Hotelaria: Procura está mais diversificada

Por a 29 de Novembro de 2017 as 16:03

A Cushman & Wakefield apresentou esta quarta-feira uma análise ao mercado hoteleiro que evidenciou o aumento da procura por Portugal, o qual se deve, além de factores externos já conhecidos, ao trabalho de reestruturação do produto e da oferta e à promoção que tem sido efectuada por privados e públicos, disse, por seu lado, Marta Esteves Costa, responsável pelo departamento de Research e Consultoria.

De acordo com a consultora, entre Janeiro e Setembro de 2017, foram registadas 46,3 milhões de dormidas, estimando-se que o ano termine com 57,4 milhões de dormidas, um aumento homólogo de 7,3%.

Na década entre 2006 e 2016, o número de hóspedes nacionais aumentou 32%, enquanto os clientes estrangeiros cresceram 74%; com a taxa de ocupação a evoluir em consonância com os diversos indicadores, de 57% em 2006 para os 70% em 2017.

A procura, segundo Marta Esteves Costa, é cada vez mais diversificada, tal como a oferta tem sido igualmente. Na década em análise, França ocupou um lugar no top3 dos destinos emissores, com mais 876 mil turistas e uma quota de mercado de 11%, posicionando-se a seguir ao Reino Unido e a Espanha, com 16% e 11% de quota, respectivamente.

No lado da oferta, a diversificação prende-se com os produtos, quer pela consolidação no city break & e negócios e no produto Natureza, que acrescem ao Sol & Praia.

A Cushman & Wakefield estima que, hoje, existam, cerca de 2.200 estabelecimentos hoteleiros (77% hotéis, 10% aparthotel e apartamento, 9% resort e aldeamento, 3% turismo rural), num total de 153 mil unidades e alojamento (quartos, apartamentos e moradias). No futuro, a consultora estima a abertura de 120 novos projectos turísticos nos próximos três a cinco anos.

As 1500 unidades hoteleiras existentes situam-se, na sua grande maioria, entre as quatro estrelas (34%) e três estrelas (30%). Os cinco estrelas representam apenas cerca de 10%. “No que se refere à evolução futura da qualidade (…), o mercado tem apostado na especialização e qualificação da oferta, tanto ao nível do produto, como do serviço hoteleiro”, escreve a consultora.

No que respeita a operação hoteleira, os proveitos totais atingiram os 2,9 mil milhões de euros entre 2006 e 2016, com um crescimento médio anual de 7%; enquanto entre Janeiro e Setembro de 2017, já atingiu os 2,3 mil milhões de euros, um acréscimo de 16% face ao mesmo período do ano passado.

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