 120 euros

Relativamente ao preço médio por quarto para o Natal deste ano, o inquérito realizado pela AHP demonstrou que a média nacional se encontra nos 120 euros, com Lisboa a liderar a tabela, nos 166 euros. Segue-se o Alentejo, com o preço médio por quarto a 142 euros, o que levou Cristina Siza Vieira a afirmar que, “de facto, o Alentejo destacou-se e foi para o pelotão da frente durante a pandemia, tendo sustentado um crescimento muito interessante”.

No resto da listagem, a Madeira marca um preço médio por quarto para este período nos 113 euros, o Norte e o Algarve nos 102 euros e a Região Autónoma da Madeira nos 113 euros. No fundo da lista ficam o Centro e a Região Autónoma dos Açores, com 89 euros e 84 euros de preço médio por quarto, respetivamente.

Neste campo, e comparativamente a 2021, 48% dos inquiridos perspetiva que o preço médio será “melhor”, sendo que para perto de 90% dos inquiridos dos Açores, Madeira, Algarve e Lisboa será “melhor” ou “muito melhor” este ano.

Já em relação a 2019, 66% dos inquiridos considera que o preço médio será “melhor ou muito melhor” este ano.

Relativamente aos mercados emissores para o Natal deste ano, 86% dos hoteleiros inquiridos indicou que Portugal faz parte do cabaz dos seus principais mercados, seguido por Espanha (apontado por 45% dos inquiridos), França (32%) e Reino Unido (31%). Apesar do destaque dado a Portugal, Cristina Siza Vieira ressalva que “quando se considera mercado interno falamos de residentes em Portugal, que também incluem franceses, americanos e espanhóis a residir no país.

O inquérito levado a cabo pelo Gabinete de Estudos e Estatísticas da AHP foi realizado entre 2 e 12 de dezembro de 2022 junto de 407 estabelecimentos nas regiões de Lisboa (25,8%), Norte (18,2%), Centro (17,2%), Alentejo (12,3%), Algarve (12%) e regiões autónomas da Madeira (8,9%) e dos Açores (5,5%).