Alojamento turístico cresce em hóspedes e dormidas em setembro e fica acima de 2019

Por a 2 de Novembro de 2022 as 16:14

No passado mês de setembro, o setor do alojamento turístico nacional registou 2,9 milhões de hóspedes e 7,7 milhões de dormidas, valores que traduzem subidas de 41,3% e 37,4% face a igual mês de 2021 e de 0,2% e 0,7%, respetivamente, em comparação com mês homólogo de 2019, antes da chegada da pandemia, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com as estatísticas rápidas de setembro do INE, as dormidas aumentaram em todas as categorias de alojamento, tendo as dormidas do alojamento local, que representaram 13,6% do total, sido as que apresentaram maior subida, aumentando 40,0% face a setembro de 2021, ainda que, em comparação com o mesmo mês de 2019, se continue a registar um decréscimo de 6,3%.

Já as dormidas na hotelaria, que representaram 82,6% do total de dormidas de setembro, aumentaram 38,0% face a setembro de 2021, numa tendência que se mantém também na comparação com mês homólogo de 2019, em que há um aumento de 0,8%.

As dormidas nos estabelecimento de turismo no espaço rural e de habitação também apresentaram, em setembro, uma tendência positiva e cresceram 19,1%, tendo representado 3,9% do total. Este é, contudo, o tipo de alojamento que melhor desempenho apresentou face a setembro de 2019, já que as dormidas nestes estabelecimento subiram, em setembro, 30,5% em comparação com o mesmo mês do último ano antes da pandemia.

Os dados do INE mostram também que, em setembro, o mercado interno contribuiu com 2,4 milhões de dormidas, o que traduz uma descida de 3,1% face ao mesmo mês do ano passado, enquanto os mercados externos, cujas dormidas representaram 68,2% do total, somaram 5,2 milhões de dormidas, num aumento de 70,7% face a setembro de 2021.

“Comparando com setembro de 2019, as dormidas de residentes aumentaram 10,0% e as de não residentes diminuíram 3,2%”, indica o INE, sublinhando que, em setembro, 15,9% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes, quando em igual período do ano passado esta percentagem era de 21,6%.

Residentes em destaque no acumulado até setembro

No acumulado dos primeiros nove meses do ano, as dormidas somam já um crescimento de 113,0%, incluindo um aumento de 27,3% nos residentes e +222,3% nos não residentes, ainda que, segundo o INE, tenham descido 2,4% face ao mesmo período de 2019, principalmente devido à descida entre os não residentes, onde este indicador desceu 7,0%, enquanto as dos residentes subiram 8,0%.

No terceiro trimestre do ano, houve ainda um aumento de 48,8%, que corresponde também a uma subida de 2,9% face ao mesmo período de 2019, com destaque para as dormidas dos não residentes, que subiram 108,3%, ainda que, em comparação com o mesmo período de 2019 se continue a registar uma descida de 0,8%.

Já as dormidas dos residentes desceram 3,6% face ao terceiro trimestre de 2021, mas estão 10,8% acima do que tinha sido registado no mesmo trimestre de 2019.

Por mercados, o britânico, que representou 21,1% do total das dormidas de não residentes em setembro, apresentou, neste mês, uma descida de 3,2%
relativamente a setembro de 2019, enquanto as dormidas de hóspedes alemães, que representaram 12,0% do total, desceram 11,9% e as dos espanhóis, que representaram 9,3% do total, diminuíram 0,3%.

“A maioria dos mercados registou diminuições face a setembro de 2019, destacando-se os mercados brasileiro (-21,4%) e sueco (-14,8%)”, acrescenta o INE.

Em sentido contrário esteve o mercado dos EUA, cujas dormidas representaram 8,7% do total e que se destacou em setembro, evidenciando um aumento de 38,2% face a igual mês de 2019. Além dos EUA, também o mercado checo aumentou 30,3% em setembro.

Por regiões, o INE indica que, “em setembro, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões”, tendo o Algarve concentrado 30,4% das dormidas, seguindo-se a AM Lisboa (24,5%) e o Norte (16,2%).

Face a igual mês de 2019, apenas o Algarve e o Centro registaram decréscimos (-9,2% e -3,3%, respetivamente), enquanto os maiores aumentos ocorreram na RA Madeira (+17,0%), seguida do Norte (+8,7%) e RA Açores (+8,2%).

O INE diz ainda que, relativamente às dormidas de residentes, “observaram-se aumentos em todas as regiões”, com destaque para a RA Madeira (+64,3%), a AM Lisboa (+13,0%) e o Alentejo (+11,0%).

Já nas dormidas de não residentes, houve aumentos na RA Açores(+12,5%), RA Madeira (+8,8%), Norte (+8,6%) e AM Lisboa (+0,8%), enquanto o Centro (-15,4%), Algarve (-13,2%) e Alentejo (-5,9%) apresentaram descidas.

Em setembro, a estada média diminuiu 2,7% e ficou nas 2,65 noites, com destaque para os não residentes, cuja estada média foi de 2,94 noites, depois de uma redução de 6,5%. Ainda assim, entre os residentes, a descida foi mais pronunciada e chegou aos 6,8%, ficando nas 2,18 noites.

Na RA Madeira e no Algarve, as estadas médias continuaram a atingir os valores mais elevados e chegaram ao estadas médias de 4,87 e 4,03 noites, respetivamente, com o INE a destacar também o Norte (+2,3%) e a AM Lisboa (+1,6%).

Cenário diferentes registou-se nas outras regiões do país, com o INE a referir que “todas as restantes regiões apresentaram decréscimos na estada média”.

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *