Adecco: Diretor de hotel e chef-executivo são as funções com os salários mais altos em hotelaria

Por a 23 de Maio de 2024 as 16:08
Créditos: DR

A Adecco, empresa que atua na área dos recursos humanos, divulgou esta quinta-feira o seu Guia Salarial da área de recrutamento especializado para o ano de 2024.

Neste guia, a Adecco apresenta uma análise detalhada das tendências salariais em funções de vários setores, tanto em Lisboa e no Porto, além de referir as competências e benefícios mais valorizados, bem como as perspectivas do mercado de trabalho.

No setor da hospitalidade, o guia aponta que as funções com os salários mais altos são as de diretor de hotel – com uma faixa salarial de 28.000 euros a 126.000 euros, em Lisboa e no Porto – e o chef-executivo, com salários entre os 35.000 euros e os 68.600 euros em Lisboa e no Porto.

Por outro lado, a função com o salário mais baixo é a de gerente de restaurante, com uma faixa salarial de 19.600 euros a 35.000 euros em Lisboa e no Porto. Segue-se a de Front Office Manager e Governanta, com salários entre 21.000 euros e 30.800 euros em Lisboa e no Porto.

A empresa ressalva que “os valores apresentados são referentes à remuneração base bruta anual (RBA),
não incluindo subsídio de alimentação e restantes benefícios”.

Dentro deste setor, a Adecco refere no seu guia que “de uma forma geral, a procura de profissionais tem recaído essencialmente sobre perfis operacionais, bem como perfis de gestão mais estratégicos”, pelo que “a especialização dos perfis é cada vez mais premente”.

Já do lado dos trabalhadores “têm vindo a ser fatores de decisão, não só o salário fixo, como benefícios adicionais: alojamento para colaboradores deslocados, dias de descanso juntos e um horário ajustado à vida pessoal, não descurando as perspectivas de evolução na carreira”.

Cinco estratégias para promover a empregabilidade

De uma forma global, o guia da Adecco identifica cinco tendências que acredita que os líderes “deverão estar atentos”.

A primeira diz respeito a um “défice de competências persistente, com 38,5% dos candidatos a acreditarem que os empregadores têm requisitos irrealistas, enquanto seis em cada dez trabalhadores precisarão de uma atualização de competências até 2027″. Também a dimensão da Great Resignation é apontada como “uma variável incerta, com 26% dos colaboradores a indicarem que pretendem mudar de emprego no espaço de 12 meses, sublinhando a necessidade de melhores estratégias de retenção de talentos”.

A terceira tendência prende-se com o trabalho híbrido, destacando-se ainda o fenómeno de ghosting – deixar as pessoas sem resposta – no mercado, “com 62% dos trabalhadores a relatar terem sido alvo de ghosting por parte dos empregadores e 25% dos candidatos a emprego a admitirem ter praticado ghosting“. Por fim, “observa-se um crescimento do unretirement, com mais pessoas entre os 50 e os 64 anos a regressar ao mercado de trabalho, impulsionadas pela escassez de mão-de-obra e pela inflação”.

Neste guia, a Adecco aponta que “para criar uma base de colaboradores orientados para o futuro é crucial destacar as competências, especialmente digitais e comportamentais”, além de  “manter uma comunicação aberta e regular com candidatos e colaboradores, para a fidelização de talentos”. A aceitação do trabalho flexível e outro dos pontos enfatizados pela Adecco para reter colaboradores, além da integração de colaboradores mais seniores no mercado de trabalho, “proporcionando formação adequada e oportunidades de desenvolvimento de competências”.

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