Alojamento turístico continua a crescer em novembro, mas mais lentamente

Por a 3 de Janeiro de 2024 as 9:10

O setor do alojamento turístico registou 1,9 milhões de hóspedes e 4,6 milhões de dormidas em novembro de 2023, correspondendo a crescimentos de 9,2% e 7,5%, respetivamente (+8,9% e +8,6% em outubro de 2023, pela mesma ordem), revelam os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Face a novembro de 2019, o número de hóspedes aumentou 8,4% e as dormidas 12,3%.

No acumulado do ano (janeiro – novembro), os números revelam que Portugal ultrapassou as 73 milhões de dormidas, um crescimento de 10,8% face às 70 milhões de dormidas em igual período de 2022.

Já nos hóspedes, os dados do INE mostram uma subida de 13,4% nos 11 meses de 2023, face a período homólogo de 2022, atingindo as 28,2 milhões dormidas, contra as 24,9 milhões de iguais meses no ano anterior.

Em novembro, o crescimento dos mercados externos voltou a abrandar (+9,9%, após +11,7% em outubro), tendo sido registados 3,2 milhões de dormidas. As dormidas de residentes totalizaram 1,3 milhões, reforçando a trajetória de crescimento iniciada no mês anterior (+2,3%; +0,3% em outubro).

Face a novembro de 2019, observou-se um abrandamento das dormidas, em resultado do aumento de 2,9% nas dormidas de residentes (+21% em outubro), enquanto nos não residentes se observou um reforço do crescimento (+16,7%, após +14,4% no mês anterior).

As dormidas dos residentes no estrangeiro, no acumulado do ano de 2023, totalizaram 51,3 milhões, correspondendo a uma subida de 15,3% (44,5 milhões) face a igual período de 2022.

Já nas dormidas de residentes em Portugal, a subida, no período analisado, foi bem menor (1,6%), chegando às 21,8 milhões (21,5 milhões em 2022)

Os 17 principais mercados emissores representaram 83,2% do total de dormidas de não residentes em novembro, entre os quais se destaca o de maior peso, o mercado britânico (15,4% do total das dormidas de não residentes em novembro), com um aumento de 15,6%.

As dormidas de hóspedes alemães (12,8% do total), o segundo principal mercado, cresceram 10,1% em novembro. O mercado norte-americano destacou-se, mantendo-se como 3.º principal mercado, dando origem a 9,3% das dormidas de não residentes, em resultado de um crescimento 14,4%.

O mercado espanhol (8,5% do total) cresceu 4,1%, enquanto o mercado francês (6,3% do total) recuou 9,6% em novembro.

Os mercados canadiano, polaco e austríaco (2,8%, 2,5% e 0,9% do total, respetivamente) voltaram também a destacar-se pelos crescimentos expressivos, +34,4%, +24,7% e +22,6% face ao ano anterior. Em sentido contrário, destacaram-se ainda os decréscimos apresentados pelos mercados finlandês (-12,9%), brasileiro (-3,4%) e sueco (-1,7%).

Em novembro, registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões, destacando-se as regiões do Alentejo (+15,3%) e do Centro (+10,5%). Lisboa concentrou 31,9% das dormidas, seguida do Algarve (18,0%) e do Norte (17,7%).

As dormidas de residentes apresentaram, em novembro, crescimentos no Alentejo (+13,3%), no Centro (+6,7%), e no Norte (+4,5%), tendo decrescido nas restantes regiões. Os maiores decréscimos observaram-se no Algarve (-5,9%) e na Madeira (-2,7%).

Em novembro, as dormidas de não residentes cresceram em todas as regiões, destacando-se o Alentejo (+19,4%), Açores (+17,9%) e o Centro (+16,9%).

Ainda segundo os dados do INE, em novembro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,40 noites) diminuiu 1,6% (-0,3% em outubro). O Alentejo e a Madeira registaram crescimentos neste indicador (+1,5% e +0,4%, respetivamente), enquanto o Centro registou o maior decréscimo (-2,6%). Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,70 noites) e no Algarve (3,75 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,70 noites), no Norte e no Alentejo (1,82 noites).

A estada média dos residentes (1,75 noites) diminuiu 0,4% e a dos não residentes (2,85 noites) decresceu 3,8%.

Por último, a taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (36%) aumentou ligeiramente em novembro (+0,6 p.p., após +1,9 p.p. em outubro). O mesmo sucedeu com a taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (46,8%), que aumentou 1,0 p.p. em novembro (+1,8 p.p. em outubro).

Em novembro, as taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na Madeira (60,8%) e em Lisboa (48,6%). A Madeira, o Alentejo e o Algarve registaram os maiores aumentos (+3,1 p.p., +1,4 p.p. e +1,2p.p., respetivamente), enquanto em Lisboa e nos Açores este indicador diminuiu (-0,7 p.p. e -0,2 p.p., respetivamente).

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