INE: Dormidas de não residentes duplicam em janeiro
Em janeiro, os estabelecimentos de alojamento turístico nacionais contabilizaram 1,5 milhões de hóspedes e 3,5 milhões de dormidas, valores que traduzem crescimentos de 72,5% e 74,5%, respetivamente, face a igual mês do ano passado, com destaque para os mercados externos, que somaram 2,3 milhões de dormidas, duplicando o total de dormidas de janeiro de 2022, segundo os mais recentes dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com as estatísticas rápidas do INE, que foram divulgadas esta terça-feira, 28 de fevereiro, o total de hóspedes e dormidas também traduz crescimentos de e 3,2% e 6,5% face a janeiro de 2020, quando a pandemia ainda não se fazia sentir em Portugal.
No primeiro mês de 2023, o mercado nacional foi responsável por 1,2 milhões de dormidas, valor que indica um aumento de 38,7% face a janeiro de 2022, enquanto os mercados externos totalizaram 2,3 milhões de dormidas, num aumento de 101,3% em comparação com janeiro do ano passado. Face a igual mês de 2020, quando os efeitos da pandemia ainda não se sentiam, os aumentos foram de “10,0% nas dormidas de residentes e 4,8% nas de não residentes”, acrescenta o INE.
Segundo o INE, em janeiro, a “totalidade dos dezassete principais mercados emissores registou aumentos em janeiro, tendo representado 83,8% das dormidas de não residentes”.
Por mercados externos, o destaque em janeiro foi para o mercado britânico, que representou 14,8% do total de dormidas de não residentes, seguindo-se os mercados alemão e espanhol, com quotas de 11,3% e 10,2%, respetivamente.
Face a janeiro de 2020, houve, no entanto, decréscimos nas dormidas de hóspedes britânicos (-3,2%), suecos (-19,6%), brasileiros (-15,4%) e dinamarqueses (-15,1%), enquanto os maiores crescimentos “observaram-se nos mercados norte-americano (+53,1%), polaco (+65,4%) e irlandês (+48,1%), tendo também aumentado
nos hóspedes alemães (+9,9%) e espanhóis (+11,4%)”.
Já as dormidas registaram aumentos em todas as regiões, com o INE a destacar a AM Lisboa, que concentrou 32,6% das dormidas, seguindo-se o Norte (17,6%), a RA Madeira (17,0%) e o Algarve (16,3%). Em comparação com janeiro de 2020, “também se registaram crescimentos em todas as regiões, especialmente na
RA Madeira (+20,9%), Centro (+6,2%) e Norte (+5,3%)”.
Nas dormidas dos residentes, também houve variações positivas em todas as regiões do país, com o destaque a recair na RA Madeira (+78,8%), Centro (+11,4%) e RA Açores (+8,0%), enquanto nas dormidas de não residentes os maiores crescimentos foram observados na RA Madeira (+14,7%), Norte (+5,3%) e AM Lisboa (+3,7%).
Já o Alentejo (-5,0%) e Centro (-4,9%) estiveram em sentido contrário e apresentaram diminuições, enquanto o Algarve atingiu mesmo nível de janeiro de 2020 nas dormidas de não residentes.
O INE indica que, em janeiro, os aumentos foram comuns a todos os segmentos de alojamento, tendo as dormidas na hotelaria, que representaram 81,9% do total, crescido 77,1% em comparação com o mesmo mês de 2022 e 2,7% face a janeiro de 2020. Já as dormidas em Alojamento Local, cuja quota foi de 15,6%, cresceram 71,2% face a janeiro de 2022 e 25,3% face a janeiro de 2020, enquanto as dormidas turismo no espaço rural e de habitação, que tiveram uma quota de 2,5%, cresceram 28,1% em comparação com janeiro de 2022 e 45,8% face a janeiro de 2020.
Em janeiro, a taxa liquida de ocupação/cama foi de 29,4%, num aumento de 10,9 pontos percentuais face a igual mês do ano passado, enquanto a taxa líquida de ocupação-quarto se situou nos 37,0%, tendo aumentado 13,6 pontos percentuais em comparação com janeiro do ano passado.
O INE diz ainda que “as taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na RA Madeira (51,6%) e AM Lisboa (38,5%), correspondendo também aos maiores acréscimos neste indicador (+17,7 p.p. e +17,8 p.p., respetivamente)”.
Já a estada média ficou nas 2,37 noites, depois de um aumento de 1,1% face a janeiro do ano passado, com destaque para a estada média dos residentes, que somou 1,71 noites e aumentou 0,8%, enquanto a dos não residentes, que ficou nas 2,95 noites, diminuiu 9,7%, tendo os valores mais elevados sido verificados na RA Madeira (4,59 noites) e Algarve (3,69 noites).
O INE diz ainda que, em janeiro, 35,5% dos estabelecimentos de alojamento turístico do país estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes, percentagem que traduz um agravamento face aos 33,0% de estabelecimentos que estiveram encerrados ou no tiveram movimento de hóspedes em dezembro.