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Turismo continua a crescer em junho, mas mais lentamente

A atividade turística mantém-se com números positivos, tendo registado um crescimento em hóspedes e dormidas no mês de junho. Contudo, segundo o INE, no sexto mês de 2024, o aumento foi mais moderado do que em maio. No 1.º semestre, no entanto, Portugal já ultrapassou os 14 milhões de hóspedes e as 35,5 milhões de dormidas.

Victor Jorge
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Turismo continua a crescer em junho, mas mais lentamente

A atividade turística mantém-se com números positivos, tendo registado um crescimento em hóspedes e dormidas no mês de junho. Contudo, segundo o INE, no sexto mês de 2024, o aumento foi mais moderado do que em maio. No 1.º semestre, no entanto, Portugal já ultrapassou os 14 milhões de hóspedes e as 35,5 milhões de dormidas.

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O setor do alojamento turístico registou três milhões de hóspedes e 7,8 milhões de dormidas em junho de 2024, correspondendo a aumentos de 6,7% e 4,8%, respetivamente, informa o Instituto Nacional de Estatística (INE). Estes números mostram, contudo, um ligeiramente abrandamento da atividade, depois de, em maio, os crescimentos terem sido de 9,5% e 7,6%, pela mesma ordem.

As dormidas de residentes totalizaram 2,2 milhões e cresceram 3,2%, contra os 7,6% em maio, enquanto as dormidas de não residentes totalizaram 5,6 milhões correspondendo a um aumento de 5,5%, também um ligeiro abrandamento face aos +7,7% do mês de maio anterior.

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Nos mercados externos, os 10 principais mercados emissores, em junho, representaram 77,7% do total de dormidas de não residentes neste mês, destacando-se o mercado britânico (20,8% do total das dormidas de não residentes em junho), o de maior peso, com um aumento de 5,5% face ao mês homólogo.

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Os Estados Unidos da América foram o 2.º principal mercado (peso de 10,6%), em resultado de um crescimento de 13,7%. Seguiu-se o mercado alemão, na terceira posição (quota de 10,6%), com um decréscimo de 0,4%, e o mercado espanhol (8% do total), que registou um crescimento de 6,3%.

No grupo dos 10 principais mercados emissores, destacaram-se ainda os mercados dos Países Baixos e do Canadá (quotas de 4,6% e 2,6%, respetivamente) pelos crescimentos mais significativos, +11,9% e +11,7%, pela mesma ordem. O mercado brasileiro (quota de 4,2%) foi o que mais decresceu (-1%).

Não residentes puxam pelas dormidas em junho e no 2.º trimestre
Neste mês de junho, o INE indica que todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas. Os aumentos mais expressivos observaram-se na Península de Setúbal (+9,1%) e nos Açores (+7,2%), sendo mais modestos na Madeira (+3,3%) e no Algarve (+3,7%).

As dormidas de residentes apresentaram crescimentos em todas as regiões, com exceção das Regiões Autónomas da Madeira (-6,9%) e dos Açores (-2%). A Península de Setúbal destacou-se com o maior crescimento (+10,2%), seguindo-se a Grande Lisboa (+8,2%) e o Centro (+5,8%).

As dormidas de não residentes cresceram em todas as regiões, de forma mais expressiva no Alentejo (+14,6%), e nos Açores (+11,8%).

Já a ocupação nos estabelecimentos de alojamento turístico aumentou, em junho, para 54,2% e 64,4% nas taxas líquidas de ocupação-cama e ocupação-quarto, respetivamente (+0,8 p.p. em ambas).

No que diz respeito à análise do 2.º trimestre de 2024, o INE revela que as dormidas aumentaram 2,8% (+7,4% no 1.º trimestre), devido aos não residentes (+4,2%; +8,7% no 1.º trimestre), dado que as dormidas dos residentes diminuíram 0,8% (+4,7% no 1.º trimestre).

Assim, o total de hóspedes no 2.º trimestre de 2024 foi de 8,8 milhões, enquanto as dormidas ultrapassaram, nos três meses – abril, maio e junho – as 22 milhões.

O INE salienta que “estes resultados foram influenciados pela estrutura móvel do calendário”, ou seja, “pelo efeito do período de férias associado à Páscoa, que este ano se repartiu entre março (1.º trimestre) e abril (2.º trimestre), enquanto no ano anterior se concentrou apenas no 2.º trimestre”.

Ainda nesta análise trimestral, verifica-se que o mercado britânico registou um crescimento de 2,7% face a igual período do ano anterior e representou 19,5% do total de dormidas de não residentes (19,7% no 2.º trimestre de 2023). Seguiram-se os mercados alemão (11,4% do total, o mesmo peso no período homólogo; +4,1% face ao 2.º trimestre de 2023) e norte-americano, sendo este último, entre os cinco principais, o único que registou aumento de quota (+0,9 p.p., passando a representar 10,1% do total no 2º. trimestre) bem como a maior variação homóloga (+15% face ao 2.ºT trimestre de 2023).

Em sentido contrário, o mercado espanhol foi, entre os principais, o que registou maior diminuição do seu peso neste trimestre (-1,3 p.p., para 7,3% do total), em resultado de um decréscimo de 11,4% das dormidas deste mercado face ao mesmo período no ano passado.

2024 continua a bater 2023
Analisando os primeiros seis meses de 2024, os dados do INE mostram um total de 14,3 milhões de hóspedes, correspondendo a uma subida de 5,6% face a igual período de 2023, enquanto no número de dormidas, estas somaram 35,5 milhões, o equivale a uma subida de 4,5% face aos mesmos seis meses de 2023.

Nesta análise, os não residentes somaram 8,8 milhões, ou seja, mais 7,5% que no mesmo período de 2023 ao nível do número de hóspedes, enquanto os residentes totalizaram 5,5 milhões, mais 2,9% que nos primeiros seis meses do ano passado.

Já ao nível das dormidas no primeiro semestre, os não residentes também bateram os residentes, tendo somado 25,4 milhões de dormidas, contra as 10 milhões dos residentes.

A Grande Lisboa continua a ser a campeã no número de hóspedes, tendo recebido, no primeiro semestre mais de quatro milhões (+5,2% que nos primeiros seis meses de 2023), seguindo-se o Porto (com 3,3 milhões, +7,1%), Algarve (com 2,3 milhões, + 3,1%), fechando a região Centro a fasquia acima do milhão, com 1,3 milhões (+6,9%).

Na comparação no número de dormidas, Lisboa também lidera (9,2 milhões, +4%), seguindo-se nesta análise o Algarve (8,7 milhões, +2,8%), fechando o Porto a região que ficou acima da fasquia dos cinco milhões, com 6,1 milhões (+6,1%).

Do total de hóspedes não residentes no primeiro semestre (8,8 milhões), o Reino Unido foi responsável por 1,158 milhões, seguindo-se os EUA com 1,039 milhões, Espanha com 976 mil, Alemanha com 824 mil e França com 750 mil.

Nas dormidas de não residentes, a liderança no primeiro semestre também pertence ao Reino Unido, com 4,670 milhões, seguindo-se a Alemanha, com quase 3 milhões, e os EUA, com 2,345 milhões. Acima dos dois milhões estão ainda a Espanha (2,1 milhões) e França (2,060 milhões).

Estada média em baixa
Em junho, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,56 noites) diminuiu 1,8% (-1,7% em maio). Este indicador apenas registou crescimentos nas Regiões Autónomas (+4,2% na Madeira e +1,4% nos Açores), tendo decrescido de forma mais expressiva no Algarve (-2,9%) e no Centro (-2,8%).

Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,64 noites) e no Algarve (3,87 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Centro (1,73 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,83 noites).

No sexto mês de 2024, a estada média dos residentes (1,97 noites) diminuiu 3,1% e a dos não residentes (2,92 noites) decresceu 1,3%.

A estada média dos não residentes foi mais longa do que a dos residentes em todas as regiões, tendo a Madeira continuado a registar as estadas médias mais prolongadas, quer dos residentes (3,29 noites) quer dos não residentes (5,04 noites). Para além da Madeira, as estadas médias observadas no Algarve (3,12 noites dos residentes e 4,15 noites dos não residentes) e nos Açores (2,66 noites e 3,25 noites, pela mesma ordem) também ficaram acima das estadas médias nacionais.

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Alojamento turístico gera 6,7 mil milhões de euros de proveitos totais em 2024

Depois de apurados os totais das dormidas (80,3 milhões) e hóspedes (31,6 milhões), relativamente 2024, o INE divulga os proveitos gerados em Portugal no ano passado: 6,7 mil milhões de euros de proveitos totais e 5,1 mil milhões de euros de proveitos de aposento.

Em dezembro de 2024, os proveitos totais atingiram 313,8 milhões de euros e os de aposento ascenderam a 222,5 milhões de euros, refletindo crescimentos de 9,2% e 9,3%, respetivamente (+16,7 em novembro, em ambos), revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No que diz respeito aos resultados preliminares de 2024, os números do INE apontam, com base nos 31,6 milhões de hóspedes (+5,2%) e 80,3 milhões de dormidas (+4%; +2,4% nos residentes e +4,8% nos não residentes) nos estabelecimentos de alojamento turístico, para 6,7 mil milhões de euros de proveitos totais e 5,1 mil milhões de euros de proveitos de aposento (+10,9% face a 2023, em ambos).

Estes crescimentos representam, contudo, um abrandamento face à evolução registada em 2023 face ao ano anterior de 2022, em que os proveitos totais e os proveitos de aposentos apresentaram aumentos de 20% e 21,4%, respetivamente.

Proveitos crescem globalmente
Em dezembro, a Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (33,6% dos proveitos totais e 35,9% dos proveitos de aposento), seguida do Norte (18,3% e 18,2%, respetivamente) e da Madeira (17,8% e 17,3%, pela mesma ordem).

De resto, todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem na Madeira (+22,6% nos proveitos totais e +25,3% nos de aposento).

No conjunto do ano de 2024, os proveitos aumentaram em todas as regiões, tendo os crescimentos mais expressivos ocorrido nas Regiões Autónomas dos Açores (+20,2% nos proveitos totais e +22% nos de aposento) e da Madeira (+15,3% e +16,3%, pela mesma ordem).

O INE indica ainda que o crescimento dos proveitos foi transversal aos três segmentos de alojamento no mês de dezembro. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 87,6% e 85,7% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 9,8% e 10,1%, pela mesma ordem.

Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 4% nos proveitos totais e 4,4% nos proveitos de aposento (quotas de 8,5% e 10,5%, respetivamente).

No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,9% e 3,8%, pela mesma ordem), os aumentos foram de 9,5% e 6,3%, respetivamente.

Recorde-se que no conjunto do ano 2024, os resultados preliminares apontam para 31,6 milhões de hóspedes (+5,2%) e 80,3 milhões de dormidas (+4%; +2,4% nos residentes e +4,8% nos não residentes) nos estabelecimentos de alojamento turístico.

As dormidas de não residentes predominaram (70,3% do total) e atingiram 56,4 milhões, enquanto as realizadas por residentes (29,7% do total) totalizaram 23,9 milhões, refletindo aumentos de 4,8% e 2,4%, respetivamente. Face a 2023, acentuou-se ligeiramente a dependência dos mercados externos (69,8% em 2023), atingindo-se o peso mais elevado desde 2018 (70,4%).

As dormidas de residentes foram dominantes apenas em duas regiões, Centro e Alentejo (67,1% e 66,5%, respetivamente). Por sua vez, as regiões onde a dependência dos mercados externos foi mais expressiva no último ano foram a Madeira e a Grande Lisboa (85,3% e 82% do total de dormidas em 2024, pela mesma ordem).

Os mercados estrangeiros predominaram em todos os meses de 2024, com maior preponderância nos meses de outubro e de maio, em que representaram 75,5% e 75,3% do total das dormidas apuradas em cada mês, respetivamente. Nos meses de dezembro e agosto registaram-se as menores dependências dos mercados externos, tendo as dormidas de residentes representado 37,9% e 34,6% do total de cada mês, respetivamente.

Reino Unido mantém liderança
Em 2024, o mercado britânico manteve-se como o principal (18,1% do total de dormidas de não residentes) e cresceu 2,7%. Seguiram-se os mercados alemão (11,3% do total), espanhol (9,7% do total), norte americano (9,2% do total) e francês (+8% do total).

Em 2024, o trimestre de verão (julho a setembro) foi aquele em que as dormidas de residentes apresentaram maior quota (31,1% em 2024, após 31,7% em 2023). Em sentido contrário, foi no 2.º trimestre que se registou uma maior dependência dos mercados externos (73,2%, 72,2% em 2023). Em termos trimestrais, o mercado britânico foi sempre o principal mercado nos últimos dois anos, embora com ligeiras perdas nas quotas de mercado dos últimos três trimestres (face aos mesmos trimestres em 2023). No 4.º trimestre, este mercado representou 17% das dormidas de não residentes (-0,5 p.p. face ao 4º trimestre de 2023). No 4.º trimestre, o mercado alemão representou 12,3% do total das dormidas de não residentes (+0,1 p.p. face a 2023). Seguiu-se o mercado norte americano com uma quota de 9,8% do total (+0,4 p.p.).

Em 2024, a Grande Lisboa foi a região NUTS II onde se registou uma menor dependência, quer do principal mercado externo (16,1% do total das dormidas de não residentes) quer do conjunto dos três principais mercados externos (32,8%). Seguiram-se os Açores (17,4%), o Alentejo (17,7%) e o Norte (17,9%) como regiões de menor dependência do principal mercado externo.

Por sua vez, a Península de Setúbal foi a segunda região com menor dependência do conjunto dos três principais mercados externos (37,7%). Em sentido contrário, o Algarve foi a região mais dependente do principal mercado externo, que representou 36,6% das dormidas de não residentes registadas na região. Seguiram-se o Centro (25,3%), a Madeira (24,2%) e o Oeste e Vale do Tejo (24,1%). O Algarve e a Madeira foram as regiões mais dependentes do conjunto dos três principais mercados externos (58,8% do total das dormidas de não residentes), seguida do Algarve (56,1%).

Espanha foi o principal mercado externo em cinco regiões: Centro (25,3% das dormidas de não residentes), Oeste e Vale do Tejo (24,1%), Península de Setúbal (18,2%), Norte (17,9%) e Alentejo (17,7%). Os Estados Unidos foram o principal mercado nos Açores (17,4%) e na Grande Lisboa (16,1%). A Alemanha foi o principal mercado externo na Madeira (24,2%) e o Reino Unido foi o principal mercado externo no Algarve (36,6%).

Norte e Lisboa representam cerca de metade do acréscimo de dormidas registado em 2024
Em 2024, os estabelecimentos de alojamento turístico registaram mais 3,1 milhões de dormidas do que em 2023, com os não residentes a serem responsáveis por 82,1% deste acréscimo de dormidas (+2,6 milhões de dormidas). Os residentes contribuíram com 557,7 mil dormidas adicionais face a 2023.

O mês de março foi o que mais contribuiu para o acréscimo anual (645,2 mil dormidas adicionais) e o mês de abril foi o único com dormidas abaixo dos níveis de 2023 (-295,7 mil dormidas).

No seu conjunto, os meses de março e abril contribuíram com 349,6 mil dormidas adicionais.

O mês de maio foi o segundo mês que mais contribuiu para o crescimento anual (acréscimo de 544,9 mil dormidas), seguindo-se o mês de novembro (440,9 mil dormidas adicionais). Relativamente às dormidas de residentes, o mês de novembro foi o que registou maior crescimento absoluto do número de dormidas face a 2023 (299,5 mil dormidas adicionais), seguindo-se o mês de agosto (+165,0 mil dormidas).

Nas dormidas de residentes, registaram-se decréscimos em abril (-250,1 mil dormidas), julho (-62,6 mil dormidas), setembro (-13,1 mil dormidas) e janeiro (-11,6 mil dormidas).

Nos mercados externos, o mês de março também foi aquele em que se registou maior acréscimo absoluto do número de dormidas (+493,9 mil dormidas), seguindo-se o mês de maio (+411,4 mil dormidas). Apenas em abril se registou um decréscimo do número de dormidas de não residentes face a 2023 (-45,6 mil dormidas).

Em termos regionais, o Norte (843,3 mil dormidas adicionais) registou o maior crescimento absoluto do número de dormidas face a 2023, seguindo-se a Grande Lisboa (+685,9 mil dormidas). Estas duas regiões contribuíram, no seu conjunto, com 49% para o acréscimo de dormidas registado em 2024 (Norte: 27%, Grande Lisboa: 22%).

As dormidas de residentes registaram o maior crescimento absoluto no Centro (+218,9 mil dormidas), seguindo-se o Norte (+147,8 mil dormidas).

Em termos de dormidas de não residentes, os maiores acréscimos absolutos observaram-se no Norte (+695,5 mil dormidas) e na Grande Lisboa (+631 mil dormidas).

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Confirmado o ano de todos os recordes no turismo

As previsões apontavam para um ano recorde no turismo, em 2024. A confirmação chegou agora com a divulgação dos dados do INE: 31,6 milhões de hóspedes e 80,3 milhões de dormidas. O secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, já afirmou que para 2025, as estimativas são de “um crescimento na ordem dos 4% a 5%”.

Victor Jorge

O setor do alojamento turístico registou 1,9 milhões de hóspedes e 4,2 milhões de dormidas em dezembro de 2024, correspondendo a variações de +3,6% e +2,9%, respetivamente (+14% e +9,6% em novembro de 2024, pela mesma ordem), avançam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

As dormidas de residentes registaram, no último mês do ano, um aumento de 0,6% (+22,2% em novembro), correspondendo a 1,6 milhões, enquanto as dormidas dos não residentes registaram um crescimento de 4,4% (o mesmo crescimento que em novembro), totalizando 2,6 milhões.

Já no 4.º trimestre de 2024, as dormidas aumentaram 4,7% (+3% no 3.º trimestre), com as dormidas de residentes a crescerem 6,8% (+1% no 3.º trimestre) e as de não residentes a aumentarem 3,7% (+4% no trimestre anterior).

No que diz respeito ao número de hóspedes no último trimestre de 2024, Portugal somou mais de 7 milhões (mais 400 mil que em igual período de 2023), com os residentes a contabilizarem 2,9 milhões (contra os 2,7 milhões de período homólogo) e os não residentes 4,1 milhões (contra os 3,9 milhões de igual período de 2023).

Em dezembro, os maiores aumentos nas dormidas ocorreram na Madeira (+8,8%) e nos Açores (+4,4%), tendo os únicos decréscimos sido registados no Oeste e Vale do Tejo (-3,0%) e no Centro (-0,3%).

As dormidas de residentes registaram decréscimos na maioria das regiões, tendo sido mais expressivos nos Açores (-11,1%). Em sentido contrário, destacaram-se os crescimentos registados na Madeira (+28,7%) e na Península de Setúbal (9,1%).

Já as dormidas de não residentes registaram crescimentos em todas as regiões, com exceção da Península de Setúbal (-5,6%) e do Oeste e Vale do Tejo (-4,5%). Os aumentos mais expressivos foram observados nos Açores (+28,2%) e no Alentejo (+11,2%).

Os 10 principais mercados emissores, em dezembro, representaram 72,3% do total de dormidas de não residentes neste mês, com o mercado britânico a manter-se com o maior peso (13,7% do total das dormidas de não residentes em dezembro) e a registar um ligeiro decréscimo de 0,2% face ao mês homólogo.

As dormidas do mercado espanhol, o segundo principal mercado emissor em dezembro (13,2% do total), diminuíram 10%. Seguiu-se o mercado alemão, na 3.ª posição (quota de 11,3%), com um crescimento de 9,2%.

No grupo dos 10 principais mercados emissores em dezembro, o mercado polaco foi o que registou o maior crescimento (+13,9%), seguindo-se os Países Baixos (+10,4%) e o Canadá (9,9%).

2024: Ano histórico
O ano de 2024, como se estimava, ultrapassou todos os recordes no turismo, com os dados preliminares do INE a indicarem que os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 31,6 milhões de hóspedes e 80,3 milhões de dormidas, refletindo aumentos anuais de 5,2% e 4%, respetivamente.

No conjunto do ano de 2024, as dormidas de residentes aumentaram 2,4% (+1,9% em 2023) e as de não residentes 4,8% (15,1% em 2023). As dormidas de não residentes predominaram (70,3% do total) e atingiram 56,4 milhões, enquanto as realizadas por residentes (29,7% do total) totalizaram 23,9 milhões.

Face a 2023, “acentuou-se a dependência dos mercados externos (69,8% em 2023), atingindo-se o peso mais elevado desde 2018, quando estes mercados representaram 70,4% do total”, revelam os dados do INE.

Nas dormidas, a região do Algarve totalizou 20,7 milhões (+1,9%), seguindo-se Lisboa com 19,4 milhões (+3,7%) e o Norte com 14,1 milhões (+6,4%).

De resto, no conjunto do ano de 2024, todas as regiões registaram crescimento nas dormidas, com os maiores aumentos a ocorrerem nos Açores (+9,3%), no Norte (+6,4%) e na Península de Setúbal (+6,1%).

O Algarve concentrou 25,8% do total das dormidas em 2024, seguindo-se a Grande Lisboa (24,2% do total) e o Norte (17,6%). O principal destino em termos de dormidas dos residentes foi o Norte (21,8% do total das dormidas de residentes), seguido do Algarve (19,6% do total), da Grande Lisboa (14,6% do total) e do Centro (14,5% do total).

As dormidas de não residentes concentraram-se, essencialmente, no Algarve (28,5% do total de dormidas de não residentes) e na Grande Lisboa (28,3% do total).

No Centro e no Alentejo, em 2024, predominaram as dormidas de residentes (67,1% e 66,5%, respetivamente), enquanto nas restantes regiões as dormidas de não residentes foram dominantes. A RA Madeira e Grande Lisboa foram as regiões mais dependentes dos mercados externos (85,3% e 82,0% do total de dormidas em 2024, pela mesma ordem).

Em termos de hóspedes, dos 31,6 milhões, 12,2 milhões foram residentes (+3,5%), e 19,4 milhões foram não residentes (+6,3%). Aqui, a liderança pertence a Lisboa, com 8,5 milhões de hóspedes (+4,9%), seguindo-se o Norte com 7,4 milhões (+6,9%) e o Algarve com 5,3 milhões (+2,6%). Tal como nas dormidas, todas as regiões registaram aumentos no número de hóspedes, com as maiores subidas a acontecerem na Península de Setúbal (+8%), Açores (+7,8%) e Centro (+7,2%).

No conjunto do ano de 2024, o mercado britânico manteve-se como o principal (18,1% do total de dormidas de não residentes) e cresceu 2,7% para 10,2 milhões. Seguiram-se os mercados alemão (11,3% do total) com 6,3milhões, espanhol (9,7% do total) com 5,4 milhões, norte americano (9,2% do total) com 5,2 milhões, e francês (+8% do total) com 4,5 milhões. Ainda entre os principais mercados, o canadiano (+17,1%), o norte-americano (+12,1%) e dos Países Baixos (+8,7%) destacaram-se pelos crescimentos expressivos.

Estada média contradiz crescimento
Em dezembro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,24 noites) continuou a diminuir (-0,7%, após -3,8% em novembro). Os valores mais elevados deste indicador continuaram a observar-se na Madeira (4,72 noites) e no Algarve (3,35 noites), tendo as estadias mais curtas ocorrido no Oeste e Vale do Tejo (1,61 noites) e no Centro (1,62 noites).

Na globalidade de 2024, a estada média recuou 1,1%, para 2,54 noites, tendo registado aumentos apenas nas Regiões Autónomas dos Açores (+1,5%) e da Madeira (+1%). A Península de Setúbal e o Centro foram as regiões onde a estada média mais decresceu (-1,7% e -1,4%, respetivamente).

Em dezembro, a estada média dos residentes (1,71 noites) diminuiu 0,2% e a dos não residentes (2,76 noites) decresceu 2,0%.

A estada média dos não residentes foi mais longa que a dos residentes em todas as regiões. A Madeira registou as estadas médias mais prolongadas, quer dos não residentes (5,23 noites) quer dos residentes (3,26 noites).

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Viagens dos residentes invertem trajetória de quebra e crescem 2,6% no 3.º trimestre de 2024

Entre julho e setembro de 2024, as viagens dos residentes inverteram a trajetória de quebra dos três meses anteriores e cresceram 2,6%, somando 8,2 milhões, com destaque para a subida das deslocações em território nacional, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Inês de Matos

As viagens dos residentes aumentaram 2,6%, para 8,2 milhões, no terceiro trimestre de 2024, invertendo a trajetória de quebra apresentada nos três meses anteriores, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE), que divulgou esta segunda-feira, 27 de janeiro, os dados sobre a Procura Turística dos Residentes, entre julho e setembro do ano passado.

Os dados do INE comparam o crescimento de 2,6% registado no terceiro trimestre de 2024 com a descida de -13,4% apresentada nos três meses anteriores e destacam as viagens em território nacional, que, segundo os dados divulgados, “inverteram a trajetória descendente dos dois trimestres anteriores e aumentaram 1,4%, atingindo 6,9 milhões (84,2% do total de deslocações)”, quando no trimestre anterior tinha sido registada uma descida de -15,4%.

A subir estiveram também as viagens com destino ao estrangeiro, que registaram um acréscimo de 9,8%, totalizando 1,3 milhões de deslocações (15,8% do total), o que contrasta com a descida de -1,5% registada no trimestre anterior.

Os números mostram que o total de viagens foi mais elevado nos meses de agosto e setembro, quando foram registados crescimento de 8,4% e 2,1%, respetivamente, enquanto no mês de julho houve uma descida de 5,5% nas deslocações dos residentes.

Os motivos para viajar não diferiram muito do trimestre anterior, ainda que tenham existido menos viagens de negócios, com o INE a indicar que “o “lazer, recreio ou férias”, tal como no período homólogo, foi a principal motivação para viajar no 3º trimestre de 2024, originando 5,6 milhões de viagens (+4,2%), que representaram 67,7% do total”, o que representa um crescimento de +1,1 p.p. face ao terceiro trimestre de 2023.

As deslocações para “visita a familiares ou amigos” também registaram um acréscimo, que, segundo o INE, chegou aos “+4,3%, em resultado de 2,1 milhões de viagens (26,1% do total, +0,4 p.p. face ao 3ºT 2023), enquanto as viagens por motivos “profissionais ou de negócios” decresceram 18,3%, totalizando 257,6 mil deslocações (3,1% do
total; -0,8 p.p. face ao 3ºT de 2023)”.

Os dados do INE mostram ainda que, entre julho e setembro de 2024, o “lazer, recreio ou férias” foi “a principal motivação dos residentes para viajar, quer em território nacional (64,9% das deslocações nacionais; 4,5 milhões de viagens) quer nas deslocações ao estrangeiro (peso relativo de 82,6%; 1,1 milhões de viagens)”, enquanto a “visita a familiares ou amigos” representou 29,2% do total das deslocações nacionais (2,0 milhões de viagens) e 9,9% das deslocações ao estrangeiro (128,5 mil viagens). Já os motivos “profissionais ou de negócios” foram a terceira principal razão dos residentes para viajar nas deslocações ao estrangeiro (6,2%; 80,1 mil viagens).

O INE diz também que a marcação prévia das viagens continuou a ser uma realidade em 47,1% das viagens dos residentes realizadas no 3º trimestre de 2024, o que traduz um aumento de +1,1 p.p., sendo mesmo “dominante nas deslocações com destino ao estrangeiro (92,9%; +0,5 p.p.), ao contrário das viagens nacionais, em que foi utilizada apenas em 38,6% (+0,6 p.p.)”.

Em 30,2% das deslocações (+1,7 p.p), houve recurso à internet para organização da viagem, com este indicar a ter “maior representatividade na organização de viagens ao estrangeiro (67,3% do total, +3,4 p.p.) do que nas viagens em território nacional, em que a utilização deste recurso representou 23,3% do total (+0,8 p.p.)”.

Quanto a tipos de alojamento, o INE indica que “o “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção de alojamento (53,6% do total), tendo acolhido 24,8 milhões de dormidas nas viagens dos residentes”, principalmente nas viagens motivadas pelo “lazer, recreio ou férias” (44,0% do total) e nas deslocações em “visita a familiares ou amigos” (95,1%).

Já os “hotéis e similares” foram a segunda principal opção de alojamento n1o terceiro trimestre de 2024, concentrando 25,2% das dormidas (11,6 milhões), sendo o principal tipo de alojamento em viagens por “motivos profissionais ou de negócios” (42,7%) e o segundo nas dormidas em deslocações por “lazer, recreio ou férias” (30,1%).

Duração média e proporção de turistas diminuem

Os dados do INE mostram também que, entre julho e setembro de 2024, , cada viagem teve uma duração média de 5,62 noites, o que compara com as 5,90 registadas no terceiro trimestre de 2023, com os dados a revelarem ainda que “a duração média mais longa foi registada em agosto (6,39 noites; 6,62 em agosto de 2023) e a mais baixa em setembro (3,92 noites; 4,19 em setembro de 2023)”.

A descer esteve também a proporção de turistas, uma vez que, no terceiro trimestre do ano passado, 39,9% dos residentes fizeram pelo menos uma deslocação turística, o que representa uma descida de -0,9 p.p. face ao mesmo período do ano anterior.

“Numa análise mensal, e em termos homólogos, a proporção de residentes que realizou pelo menos uma viagem diminuiu em julho (-1,1 p.p.), mas aumentou em agosto e setembro (+1,2 p.p. e +0,3 p.p., respetivamente)”, explica ainda o INE.

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Proveitos totais do alojamento turístico somam quase 6,4 mil milhões de euros até novembro

Segundo informa o Instituto Nacional de Estatística (INE), a evolução das dormidas de residentes acelerou o crescimento dos proveitos em novembro. No acumulado, até novembro, os proveitos totais estão 11% acima de período homólogo de 2023.

Em novembro de 20241, o setor do alojamento turístico registou 2,2 milhões de hóspedes (+14%)3 e 5 milhões de dormidas (+9,8%), gerando 385,9 milhões de euros de proveitos totais e 285,3 milhões de euros de proveitos de aposento (+16,7% em ambos), depois de terem crescido 10% e 10,9%, em outubro, pela mesma ordem.

No acumulado de janeiro a novembro, as dormidas registaram um crescimento de 4,1%, atingindo 76,1 milhões, dando origem a aumentos de 11% nos proveitos totais e nos de aposentos, totalizando quase 6,4 mil milhões de euros e 4,9 mil milhões de euros, respetivamente. Segundo o INE, “este aumento deveu-se, principalmente, às dormidas de não residentes, que cresceram 4,8%, tendo as de residentes registado um crescimento inferior (+2,5%)”.

A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (39,4% dos proveitos totais e 42,1% dos proveitos de aposento), seguida do Norte (16,8% e 16,9%, respetivamente) e da Madeira (14,3% e 13,6%, pela mesma ordem).

Todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem no Centro (+31,4% nos proveitos totais e +31,9% nos de aposento) e na Madeira (+26,3% e +28,8%, respetivamente).

O INE refere que “o crescimento dos proveitos foi transversal aos três segmentos de alojamento no mês de novembro”. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 88% e 86,3% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram ambos 17%.

Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 12,3% nos proveitos totais e 12,7% nos proveitos de aposento (quotas de 8,7% e 10,5%, respetivamente).

Já no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,3% e 3,2%, pela mesma ordem), os aumentos foram de 23,2% e 25%, respetivamente.

RevPAR e ADR em alta em todas as regiões
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 48 euros em novembro, registando um aumento de 11,3% (+7,9% em outubro).

O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (95,1 euros), seguindo-se a Madeira (72,0 euros). Os maiores crescimentos ocorreram na Península de Setúbal (+26,9%), no Centro (+23,8%) e na Madeira (+23,3%).

Este indicador cresceu, em novembro, segundo o INE, 13% na hotelaria (+9% em outubro). No alojamento local e no turismo no espaço rural e de habitação, registaram-se aumentos de, respetivamente, 4,3% e 10,4% (+4,3% e +4,6%, em outubro, pela mesma ordem).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 98 euros (+6,8%, após +6,2% em outubro).

A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (138,7 euros), seguida da Madeira (98,5 euros) e do Norte (86,5 euros). Todas as regiões registaram aumentos neste indicador, tendo os crescimentos mais expressivos ocorrido na Madeira (+20,2%), no Centro (+10,5%) e no Oeste e Vale do Tejo (+8,5%).

Em novembro, o ADR cresceu em todos os segmentos, +7,1% na hotelaria (+6,2% em outubro), +4,5% no alojamento local (+4,9% em outubro) e +2,2% no turismo no espaço rural e de habitação (+8,9% em outubro).

No período acumulado de janeiro a novembro de 2024, o RevPAR atingiu 72 euros e o ADR 121,6 euros (+7,0% e + 6,5%, respetivamente).

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Reservas de alojamento em plataformas digitais sobem 18% no 3.º trimestre de 2024 na UE

Segundo avançam os dados disponibilizados pelo Eurostat, as reservas de alojamento realizadas via plataformas digitais totalizaram mais de 366 milhões de noites no 3.º trimestre do ano. No acumulado dos nove meses, totalizam quase 700 milhões.

Victor Jorge

Durante o 3.º trimestre de 2024, foram reservadas 366,2 milhões de noites através de plataformas digitais – Airbnb, Booking, Expdia ou Tripadvisor, entre outras – na União Europeia (UE), correspondendo a uma subida de 18% face a igual período de 2023, informa o Eurostat.

Os dados disponibilizados recentemente confirmam que os três meses do período em análise registaram aumentos. Em julho, registaram-se 135 milhões de reservas (+16,4%), enquanto em agosto o valor subiu para 152,2 milhões (+21,6%), reduzindo para 79 milhões (+14%).

A liderar este ranking, relativamente ao 3.º trimestre de 2024, aparece a França com 81,6 milhões de reservas, seguindo-se Espanha com 67,3 milhões, e Itália com 55,7 milhões, indicando o Eurostat que Portugal registou 18,9 milhões de reservas.

Já no acumulado dos primeiros nove meses de 2024, a entidade estatística europeia revela que na UE foram realizadas perto de 700 milhões de reservas em alojamento. Também nesta análise, a liderança pertence a França com mais de 157 milhões de reservas. Seguem-se Espanha com mais de 136 milhões e Itália com perto de 105 milhões. Portugal aparece com 37 milhões de reservas feitas via plataformas digitais de janeiro a setembro de 2024.

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Visitantes e dormidas continuaram a crescer em Cabo Verde no 3.º trimestre

Cabo Verde recebeu mais 6,7% de visitantes e teve mais 6,1% de dormidas no terceiro trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No terceiro trimestre de 2024, os estabelecimentos hoteleiros de Cabo Verde registaram 247.093 hóspedes, que totalizaram 1.395.397 dormidas, o que “representa um aumento de 6,7% no número de visitantes e de 6,1% nas pernoites, em relação ao mesmo período de 2023”, segundo o INE.

Este crescimento reflete a continuidade da recuperação do setor turístico em Cabo Verde.

Os hotéis continuaram a ser a opção mais popular, representando 81,6% das entradas, e 85,8% das dormidas.

Em termos de distribuição geográfica, a ilha do Sal continua a ser a mais procurada pelos turistas, com 60,3%, seguida pela ilha da Boa Vista, com 24,3%. Santiago recebeu 8,5% dos hóspedes, enquanto São Vicente teve 3,4%. As restantes ilhas corresponderam a 3,5% do total de entradas.

O Reino Unido manteve-se como o principal mercado emissor, com 31,8% das entradas, seguido por Portugal (13,2%) e Países Baixos (7,6%).

O INE destaca que a tendência de crescimento no setor turístico deve continuar a impulsionar a economia cabo-verdiana.

Os hotéis bateram o recorde de um milhão de hóspedes em 2023 e o Governo antecipou para 2024 a meta de 1,2 milhões de turistas, antes estabelecida para 2026.

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Natal e Ano Novo: Hotelaria de Lisboa e Madeira lideram em reservas e preço médio

A hotelaria da Grande Lisboa e da Região Autónoma da Madeira registam reservas on the books, taxa de ocupação estimada e preço médio on the books acima da média nacional quer para a época do Natal, quer para o período de Ano Novo. Contudo, é o Alentejo que lidera em preço médio: 190 euros para o Natal e 283 euros no Ano Novo. Os dados são da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que inquiriu 311 empreendimentos hoteleiros.

Carla Nunes

A hotelaria da Grande Lisboa e da Região Autónoma da Madeira registam valores acima da média nacional no que diz respeito às reservas on the books, taxa de ocupação estimada e preço médio on the books para as épocas de Natal e Ano Novo de 2024.

Os dados resultam do inquérito “Perspetivas Natal & Réveillon 2024”, realizado entre 15 de novembro e 13 de dezembro pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), com uma amostra de 311 empreendimentos.

A partir desta análise, a AHP dá conta de que a média nacional para o período do Natal, de 21 a 26 de dezembro, registam 38% de reservas on the books, uma taxa de ocupação estimada de 52% e um preço médio de 151 euros.

Para esta época, é a hotelaria da Grande Lisboa e da Região Autónoma da Madeira que registam valores acima da média nacional nos três indicadores.

No caso da Grande Lisboa, e à data do inquérito, as reservas on the books situavam-se nos 44%, com uma taxa de ocupação estimada de 62% e um preço médio de 191 euros.

Já na Região Autónoma da Madeira, as reservas on the books situavam-se nos 59%, estimando-se uma taxa de ocupação de 73% e um preço médio de 153 euros.

Apesar de não registarem todos os campos acima da média nacional, destaque para a região do Alentejo, que dá conta de um preço médio on the books de 190 euros e uma taxa de ocupação estimada de 54%, e para a região Norte, com um preço médio on the books de 179 euros.

Créditos: Gabinete de Estudos e Estatísticas da AHP

Comparando com o mesmo período de 2023, 71% dos hoteleiros inquiridos considera que a taxa de ocupação no Natal deste ano será “melhor ou igual”, com 79% a apontar que o preço médio também será “melhor ou igual” e 62% a referir que os valores de estada média serão “iguais”.

Quanto aos proveitos de aposento, 71% dos hoteleiros afirma que estes serão “melhores ou iguais” que os registados no Natal de 2023.

“Para nós isto é um claro abrandamento do ritmo de crescimento após 2023. Há otimismo, mas muito mais moderado do que foi até este ano de 2024”, referiu Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP, na apresentação do inquérito aos jornalistas.

Relativamente aos principais mercados para a época do Natal, 82% dos hoteleiros inquiridos apontou Portugal como um dos seus principais três mercados, seguido pelo Reino Unido (no Top 3 de mercados para 41% dos inquiridos) e Espanha (referido por 40% dos inquiridos).

Ano Novo com preço médio a 202 euros

Já para o período de Ano Novo, de 28 de dezembro a 2 de janeiro de 2025, a média nacional do inquérito conduzido pela AHP aponta para 50% de reservas on the books, uma taxa de ocupação estimada de 68% e um preço médio on the books de 202 euros.

Novamente, a Região Autónoma da Madeira e a Grande Lisboa registam todos os campos acima da média nacional.

No caso da Região Autónoma da Madeira, e até à data do inquérito, registavam-se 68% de reservas on the books, 84% de taxa de ocupação estimada e um preço médio de 243 euros.

Na Grande Lisboa, para o período de Ano Novo, as reservas on the books encontravam-se nos 61%, a taxa de ocupação estimada nos 78% e o preço médio on the books nos 249 euros.

Para a época de Ano Novo, destaque também para o Alentejo, com um preço médio a 283 euros on the books e uma taxa de ocupação estimada a 76%, e para a região Norte, com um preço médio on the books de 229 euros.

Créditos: Gabinete de Estudos e Estatísticas da AHP

No que diz respeito aos mercados, Portugal volta a ser apontado por 84% dos hoteleiros como um dos principais três mercados esperados para o Ano Novo. Seguem-se os mercados de Espanha (indicado por 35% dos hoteleiros como um dos principais três mercados), Alemanha (apontado por 34% dos inquiridos) e Reino Unido (32% dos inquiridos).

Tanto para o Natal como para o Ano Novo, o Booking foi indicado por 85% dos inquiridos como o canal de reservas mais utilizado, seguido pelo website próprio (83% dos inquiridos), email direto (39%), pela Expedia (32%) e pelas agências de viagem (25%).

Sobre o autorCarla Nunes

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3 milhões de hóspedes e 7,6 milhões de dormidas geram 644 milhões de euros de proveitos totais no turismo, em outubro

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em outubro de 2024, o setor do alojamento turístico registou 3 milhões de hóspedes e 7,6 milhões de dormidas, gerando 644,1 milhões de euros de proveitos totais. No acumulado do ano, na generalidade dos meios de alojamento, ultrapassaram-se as 78 milhões de dormidas, atingindo quase 30 milhões de hóspedes.

Victor Jorge

Em outubro de 2024, o setor do alojamento turístico registou 3 milhões de hóspedes, representando um aumento de 3,8%, face ao mesmo mês de 2023, e 7,6 milhões de dormidas, +2,5% relativamente ao 10.º mês do ano passado, gerando 644,1 milhões de euros de proveitos totais (+9,9%; 11,8% em setembro) e 490,2 milhões de euros de proveitos de aposento (+10,7%; 12,4% em setembro), indicam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Neste 10.º mês de 2024, dos 3 milhões de hóspedes, os residentes nacionais ultrapassaram por pouco o milhão (+3,3), enquanto os não residentes somaram perto de 2 milhões (+4%).

Por regiões, nenhuma superou o milhão de hóspedes, com Lisboa a liderar a tabela, com 808 mil (+3,2%), seguida do Porto com 697 mil (+5,1%) e o Algarve com 515 mil (+0,4%). De resto, todas as regiões registaram aumentos no número de hóspedes no mês de outubro, com destaque para o Centro, única região a crescer a duplo dígito.

Por nacionalidades, os EUA lideraram, pela primeira vez o ranking, com perto de 268 mil hóspedes, seguindo-se o Reino Unido (267 mil) e Espanha (198 mil).

No que diz respeito às dormidas, das 7,6 milhões registadas em outubro, os residentes no estrangeiro somaram 5,7 milhões, correspondendo a uma subida de 3% face a igual período de 2023, com os residentes nacionais a somarem quase 1,9 milhões, representando um crescimento de 1,2% face ao mês homólogo do ano passado.

Por regiões, a liderança pertenceu ao Algarve, com perto de 2,1 milhões de dormidas (+0,4%), seguindo-se Lisboa com 1,8 milhões (+2,2%) e Porto com 1,3 milhões (+4,6%). Em outubro, a única região a registar números negativos foi o Alentejo, com uma descida de 4,4% face ao mesmo mês de 2023, destacando-se os Açores com um aumento de duplo dígito (+10,8%).

Nas dormidas, em outubro de 2024, o Reino Unido lidera com mais de 1,1 milhões, seguindo-se a Alemanha com 720 mil e França com 430 mil.

Todos ganham mais
Nos proveitos totais, dos 644 milhões de euros, 218 milhões tiveram origem na região de Lisboa (+12,1%), seguindo-se o Algarve com 148 milhões (+4,6%) e o Porto com 108 milhões (+9,2%) Aqui, as maiores variações percentuais pertenceram aos Açores (+20,5%), Madeira (+16%) e Centro (+14,6%).

Já nos proveitos dos aposentos, dos 490 milhões de euros totais, 178 milhões tiveram origem em Lisboa (+12,8%), seguindo-se o Algarve com 104 milhões (+6,3%) e o Porto com 85 milhões (+8,7%). Aqui, também as ilhas lideraram as subidas, com os Açores a crescerem 20,7% e a Madeira 17,7%.

O crescimento dos proveitos foi transversal aos três segmentos de alojamento no mês de outubro. Na hotelaria, os proveitos totais e de aposento (pesos de 87,4% e 85,8% no total do alojamento turístico, respetivamente) aumentaram 9,7% e 10,7%, pela mesma ordem.

Nos estabelecimentos de alojamento local, registaram-se aumentos de 11,9% nos proveitos totais e 11,1% nos proveitos de aposento (quotas de 9,0% e 10,7%, respetivamente).

No turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,5% em ambos), os aumentos foram de 11,4% e 10%, respetivamente.

A caminho de todos os recordes
No acumulado de janeiro a outubro, as dormidas registaram um crescimento de 3,7%, atingindo 71,1 milhões, dando origem a aumentos de 10,6% nos proveitos totais e de 10,7% nos de aposento. Este aumento deveu-se, principalmente, às dormidas de não residentes, que cresceram 4,8%, enquanto as de residentes registaram um crescimento inferior (+1,2%), revela o INE.

Deste total, os não residentes somaram 17,2 milhões de hóspedes, correspondendo a uma subida de 6,1% face ao acumulado de 2023, com os residentes a totalizarem 10,3 milhões, uma subida de 2,4% face ao mesmo período em análise.

Lisboa lidera no número de hóspedes nos primeiros 10 meses de 2024, com 7,3 milhões (+4,6%), seguindo-se o Porto com 6,4 milhões (+6,2%) e o Algarve 4,8 milhões (+2,2%). De resto, tal como no mês de outubro, todas as regiões registaram subidas no acumulado do ano.

Nas dormidas, das 71,1 milhões, os não residentes foram responsáveis por perto de 50,5 milhões (+4,8%) com os residentes a contabilizarem 20,6 milhões (+1,2%). Aqui, é o Algarve que lidera com 19,3 milhões de dormidas (+1,8%), seguindo-se Lisboa com 16,8 milhões (+3,7%) e o Porto com 12,3 milhões (+5,8%).

Tal como nos hóspedes, no acumulado do ano, nenhuma região registou um decréscimo nas dormidas.

Analisando todos os tipos de alojamento, Portugal registou nestes primeiros 10 meses de outubro 29,8 milhões de hóspedes (+4,7%) e 78,5 milhões de dormidas (+3,3%).

Nos proveitos totais, dos 6 mil milhões de euros, um aumento de 10,6% face aos primeiros 10 meses de 2023, Lisboa somou 1,755 mil milhões de euros (+11%), o Algarve 1,6 mil milhões de euros (+7,3%) e o Porto 937 milhões de euros (+11%).

Nos proveitos totais, todas as regiões cresceram a duplo dígito, exceto o Algarve.

No que diz respeito aos 4,6 mil milhões de euros dos proveitos dos aposentos acumulados até outubro de 2024 (+10,7%), também Lisboa lidera com 1,4 mil milhões de euros (+10,9%), seguindo-se, novamente, o Algarve com 1,2 mil milhões de euros (+7,9%) e o Porto com 740 milhões de euros (+10,5%).

Rendimentos por quarto melhoram
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 74,9 euros em outubro, registando um aumento de 7,6% (+9,5% em setembro).

O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (137,2 euros), seguindo-se a RA Madeira (87,2 euros). Os maiores crescimentos ocorreram na RA Madeira (+15,6%), na Península de Setúbal (+12,2%), na RA Açores (+11,0%) e na Grande Lisboa (+10,4%), enquanto no Alentejo se registou um decréscimo (-3,3%).

Em outubro, este indicador cresceu 8,6% na hotelaria (+10,5% em setembro). No alojamento local e no turismo no espaço rural e de habitação, registaram-se aumentos de, respetivamente, 4,7% e 3,4% (+5,6% e +10,0%, em setembro, pela mesma ordem).

No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 118,5 euros (+6,3%, após +8,6% em setembro).

A Grande Lisboa destacou-se com o valor mais elevado de ADR (170,9 euros), seguida do Norte (114,4 euros) da RA Madeira (109,7 euros) e do Alentejo (+105,6 euros). Todas as regiões registaram aumentos neste indicador, tendo os crescimentos mais expressivos ocorrido na RA Madeira (+13,9%), na Grande Lisboa (+9,7%) e na RA Açores (+7,6%).

Em outubro, o ADR cresceu em todos os segmentos, +6,2% na hotelaria (+9,2% em setembro), +6,6% no alojamento local (+5,2% em setembro) e +9,8% no turismo no espaço rural e de habitação (+8,7% em setembro).

No período acumulado de janeiro a outubro de 2024, o RevPAR atingiu 74,2 euros e o ADR 123,5 euros (+6,7% e + 6,5%, respetivamente).

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Setores ligados ao Turismo entre os que mais recuam na constituição de novas empresas

Segundo o relatório Informa Business by Data, até final de novembro, a criação de novas empresas nos Transportes e Alojamento e restauração desceu 23% e 3,3%, respetivamente, numa tendência que foi acompanhada por mais de metade dos setores económicos.

Os setores ligados ao Turismo, nomeadamente os Transportes e o Alojamento e restauração, estão entre os que mais recuaram na constituição de novas empresas até novembro, avança a Informa D&B, que diz a criação de novas empresas nestes setores desceu 23% e 3,3%, respetivamente, comparativamente ao mesmo período de 2023.

Os dados do relatório Informa Business by Data, mostram que, até novembro, foram criadas 47.117 novas empresas em Portugal, o que corresponde a uma descida de 2,8% (-1.348 empresas) face ao mesmo período do ano passado.

“Este é o quarto mês em que a constituição de empresas recua consecutivamente”, indica a Informa D&B, explicando que novembro veio confirmar uma “tendência de abrandamento neste indicador”, que revelou descidas em mais de metade dos setores.

Nos setores ligados ao Turismo, os Transportes foram onde o número de novas empresas constituídas mais desceu, numa descida que chegou aos 23% e representou menos 1.292 constituições de empresas face a igual período do ano passado, com a Informa D&B a sublinhar que a quebra neste setor “só por si justifica a quase totalidade da descida global do indicador”.

Além dos Transportes, também o Alojamento e restauração viu serem constituídas menos empresas que em período homólogo do ano passado, apresentando uma descida de 3,3%, equivalente à constituição de menos 161 empresas.

O setor Grossista (-11%; -247 constituições de empresas) e a Agricultura e outros recursos naturais (-8,5%; -130 constituições de empresas) estiveram também entre os setores com menores constituições de empresas.

Em sentido contrário estiveram setores como a Construção, que registou o maior aumento na constituição de novas empresas (+7,2%; +388 constituições de empresas) e manteve a forte tendência de subida verifica nos últimos nove meses, mas também os Serviços empresariais (+1,7%; +132 constituições de empresas); os Serviços gerais (+0,4%; +30 constituições de empresas); as Tecnologias da informação e comunicação (+0,2%; +5 constituições de empresas) e as Atividades imobiliárias (+0,3%; +15 constituições de empresas).

O relatório da Informa D&B diz ainda a região Centro e as Regiões Autónomas da Madeira e Açores foram as únicas a registar “aumento no número as constituições de empresas no acumulado dos 11 meses”, com aumentos de 3,5%, 14% e 20%, respetivamente.

Encerramentos descem mas insolvências aumentam

O relatório Informa Business by Data mostra ainda que, até final de novembro, foram registados 11.480 encerramentos de empresas, o que corresponde a um decréscimo de 6,9% face ao período homólogo.

Nos últimos 12 meses, acrescenta a Informa D&B, houve 14 513 encerramentos, representando uma descida mais ligeira de 5,1% relativamente aos 12 meses anteriores, que foi transversal a “quase todos os setores de atividade”.

Já os setores dos Transportes (+15%; +115 encerramentos de empresas), TIC (+6,9%; +56 encerramentos de empresas) e Energias e ambiente (+38%; +25 encerramentos de empresas) foram “os únicos cujo número de encerramentos aumentou na comparação a 12 meses”.

No que diz respeito às insolvências, verificou-se que, até final de novembro, houve 1.910 empresas que iniciaram um processo de insolvência, o que traduz um aumento de 5,9% (+107 empresas com processos de insolvência) face ao mesmo período do ano passado.

A Informa D&B diz que esta subida foi “transversal a mais de metade dos setores de atividade”, ainda que tenha sido mais visível no “setor das Indústrias (+25%; +107 empresas com processo de insolvência), sobretudo nas Indústrias de Têxtil e Moda (+30%; +69 empresas com processo de insolvência) e em especial no distrito do Porto (+63%; +48 indústrias de têxtil e moda com processos de insolvência)”.

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Universitários elegem Pestana Hotel Group como a empresa mais atrativa para trabalhar em turismo

O ranking do Merco discrimina uma lista das 100 principais empresas mais cobiçadas para trabalhar pelos estudantes universitários em Portugal. Se, de uma forma geral, a listagem é liderada pela Microsoft, Google e Sonae, no que diz respeito ao ranking setorial da hotelaria e turismo ganham destaque o Pestana Hotel Group, o Vila Galé e a Hilton.

O estudo Merco Talento Universitário Portugal 2024 revela que os estudantes universitários em Portugal consideram o Pestana Hotel Group como a empresa mais atrativa para trabalhar na área do turismo.

Esta é a primeira edição do ranking do Merco – um monitor da América Latina que avalia a reputação e a atratividade da marca empregadora das empresas – em Portugal. Este primeiro estudo no país contou com a participação de 1.008 estudantes universitários, tanto de licenciatura como de mestrado e doutoramento, sendo que 88% são portugueses e 12% de nacionalidade estrangeira.

No que diz respeito à área de turismo e hotelaria, o Pestana Hotel Group foi considerado pelos estudantes como o grupo mais atrativo do setor para trabalhar, seguido pelo Vila Galé e pela Hilton. Já no ranking geral, o Pestana Hotel Group posicionou-se no 43.º lugar das empresas consideradas mais atrativas pelos estudantes, enquanto o Vila Galé se situou no 56.º lugar.

Tendo em conta a totalidade do ranking das 100 empresas consideradas mais atrativas pelos estudantes neste estudo, este é liderado pela Microsoft (1.º lugar), Google (2.º lugar) e Sonae (3.º lugar).

O “Top Ten” fica completo com a Deloitte (4.º lugar), Grupo Nabeiro – Delta Cafés (5.º lugar), EDP (6.º lugar), Nestlé (7.º lugar), Super Bock Group (8.º lugar), Santander (9.º lugar) e Galp (10.º lugar).

No ranking setorial, destacam-se nos lugares cimeiros as empresas Vieira de Almeida Advogados (Advogados); Grupo Nabeiro – Delta Cafés (Alimentação); Deloitte (Auditoria e Consultoria); Mercedes-Benz (Automóvel); Santander (Banca); Super Bock Group (Bebidas); Ikea (Distribuição e Equipamento Doméstico); Fnac (Distribuição Especializada); Mercadona (Distribuição Geral); Inditex (Distribuição de Moda); L’Oréal (Farmácia e Perfumaria); Samsung (Eletrónica de Consumo / TI); EDP (Energia e Utilities); Disney (Entretenimento e Lazer); Pfizer (Farmacêutico); Sonae (Holding); Pestana Hotel Group (Hotelaria e Turismo); The Navigator Company (Indústria); Microsoft (Informática e Software); Mota-Engil (Infra- estruturas e Construção); RTP (Media); CUF (Saúde); Fidelidade (Seguros); Google (Serviços Internet); Synopsis (Serviços Profissionais); Siemens (Tecnológico/Industrial); Altice (Telecomunicações); CTT – Correios de Portugal (Transporte de Mercadorias e Logística) e Tap Air Portugal (Transporte de Passageiros).

Os principais fatores de seleção pelos estudantes

De acordo com este estudo do Merco, os estudantes inquiridos em Portugal indicam que um salário médio de 1.298 euros líquidos por mês é “suficiente quando entram no mercado de trabalho”, como referido em nota de imprensa.

Os fatores mais valorizados pelos estudantes na seleção de uma empresa para trabalhar são a retribuição e benefícios, qualidade de vida, formação e desenvolvimento profissional, a par do bom ambiente de trabalho, como indica o estudo.

Dos inquiridos, 29% valoriza empresas que ofereçam bons salários e benefícios, bem como uma melhor qualidade de vida, com flexibilidade e possibilidade de teletrabalho. Cerca de 15% considera a “Formação e Desenvolvimento Profissional” como um dos critérios de eleição e apenas 2% a “Inovação & Criatividade”.

Em comunicado é referido que “os estudantes universitários e de mestrado ou equivalente estão alinhados na procura de um tipo de trabalho com salário variável, mas com possibilidades de crescimento, de um emprego com maior independência e autonomia, onde se possam desenvolver profissionalmente, mesmo que seja mais instável”.

O estudo aponta ainda que as empresas mais atrativas são as grandes empresas multinacionais, “independentemente de serem portuguesas ou estrangeiras”, resultados partilhados também pelos estudantes em Espanha.

Dos estudantes inquiridos, 23,4% assume que prefere residir fora de Portugal, enquanto para 42,1% é indiferente o país em que residem. Os restantes 34,5% preferem manter-se em Portugal.

Já os resultados em Espanha demonstram que cerca de 43,2% dos inquiridos prefere manter-se em Espanha e apenas 26,5% não se importa de ir para fora.

O evento oficial de apresentação de resultados do Merco Talento Universitário em Portugal decorreu na passada quinta-feira, 28 de novembro, em Paço de Arcos, reunindo cerca de 50 diretores de recursos humanos.

O encontro, cujo tema central de discussão incidiu sobre a questão “Serão os estudantes universitários um stakeholder estratégico para as empresas líderes?”, contou com a presença de Miguel Tolentino, Head of Group People & Leadership and Continuous Improvement na Sonae; Andreia Rangel, Director of People, Purpose & Culture na Deloitte; e José Tomás Ruano, Director de Talento e Cultura no Santander.

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