Vila Galé considera novos projetos após 2023 com receitas de 275M€

Por a 29 de Janeiro de 2024 as 19:02

O grupo Vila Galé registou um total de receitas de 275 milhões de euros em 2023, um aumento superior a 20% face a 2022.

Os dados foram avançados esta segunda-feira, 29 de janeiro, num almoço de imprensa, onde Jorge Rebelo de Almeida, fundador e presidente do grupo Vila Galé, deu conta que o maior aumento nas receitas do ano passado face a 2022 verificou-se no Brasil.

Em Portugal, o grupo registou um volume de negócios de 158 milhões de euros no ano passado, um aumento de 16,77% face a 2022.

No total das 31 unidades que o Vila Galé detém em território nacional, o grupo deu conta de um milhão de quartos ocupados e 2,15 milhões de dormidas. Em nota de imprensa, a empresa aponta que os clientes nacionais tiveram um peso de 38% neste total, seguidos pelos mercados do Reino Unido (14,5%), Alemanha (8%), Irlanda (5%), Espanha (5%), Estados Unidos da América (2,92%) e Brasil (2,77%).

Já as dez unidades Vila Galé no Brasil trouxeram ao grupo no ano passado receitas de 629 milhões de reais (cerca de 117 milhões de euros), um aumento de 42,41% face a 2022. Jorge Rebelo de Almeida aponta que este aumento deveu-se “essencialmente ao Vila Galé Alagoas, que abriu em agosto de 2022 e [cujo] grande resultado foi feito em 2023”.

No território brasileiro, onde o grupo tem três hotéis de cidade e sete resorts, o Vila Galé registou 680 mil quartos ocupados e mais de 1,6 milhões de dormidas em 2023. Em nota de imprensa, os três principais mercados apontados para o total de dormidas foram o Brasil (90%), Argentina (2%) e Portugal (2%).

Feitas as contas, e apesar de afirmar que “resultados líquidos, só mesmo para março”, Jorge Rebelo de Almeida aponta para uma faturação líquida de 100 milhões de euros em 2023.

50 milhões de euros para novos hotéis

Se em 2023 o Vila Galé investiu mais de 47 milhões de euros em novos hotéis em Portugal, com a criação de mais de 150 postos de trabalho, este ano o grupo estima investir 50 milhões de euros em novos projetos.

Destes fazem parte o Vila Galé Paço do Curutelo, em Ponte de Lima, para os quais o Vila Galé conta investir mais de 20 milhões de euros. Com abertura prevista para abril de 2025, o hotel vai contar com 87 quartos, sendo que no castelo de 1127, que será requalificado, vão estar incluídos cinco quartos, uma biblioteca e uma sala de provas de vinhos. A vinícola desta nova unidade, que produz vinho verde loureiro, tem data de abertura prevista já para agosto deste ano, com o primeiro vinho, produzido numa outra adega, a sair no próximo mês de abril.

Nestes 50 milhões de euros estão também incluídos o Vila Galé Collection Figueira da Foz e o Vila Galé Isla Canela, ambos com data de abertura prevista para abril deste ano, bem como as Casas de Elvas, cuja expetativa é a de que abra em abril do próximo ano, fruto de um investimento de 10 milhões de euros.

Em território nacional, Jorge Rebelo de Almeida confirmou ainda um novo projeto em Miranda do Douro, do qual ganhou o concurso e que espera começar a preparar “lá para o final do ano”. Admitindo que este projeto surgiu da sua “responsabilidade social”, num “território que está a desaparecer”, o presidente do grupo Vila Galé assegura que tem “a profunda convicção [de que este] vai ser um excelente negócio”.

“Do lado de Portugal a coisa não é brilhante, mas do lado espanhol temos Zamora e Valadollid ali ao lado, que vão alimentar o hotel. Como o grupo é grande, há uns que podem dar para os outros, mas aquele estou convencido que vai atrair muito espanhol”, afirma.

Na calha está ainda um projeto na Golegã, na Quinta da Cardiga, que Jorge Rebelo de Almeida garante estar “encaminhado” e que “é para avançar”, dedicado ao tema dos cavalos. Sobre a futura data para este projeto, o presidente do grupo comenta que “não o devo começar nunca antes do final do ano”.

Novos projetos em vista lá fora

Para este ano, no Brasil, o Vila Galé tem dois projetos já conhecidos de notícias anteriores: o Vila Galé Ouro Preto, em Minas Gerais, e o Vila Galé Collection Sunset Cumbuco. Se no primeiro estava planeada a construção de 80 quartos, o número passou para as 292 unidades de alojamento, às quais acrescem cinco salas de reuniões e uma sala de congressos, naquele que Jorge Rebelo de Almeida classifica como “o primeiro grande resort Vila Galé sem praia”. Já o Vila Galé Collection Sunset em Cumbuco será o primeiro hotel com a marca “Collection” do grupo no Brasil, com um total de 124 quartos.

Ainda em território brasileiro, o presidente do Vila Galé afirma que o grupo ganhou um concurso para a construção de um hotel na Casa do Maranhão, em São Luís, localizada no centro histórico. O grupo pretende agora concorrer “a mais dois concursos para mais dois edifícios naquela zona”.

O presidente do grupo adiantou ainda que o projeto em Alagoas “correu tão bem, que o Governo propôs fazermos mais um projeto em Coruripe, que vai ser a sul”. Acresce ainda uma proposta do Governo do Pará, que de acordo com Jorge Rebelo de Almeida “vai ter uma necessidade urgentíssima de hotéis para a COP30”, uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as mudanças climáticas.

Nesta última localização, a proposta é a de recuperar na área portuária da capital do Pará “dois grandes armazéns com 2.000 metros cada um para fazer um projeto fora da caixa – a estrutura interior vai ser toda em ferro”.

Em Cuba, após a abertura do Vila Galé Cayo Paredón – que agora vê o seu nome alterado para Vila Galé Jardines d’el Rey – a ambição passa agora por recuperar uma torre em Havana, perto do Malécon, com 500 quartos.

O grupo gostaria também de abrir um hotel em Madrid, estando à procura de propostas, apesar de o presidente admitir que “os preços em Madrid estão assustadores”.

Atualmente, o grupo Vila Galé conta com 42 hotéis em Portugal, Brasil e Cuba.

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