Hotéis sobem preço na Páscoa. Lisboa está 25% mais cara do que em 2022, Barcelona lidera com +33%

Os preços médios na hotelaria europeia estão mais caros para a próxima Páscoa quando comparado com o mesmo período de 2022. Segundo a Mabrian, que analisou 20 destinos europeus, os preços “estão bem acima das taxas de inflação de cada país”.

A campeã na subida de preço é Barcelona, cidade em que os preços na hotelaria incrementaram, para a Páscoa de 2023 face a igual época festiva de 2022, em 33% quando a taxa de inflação de fevereiro (numa comparação com o mesmo mês de 2022) não vai além dos 6%.

Lisboa posiciona-se no topo deste ranking, indicando a Mabrian que os preços nos hotéis na capital portuguesa aumentaram 25% face a 2022, com uma taxa de inflação de 8,2%.

No Top 3, além de Barcelona, aparecem ainda Bruxelas e Roma, com subidas de 31% e 30%, respetivamente, quando a taxa de inflação indicada é de 6,6% para a capital belga e de 9,1% para a congénere italiana.

“O aumento médio de preço em todas as categorias é significativamente maior do que a taxa de inflação anual – com base nos preços publicados em fevereiro de 2023 para uma estadia entre 10 e 17 de abril – para todos os destinos, exceto Budapeste e Tirana, onde a taxa de inflação anual é superior ao aumento de preço médio para este período”, revela a Mabrian.

Ljubljana, Madrid e Tirana são, por sua vez, os destinos onde o aumento de preços é menor.

Analisando a hotelaria de forma global, a Mabrian refere que a capital da Catalunha é, também, a cidade onde os preços mais aumentaram, quando comparados com a Páscoa de 2022, indicando uma subida de 43% em unidades de 3 estrelas.

Já nos hotéis de 4 estrelas, a maior evolução pertence a Bruxelas, com uma subida de 34%, destacando-se Paris como a cidade onde os hotéis de luxo e de 5 estrelas mais aumentaram os seus preços face a 2022 (+30%).

Por sua vez, Zagreb, Varsóvia e Tirana são os destinos que apresentam a oferta mais competitiva em termos de preço nas três categorias de hotéis (3, 4 e 5 estrelas).

Carlos Cendra, diretor de Marketing & Vendas da Mabrian, refere que, “embora seja claro que os preços dos hotéis estão a subir acentuadamente, devemos olhar para esse aumento no contexto da inflação e do aumento dos custos de fornecimento em toda a linha”.

“Além disso”, conclui o responsável da consultora, “temos que ter em conta o aumento dos custos operacionais com pessoal, devido à falta de mão-de-obra e à necessária melhoria das condições. Tudo isto alia-se a uma forte procura de viagens neste período, o que faz subir os preços”.