Depois de receitas recorde de 102M€ em 2023, Grupo Hoti Hotéis aponta para 110M€ em 2024

Por a 5 de Janeiro de 2024 as 16:43

“Um ano que correu muito bem e em que cumprimos todos os objetivos”. Foi desta maneira que Manuel Proença, fundador e presidente do Grupo Hoti Hotéis, classificou a prestação do grupo no ano de 2023, admitindo ainda que “estamos a caminho dos 15 milhões de euros de receitas”, não apontando, contudo, o prazo para chegar a este valor, mas indicando que serão atingidos “em poucos anos”.

Relativamente ainda ao ano que agora terminou, Miguel Proença, CEO do grupo, assinalou que 2023 foi fechado com 19 unidades (18 em Portugal e uma em Moçambique” e 2.942 quartos em operação.

Avaliando o grupo em mais de 500 milhões de euros, embora tenha reconhecido que o grupo “não está à venda”, Manuel Proença revelou que, neste momento, estão 30 milhões de euros de investimento em construção nova e remodelações, “o que nos coloca no Top 5 dos grupos hoteleiros em Portugal”.

Mas ainda relativamente a 2023, os responsáveis do grupo hoteleiro português salientaram que este “foi o primeiro ano de operação em pleno”, ou seja, sem pandemia, Miguel Proença frisou que os preços médios praticados pelo grupo nas diversas unidades subiram 20% face a 2019, colocando-os nos 91,3 euros, quando no ano pré-pandemia se situavam nos 77 euros.

Miguel Proença justificou este aumento “normal” com o “aumento de custos que se registaram nos últimos três anos”, apontando a energia e pessoal como as alíneas que mais pesaram.

Já no que toca à ocupação das unidades, esta subiu 10% face a 2022, atingindo os 74,5% quando as estimativas apontavam para 71,5%.

Quanto aos mercados principais que visitam as unidades do grupo, Miguel Proença apontou o mercado português como líder, seguindo-se Espanha, Alemanha, EUA, Reino Unido. Contudo, estes mercados registaram crescimentos bem diferentes face a 2019, com o mercado nacional a crescer 37%, enquanto o espanhol assinalou uma estagnação. Os hóspedes alemães cresceram 28% para os EUA registarem a maior evolução face a 2019, com uma subida de 136%. Já o Reino Unido subiu 64% e o Canadá, que já é o 9.º mercado para o Grupo Hoti Hotéis, evolui 139%.

Para o ano de 2024, além dos já referidos 110 milhões de euros de receitas como meta, o Grupo Hoti Hotéis tem diversos projetos em andamento e em plano. A curto prazo, ou seja, para este ano, o grupo prevê abrir/lançar uma nova marca dentro do universo Meliá – Innside – em Braga, estimando a inauguração para a Páscoa de 2024. Mais para o final do ano, está prevista a abertura do Meliá em São João da Madeira. E se no primeiro caso (Braga) a unidade terá 109 quartos, com uma classificação de 4 estrelas, a unidade de São João da Madeira terá 100 quartos, totalizando, assim, 209 a abrir este ano.

Projeto que aguarda solução, uma vez que está parado, apesar de, aquando da compra do terreno, o projeto para o hotel estava aprovado e as obras começaram, estas estão suspensas, uma vez que “a Câmara Municipal de Lisboa refira que o projeto arquitetónico não é adequado para aquela zona”, referiu Manuel Proença, “apesar de estarmos a falar de um projeto da autoria do arquiteto Valsassina, projeto esse que será “vizinho” da atual Procuradoria-Geral da República, perto do Largo do Rato.

Outros projetos que o grupo tem “na calha”, embora não tivesse sido avançado quaisquer datas para as respetivas conclusões, são o Meliá Famalicão, Viana do Castelo, Porto/Boavista, Vila Real de Santo António, Aveiro e Coimbra, assinalando Manuel Proença que o grupo “não concorreu” ao projeto para o hotel no Centro Cultural de Belém.

Além fronteiras, Manuel Proença avançou com expansões para Espanha, nomeadamente, para a Galiza na cidade de Vigo, e uma unidade a ser construída em Angola, na capital, Luanda. Com 1.040 funcionários, no final de 2023, Miguel Proença conclui que os recursos humanos são um dos maiores desafios para a hotelaria em Portugal, frisando que os futuros projetos “deverão ter a questão da habitação dos colaboradores em atenção”; já que, segundo o mesmo, em “localidades mais pequenas, é muito difícil as pessoas encontraram casa e, assim, têm custos elevados em deslocações, o que leva a pessoas a não optar por uma carreira no setor”.

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