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Management

Hotéis literários como refúgio e combate à sazonalidade

Uma oferta integrada e especializada de turismo literário permite a valorização do território e o combate à sazonalidade, de acordo com especialistas.

Carla Nunes
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Hotéis literários como refúgio e combate à sazonalidade

Uma oferta integrada e especializada de turismo literário permite a valorização do território e o combate à sazonalidade, de acordo com especialistas.

Carla Nunes

Experienciar os locais onde os escritores viveram, onde se inspiraram para as suas obras e tornar reais os cenários e vivências descritos nos livros são alguns dos motivos que movem os turistas literários a determinadas regiões.

Sentem a necessidade “de tornar essa experiência real, acrescentando-lhe credibilidade”, tal como explica Ana Maria Moutinho Ferreira, coordenadora da pós-graduação em Turismo Literário da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Instituto Politécnico do Porto.

No fundo, estabelece-se uma “ligação emocional entre o leitor, o escritor e as personagens”, o que faz com “os locais e destinos literários sejam atraentes para os turistas”, de acordo com Marta Marques, coordenadora da formação contínua da Escola de Hotelaria e Turismo de Oeste – uma instituição que promoveu recentemente o projeto-piloto “Programa de Ação para o Turismo Literário”.

De acordo com a mesma, o desenvolvimento deste tipo de turismo permite não só a “preservação do património, através da transformação dos lugares literários”, como também “contribui para o estímulo da economia local”. Como explica, “este ecossistema é vasto” e não se resume apenas a livros: “abarca casas de escritores, festivais e eventos literários, rotas literárias, bibliotecas e livrarias, mas também cafés e hotéis literários”.

O Lisboa Pessoa Hotel é um dos exemplos apontados. A unidade não se insere numa das moradas de Fernando Pessoa, mas sim no local da antiga Tipografia do Comércio, onde foi impressa a revista Orpheu.

No entanto, o facto de o hotel se encontrar “na cidade de Pessoa, muito próximo de uma das suas antigas moradas, junto ao Carmo” e, para mais, na tipografia referenciada pelo escritor, permite que os hóspedes tenham “experiências autênticas, que passam muito ao lado de simples adereços”, conforme explica Dora Tormenta, Marketing & Communication Director da Art and Soul.

Por ambicionar ser “muito mais que um hotel”, o Lisboa Pessoa Hotel emerge os hóspedes na experiência pessoana, desde logo com 75 quartos e quatro pisos dedicados aos heterónimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.

Mas, tal como indica Dora Tormenta, o “destaque tem de ir além da decoração” – é necessário imprimir uma “dinâmica no espaço”, através de “uma agenda cultural diversificada”. Por essa razão, para além da Biblioteca Fernando Pessoa, inserida no hotel, e do restaurante e bar panorâmico Mensagem, a unidade é palco de diversas exposições artísticas, conferências, apresentações e lançamentos de livros, círculos de leitura e formações.

A experiência estende-se para a rua através da visita “A Lisboa de Pessoa”, um percurso a pé pela cidade do escritor, orientada por um especialista pessoano, Fabrizio Boscaglia.

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Para que isto seja possível, Dora Tormenta afirma ser essencial “funcionar em rede”, razão pela qual estabelecem parcerias com entidades públicas e privadas como a Biblioteca Nacional de Portugal, Universidade de Lisboa, Universidade Lusófona e várias editoras.

Viajando para longe do bulício da capital, seguimos o “cenário real e ficcional” de A Cidade e as Serras, de Eça de Queiroz, na Casa de Tormes, onde se encontra a Fundação Eça de Queiroz, tal como nos explica Anabela Cardoso, diretora-executiva da fundação.

Não se tratando de um hotel, a fundação já dinamizou “almoços e jantares queirosianos, com a recriação de refeições descritas nas obras de Eça de Queiroz”, em parceria com algumas unidades hoteleiras.

A esta atividade junta-se o percurso pedestre “O Caminho de Jacinto”, que liga a estação de Arêgos a Tormes, um caminho descrito na obra A Cidade e as Serras, bem como recriações teatrais, cursos internacionais, jornadas e conferências literárias à volta do escritor.

Dinamizar as regiões através dos livros

Seguindo para a região do Alentejo, é no alojamento Casa das Letras – Bed & Books, que os turistas encontram um refúgio literário, em Vila de Cabrela. O objetivo do responsável por este projeto, David Lopes, passou por levar os livros a um local “onde o acesso à literatura é muito escasso”.

Mais do que um espaço de tranquilidade no campo, onde os hóspedes encontram quartos temáticos e uma biblioteca generalista, a oferta “estende-se para além das quatro paredes da Casa das Letras”, com atividades que decorrem por toda a vila: seja “no campo, na casa do povo, na junta de freguesia, no salão dos reformados e aposentados da vila ou na Praça da República”.

Também aqui David Lopes refere a importância de trabalhar em parceria com os agentes locais.

Desta forma, oferecem atividades que vão desde conversas com escritores (“A Voz dos Livros”), noites de poesia e contos, lançamentos de livros e vinhos, concertos, workshops de escrita criativa, mas também “piqueniques, trilhos e sessões de ioga”. Em março, criaram “A Mais Pequena Biblioteca do País” com 48 livros, “tantos quantos os anos da democracia em Portugal”, colocados por 48 pessoas de várias profissões, incitadas a escolher o livro da sua vida.

“A literatura e os livros dão-nos uma mobilidade do ponto de vista de conteúdos muito grande e a nossa oferta é tanto mais rica quantos mais parceiros conseguimos juntar”, afirma David Lopes.

A opinião é reforçada por Marta Marques, que garante que com uma “oferta integrada e qualificada é possível valorizar o território e combater a sazonalidade turística” através deste tipo de turismo.

Aliás, Ana Maria Moutinho Ferreira refere que vários estudos demonstram que o turismo literário “pode combater de forma determinante a sazonalidade associada a outros tipos de turismo”, já que este turista “não se desloca apenas numa época do ano” – as suas estadas “são mais curtas e, por isso, menos dependentes das condições climáticas ou da disponibilidade de tempo, já que podem, muitas vezes, realizar-se em fins-de-semana”.

Para além disso, e através de um estudo que realizou, Ana Maria Moutinho Ferreira verificou que “grande parte dos inquiridos estavam disponíveis para alargar a sua estada para participar em itinerários literários” e repetir o destino, em caso de novos percursos.

Uma vez que “os turistas não podem encontrar as mesmas atividades, nem ter as mesmas experiências noutro destino”, Marta Marques defende que a novidade não se esgota após a primeira visita.

Ana Maria Moutinho Ferreira destaca ainda o papel de eventos literários como o “Correntes d’Escrita”, na Póvoa de Varzim, “Escritaria”, em Penafiel, ou o “Folio”, em Óbidos, como “bons exemplos” que fidelizam e mostram as motivações destes turistas.

O caso do The Literary Man, na vila de Óbidos, salta em todas as listas quando se procura por um hotel literário em Portugal. Telmo Faria, gerente do The Literary Man, garante que têm “muitos [hóspedes] repetentes” que, para além das várias atividades que dinamizam, entre “exposições, debates, conferências, apresentações de livros, sessões de leitura, jantares temáticos e workshops de cozinha”, procuram um local onde possam fazer “um refresh nas suas vidas”.

Também David Lopes nota esta tendência no seu alojamento no Alentejo – a de “quem vem pelo sossego e descanso, e que encontra um programa cultural que depois acompanha”, mas também dos que “vêm aos eventos, e encontram uma casa que não estão à espera”.

Os primeiros clientes que tiveram na Casa das Letras regressaram passados seis meses e, pela sua experiência, David Lopes afirma que os hóspedes têm o desejo de regressar e “trazer outros amigos, porque querem partilhar” a experiência que tiveram anteriormente com outras pessoas.

Quem são estes turistas?

O turista literário é caracterizado como alguém com elevados níveis de escolaridade e capacidade económica, com disponibilidade para gastar nos locais que visita em busca de autenticidade – um conceito partilhado tanto por Marta Marques, como Ana Maria Moutinho Ferreira.

Esta última acrescenta ainda “os jovens que buscam experiências únicas”, bem como turistas “mais velhos, com dinheiro e saúde, ambos disponíveis a alargar a sua estada para participar em roteiros literários”.

De acordo com Dora Tormenta, os hóspedes do Lisboa Pessoa Hotel representam este “nicho de turismo literário/cultural, entre escritores, artistas e académicos, alguns deles personalidades reconhecidas dos Estados Unidos, Suécia, Brasil e Itália”.

No caso da Casa das Letras, os clientes incluem uma panóplia de “famílias, clubes de leitura – que decidem organizar os eventos neste alojamento –, casais de leitores compulsivos”, mas também pessoas que escolhem o espaço “para escrever, seja um trabalho de doutoramento, de fim de curso, ou um livro”. David Lopes afirma que a faixa etária varia entre os 25 e os 60 anos, entre turistas nacionais, “franceses, espanhóis, holandeses, alemães e brasileiros”.

Por essa razão, existe a necessidade de os cursos de turismo literário abordarem conteúdos específicos, tai como literatura, marketing, storytelling e comunicação e oferta turística literária, tal como referido por Marta Marques e Ana Maria Moutinho Ferreira.

Esta última lança ainda alguns pontos de reflexão para que os hotéis possam alargar a sua atividade e, assim, abarcarem este tipo de cliente.

“Ao referenciarem os escritores nos quartos, ou criando uma época associada a escritores por todo o equipamento, as unidades podem captar este segmento turístico que inicia a sua experiência no próprio hotel, para além de aproveitar os eventos e itinerários propostos no território envolvente. Associando à experiência os cafés literários ou locais relacionados com o “turismo de livrarias”, poderão ainda conquistar os seus clientes”, termina.

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Alexandra Henriques assume direção de marketing da cadeia WOTELS

A nova diretora terá como missão reforçar a presença da WOTELS no mercado, consolidar a identidade do grupo e apoiar o lançamento de novas unidades com campanhas de comunicação.

A WOTELS, cadeia portuguesa de alojamento híbrido, apostou em Alexandra Henriques para assumir a direção de marketing do grupo.

Com esta contratação, a WOTELS pretende “reforçar a aposta numa comunicação mais estratégica e estruturada, fundamental nesta fase de consolidação e expansão da marca”.

Com 16 unidades de alojamento espalhadas de norte a sul de Portugal, a WOTELS integrou recentemente na sua marca a Aldeia da Pedralva, no Algarve, que personifica o conceito de slow village. Prepara-se agora para a inauguração do Hotel Horta da Moura, uma unidade de quatro estrelas em Monsaraz.

“A entrada da Alexandra vai permitir posicionar a Wotels enquanto referência no alojamento híbrido a nível nacional, além de contribuir para a criação de uma nova marca de alojamento que agregue não só a Aldeia da Pedralva e a Horta da Moura, como também novas unidades que integrarão o portefólio”, refere Nuno Constantino, CEO do grupo WOTELS, em comunicado.

Com experiência em marketing estratégico no setor do turismo e hospitalidade, a nova diretora terá como missão reforçar a presença da WOTELS no mercado, consolidar a identidade do grupo e apoiar o lançamento de novas unidades com campanhas de comunicação “alinhadas com os valores da marca: diversidade, autenticidade e hospitalidade”.

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Room00 recebe investimento de 400M€ por parte da King Street

Países como Espanha, Portugal e Itália são vistos como mercados-chave para a expansão da Room00, que pretende alcançar 200 ativos e 15.000 quartos nos próximos quatro anos no sul da Europa, além de 20 ativos e 1.000 quartos em Londres.

A King Street Capital Management (“King Street”), gestora global de investimentos alternativos, invetsiu cerca de 400 milhões de euros no Room00 Group, uma plataforma de hospitalidade urbana lifestyle no sul da Europa.

Desta forma, o investimento da King Street vai “apoiar a estratégia de expansão  pan-europeia da Room00, permitindo à empresa continuar o seu crescimento em mercados-chave como Espanha, Portugal e Itália”, como referido em nota de imprensa.  No mesmo documento é indicado que os fundos serão utilizados “sobretudo” para adquirir e reabilitar imóveis hoteleiros em micro-localizações premium em cidades como Madrid, Barcelona, Lisboa, Porto, Milão, Roma e Florença.

O objetivo da empresa passa por continuar a seguir “o seu modelo de crescimento” com base em contratos de arrendamento e gestão hoteleira. Contudo, após este investimento, o grupo passa também a ter capacidade para adquirir imóveis diretamente, tendo escolhido a Kryalos SGR, em Itália, para estruturar um veículo de investimento imobiliário dedicado.

Atualmente, a Room00 conta com mais de 2.500 quartos e 50 ativos em operação ou desenvolvimento, integrados num portefólio com quatro marcas: Room00 Hostels; Toc Hostels; room Select Hotels e LETOH LETOH.

O objetivo da Room00 passa por expandir o portefólio para 200 ativos e 15.000 quartos nos próximos quatro anos no sul da Europa, além de 20 ativos e 1.000 quartos em Londres, onde a empresa espera abrir a sua primeira unidade até ao final de 2025.

“Este investimento da King Street valida o nosso modelo de negócio enquanto plataforma integrada de operação e investimento hoteleiro no setor de hospitalidade urbana lifestyle no sul da Europa, e permitirá acelerar o crescimento através da aquisição de ativos estratégicos, atrair os melhores talentos e abrir novas oportunidades de colaboração com investidores que partilham a nossa visão de longo prazo”, afirma Ignacio Requena, CEO da Room00.

A Room00 contou com o apoio da GRC IM e da CBRE Investment Banking no processo de investimento, enquanto os escritórios de advogados Garrigues, Cuatrecasas e Across Legal prestaram assessoria jurídica à empresa. A Uría Menéndez e a Allen & Overy Shearman prestaram apoio jurídico à King Street, a EY assegurou a due diligence financeira e a PwC assessorou a estruturação fiscal.

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Alojamento

Pestana Residences aposta no Algarve com novo projeto residencial em Ferragudo

O futuro Pestana Ferragudo Village vai reunir 91 lotes para moradias e 226 apartamentos divididos em seis núcleos a um quilómetro da vila de Ferragudo, no Algarve. As primeiras propriedades serão entregues no início de 2027.

O Pestana Hotel Group continua a sua aposta no segmento imobiliário premium, desta vez no Algarve, como o Pestana Ferragudo Village.

O futuro empreendimento no segmento imobiliário e residencial do grupo, sob a alçada da Pestana Residences, localiza-se a um quilómetro da vila de Ferragudo, no Algarve, com opções de habitação desde apartamentos com jardim e piscina privativos, penthouses com piscina na cobertura e lotes exclusivos para a construção de moradias com diversas áreas.

Com 91 lotes para moradias – entre 150 e 300 metros quadrados – e 226 apartamentos, o Pestana Ferragudo Village pretende aliar “conforto, privacidade e uma envolvente natural preservada”, como referido em nota de imprensa. Além da componente de alojamento, o projeto inclui um campo de golfe, cuja manutenção será assegurada com água reutilizada proveniente de uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR).

À semelhança do Pestana Tróia Eco-Resort, os projetos de arquitetura são assinados por Gonçalo Salazar de Sousa, Rui Pinto Gonçalves e Miguel Passos de Almeida. Atualmente em fase de construção, o projeto tem conclusão prevista para 2027.

Leia também: Pestana Hotel Group apresenta o seu mais recente projeto imobiliário em Porto Covo

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Quinta da Pacheca
Hotelaria

Enoturismo para famílias com espaço para crescer nos hotéis vínicos

Já não só de mercados internacionais é composta a procura por hotéis e atividades de enoturismo em Portugal – os portugueses mostram um interesse cada vez mais crescente por este segmento. Com uma oferta sólida na comunicação para casais, é agora altura de criar também ofertas para famílias, que começam a demonstrar interesse nesta área.

Carla Nunes

Se os mercados internacionais registam uma maior procura por alojamento e experiências de enoturismo em Portugal – como é o caso dos Estados Unidos da América, Canadá, Reino Unido e Austrália – o mercado nacional tem assinalado “uma evolução notável nos últimos anos” na procura por este segmento.

A afirmação parte de Sílvia Ferreira, CEO do Wine Group Tourism, que refere que “este fenómeno é impulsionado pela crescente valorização do património enológico nacional e pela procura por experiências mais autênticas e imersivas”. Já por parte dos internacionais, destaca-se “a forte ligação ao mundo do vinho, mas também o crescente interesse em viagens mais personalizadas e de luxo”.

Também Madalena Vidigal, formadora e consultora especializada em enoturismo, fundadora do blog EntreVinhas, afirma que a procura por parte do mercado nacional por enoturismo “cresceu bastante logo a seguir à pandemia”, com muitas das adegas que visita a mencionarem que os portugueses já representam mais de 50% dos seus clientes.

“Curiosamente, quando se fala do mercado de enoturismo de luxo, também já começa a crescer o mercado português. Já não é só o estrangeiro, nomeadamente americanos e brasileiros, que que continuam a vir para Portugal”, afirma Madalena Vidigal.

Também Sílvia Ferreira é da opinião de que “o perfil do turista nacional tem vindo a evoluir” para um crescente interesse “por turismo sustentável e responsável”.

Se a CEO do Wine Group Tourism afirma que a oferta hoteleira dedicada ao enoturismo em Portugal “tem vindo a crescer de forma significativa”, Madalena Vidigal é da opinião de que “ainda não existe uma relação direta entre as adegas e a hotelaria”. “Diria que face à quantidade de adegas que estão cada vez mais a apostar no turismo de vinhos e aquelas que têm alojamento integrado, ainda há uma diferença muito, muito grande”.

Diversificar públicos

Identificando dois tipos de públicos maioritários nos alojamentos que operam na área enoturítica – casais sem filhos e famílias – Madalena Vidigal defende que existe ainda bastante espaço para os hotéis vínicos desenharem ofertas para o segmento familiar, que tem procurado cada vez mais este tipo de espaços.

“Não considero que todas as adegas e todos os hotéis vínicos estejam preparados para receber crianças, porque ainda comunicam muito para adultos, não têm atividades que integrem crianças. Se vamos estar a comunicar ou a criar atividades de enoturismo apenas para quem bebe vinho, então estamos a perder audiência, porque o consumo do vinho mundial está a decrescer”, defende Madalena Vidigal.

Atividades como provas de chás, infusões ou sumos; fotografia e pintura com vinho são algumas das sugestões da formadora e consultora nesse sentido.

Já para o segmento de reuniões, incentivos, conferências e exposições (MICE, na sua sigla em inglês), Sílvia Ferreira refere que “a crescente procura por experiências exclusivas e diferenciadas tem levado muitas quintas e hotéis vínicos a investir em infraestruturas e serviços especializados”. Entre as ofertas destaca “degustações privadas de vinhos, visitas guiadas a adegas, workshops de enologia e atividades de team building baseadas na produção de vinho”. Para responder a este público, o Wine Group Tourism criou até uma marca, a ExperienceA, com “soluções completas para eventos focadas no mundo do vinho e na cultura portuguesa”.

Formação

No âmbito dos principais pontos na formação de um colaborador hoteleiro que trabalhe no segmento enoturístico, Sílvia Ferreira destaca “a combinação de conhecimentos técnicos, habilidades interpessoais e a capacidade de coordenar atividades enoturísticas”. Conhecimento técnico como a história das regiões vinícolas de Portugal, os processos de produção e as diferentes variedades de uvas é visto como “fundamental” pela profissional, a par de soft skills como a empatia e a comunicação eficaz.

Já Madalena Vidigal destaca o conhecimento de diversas línguas, a capacidade de comunicar, ser um bom storyteller e saber interpretar o cliente, adaptando a visita a uma linguagem menos ou mais técnica. Refere também a necessidade de se ser “flexível em termos das funções que vão ser desempenhadas”.

A CEO do Wine Group Tourism refere que, embora o setor do enoturismo em Portugal tenha experimentado uma evolução significativa nos últimos anos, a formação dos profissionais nesta área ainda está em processo de desenvolvimento”. Para Madalena Vidigal, “mais do que as hard skills sobre vinho, não há formação suficiente de como receber, como pôr os clientes a sentir-se em casa, como comunicar e explicar o vinho de forma leve e divertida”.

Tendências

Das principais tendências no setor, a consultora e formadora destaca não só a possibilidade de crescer no segmento familiar, como também o crescente interesse pelo turismo de bem-estar, ligado ao enoturismo através de conceitos de wellness como os wine spas, com terapias associadas ao vinho.

Por outro lado, Sílvia Ferreira acrescenta a prioridade crescente atribuída à sustentabilidade, “com muitos locais a adotar práticas como a viticultura biológica, o uso de energia renovável e a redução de desperdícios”. A personalização de experiências, como a degustação privada de vinhos, piqueniques nas vinhas e workshops de wine blendings é outra das tendências apontadas.

No campo dos desafios para os hotéis vínicos em Portugal, a CEO do Wine Group Tourism aponta para a concorrência, tanto a nível nacional quanto internacional; a sustentabilidade; a qualificação da equipa e a constante evolução das preferências dos turistas.

“Hoje, os visitantes não se contentam apenas com degustações de vinhos: procuram experiências mais imersivas e autênticas que combinem o vinho com outras vivências culturais, gastronómicas e de bem-estar”, termina.

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Patrícia Correia assume cargo de General Manager no Palácio de Tavira

A profissional ficará encarregue pela abertura do Palácio de Tavira, um boutique hotel “que combina tradição, design e um serviço personalizado”.

Após quase seis anos enquanto general manager do Monte Santo Resort, e após uma passagem de cerca de um ano no Villas d’Água Resort, Patrícia Correia assume agora o cargo de General Manager no Palácio de Tavira.

O anúncio foi feito pela profissional na sua página de LinkedIn, onde refere que esta recente unidade hoteleira trata-se de “um boutique hotel de charme onde a história e a autenticidade do Algarve se encontram”.

Desta forma, Patrícia Correia ficará responsável pela abertura e gestão do projeto “que combina tradição, design e um serviço personalizado, pensado para oferecer uma experiência autêntica e elegante no coração de Tavira”.

Com passagens por projetos como o Vila Gaivota, Hotel Baía Cristal, Vale d’Oliveiras Quinta Resort & Spa, no Carvoeiro, e Macdonald Inchyra Hotel & Spa, em Fallkirk, na Escócia, Patrícia Correia é formada em Gestão Hoteleira pela Escola de Hotelaria e Turismo de Faro.

No currículo soma cursos executivos em “Luxury Brand Management” e “Proficiency in Hospitality Management”, pela EHL Hospitality Business School, além de ter frequentado o programa de General Managers da Cornell Peter and Stephanie Nolan School of Hotel Administration.

A profissional é ainda Board Member – VP for Events na Associação dos Diretores de Hotel de Portugal (ADHP), além de lecionar nas Escolas de Hotelaria e Turismo do Turismo de Portugal e assumir o cargo de professora assistente convidada no Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes (ISMAT).

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Conheça os finalistas do Chefe do Ano 2025

A fase final do concurso Chefe do Ano 2025 terá lugar no Centro Multiusos de Lamego a 4 de junho, onde seis profissionais vão competir através da elaboração de um menu com quatro pratos.

Já são conhecidos os finalistas do Chefe do Ano 2025, que vão disputar a fase final do concurso a 4 de junho no Centro Multiusos de Lamego.

Os finalistas foram selecionados entre os 18 concorrentes com as melhores pontuações que participaram nas etapas regionais do concurso, realizadas a 2 de abril na Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, a 8 de abril na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste e a 8 de maio na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto.

Nesta edição, os candidatos são desafiados a criar um menu completo “que valorize as raízes da gastronomia portuguesa e privilegie produtos de origem nacional”, como referido em nota de imprensa.

O menu deve incluir uma entrada vegetariana, um prato de bacalhau, um prato de carne com arroz e uma sobremesa com azeite. Pelo menos um dos pratos deverá obrigatoriamente conter laranja. Na final, os concorrentes apresentarão novamente o seu menu ao júri, presidido pelo chefe António Bóia, do JNcQUOI World.

Os finalistas apurados são:

  • Afonso Alves, do restaurante Mezze, em Lisboa;
  • Alexandre Cabrita, do Al Sud*, Palmares Ocean Living & Golf, em Lagos;
  • Bruno Garcia, do Hotel Fortaleza do Guincho*, em Cascais;
  • Jorge Bolito, do The Yeatman**, em Vila Nova de Gaia;
  • Mário Santos, do Rossio Gastrobar, em Lisboa;
  • Vítor Miranda, do Pena Park Hotel e do restaurante Biclaque Trajano, em Vila Real.

Durante a competição final, terão lugar duas iniciativas paralelas. A primeira é o fórum “Pensar Cozinha”, com entrada livre mediante reserva de bilhete, que será dedicado ao tema “O percurso do profissional de cozinha”.

O evento contará com apresentações, conversas e demonstrações culinárias de vários chefs convidados, incluindo Marlene Vieira (Marlene, Lisboa); David F. Jesus (Seiva, Leça da Palmeira); Rafaela Ferreira (Exuberante, Porto); Paulo Carvalho (Zagaia); Inês e Mafalda Pando (Urraca, Porto); Diogo Novais Pereira (Chefe do Ano 2024, Porinhos, Fafe); Hari Chapagain (Oven, Lisboa) e Diana Vaz (EHT Porto e Católica Porto Business School). Entre os temas debatidos estarão “Ganhar uma estrela Michelin”, “O chefe como marca”, “De cozinheiro a empreendedor”, “Filho de cozinheira sabe cozinhar” e “Sucesso fora de casa”.

A segunda iniciativa será a primeira edição da prova “A Melhor Bola de Lamego”, organizada pelas Edições do Gosto, com o objetivo de valorizar a padaria regional enquanto expressão de artesanato.

Em 2025, os patrocinadores principais do Chefe do Ano são a Fagor, a Makro, a Aviludo e a ICEL. Lamego é o Município Anfitrião da final nacional. Entre os patrocinadores estão ainda o Esporão, o Arroz Bom Sucesso e os Ovos Matinados, enquanto os parceiros incluem o Turismo de Portugal, Prochef, Delta Cafés, Christeyns Portugal e Bonduelle Food Service. Conta também com o apoio da ACPP, da Chaîne des Rotisseurs, da Rede-T e da Sara HACCP Digital. O evento é organizado pela Revista Manja e pelas Edições do Gosto.

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Créditos: Just Frame It
Alojamento

AHRESP propõe 13 medidas para a próxima legislatura

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) dirigiu um conjunto de propostas a todos os partidos políticos candidatos à Assembleia da República centrado em quatro eixos considerados estratégicos (Fiscalidade, Emprego, Investimento e Coesão Territorial).

No âmbito das próximas eleições legislativas, marcadas para 18 de maio, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), dirigiu um conjunto de propostas a todos os partidos políticos candidatos à Assembleia da República, apelando à sua concretização durante a XVII Legislatura, considerando que “é essencial garantir a sustentabilidade, competitividade e coesão territorial das suas atividades, verdadeiras locomotivas da economia nacional”.

Segundo a AHRESP, as atividades da restauração, similares e do alojamento turístico (Canal HORECA) registaram, no ano 2023 (último ano disponível, fonte INE), um total de 125.679 empresas (+0,5% face a 2022) e 445.160 trabalhadores (+2% face a 2019), o que representa cerca de 8,3% e 9,14% do total nacional, respetivamente.

No que diz respeito ao volume de negócios, o Canal HORECA atingiu, em 2023, o valor de 23,2 mil milhões de euros, afirmando a AHRESP que “o setor do Alojamento e Restauração mantém uma importante representatividade no panorama nacional das empresas e do emprego, consolidando-se como uma das principais fontes de riqueza do país com forte contributo para a criação de emprego e para o desenvolvimento económico nacional”, reforçando que as atividades económicas, debaixo do “chapéu” da AHRESP, “movem toda a economia e têm dos efeitos indiretos mais elevados em todos os setores: primário (agricultura), secundário (indústria) e terciário (serviços)”.

Contudo, diz a associação, “importa reconhecer o atual contexto macroeconómico, nacional e internacional, marcado por incertezas, como as recentes políticas comerciais dos EUA, que colocam novos desafios à atividade das empresas” e, apesar de 2024 ter sido um ano recorde em número de hóspedes, dormidas e receitas turísticas internacionais, “estas estatísticas não refletem as dificuldades enfrentadas pelas empresas da restauração, sobretudo as localizadas fora das zonas de maior afluência turística”, salientando que a AHRESP que “o início de 2025 confirma um agravamento dessa realidade”.

Assim, a AHRESP apresenta as suas propostas para o período das Legislativas 2025-2029, centradas em quatro eixos estratégicos (Fiscalidade, Emprego, Investimento e Coesão Territorial), num total de 13 medidas, considerando-as como “prioritárias para salvaguardar as empresas e contribuir para o fortalecimento da economia portuguesa”.

No eixo da “Fiscalidade”, a associação propõe a reposição integral da taxa intermédia do IVA nas bebidas, a redução da Taxa do IRC, a contribuição sobre embalagens de utilização única (fiscalidade verde), bem como a eliminação do Pagamento por Conta.

No emprego, as propostas da AHRESP incluem a redução da TSU a cargo das empresas, redução do IRS, além de programas de apoio à integração de imigrantes (habitação, formação e valorização).

No terceiro eixo – “Investimento” – a AHRESP destaca os programas de reforço à capitalização das empresas (capitais próprios e tesouraria), programas de apoio ao investimento e requalificação das empresas, medidas de apoio à eficiência energética e hídrica e à transição digital, além da celeridade na justiça económica.

Finalmente, na “Coesão Territorial”, as propostas incluem a necessidade de um programa de dinamização à economia nos territórios de baixa densidade, bem como um programa para dinamização de produtos regionais/locais.

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Hotéis

Forte de Gaia reforça agenda vínica com nova edição do Wine Social Club

O evento de caráter mensal do hotel Forte de Gaia – Autograph Collection alia a apresentação de vinhos – nesta edição, das regiões do Dão e do Douro – com um menu gastronómico elaborado para a ocasião pelo chef João Vieira. Dirigido pelo enólogo Carlos Silva, o evento é limitado a 30 lugares.

O Forte de Gaia – Autograph Collection recebe a 16 de maio mais uma edição do Wine Social Club, uma iniciativa mensal do hotel que alia a descoberta de produtores vínicos a experiências gastronómicas.

Nesta edição, o Wine Social Club recebe dois projetos vínicos do Douro e do Dão.

A Quinta das Herédias, com mais de 900 anos de história no Douro, alia tradição a uma visão contemporânea sob a liderança do enólogo Carlos Lucas, destacando-se pelas vinhas centenárias em encostas de altitude. Já a Quinta do Ribeiro Santo, dirigida pelo enólogo Carlos Silva, encontra-se instalada num vale entre as serras da Estrela e do Caramulo.

Os vinhos de ambas as casas serão apresentados num ambiente intimista e descontraído, com explicações sobre castas, terroirs e práticas enológicas. A acompanhar, os clientes podem encontrar um menu criado para a ocasião pelo chef-executivo do Forte de Gaia, João Vieira.

Composto por quatro momentos, o menu deste Wine Social Club foi desenhado por forma a “valorizar os vinhos em prova e proporcionar uma experiência gastronómica imersiva”, como referido em comunicado. A carta inclui um prato de bacalhau, seguido de “presa” de porco ibérico com Migas Serranas. A refeição termina com um Bolo de Rolo de Laranja do Algarve com merengue de limão.

A experiência decorre na Sala dos Trinta, o espaço do hotel dedicado a experiências vínicas, e está limitada a 30 lugares. Com o valor de 75 euros por pessoa, as reservas devem ser efetuadas através do email eventos@fortedegaia.com.

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Foto: Depositphotos.com
Hotéis

Portugal tem 131 estabelecimentos turísticos à venda

No final de março e segundo as contas feitas pelo idealista, Portugal tinha, no final do primeiro trimestre deste ano, 131 estabelecimentos turísticos à venda, correspondendo a menos 51 unidades que no mesmo período do ano passado.

O site idealista fez as contas e conclui que existiam 131 estabelecimentos turísticos à venda, no final de março de 2025. Este número corresponde a menos 51 unidades que no mesmo mês de 2024, ou seja, uma quebra de 28%.

Os distritos de distritos do Porto, Setúbal e Lisboa são os que apresentam um menor número de unidades hoteleiras à venda, enquanto Guarda, Aveiro e Beja colocam-se no campo oposto.

As contas do idealista/data revelam que, no final de março deste ano, no Porto, existem 16 unidades hoteleiras à venda, menos 12 que em igual período de 2024, enquanto, em Setúbal esse número baixa para cinco unidades (-7) e em Lisboa eram 15 (-6).

Contudo, o distrito com mais unidades hoteleiras à venda, segundo os dados divulgados, é Faro, com 34 estabelecimentos a procurar novo dono, embora esse número seja menos em três unidades que a período homólogo de 2024.

E resto, Faro (34), Porto (16) e Lisboa (15) são responsáveis por mais de metade dos estabelecimentos turísticos à venda no final do primeiro trimestre de 2025. Somente três distritos não sofreram alterações no que diz respeito à unidades à venda: Évora (6), Coimbra (5) e Vila Real (4).

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Hilton Vilamoura surge renovado após 18 anos de atividade e nova gestão

O Hilton Vilamoura foi alvo de uma remodelação total após 18 anos de atividade, estando agora sob a gestão da Details – Hospitality, Sports, Leisure, empresa da Arrow Global Portugal.

O hotel foi alvo de intervenções profundas nos quartos e apartamentos, piscinas, áreas de restauração, lobby, salas de reuniões e centro de conferências, com o objetivo de “elevar a experiência de quem visita o resort, proporcionando ambientes contemporâneos e funcionais”, como referido em nota de imprensa.

Na área exterior, a zona das piscinas foi completamente transformada, sendo que a piscina principal conta agora com novo mobiliário e uma área dedicada a massagens ao ar livre.

Já na vertente gastronómica, os três espaços de restauração assumem uma nova vida. O Restaurante Aquarela aposta numa carta leve, situando-se junto à piscina. Por outro lado, o Restaurante Cilantro pretende fazer um tributo à cozinha mediterrânica, enquanto o Rubi Bar oferece opções de petiscos, snacks, sandes abertas, hambúrgueres e pizzas, além de uma seleção de cocktails de autor.

Entre as novidades do resort está a nova horta biológica, cujos legumes e ervas aromáticas são usados nas cozinhas dos restaurantes.

Ruby Bar

Também o Kids Club do Hilton Vilamoura foi melhorado com um novo espaço coberto, a par da renovação das madeiras dos passadiços e zonas de circulação.

Novas valências para eventos

A remodelação visou ainda o Centro de Conferências do Hilton Vilamoura, que apresenta uma nova configuração. A sala Tejo integra agora duas paredes LED, pensadas para eventos empresariais, conferências e apresentações de grande impacto. Já as salas de reunião foram repensadas com um conceito de design contemporâneo, integrando soluções que respondem a encontros presenciais e eventos híbridos.

Por fim, o 7Seven Spa integrou melhorias estruturais e operacionais “de forma a oferecer uma experiência ainda mais imersiva de bem-estar”.

Francisco Moser, CEO de Hospitality da Details – Hospitality, Sports, Leisure, destaca a importância estratégica desta renovação.

“Na Details, temos um compromisso profundo com a excelência e com a valorização contínua dos ativos que gerimos. Esta renovação retrata bem aquilo que temos feito nos ativos que gerimos: elevar experiências, superar expectativas e reforçar o posicionamento de Portugal como destino de referência no panorama internacional”, afirma.

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