Hotelaria: Dormidas voltaram a cair 1,3% em Setembro
Mercado britânico foi o que apresentou a maior descida de dormidas entre os não residentes, caindo 10,5%.
Inês de Matos
Conheça os vencedores do Jovem Talento da Gastronomia 2024
Setores ligados ao Turismo entre os que mais recuam na constituição de novas empresas
Hilton estreia-se na Moldávia com investimento inicial de 5M€
RoomRaccoon participa em curso executivo de Revenue Management do ISCE
Ocupação hoteleira no Algarve subiu 8,9% em novembro
AHP reforça parceria com Santa Casa da Misericórdia para integrar pessoas com deficiência na hotelaria
RM Academy apresenta nova plataforma de formação online em Revenue Management
Admar SCR disponibiliza fundo de até 70M€ para investimentos em turismo e saúde
Assembleia Municipal aprova referendo local ao Alojamento Local em Lisboa
Groupe GM passa a disponibilizar linha hoteleira da marca MEMO Paris
No passado mês de Setembro, a hotelaria nacional contabilizou 2,2 milhões de hóspedes e 6,2 milhões de dormidas, números que representam realidades distintas, já que o número hóspedes aumentou 0,2%, enquanto as dormidas caíram 1,3%, a mesma percentagem de descida que já tinha sido registada no mês de Agosto, de acordo com os dados publicados esta quinta-feira, 15 de Novembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“As dormidas em hotéis (69,1% do total) diminuíram 0,7%. Destacou-se o crescimento de 4,4% registado nos apartamentos turísticos, sendo ainda de referir a evolução positiva (+1,2%) nos aldeamentos turísticos. Nas demais tipologias, ocorreram reduções”, refere o INE, dando conta de que, “nos primeiros nove meses do ano, os hóspedes aumentaram 1,3% e as dormidas recuaram 0,5%” .
Ainda assim, as dormidas dos residentes subiram 9,0% em Setembro, depois de já terem subido 5,6% no mês anterior, enquanto as de não residentes diminuíram 4,9%, indicador que já tinha registado, em Agosto, uma quebra de 4,7%.
Já no conjunto do terceiro trimestre do ano, as dormidas de residentes aumentaram 5,4%, percentagem que, nos primeiros três meses do ano, tinha chegado aos 10,6%, mas que caiu para -0,2% no segundo trimestre, enquanto as dormidas dos não residentes desceram 4,7%, depois de um valor positivo de 6,0% nos três primeiros meses de 2018, descendo para -4,3% no segundo trimestre.
Em Setembro, a estada média registada na hotelaria nacional fixou-se nas 2,78 noites, o que equivale a uma redução de 1,5%, valor que foi puxado para baixo pela redução da estada dos não residentes, que caiu 2,2%, já que a estada média dos residentes até subiu, ganhando 3,1%.
A taxa de ocupação, por sua vez, foi de 63,2%, o que traduz uma descida de 1,6 pontos percentuais, depois de já no mês precedente ter descido 1,5 pontos percentuais, enquanto RevPAR se situou nos 71,5 euros, em Setembro, o que se traduziu num aumento de 1,4%, depois da subida de 2,6% em Agosto.
“A AM Lisboa registou o RevPAR mais elevado (104,5 euros). Neste indicador, são de destacar os crescimentos na RA Açores (+8,0%) e Norte (+6,5%)”, acrescenta o INE, referindo que “a evolução do RevPAR foi globalmente positiva entre as diversas tipologias em Setembro”.
Ainda assim, os proveitos cresceram 1,2%, chegando aos 420,2 milhões de euros, apesar de se ter registado uma desaceleração, já que o crescimento deste indicador em Agosto foi de 3,6%. Por aposento, os proveitos cresceram 2,7%, ascendendo a 314,1 milhões de euros, depois de em Agosto se ter verificado uma subida de 3,7%.
Por mercados, o britânico, que representou 23,1% do total de dormidas de não residentes, foi o que apresentou a maior descida, caindo 10,5% em Setembro, numa quebra que, desde o início de 2018, chega já aos 9,7%. Depois, seguiu-se o mercado alemão, que representou 13,9% do total, mas desceu 5,3%, num quebra que chega aos 4,1% desde o início do ano, bem como o mercado francês, que representa 9,4% do total, mas desceu 6,3% em Setembro, tendo caído 2,2% desde o início de 2018.
Em sentido contrário esteve o mercado espanhol, que representou 9,0% do total e subiu 7,7% em Setembro, numa tendência que se regista desde o início do ano, período em que este mercado subiu 0,9%, ainda que os crescimentos mais expressivos tenham vindo do mercado norte-americano, que subiu 10,6% em Setembro e que, desde o início do ano já aumentou 20,6%. Nos primeiros nove meses do ano, também os mercados canadiano e brasileiro apresentaram aumentos expressivos, crescendo 16,8% e 11,0%, respectivamente.
Já no que diz respeito às regiões nacionais, o Norte, o Alentejo e os Açores foram as únicas regiões que registaram acréscimos nas dormidas, subindo 3,6%, 3,2% e 0,5%, respectivamente, enquanto as reduções mais significativas ocorreram no Centro (-8,7%) e na Madeira (-3,9%).
“Nos primeiros nove meses do ano, o realce vai para os crescimentos de 4,7% no Norte (região com um peso de 13,2% nas dormidas totais acumuladas) e de 3,2% no Alentejo (quota de 3,2% no mesmo período)”, lê-se na nota informativa do INE.
Entre as dormidas dos residentes, houve aumentos em todas as regiões, com excepção dos Açores, que caíram 1,3%, com o destaque a ir para o Algarve, que obteve um crescimento de 19,7%, enquanto as dormidas de não residentes registaram crescimentos apenas no Norte (+3,1%) e nos Açores (+1,4%), com os decréscimos mais acentuados a registarem-se no Centro (-19,4%), Algarve (-6,1%) e Alentejo (-5,8%).
“Desde o início do ano, salienta-se o crescimento de dormidas de não residentes no Alentejo (+7,2%) e no Norte (+5,8%) e, em sentido contrário, o decréscimo no Centro (-12,0%)”, refere ainda o INE.