Inquérito AHP: Madeira liderou ocupação e estada média na Páscoa de 2022

Por a 6 de Junho de 2022 as 21:29

A Madeira liderou a taxa de ocupação (91 a 100%) e a estada média (3.4 noites) na Páscoa de 2022.

A taxa de ocupação neste período da Madeira e Algarve foi superior aos valores de 2019. Já a estada média na Madeira, Alentejo e Lisboa aumentou em relação a 2019.

Os dados são de um inquérito realizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) apresentado esta segunda-feira, onde foi feito um balanço da Páscoa, concentrado no período de 11 a 18 de abril de 2022, e apontadas as perspetivas para o verão deste ano.

O estudo consistiu num inquérito realizado entre 27 de abril e 20 de maio junto de 462 empreendimentos turísticos associados e/ou aderentes ao AHP Tourism Monitors das regiões de Portugal, nomeadamente regiões autónomas dos Açores e Madeira, Algarve, Alentejo, Centro, Lisboa e Norte.

A taxa de ocupação média nacional no período da Páscoa, de 11 a 18 de abril, esteve entre os 81% e os 90%.

A Região Autónoma da Madeira foi a que registou a taxa mais alta neste período (91% – 100%), seguida pelas regiões de Lisboa, Algarve e Norte (com 81%-90%).

Todas as regiões dizem já ter atingido em 2022 as taxas de ocupação que tiveram em 2019 – sendo que na Região Autónoma da Madeira e no Algarve a taxa de ocupação foi “melhor” em 2022 do que em 2019.

Comparando as taxas de ocupação de 11 a 18 de abril deste ano com o de 2021, as da Região Autónoma dos Açores, Algarve, Alentejo e Lisboa estão “muito melhor”. As das restantes regiões estão “melhor”.

Fonte: AHP

Já no que diz respeito ao preço médio por quarto, este rondou os 121 e os 140 euros. A cidade de Lisboa foi a que apresentou o valor mais alto, entre 141 e 160 euros, seguida pela Região Autónoma da Madeira, Algarve e Alentejo (121 a 140 euros).

Comparando os preços médios por quarto deste ano com os de 2019, estes mantiveram-se iguais para todas as regiões, exceto na Região Autónoma da Madeira, Algarve e Alentejo, que passaram a ser superiores.

Em relação aos preços de 2021, os de este ano estão “melhor” para todas as regiões, à exceção de Lisboa, onde estão “muito melhor”.

Fonte: AHP

Tendo em conta estes dados, Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP, relembra que “durante a pandemia o que foi sacrificado foi a taxa média mas não o preço”.

“Se olharmos para as quebras que ocorreram no volume de hóspedes versus quebras no volume de receitas percebemos que a queda do volume de hóspedes foi muito superior do que o de receitas”.

Quanto ao número de noites, a estada média nacional para o período da Páscoa em 2022 foi de 2.6 noites.

A Região Autónoma da Madeira foi a que registou uma maior duração de estadia (3.4 noites), seguida pelo Algarve (3.2 noites) e a Região Autónoma dos Açores (2.9 noites).

As regiões do Centro e do Norte foram as que registaram a menor duração de estadia, ambas em média de 2.2 noites.

Por comparação a 2019, os valores mantiveram-se iguais à exceção da Região Autónoma da Madeira, Alentejo e Lisboa, onde a estada média aumentou.

Já em relação aos números de 2021, a estada média para o período referido de 2022 está “melhor” em todas as regiões.

Fonte: AHP

Comparando as receitas das várias regiões na Páscoa de 2022 com a de 2019, fica a “boa surpresa” de que “já igualámos no todo nacional a receita na hotelaria no período pascal”, tal como indica Cristina Siza Vieira, com a Região Autónoma da Madeira e o Algarve a marcarem receitas “melhores” que as de 2019.

Tanto Lisboa como o Alentejo classificaram as receitas em hotelaria na Páscoa de 2022 como “muito melhores” em relação a 2021, com as restantes regiões com receitas “melhores” que o ano anterior.

Fonte: AHP

No que diz respeito aos principais mercados emissores neste período, 82% dos inquiridos consideram que o principal mercado foi o nacional, seguido de Espanha (considerado por 65% dos inquiridos) e França (29% dos inquiridos).

O Reino Unido não é incluído neste “top 3” de mercados para o período da Páscoa, surgindo em quarto lugar (27% dos inquiridos), seguido pela Alemanha (23% dos inquiridos) e Estados Unidos da América (EUA), com 18%.

Fonte: AHP

A nível regional, o mercado nacional foi o principal em praticamente todos os destinos (Região Autónoma dos Açores, Algarve, Alentejo, Centro, Lisboa e Norte), exceto na Madeira – no qual o principal emissor é a Alemanha, seguido pelo Reino Unido e França.

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