Hóspedes e dormidas de outubro crescem 5,0% e 6,2% face a 2019

Por a 30 de Novembro de 2022 as 14:06

Em outubro, o setor do alojamento turístico nacional contabilizou 2,6 milhões de hóspedes e 6,8 milhões de dormidas, números que traduzem aumentos de 23,4% e 23,5% face a mês homólogo do ano passado e de 5,0% e 6,2%, respetivamente, em comparação com outubro de 2019, o último ano antes da pandemia.

De acordo com os dados divulgado esta quarta-feira, 30 de novembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em outubro, o mercado interno contribuiu com 1,8 milhões de dormidas, enquanto os mercados externos totalizaram 4,9 milhões, o que traduz uma descida de 2,7% no mercado interno mas um aumento de 37,3% no que respeita às dormidas dos mercados externos.

No entanto, face a outubro de 2019, acrescenta o INE, “registaram-se aumentos de 21,0% nas dormidas de residentes e 1,5% nas de não residentes”, tendo os não residentes apresentado mesmo “o maior crescimento face a 2019”.

Por tipo de estabelecimento, as dormidas na hotelaria, que representaram 83,4% do total de dormidas, aumentaram 23,4% em comparação com outubro de 2021 e 6,1% face ao mesmo mês de 2019, enquanto as dormidas nos estabelecimentos de alojamento local, que representaram 13,3% do total, cresceram 28,4% e 0,6% face aos mesmos meses de 2021 e 2019, respetivamente. Já as dormidas em unidades de turismo no espaço rural e de habitação, que representaram 3,2% do total, apresentaram um aumento de 9,0% face a outubro de 2021 e de 45,2% em comparação com o mesmo mês de 2019.

O INE diz ainda que, em outubro, 21,6% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes, quando em igual mês do ano passado esta percentagem chegava aos 26,5%.

Por mercados, o destaque vai para o britânico, que apesar de ter representado 20,8% do total das dormidas de não residentes em outubro, apresentou uma descida de 1,7% relativamente a outubro de 2019.

Já as dormidas dos turistas alemães, cuja quota foi de 12%, registaram, de acordo com o INE, a “segunda maior diminuição no grupo dos 17 principais mercados emissores”, com uma quebra de 10,2%, ainda que o maior decréscimo se tenha registado no mercado brasileiro, que caiu 15,3%. A descer esteve também o mercado francês, que representou 8,3% do total, mas que apresentou uma descida de 2,2%.

Em sentido contrário manteve-se o mercado norte-americano, que representou 8,8% do total e “continuou a destacar-se, com um crescimento de 39,5% em outubro face a igual mês de 2019”, enquanto o mercado espanhol, cuja quota foi de 8,2%, aumentou 17,4% face a outubro de 2019.

O INE destaca ainda o crescimento das dormidas do mercado checo, que subiram 63,1% face a outubro de 2019.

O INE diz também que, em outubro, se registaram “aumentos das dormidas em todas as regiões”, com o Algarve a concentrar 28,2% das dormidas, seguindo-se a AM Lisboa (26,6%) e o Norte (16,5%).

Face a outubro de 2019, apenas o Algarve registou um decréscimo de 1,3%, aponta o INE, acrescentando que “os maiores aumentos ocorreram na RA Madeira (+25,0%) e na RA Açores (+17,5%)”.

Em outubro, também as dormidas dos residentes aumentaram em todas as regiões mas, neste caso, o destaque vai para a RA Madeira (+97,1%), seguida do Algarve
(+24,8%), Alentejo (+23,9%) e Centro (+20,1%).

Já as dormidas de não residentes aumentaram na RA Açores (+21,4%), RA Madeira (+15,4%), Norte (+7,9%) e AM Lisboa (+2,5%) e diminuíram no Centro (-9,5%), Algarve (-4,9%) e Alentejo (-3,4%).

A estada média de outubro ficou nas 2,57 noites, o que traduz um aumento de 0,1% face a outubro de 2021, ainda que a estada média dos residentes, que se situou nas 1,88 noites, tenha recuado 1,4%, enquanto a dos não residentes desceu 5,2%, fixando-se nas 2,98 noites.

A estada média mais elevada foi registada na Madeira, com 4,55 noites, seguindo-se o Algarve, onde os turistas ficaram, em média 3,99 noites, com o INE a indicar que, à exceção da RA Madeira (-4,0%) e da AM Lisboa (-0,9%), “todas as restantes regiões apresentaram aumentos da estada média”.

No acumulado desde janeiro, as dormidas aumentaram 97,3%, com destaque para as dormidas dos não residentes, que apresentaram um acréscimo de 177,9%, enquanto as dormidas dos residentes cresceram 23,7% face ao mesmo período de 2021.

“Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas decresceram 1,6%,
como consequência da diminuição das dormidas de não residentes (-6,0%), dado que as de residentes cresceram 9,0%”, acrescenta o INE.

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