Especial 2022 | 2022, o retomar do caminho

Por a 22 de Dezembro de 2021 as 14:16

Deixamos para trás dois anos de angústia e insegurança, em que tivemos que encerrar unidades, sem saber como e quando voltaríamos a retomar a atividade.

Apesar de tudo, nas reaberturas, tivemos boas taxas de ocupação, que superaram as expectativas, tendo o mercado nacional sido fundamental para tais resultados.

Com a reabertura das rotas aéreas e o avançar da vacinação, a situação tendeu a normalizar, porém, o tempo em que estivemos parados, sem concretizar vendas, jamais se poderá recuperar. E se a esta falta de receita juntarmos o que foi gasto para aguentar este período, que ainda não se sabe exatamente como evoluirá, a repercussão é grande, não esperando alcançar o volume de vendas de 2019 antes de 2023. Aliás, se pretendermos comparar as previsões de vendas que tínhamos de 2019 até 2025 verificamos que, só em 2026 será previsível a convergência, o que significa quase oito anos de atraso em relação aquelas projeções.

Apesar de tudo, os últimos meses de 2021 fazem-nos sentir otimistas, não obstante termos que conviver com as vicissitudes próprias dos destinos onde se encontram as nossas principais unidades, como a habitual sazonalidade do Algarve, que se acentuou para níveis de um passado, resultando em ocupações pouco previsíveis e preço médio do quarto bastante aquém do que seria justo. Já na Madeira, por outro lado, onde a sazonalidade não está tão presente há já alguns anos, o grande problema foi gerir overbookings.

Mas o passado já lá vai e agora há que olhar para o futuro, retomando projetos e desenvolvendo estratégias que a pandemia fez pausar.

O futuro do grupo PBH passa assim por continuar o seu crescimento sustentável, com o investimento em novas unidades e na continuação da implementação de estratégias, que procuram acompanhar as exigências da “nova” hotelaria resultante do “novo” cliente, no sentido do melhorando constante da oferta e qualidade do serviço, tornando as suas unidades cada vez mais digitais, mais sustentáveis e, apostando na qualificação e motivação dos recursos humanos.

Para tal, esperamos que haja uma inversão naquele que tem sido um dos grandes problemas no sector – o recrutamento de profissionais qualificados – que as políticas económicas sejam assertivas e o mundo não nos traga novas e desagradáveis surpresas, para que os mercados, nacional e internacional, possam continuar a crescer.
Não podemos igualmente deixar de valorizar a acessibilidade, com a desejável recuperação das companhias de transporte aéreo, que terão sempre a primeira e última palavra no aumento das vendas diretas, e até dos operadores online, para os mercados internacionais.

Assim, e em jeito de conclusão, o grupo PBH tem esperança no futuro e, por isso, empenhar-se-á em concluir os projetos iniciados e em desenvolver as estratégias pensadas, no sentido da qualificação da sua oferta, contribuindo desta forma para a valorização da oferta turística nacional.

Carlos Saraiva, presidente do Conselho de Administração da PBH

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