Alojamento e restauração foi o setor com maior subida da faturação em 2023
Segundo a consultora Informa D&B, o aumento do volume de negócios, em 2023, foi “transversal à maioria dos setores de atividade” e os setores ligados ao turismo “registam os crescimentos mais significativos no volume de negócios em 2023”.

Inês de Matos
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O setor do alojamento e restauração foi o que, no ano passado, registou a maior subida da faturação, que cresceu 18%, avança a consultora Informa D&B, que analisou o volume de negócios de 371 empresas nacionais ao longo do ano passado.
“Entre os setores com maior crescimento do volume de negócio agregado das respetivas empresas, destacam-se o alojamento e restauração (+18%), serviços gerais (+14%) e serviços empresariais (+13%)”, indica a consultora em comunicado.
Os resultados, publicados no relatório Informa Business by Data, que foi divulgado no passado sábado, 26 de outubro, indicam que o aumento do volume de negócios foi “transversal à maioria dos setores de atividade”, no ano passado, e que os setores ligados ao turismo “registam os crescimentos mais significativos no volume de negócios em 2023”.
“Alojamento de curta duração (+25,5%), serviços turísticos (+21%), transportes aéreos (+20,6%) e hotelaria e turismo rural (+19,8%) estão entre as atividades com maiores crescimentos no volume de negócios”, lê-se na informação divulgada.
O relatório da Informa D&B mostra que, em 2023, o volume de negócios agregado do tecido empresarial cresceu 2,5% face ao ano anterior, o que representa um acréscimo na faturação de 10,6 mil milhões de euros, num registo que surge “após dois anos consecutivos de forte crescimento neste indicador”.
A Informa D&B sublinha que “mais de metade das empresas (57%) viram a sua faturação aumentar”, com destaque para as pequenas e as médias empresas, que constituíram os segmentos com o maior crescimento no volume de negócios, registando aumentos de 8,6% e 7,0%, respetivamente.
Já nas microempresas o aumento da faturação foi de 2,3%, no ano passado, com a Informa D&B a destacar ainda que, “ao contrário da tendência dos últimos dois anos, o volume de negócios das grandes empresas desceu 1,2% em 2023”.
Apesar dos bons resultados, houve, no entanto, setores com desempenhos negativos, a exemplo da energia e ambiente, grossista e indústrias, que apresentaram quedas no volume de negócios em 2023.
Exportações descem mas emprego sobe
Os dados divulgados pela Informa D&B mostram também que, no ano passado, volume agregado das exportações recuou 1,7% face a 2022, sendo afetado sobretudo “pelo decréscimo da exportação de bens e pelos negócios no mercado comunitário”.
“Apesar desta queda ligeira, mais de metade das empresas exportadoras (51%) viram crescer o seu volume de negócios com o exterior. Em 2023, as exportações representaram 20% do total do negócio das empresas nacionais. O decréscimo nas exportações foi compensado pelo crescimento de 3,6% do mercado interno, que contribuiu assim para o crescimento de 2,5% na faturação agregada das empresas”, indica o comunicado divulgado.
Em sentido contrário está o emprego, que tem vindo a crescer e novamente com destaque para o alojamento e restauração, com a Informa D&B a constatar que, à semelhança dos dois últimos anos, “quase dois terços das empresas manteve os números do emprego em 2023”.
“O total do emprego nas empresas cresceu 4,7% nesse ano, um crescimento que está mais concentrado nos setores dos serviços empresariais, alojamento e restauração e construção. Em 2023, os custos com o pessoal cresceram em 60% das empresas, apesar de apenas 21% ter aumentado o número de empregados”, acrescenta a Informa D&B.
O desempenho globalmente ascendente levou a que, no ano passado, dois terços das empresas tenham atingido resultados positivos, uma realidade que, segundo a Informa D&B, “é transversal à maioria dos setores de atividade”.
“Os resultados líquidos agregados do tecido empresarial cresceram 12,2% face ao ano anterior. Metade das empresas regista um crescimento neste indicador, dando continuidade aos aumentos expressivos de 2021 e 2022. Esta subida foi também transversal a quase todos os setores de atividade, destacando-se as Energias, Serviços Empresariais e Indústrias”, indica ainda a consultora.
O crescimento dos resultados líquidos, lê-se na informação divulgada, “refletiu-se numa melhoria da rentabilidade das empresas”, pois a “margem líquida evoluiu de forma positiva em 2023, atingindo os 8,2% (+0,7pp)”, o que é “fruto do efeito conjunto do crescimento dos negócios e de uma maior otimização das estruturas de custos, traduzindo-se numa maior criação de valor e riqueza para a economia nacional”.