Burel Moutain Hotels antecipa começo de obras na Casa de Jones para este ano
O edifício localizado nas Penhas Douradas, na Serra da Estrela, encontra-se ao abrigo do programa Revive Natureza, cuja concessão atribuída ao Burel Moutain Hotels tem um período de 25 anos. Com cerca de seis quartos, o projeto pretende focar-se na interpretação do Geoparque em que se insere, com uma forte componente ambiental educativa e lúdica.

Carla Nunes
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O grupo Burel Moutain Hotels, que detém os hotéis Casa das Penhas Douradas e Casa de São Lourenço, na Serra da Estrela, pretende avançar com obras de remodelação num terceiro projeto, a Casa de Jones, ainda este ano.
Situado nas Penhas Douradas, local onde funcionaram vários sanatórios em altitude, espera-se que a Casa de Jones dê lugar a um projeto de alojamento com “seis quartos, duas salas de estar, uma sala de jantar e um pequeno spa”.
A informação foi adiantada à Publituris Hotelaria por João Tomás, empresário da Burel – Mountain Originals, marca que co-criou com a esposa, Isabel Costa, e onde se insere a operação hoteleira dos Burel Moutain Hotels.
Como explica, “a Casa de Jones será em princípio uma casa de campo, dentro do turismo de natureza”, alertando que, por esta se encontrar no Parque Natural da Serra da Estrela, sobretudo nas Penhas Douradas, existem “fortes restrições à construção”, que vão procurar respeitar.
“Acho que o turismo nos parques naturais têm de ser turismos contidos. Não podemos ter nos parques naturais hotéis com 100 quartos, acho que não faz muito sentido. Acreditamos que os hotéis pequenos são os mais ajustados, adequados, mais próprios para áreas sensíveis como esta onde nos encontramos”, refere João Tomás.
O edifício da Casa de Jones, anteriormente utilizado como casa abrigo pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) para o estudo da Serra da Estrela, será alvo de um investimento de cerca de 1,2 milhões de euros, sendo que a remodelação deverá ficar concluída após “um ano e meio de obra”.

Casa de Jones | Créditos: Publituris Hotelaria
De acordo com João Tomás, o projeto fará alusão à antiga utilização do edifício através de uma componente lúdica e educativa associada à interpretação do Geoparque da Estrela, não só com visitas à serra, mas também com uma “sala do conhecimento” dedicada ao efeito.
“Ao recuperarmos a casa vamos também procurar essa tradição. É um processo que temos com o Geoparque, que nos vai ajudar na parte da interpretação e animação ambientais, com uma sala com livros e visitas de interpretação da serra, com pessoas do Geoparque. O que acho interessante nestes empreendimentos é termos uma dose de conhecimento, sairmos mais ricos”, defende João Tomás.
A ideia passará assim por “introduzir uma espécie de turismo do conhecimento, ou turismo científico”, através de uma parceria com o Geoparque, que pretende “proporcionar aos hóspedes do hotel esse conhecimento da Serra da Estrela, densificado de acordo com a motivação e o interesse dos clientes”.
Desta forma, as famílias podem usufruir de visitas guiadas mais informais. Por outro lado, está em vista o estabelecimento de protocolos com entidades académicas por forma a proporcionar “estadias um pouco mais económicas” para projetos de doutoramento ou mestrado.