Portugal vai passar a ter um anúncio próprio da seleção do Guia Michelin ibérico
O presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, defendeu que a realização de uma gala independente para anunciar a seleção de restaurantes do Guia Michelin ibérico representa “o reconhecimento do esforço e da evolução da gastronomia portuguesa”.

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Os restaurantes portugueses distinguidos no Guia Michelin Espanha e Portugal serão anunciados a partir do próximo ano numa cerimónia autónoma, uma forma de valorizar “a crescente excelência” da gastronomia nacional, anunciou esta terça-feira, 22 de novembro, em Toledo o diretor internacional da publicação.
“A partir do próximo ano, não vamos ter apenas uma celebração, mas duas, em Espanha e Portugal”, anunciou Gwendal Poullennec, na abertura da cerimónia de apresentação do guia do próximo ano, que decorreu na cidade espanhola de Toledo.
“Não vamos voltar a desvendar a seleção ao mesmo tempo, mas vamos dar aos dois destinos a sua própria celebração”, adiantou, acrescentando: “As cenas culinárias dos dois países merecem o seu próprio impulso e queremos promover melhor o que as faz únicas”.
Desde o início da década de 2010, cada edição é apresentada numa cerimónia, que decorre normalmente numa cidade espanhola – o evento só decorreu em Lisboa em 2018.
“Com a organização de um evento próprio em Portugal, a revelação da seleção de restaurantes e a consequente implementação de conteúdos editoriais e de comunicação, que serão partilhados nas nossas diferentes plataformas, queremos contribuir para a promoção de Portugal como destino gastronómico europeu incontornável”, referiu o guia em comunicado.
“O reconhecimento do esforço e da evolução da gastronomia portuguesa”
O presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, defendeu que a realização de uma gala independente para anunciar a seleção de restaurantes do Guia Michelin ibérico representa “o reconhecimento do esforço e da evolução da gastronomia portuguesa”.
“É um sonho desde que Portugal apareceu no Guia Michelin Espanha e Portugal, em 1910. É o reconhecimento do esforço, da evolução e do prestígio que a gastronomia portuguesa tem”, declarou Luís Araújo, à margem da gala de apresentação da edição de 2023.
Na edição de 2023, Portugal mantém todas as distinções anteriores, acumulando um total de 31 restaurantes com uma estrela e sete com duas estrelas (‘cozinha excelente, vale a pena o desvio’). Nenhum restaurante português tem a distinção máxima (três estrelas, ‘uma cozinha única, justifica a viagem’).
Para o responsável do Turismo de Portugal, o país “tem tudo para conquistar as três estrelas e muito mais”, mas “obviamente estas coisas precisam de tempo e de atenção”.
“Hoje temos uma gastronomia única, absolutamente extraordinária, e mais do que isso, esta é uma profissão de valor, que vale a pena abraçar”, defendeu Luís Araújo, para quem a distinção com três estrelas é algo muito esperado, mas também “o reconhecimento de muito trabalho por parte de muita gente”.
O Turismo de Portugal adiantou que já está a trabalhar com o Guia Michelin para organizar a próxima gala, a primeira exclusivamente portuguesa, em que serão anunciados os restaurantes portugueses distinguidos.
Gala deste ano reuniu 700 convidados
O guia de 2023 reúne um total de 1.401 restaurantes em Espanha, Portugal e Andorra, incluindo 13 com três estrelas, 41 com duas estrelas e 235 com uma estrela, além de 831 recomendados pela sua qualidade (135 novos, 15 em Portugal).
Os inspetores do Guia Michelin, que trabalham de forma anónima, valorizam a qualidade dos produtos, o domínio dos pontos de cozinha e das texturas, o equilíbrio e harmonia dos sabores, a personalidade da cozinha e a regularidade.
Toledo foi este ano a cidade escolhida para acolher a gala de apresentação, com cerca de 700 convidados.
Criado no início do século XX para ajudar os viajantes nas suas deslocações, o Guia Michelin é hoje considerado uma referência mundial na qualificação de restaurantes, estando presente em 40 países. Portugal entrou no roteiro em 1910.
LUSA