Algarve Chefs Week aposta na profissionalização do evento

Por a 30 de Maio de 2017 as 9:41

A iniciativa Algarve Chefs Week está de volta, pelo sétimo ano consecutivo. Uma longevidade que denuncia o sucesso do evento. Este ano, os Chefs vão mostrar que “uma cozinha sofisticada não tem de estar longe das origens”, como explicou à Publituris Hotelaria João Casimiro, marketing manager do Cascade Resort e um dos responsáveis pela organização da iniciativa.

A Algarve Chefs Week teve início na segunda-feira, 29 de Maio, e dura até ao próximo domingo, 4 de Junho, sobre o tema ‘Consertiscos’. A iniciativa junta 14 Chefs Executivos de hotéis de luxo do Algarve, que criam menus de assinatura que reinventam as conservas e petiscos regionais.

Dos hotéis participantes fazem parte o Cascade Wellness & Lifestyle Resort, o Conrad Algarve, o Dona Filipa Hotel, o Hilton Vilamoura As Cascatas Golf Resort & Spa, o Macdonald Monchique Resort & Spa, o NAU Salgados Dunas Suites, o NAU Salgados Palace, o Praia Verde Boutique Hotel, o The Lake Spa Resort, o Tivoli Carvoeiro, o Tivoli Marina Vilamoura, o Vale d’Oliveiras Quinta Reosrt & Spa, o VidaMar Resort Hotel Algarve e o Vila Monte Farm House.

Confira, abaixo, as respostas da organização desta iniciativa, na pessoa de João Casimiro, sobre o que se pode esperar da edição de 2017.

Qual o conceito da edição deste ano e o porquê do tema escolhido?

A riqueza gastronómica do Algarve implica, por vezes, escolhas difíceis. Este ano vimos mostrar que uma cozinha sofisticada não tem de estar longe das origens, dos sabores simples, genuínos e das tradições, muito pelo contrário. Ao querermos representar tudo isto deparámo-nos com duas expressões carregadas de cultura, história e significado, as conservas e os petiscos. Posto isto, e porque os dois universos combinam e se complementam, criámos os “Consertiscos”. Esta palavra simbiótica abarca as tradicionais conservas de peixe, os vegetais em pickle, os enchidos fumados e salgados, os cereais do pão, os frutos secos, mas igualmente os peixes frescos da costa da região, os citrinos e os vegetais.

Mas quisemos ir mais longe e mostrar, de uma forma divertida, que quando se fala em alta cozinha não estamos necessariamente a falar de competições, de estrelas, de equipas em stress e Chefs pouco simpáticos. Este evento é a prova disso, com um grupo de trabalho onde reina a amizade, a boa disposição, a parceria, o espírito de equipa, sem nunca descurar a responsabilidade, precisão e dedicação que envolve esta organização para que o resultado seja o que se pretende. Porque, embora seja feito com prazer, a organização deste evento é um acréscimo que temos às funções que desempenhamos diariamente nas nossas unidades hoteleiras.

Este ano tentámos ainda, no conceito e no visual da campanha publicitária criada, agradecer às equipas que diariamente, connosco, em cada uma das suas funções e departamentos, se esforçam por elevar a experiência e a satisfação de qualquer cliente que visite a região do Algarve. E estamos bastante satisfeitos com o resultado final.

 Quais são os objectivos da iniciativa?

No início do projecto, há sete anos, a ideia consistia em alavancar a visibilidade da oferta gastronómica das unidades hoteleiras da região e a qualidade dos seus Chefs, nomeadamente em períodos de época baixa, dando a possibilidade a todos, locais ou não, de poder viver uma experiência gastronómica de excelência. Hoje em dia, além de tudo isso, a Algarve Chefs Week é já um evento aguardado com enorme expectativa na agenda anual de iniciativas regionais e uma forma dos Chefs das várias unidades participantes trocarem experiências, desenvolverem criações gastronómicas em conjunto e, acima de tudo, de mostrar que os restaurantes e os hotéis participantes estão abertos a todos, criando um circuito gastronómico que leve à descoberta do Algarve, das suas tradições e das unidades hoteleiras participantes, retribuindo igualmente à comunidade o contributo que a riqueza gastronómica local presta à inspiração dos 14 Chefs participantes.

Quais são as principais diferenças em relação às edições anteriores?

A essência do evento mantém-se inalterada e há um grande cuidado, ano após ano, para, embora introduzindo melhorias, não se desvirtuar o conceito. Este ano houve, no entanto, uma forte aposta e investimento na profissionalização do evento, quer em termos de organização, quer em termos de toda a vertente de marketing, com recurso a parceiros maioritariamente locais, e um compromisso e dedicação acrescidos de toda a equipa envolvida e de todas as unidades hoteleiras e Chefs participantes. Não quer dizer que no passado não tenha existido, pelo contrário, mas este ano a aposta foi ainda maior o que se traduz numa responsabilidade acrescida. Mas será, dados os resultados que se estão a alcançar, uma aposta para continuar.

Por outro lado, percebemos que o evento é cada vez mais reconhecido e apetecível, quer para as unidades hoteleiras participantes, dado o número recorde de participações; quer para patrocinadores, pela exposição e visibilidade que conseguem atingir. A credibilidade alcançada pelo Algarve Chefs Week com o sucesso das edições passadas e a contínua aposta na marca e na melhoria das suas ferramentas de comunicação aliadas ao crescente reconhecimento dos Chefs participantes estão na base desta fórmula de sucesso.

Qual o impacto que este evento tem na região e no turismo?

Para as unidades hoteleiras participantes não acreditamos que traga um acréscimo em termos financeiros de relevo de forma imediata, no entanto tem um impacto claro na reputação e visibilidade das suas marcas, dos seus outlets e dos Chef que lideram as suas cozinhas.

Para o turismo no geral acreditamos que o impacto é maior, pois permite, com este vento independente, reforçar o trabalho de promoção e alavancagem da reputação do destino que a Região de Turismo do Algarve tem vindo a desenvolver, em especial no que respeita à riqueza natural e gastronómica.

Para a região, o facto de ter um evento anual de referência, com visibilidade nacional, suportado pela comunidade hoteleira, que enaltece a gastronomia regional e conta um pouco da sua história é certamente algo que impacta positivamente o destino Algarve. E mostrar que o tradicional pode ser um produto de luxo se apresentado sob uma vertente nova e criativa ajuda certamente a enriquecer também o panorama gastronómico regional.

Se juntarmos a estes factores a vertente de retribuição social do evento ao reverter as suas receitas para uma instituição local, podemos dizer que o impacto é grande, se não de forma imediata pelo menos no médio prazo.

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