Hotelaria

“Temos de esgotar os mecanismos de apoio existentes para que o turismo possa dizer presente”

Leia a entrevista a Bernardo Trindade, que fez capa na Publituris Hotelaria de maio.

Victor Jorge
Hotelaria

“Temos de esgotar os mecanismos de apoio existentes para que o turismo possa dizer presente”

Leia a entrevista a Bernardo Trindade, que fez capa na Publituris Hotelaria de maio.

Victor Jorge

Depois da tomada de posse, Bernardo Trindade, novo presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), reforçou as diversas dimensões que terão de ser tidas em conta para o futuro do setor.

Entre a importância dos associados, programa HOSPES, mobilização dos recursos humanos, “Tourism Monitors”, diálogo com parceiros, a situação financeira das empresas, Bernardo Trindade adicionou as infraestruturas aeroportuárias, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), a TAP, o “Click2Portugal”, um novo marketplace B2B como essenciais para a hotelaria dizer “presente” na recuperação do turismo em Portugal.

Tomou posse no dia 22 de abril. Que AHP e, fundamentalmente, setor da hotelaria encontrou?

Passámos dois anos terríveis, com a uma circunstância completamente nova, nunca antes vivida. Hotéis fechados, sem clientes, colaboradores em casa e, como é evidente, como a atividade económica do turismo toca em tantos sectores de atividade direta e indiretamente, tinha de se ressentir.

Curiosamente, também é nestes momentos em que o papel de uma associação centenária, que representa mais de 800 associados, justifica a sua utilidade. E o facto é que, durante este período de confinamento, em que tivemos que comunicar, fundamentalmente, por via online, tivemos oportunidade de assistir a uma ampla participação dos nossos associados como, também, de muitos convidados. E de facto, o espírito associativo reforçou-se claramente neste tempo.

Em períodos de grande fulgor económico muitas das vezes há uma tendência em individualizar os nossos comportamentos face a uma maior incerteza. Digamos que, esta dimensão coletiva, afirmou se, impôs-se. Sentimos isso na AHP.

E foi importante afirmar se?

Nem mais, e tivemos, de facto, um crescendo de novos associados exatamente por isso. Tivemos oportunidade de fazer um conjunto vastíssimo de conferências, online, que abordaram a generalidade das temáticas que constituem preocupação, seja a componente do financiamento, promoção, de aspetos que se relacionavam com o próprio processo de vacinação e os cuidados a ter em cada uma das nossas unidades hoteleiras.

Atualmente temos 821 associados. Fomos crescendo num período em que não houve muito investimento. Mas tivemos oportunidade de juntar outros, novas formas de empreendimentos turísticos, hostels, alguns alojamentos locais em resultado de uma determinada natureza específica e isso foi muito interessante. Porquê? Porque enriquece o debate interno.

Há, com certeza matérias que são preocupação global, a falta de recursos humanos, por exemplo, mas depois, dentro da própria tipologia do empreendimento turístico, a nível operacional, há questões que aparecem e que são muito interessantes serem discutidas e esse debate foi enriquecedor.

Relativamente ao setor, é preciso situar o período até 2019. Até ao aparecimento da COVID-19, o turismo em Portugal, com a hotelaria à cabeça, foi quem criou mais condições em torno deste objetivo primeiro que era pôr o país a crescer de forma convergente com a União Europeia, nomeadamente, crescer acima da média da União Europeia.

Tínhamos mais de 450.000 pessoas a trabalhar no setor do turismo. Portanto, estes foram anos absolutamente luminosos do ponto de vista do nosso contributo interno e externo.

Vem a COVID-19 e passámos a viver uma realidade que nunca vivemos na nossa dimensão coletiva, que é o facto de termos hotéis fechados, colaboradores em casa, clientes em casa.

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E sem mobilidade não há turismo?

A atividade económica, o turismo, exatamente por aquilo que está a referir, porque depende da mobilidade para cumprir o seu objeto, foi completamente limitada. Mais recentemente, porque não é indiferente para a nossa avaliação, a questão da Ucrânia que determinou uma escalada de preços sem precedentes em todos os itens que constituem a cadeia de despesa do turismo.

Neste momento, estamos a sentir confiança nas receitas, os clientes estão a regressar. Portugal é um país que quer ser visitado por qualquer turista “all over the world”, sentimos confiança nesse regresso, mas estamos confrontados hoje com uma realidade diferente, que é de facto uma estrutura de despesa que encareceu todos os seus itens.

O turismo, a hotelaria são atividades de capital intensivo e estamos confrontados, não só em Portugal, mas a nível global, com a uma situação de escassez nesta área.

Em Portugal, e tenho dado este exemplo porque são dados que apurei junto da Segurança Social, entre dezembro 2019 de dezembro de 2021, perdemos 45.000 registos na Segurança Social, na atividade do turismo. Portanto, este debate vamos ter de o fazer. Como é que podemos criar as condições para tornar apelativo este setor que fez sorrir tanta gente nos últimos anos?

O setor da hotelaria deixou de ser ‘trendy’ para o mercado do trabalho?

Há uma questão que resulta da dimensão da escassez que é o recurso humano. É um recurso muito procurado, tem de ser valorizado, mas já estamos a valorizá-lo. Qualquer um dos nossos associados sabe, hoje, independentemente da região do país, que, para ter um quadro nos seus hotéis, tem de pagar mais e já está a fazê-lo. A hotelaria sempre liderou os salários no setor do turismo.

Depois há uma outra dimensão mais institucional. Nós somos defensores da concertação social, entendemos que deve haver diálogo entre empregadores e sindicatos, que podemos, no fundo, construir uma solução a contento de todos. Estivemos num debate com o SITESE para a revisão do nosso Contrato Coletivo de Trabalho, aceitámos fazer a revisão das categorias e dos salários em cada uma delas, com ganhos de causa. Indiscutivelmente, um deles, passou por fazer verter a questão do banco de horas, porque configura flexibilidade, adaptabilidade dos nossos colaboradores e atualiza e moderniza aquela que é uma relação de trabalho e queremos, obviamente, estendê-lo também à FESAP.

Obviamente que a nossa expectativa e o nosso ponto de partida são os ganhos de causa já conseguimos. Porque de outra forma seria regressar a um passado que o turismo reclama diferente, que as pessoas reclamam diferentes. No fundo, hoje fazemos um esforço para que o turismo possa voltar aos anos luminosos de 2018 e 2019.

Considero que, quanto mais ‘rigidificarmos’ a relação de trabalho, mais dificuldade teremos em recrutar. As pessoas querem, basicamente, melhores condições de vida, melhores salários, melhores benefícios e estão disponíveis para assegurar e ajustar-se a esse equilíbrio.

As várias dimensões

O programa HOSPES, a importância dos associados, a mobilização, os recursos humanos, o Tourism Monitor, o diálogo com os parceiros, a situação financeira das empresas, a contribuição para a riqueza do país, mereceram destaque no seu discurso de tomada de posse. Existe alguma dimensão prioritária ou trata-se de um trabalho contínuo?

Existem várias dimensões. Comecemos pelas internas da nossa relação com os associados. O HOSPES, programa de responsabilidade social criado em 2013, teve oportunidade de entregar 230.000 bens a instituições que, por sua vez, fizeram-nos chegar a milhares de pessoas. Isto é uma dimensão de solidariedade, de economia circular, que é fundamental fazer e que a hotelaria pode, deve fazer e tem condições para fazer.

Na questão recente da Ucrânia e num trabalho continuado, já tivemos oportunidade de doar qualquer coisa como 3.700 bens e tivemos a oportunidade de empregar junto dos nossos associados cerca de 29 cidadãos ucranianos. E a nossa ambição é continuar a fazê-lo e exortar os nossos associados a continuarem a participar neste programa.

Depois, uma outra dimensão interna que é de extrema relevância, é a adesão ao “Click2Portugal”, a nossa plataforma tecnológica, hoje com nova roupagem, através da qual, basicamente, procuramos promover cada um dos nossos associados, e não só, de adesão gratuita e fácil. Nós, hoje, em resultado também desta escalada de preços, estamos confrontados com uma realidade, que é poder refletir no consumidor, no cliente, este acréscimo de custos, podendo vender mais caro. Isso passa, muitas vezes, por reduzir a presença de intermediários. A redução de presença de intermediários implica menos comissões e, portanto, a possibilidade de vender diretamente. Ora, o “Click2Portugal” é uma ferramenta que cumpre esse objetivo. Não vende, não é transacional, mas remete para os sites dos nossos associados que podem consumar a reserva e por essa via, numa lógica de poder vender melhor, vender mais caro, termos essa plataforma de ajuda.

Depois, um outro aspeto que referi e que é muito importante, entendemos que para termos boas decisões precisamos da qualidade da informação. E os inquéritos, os Tourism Monitors, hoje numa plataforma que foi atualizada, tem essa capacidade. Mas, obviamente, uma plataforma não é um fim em si mesmo, precisa de informação, da participação dos nossos associados e, portanto, nós apelamos a essa essa participação.

Do ponto de vista externo. O que pedimos? Sabemos que depois destes dois anos e não obstante este regresso das reservas, a estes sinais positivos ao nível das vendas e da promoção de Portugal, temos uma estrutura patrimonial, os nossos balanços, que foram fortemente impactados.

Entendemos que há hoje instituições, organismos de política pública que nos podem ajudar neste esforço. E entendemos que o Banco de Fomento, criado com o objetivo de capitalizar as empresas, tem de ajudar.

Ora, isso pressupõe que o Banco de Fomento possa ser uma instituição muito ágil, muito flexível, com muitas soluções. E o apelo que faço é: este é o tempo de as instituições olharem menos para o seu metro quadrado e olharem mais para o interesse nacional. Temos de aproveitar este momento. O Banco de Fomento existe e faz sentido se estiver ao serviço das empresas, sobretudo neste objetivo primeiro que é o objetivo da economia, da capitalização. Mas não queria falar só do Banco de Fomento.

Foram lançadas linhas de crédito, os “Apoiares”, que foram muito importantes. Mas terminaram e temos de relançá-los. Tem de haver um novo “Apoiar” que permita, no fundo, olhar em função da dimensão da empresa, da região em que se localiza.

O setor foi ajudado, mas continua a precisar de ajuda?

O nosso ministro das Finanças anunciou, com pompa e circunstância, um crescimento da economia de 4,9% para este ano. Penso até que, relativamente aos dois primeiros meses, já superámos esses números. Já se sente um contributo muito significativo do turismo. Acho que não há Governo nenhum, sobretudo nos países do sul da Europa, mais dependentes da atividade turística, que não contem com o turismo para cumprir os seus objetivos.

Agora há uma parte em que temos que ser ajudados. Queremos empresas sólidas, queremos empresas bem capitalizadas? Então temos de esgotar os mecanismos de apoio existentes para que o turismo possa dizer presente. Nós diremos presente e cumpriremos a nossa parte.

É interessante, numa altura em que se discute um pouco também a importância do turismo na orgânica do Governo, olhar um pouco mais além. E há um aspeto que, apesar de tudo, me conforta, que é ter um ministro das Finanças com sensibilidade para as questões da economia, nomeadamente e, por exemplo, para a libertar cativações relacionadas com o Banco de Fomento.

Preço a pagar

No que diz respeito ao setor hoteleiro se libertar um pouco da intermediação é essa a intenção de lançar um marketplace. Haverá baixa de preço? Em que moldes irá funcionar esse marketplace? Será somente B2B?

Entendemos que o marketplace, um novo marketplace, num quadro B2B, coloca em diálogo quer os nossos associados, as suas diversas dimensões, quer os nossos parceiros. Será um processo liderado pelo Alexandre Marto e que, no fundo, põe em articulação todas estas dimensões. Nós estamos aqui para pôr em diálogo aquela que é uma dimensão hoteleira, mas também aquilo que são os serviços prestados pelos nossos parceiros.

Diria que, neste momento, o preço é um dos fatores fundamentais a ter em conta?

A questão do preço de venda é uma questão relevante. Estamos a sentir confiança nas reservas, mas sabemos que o preço, o ‘yielding’, é feito muitas vezes em função da ocupação do próprio hotel. Ora, se estamos a sentir confiança, reservas materializadas, é legítimo aspirar a que os preços possam ser tendencialmente um pouco mais altos. Até porque precisamos disso, já que estamos confrontados com uma espiral inflacionista relativamente à cadeia de produção que toca todos os itens. Por isso, temos de refletir isso no consumidor.

Estamos perante um consumidor mais informado, mais conhecedor, mais exigente?

Indiscutivelmente e isso também é um desafio para os hoteleiros. No fim do dia todos nós ganhamos, porque, obviamente, também prestamos melhores serviços a um cliente mais exigente. As pessoas, depois de dois anos em casa, querem sair, querem fruir, querem um bom hotel, querem ir um bom restaurante, querem uma boa experiência.

E estão dispostas a pagar mais?

Sim, claramente. Depois de dois anos condicionadas, com salário garantido, criaram-se condições de aforro diferentes.

“Via Verde” no aeroporto

Voltando à questão dos recursos humanos, apontou a mobilidade no âmbito da CPLP, como uma possível solução. O seu antecessor dizia, em outubro de 2021, que era preciso ter cuidado para não se perder a identidade. Como é que Portugal poderá beneficiar dessa mobilidade sem perder identidade?

Nós hoje estamos com tudo em alta. Temos as reservas em alta, os clientes regressaram, a empregabilidade em Portugal está em alta, mais de 4 milhões de pessoas, mas a empregabilidade no sector do turismo está em quebra. Portanto, temos de encontrar soluções. Uma das soluções que visualizamos e que nos parece muito importante, mas não é um fim em si mesmo, é o acordo de mobilidade CPLP. Já foi ratificado por vários países e Portugal pode ser um beneficiário desse movimento. Implica um “Simplex” ao nível dos consulados. Entendemos que um contrato de trabalho, um comprovativo de morada e um registo criminal limpo são condições suficientes para que essa mobilidade aconteça e queremos passar esse apelo aos nossos consulados para que atuem nesse espírito. Mas também o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) tem de ser um instrumento importante de política pública ao serviço das empresas. Ou seja, se estou a trazer estas pessoas, têm de me ajudar a dar skills do ponto de vista linguístico para cumprir este objetivo. Tenho expectativas que o IEFP possa ser um protagonista que nos ajude neste objetivo. No fundo, reduzir um pouco esta tendência que se que se veio manifestar durante a pandemia que foi, empregabilidade no máximo, mas a empregabilidade no turismo a cair.

Tem de se olhar para o turismo de forma diferente a partir de agora?

Espero que isso aconteça, mas se não acontecer, têm-me aqui para fazer vingar esses princípios. Portugal não pode, e ainda bem que me faz essa pergunta, dar-se ao luxo de desperdiçar clientes, de recusar clientes. E aí a questão das infraestruturas é absolutamente crucial neste esforço, a curto e a médio prazo.

Dois exemplos: o primeiro tem a ver com o SEF no aeroporto de Lisboa. 16 boxes para tráfego não Schengen, oriundo de países como os Estados Unidos ou Canadá, tem de existir uma “Via Verde” de acesso. O americano é um cliente com excelente poder de compra, disponível para gastar em Portugal, tem uma expectativa enorme em resultado dos prémios que Portugal foi alcançando. Não pode ter como cartão de visita estar três ou quatro horas para passar o controlo do SEF. E aquilo que peço ao SEF, não são 16 boxes abertas 24 horas, porque isso é impraticável. O que peço ao SEF são quatro horas de manhã, das seis às 10h00, e quatro horas ao final do dia, das 18 às 22 horas, momentos em que existe mais tráfego para entrar e sair do nosso país, respetivamente.

Isso em Lisboa. E nos outros aeroportos também há problemas?

Acontecem outros problemas como, por exemplo, na Madeira, onde estivemos a boa notícia do lançamento do concurso público relativamente aos aparelhos que medem a intensidade dos ventos na aproximação ao Aeroporto da Madeira. Este é um tema antigo e que não avançou, em primeiro lugar, porque faltava orçamento, depois porque veio a COVID, agora lançou-se um concurso com várias instituições a darem opinião sobre o desenho do concurso público. Os instrumentos de medida remontam à inauguração do aeroporto, década de 1960.

O que remete para outro atraso que é o aeroporto de Lisboa.

Portugal, como disse, não pode dar-se ao luxo de perder clientes, de recusar clientes. A nossa capacidade aeroportuária, em Lisboa, já estava esgotada em 2019. Neste momento, estamos à espera da avaliação ambiental estratégica para decidir relativamente ao futuro do aeroporto. Temos de avançar.

Perderam-se mais três anos. É dramático e quem acompanha o fenómeno da aviação e verificar que há um interesse imenso das companhias aéreas para programar Portugal, programar Lisboa, sinceramente, não consigo aceitar esta realidade.

A TAP deixou de ser tema?

No meu caso, não tem a ver com o facto de ter sido administrador não executivo da TAP e de ter acompanhado o dossier desde o primeiro momento, mas sou um empreendedor na área do turismo. Sei que o turismo depende da mobilidade para cá se chegar. Sei da importância que a TAP tem, nomeadamente, em destinos como o Brasil e os EUA, destinos que querem muito visitar Portugal. E nem sequer vou referir os contributos económicos de emprego, mobilização económica direta e indireta, número de fornecedores, percentagem do PIB. Enfim, tudo isso é obviamente importante. Agora eu, como empreendedor e dirigente associativo, que depende da mobilidade das pessoas que vêm para Portugal, não posso dispensar um instrumento como a TAP.

Uma dinâmica, além da digitalização, que surgiu com a pandemia foi a sustentabilidade. Como é que a AHP e os seus associados tratam ou vão passar a tratar esta dimensão?

Foi, de facto, uma dimensão que ganhou um espaço crítico durante a pandemia. É hoje uma preocupação quer dos hoteleiros quer dos nossos clientes. Os clientes passaram a ser mais exigentes, os hoteleiros passaram a ser mais ativos, incorporando esta dimensão na sua venda. Queremos ser um parceiro muito ativo nesta dimensão.

Acabou de tomar posse e o mandato vai até 2024, mas olhando um pouco para o futuro, o que gostaria de deixar como marco à frente da AHP?

Em primeiro lugar, afirmar a AHP como uma instituição muito credível e respeitada junto dos associados, dentro do setor do turismo e não só. Em segundo lugar, aumentar o número de associados. Em terceiro lugar, que as empresas hoteleiras pudessem estar mais capitalizadas até 2024, em resultado de uma intervenção importante do Banco de Fomento como instrumento de capitalização, que as empresas pudessem ser mais sustentáveis e mais solidárias. Realisticamente, entendo que, se estes espaços forem cumpridos, a hotelaria pode sair reforçada como atividade.

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Alexandra Henriques assume direção de marketing da cadeia WOTELS

A nova diretora terá como missão reforçar a presença da WOTELS no mercado, consolidar a identidade do grupo e apoiar o lançamento de novas unidades com campanhas de comunicação.

A WOTELS, cadeia portuguesa de alojamento híbrido, apostou em Alexandra Henriques para assumir a direção de marketing do grupo.

Com esta contratação, a WOTELS pretende “reforçar a aposta numa comunicação mais estratégica e estruturada, fundamental nesta fase de consolidação e expansão da marca”.

Com 16 unidades de alojamento espalhadas de norte a sul de Portugal, a WOTELS integrou recentemente na sua marca a Aldeia da Pedralva, no Algarve, que personifica o conceito de slow village. Prepara-se agora para a inauguração do Hotel Horta da Moura, uma unidade de quatro estrelas em Monsaraz.

“A entrada da Alexandra vai permitir posicionar a Wotels enquanto referência no alojamento híbrido a nível nacional, além de contribuir para a criação de uma nova marca de alojamento que agregue não só a Aldeia da Pedralva e a Horta da Moura, como também novas unidades que integrarão o portefólio”, refere Nuno Constantino, CEO do grupo WOTELS, em comunicado.

Com experiência em marketing estratégico no setor do turismo e hospitalidade, a nova diretora terá como missão reforçar a presença da WOTELS no mercado, consolidar a identidade do grupo e apoiar o lançamento de novas unidades com campanhas de comunicação “alinhadas com os valores da marca: diversidade, autenticidade e hospitalidade”.

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Room00 recebe investimento de 400M€ por parte da King Street

Países como Espanha, Portugal e Itália são vistos como mercados-chave para a expansão da Room00, que pretende alcançar 200 ativos e 15.000 quartos nos próximos quatro anos no sul da Europa, além de 20 ativos e 1.000 quartos em Londres.

A King Street Capital Management (“King Street”), gestora global de investimentos alternativos, invetsiu cerca de 400 milhões de euros no Room00 Group, uma plataforma de hospitalidade urbana lifestyle no sul da Europa.

Desta forma, o investimento da King Street vai “apoiar a estratégia de expansão  pan-europeia da Room00, permitindo à empresa continuar o seu crescimento em mercados-chave como Espanha, Portugal e Itália”, como referido em nota de imprensa.  No mesmo documento é indicado que os fundos serão utilizados “sobretudo” para adquirir e reabilitar imóveis hoteleiros em micro-localizações premium em cidades como Madrid, Barcelona, Lisboa, Porto, Milão, Roma e Florença.

O objetivo da empresa passa por continuar a seguir “o seu modelo de crescimento” com base em contratos de arrendamento e gestão hoteleira. Contudo, após este investimento, o grupo passa também a ter capacidade para adquirir imóveis diretamente, tendo escolhido a Kryalos SGR, em Itália, para estruturar um veículo de investimento imobiliário dedicado.

Atualmente, a Room00 conta com mais de 2.500 quartos e 50 ativos em operação ou desenvolvimento, integrados num portefólio com quatro marcas: Room00 Hostels; Toc Hostels; room Select Hotels e LETOH LETOH.

O objetivo da Room00 passa por expandir o portefólio para 200 ativos e 15.000 quartos nos próximos quatro anos no sul da Europa, além de 20 ativos e 1.000 quartos em Londres, onde a empresa espera abrir a sua primeira unidade até ao final de 2025.

“Este investimento da King Street valida o nosso modelo de negócio enquanto plataforma integrada de operação e investimento hoteleiro no setor de hospitalidade urbana lifestyle no sul da Europa, e permitirá acelerar o crescimento através da aquisição de ativos estratégicos, atrair os melhores talentos e abrir novas oportunidades de colaboração com investidores que partilham a nossa visão de longo prazo”, afirma Ignacio Requena, CEO da Room00.

A Room00 contou com o apoio da GRC IM e da CBRE Investment Banking no processo de investimento, enquanto os escritórios de advogados Garrigues, Cuatrecasas e Across Legal prestaram assessoria jurídica à empresa. A Uría Menéndez e a Allen & Overy Shearman prestaram apoio jurídico à King Street, a EY assegurou a due diligence financeira e a PwC assessorou a estruturação fiscal.

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Pestana Residences aposta no Algarve com novo projeto residencial em Ferragudo

O futuro Pestana Ferragudo Village vai reunir 91 lotes para moradias e 226 apartamentos divididos em seis núcleos a um quilómetro da vila de Ferragudo, no Algarve. As primeiras propriedades serão entregues no início de 2027.

O Pestana Hotel Group continua a sua aposta no segmento imobiliário premium, desta vez no Algarve, como o Pestana Ferragudo Village.

O futuro empreendimento no segmento imobiliário e residencial do grupo, sob a alçada da Pestana Residences, localiza-se a um quilómetro da vila de Ferragudo, no Algarve, com opções de habitação desde apartamentos com jardim e piscina privativos, penthouses com piscina na cobertura e lotes exclusivos para a construção de moradias com diversas áreas.

Com 91 lotes para moradias – entre 150 e 300 metros quadrados – e 226 apartamentos, o Pestana Ferragudo Village pretende aliar “conforto, privacidade e uma envolvente natural preservada”, como referido em nota de imprensa. Além da componente de alojamento, o projeto inclui um campo de golfe, cuja manutenção será assegurada com água reutilizada proveniente de uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR).

À semelhança do Pestana Tróia Eco-Resort, os projetos de arquitetura são assinados por Gonçalo Salazar de Sousa, Rui Pinto Gonçalves e Miguel Passos de Almeida. Atualmente em fase de construção, o projeto tem conclusão prevista para 2027.

Leia também: Pestana Hotel Group apresenta o seu mais recente projeto imobiliário em Porto Covo

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Enoturismo para famílias com espaço para crescer nos hotéis vínicos

Já não só de mercados internacionais é composta a procura por hotéis e atividades de enoturismo em Portugal – os portugueses mostram um interesse cada vez mais crescente por este segmento. Com uma oferta sólida na comunicação para casais, é agora altura de criar também ofertas para famílias, que começam a demonstrar interesse nesta área.

Carla Nunes

Se os mercados internacionais registam uma maior procura por alojamento e experiências de enoturismo em Portugal – como é o caso dos Estados Unidos da América, Canadá, Reino Unido e Austrália – o mercado nacional tem assinalado “uma evolução notável nos últimos anos” na procura por este segmento.

A afirmação parte de Sílvia Ferreira, CEO do Wine Group Tourism, que refere que “este fenómeno é impulsionado pela crescente valorização do património enológico nacional e pela procura por experiências mais autênticas e imersivas”. Já por parte dos internacionais, destaca-se “a forte ligação ao mundo do vinho, mas também o crescente interesse em viagens mais personalizadas e de luxo”.

Também Madalena Vidigal, formadora e consultora especializada em enoturismo, fundadora do blog EntreVinhas, afirma que a procura por parte do mercado nacional por enoturismo “cresceu bastante logo a seguir à pandemia”, com muitas das adegas que visita a mencionarem que os portugueses já representam mais de 50% dos seus clientes.

“Curiosamente, quando se fala do mercado de enoturismo de luxo, também já começa a crescer o mercado português. Já não é só o estrangeiro, nomeadamente americanos e brasileiros, que que continuam a vir para Portugal”, afirma Madalena Vidigal.

Também Sílvia Ferreira é da opinião de que “o perfil do turista nacional tem vindo a evoluir” para um crescente interesse “por turismo sustentável e responsável”.

Se a CEO do Wine Group Tourism afirma que a oferta hoteleira dedicada ao enoturismo em Portugal “tem vindo a crescer de forma significativa”, Madalena Vidigal é da opinião de que “ainda não existe uma relação direta entre as adegas e a hotelaria”. “Diria que face à quantidade de adegas que estão cada vez mais a apostar no turismo de vinhos e aquelas que têm alojamento integrado, ainda há uma diferença muito, muito grande”.

Diversificar públicos

Identificando dois tipos de públicos maioritários nos alojamentos que operam na área enoturítica – casais sem filhos e famílias – Madalena Vidigal defende que existe ainda bastante espaço para os hotéis vínicos desenharem ofertas para o segmento familiar, que tem procurado cada vez mais este tipo de espaços.

“Não considero que todas as adegas e todos os hotéis vínicos estejam preparados para receber crianças, porque ainda comunicam muito para adultos, não têm atividades que integrem crianças. Se vamos estar a comunicar ou a criar atividades de enoturismo apenas para quem bebe vinho, então estamos a perder audiência, porque o consumo do vinho mundial está a decrescer”, defende Madalena Vidigal.

Atividades como provas de chás, infusões ou sumos; fotografia e pintura com vinho são algumas das sugestões da formadora e consultora nesse sentido.

Já para o segmento de reuniões, incentivos, conferências e exposições (MICE, na sua sigla em inglês), Sílvia Ferreira refere que “a crescente procura por experiências exclusivas e diferenciadas tem levado muitas quintas e hotéis vínicos a investir em infraestruturas e serviços especializados”. Entre as ofertas destaca “degustações privadas de vinhos, visitas guiadas a adegas, workshops de enologia e atividades de team building baseadas na produção de vinho”. Para responder a este público, o Wine Group Tourism criou até uma marca, a ExperienceA, com “soluções completas para eventos focadas no mundo do vinho e na cultura portuguesa”.

Formação

No âmbito dos principais pontos na formação de um colaborador hoteleiro que trabalhe no segmento enoturístico, Sílvia Ferreira destaca “a combinação de conhecimentos técnicos, habilidades interpessoais e a capacidade de coordenar atividades enoturísticas”. Conhecimento técnico como a história das regiões vinícolas de Portugal, os processos de produção e as diferentes variedades de uvas é visto como “fundamental” pela profissional, a par de soft skills como a empatia e a comunicação eficaz.

Já Madalena Vidigal destaca o conhecimento de diversas línguas, a capacidade de comunicar, ser um bom storyteller e saber interpretar o cliente, adaptando a visita a uma linguagem menos ou mais técnica. Refere também a necessidade de se ser “flexível em termos das funções que vão ser desempenhadas”.

A CEO do Wine Group Tourism refere que, embora o setor do enoturismo em Portugal tenha experimentado uma evolução significativa nos últimos anos, a formação dos profissionais nesta área ainda está em processo de desenvolvimento”. Para Madalena Vidigal, “mais do que as hard skills sobre vinho, não há formação suficiente de como receber, como pôr os clientes a sentir-se em casa, como comunicar e explicar o vinho de forma leve e divertida”.

Tendências

Das principais tendências no setor, a consultora e formadora destaca não só a possibilidade de crescer no segmento familiar, como também o crescente interesse pelo turismo de bem-estar, ligado ao enoturismo através de conceitos de wellness como os wine spas, com terapias associadas ao vinho.

Por outro lado, Sílvia Ferreira acrescenta a prioridade crescente atribuída à sustentabilidade, “com muitos locais a adotar práticas como a viticultura biológica, o uso de energia renovável e a redução de desperdícios”. A personalização de experiências, como a degustação privada de vinhos, piqueniques nas vinhas e workshops de wine blendings é outra das tendências apontadas.

No campo dos desafios para os hotéis vínicos em Portugal, a CEO do Wine Group Tourism aponta para a concorrência, tanto a nível nacional quanto internacional; a sustentabilidade; a qualificação da equipa e a constante evolução das preferências dos turistas.

“Hoje, os visitantes não se contentam apenas com degustações de vinhos: procuram experiências mais imersivas e autênticas que combinem o vinho com outras vivências culturais, gastronómicas e de bem-estar”, termina.

Sobre o autorCarla Nunes

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Patrícia Correia assume cargo de General Manager no Palácio de Tavira

A profissional ficará encarregue pela abertura do Palácio de Tavira, um boutique hotel “que combina tradição, design e um serviço personalizado”.

Após quase seis anos enquanto general manager do Monte Santo Resort, e após uma passagem de cerca de um ano no Villas d’Água Resort, Patrícia Correia assume agora o cargo de General Manager no Palácio de Tavira.

O anúncio foi feito pela profissional na sua página de LinkedIn, onde refere que esta recente unidade hoteleira trata-se de “um boutique hotel de charme onde a história e a autenticidade do Algarve se encontram”.

Desta forma, Patrícia Correia ficará responsável pela abertura e gestão do projeto “que combina tradição, design e um serviço personalizado, pensado para oferecer uma experiência autêntica e elegante no coração de Tavira”.

Com passagens por projetos como o Vila Gaivota, Hotel Baía Cristal, Vale d’Oliveiras Quinta Resort & Spa, no Carvoeiro, e Macdonald Inchyra Hotel & Spa, em Fallkirk, na Escócia, Patrícia Correia é formada em Gestão Hoteleira pela Escola de Hotelaria e Turismo de Faro.

No currículo soma cursos executivos em “Luxury Brand Management” e “Proficiency in Hospitality Management”, pela EHL Hospitality Business School, além de ter frequentado o programa de General Managers da Cornell Peter and Stephanie Nolan School of Hotel Administration.

A profissional é ainda Board Member – VP for Events na Associação dos Diretores de Hotel de Portugal (ADHP), além de lecionar nas Escolas de Hotelaria e Turismo do Turismo de Portugal e assumir o cargo de professora assistente convidada no Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes (ISMAT).

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Conheça os finalistas do Chefe do Ano 2025

A fase final do concurso Chefe do Ano 2025 terá lugar no Centro Multiusos de Lamego a 4 de junho, onde seis profissionais vão competir através da elaboração de um menu com quatro pratos.

Já são conhecidos os finalistas do Chefe do Ano 2025, que vão disputar a fase final do concurso a 4 de junho no Centro Multiusos de Lamego.

Os finalistas foram selecionados entre os 18 concorrentes com as melhores pontuações que participaram nas etapas regionais do concurso, realizadas a 2 de abril na Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre, a 8 de abril na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste e a 8 de maio na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto.

Nesta edição, os candidatos são desafiados a criar um menu completo “que valorize as raízes da gastronomia portuguesa e privilegie produtos de origem nacional”, como referido em nota de imprensa.

O menu deve incluir uma entrada vegetariana, um prato de bacalhau, um prato de carne com arroz e uma sobremesa com azeite. Pelo menos um dos pratos deverá obrigatoriamente conter laranja. Na final, os concorrentes apresentarão novamente o seu menu ao júri, presidido pelo chefe António Bóia, do JNcQUOI World.

Os finalistas apurados são:

  • Afonso Alves, do restaurante Mezze, em Lisboa;
  • Alexandre Cabrita, do Al Sud*, Palmares Ocean Living & Golf, em Lagos;
  • Bruno Garcia, do Hotel Fortaleza do Guincho*, em Cascais;
  • Jorge Bolito, do The Yeatman**, em Vila Nova de Gaia;
  • Mário Santos, do Rossio Gastrobar, em Lisboa;
  • Vítor Miranda, do Pena Park Hotel e do restaurante Biclaque Trajano, em Vila Real.

Durante a competição final, terão lugar duas iniciativas paralelas. A primeira é o fórum “Pensar Cozinha”, com entrada livre mediante reserva de bilhete, que será dedicado ao tema “O percurso do profissional de cozinha”.

O evento contará com apresentações, conversas e demonstrações culinárias de vários chefs convidados, incluindo Marlene Vieira (Marlene, Lisboa); David F. Jesus (Seiva, Leça da Palmeira); Rafaela Ferreira (Exuberante, Porto); Paulo Carvalho (Zagaia); Inês e Mafalda Pando (Urraca, Porto); Diogo Novais Pereira (Chefe do Ano 2024, Porinhos, Fafe); Hari Chapagain (Oven, Lisboa) e Diana Vaz (EHT Porto e Católica Porto Business School). Entre os temas debatidos estarão “Ganhar uma estrela Michelin”, “O chefe como marca”, “De cozinheiro a empreendedor”, “Filho de cozinheira sabe cozinhar” e “Sucesso fora de casa”.

A segunda iniciativa será a primeira edição da prova “A Melhor Bola de Lamego”, organizada pelas Edições do Gosto, com o objetivo de valorizar a padaria regional enquanto expressão de artesanato.

Em 2025, os patrocinadores principais do Chefe do Ano são a Fagor, a Makro, a Aviludo e a ICEL. Lamego é o Município Anfitrião da final nacional. Entre os patrocinadores estão ainda o Esporão, o Arroz Bom Sucesso e os Ovos Matinados, enquanto os parceiros incluem o Turismo de Portugal, Prochef, Delta Cafés, Christeyns Portugal e Bonduelle Food Service. Conta também com o apoio da ACPP, da Chaîne des Rotisseurs, da Rede-T e da Sara HACCP Digital. O evento é organizado pela Revista Manja e pelas Edições do Gosto.

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AHRESP propõe 13 medidas para a próxima legislatura

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) dirigiu um conjunto de propostas a todos os partidos políticos candidatos à Assembleia da República centrado em quatro eixos considerados estratégicos (Fiscalidade, Emprego, Investimento e Coesão Territorial).

No âmbito das próximas eleições legislativas, marcadas para 18 de maio, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), dirigiu um conjunto de propostas a todos os partidos políticos candidatos à Assembleia da República, apelando à sua concretização durante a XVII Legislatura, considerando que “é essencial garantir a sustentabilidade, competitividade e coesão territorial das suas atividades, verdadeiras locomotivas da economia nacional”.

Segundo a AHRESP, as atividades da restauração, similares e do alojamento turístico (Canal HORECA) registaram, no ano 2023 (último ano disponível, fonte INE), um total de 125.679 empresas (+0,5% face a 2022) e 445.160 trabalhadores (+2% face a 2019), o que representa cerca de 8,3% e 9,14% do total nacional, respetivamente.

No que diz respeito ao volume de negócios, o Canal HORECA atingiu, em 2023, o valor de 23,2 mil milhões de euros, afirmando a AHRESP que “o setor do Alojamento e Restauração mantém uma importante representatividade no panorama nacional das empresas e do emprego, consolidando-se como uma das principais fontes de riqueza do país com forte contributo para a criação de emprego e para o desenvolvimento económico nacional”, reforçando que as atividades económicas, debaixo do “chapéu” da AHRESP, “movem toda a economia e têm dos efeitos indiretos mais elevados em todos os setores: primário (agricultura), secundário (indústria) e terciário (serviços)”.

Contudo, diz a associação, “importa reconhecer o atual contexto macroeconómico, nacional e internacional, marcado por incertezas, como as recentes políticas comerciais dos EUA, que colocam novos desafios à atividade das empresas” e, apesar de 2024 ter sido um ano recorde em número de hóspedes, dormidas e receitas turísticas internacionais, “estas estatísticas não refletem as dificuldades enfrentadas pelas empresas da restauração, sobretudo as localizadas fora das zonas de maior afluência turística”, salientando que a AHRESP que “o início de 2025 confirma um agravamento dessa realidade”.

Assim, a AHRESP apresenta as suas propostas para o período das Legislativas 2025-2029, centradas em quatro eixos estratégicos (Fiscalidade, Emprego, Investimento e Coesão Territorial), num total de 13 medidas, considerando-as como “prioritárias para salvaguardar as empresas e contribuir para o fortalecimento da economia portuguesa”.

No eixo da “Fiscalidade”, a associação propõe a reposição integral da taxa intermédia do IVA nas bebidas, a redução da Taxa do IRC, a contribuição sobre embalagens de utilização única (fiscalidade verde), bem como a eliminação do Pagamento por Conta.

No emprego, as propostas da AHRESP incluem a redução da TSU a cargo das empresas, redução do IRS, além de programas de apoio à integração de imigrantes (habitação, formação e valorização).

No terceiro eixo – “Investimento” – a AHRESP destaca os programas de reforço à capitalização das empresas (capitais próprios e tesouraria), programas de apoio ao investimento e requalificação das empresas, medidas de apoio à eficiência energética e hídrica e à transição digital, além da celeridade na justiça económica.

Finalmente, na “Coesão Territorial”, as propostas incluem a necessidade de um programa de dinamização à economia nos territórios de baixa densidade, bem como um programa para dinamização de produtos regionais/locais.

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Forte de Gaia reforça agenda vínica com nova edição do Wine Social Club

O evento de caráter mensal do hotel Forte de Gaia – Autograph Collection alia a apresentação de vinhos – nesta edição, das regiões do Dão e do Douro – com um menu gastronómico elaborado para a ocasião pelo chef João Vieira. Dirigido pelo enólogo Carlos Silva, o evento é limitado a 30 lugares.

O Forte de Gaia – Autograph Collection recebe a 16 de maio mais uma edição do Wine Social Club, uma iniciativa mensal do hotel que alia a descoberta de produtores vínicos a experiências gastronómicas.

Nesta edição, o Wine Social Club recebe dois projetos vínicos do Douro e do Dão.

A Quinta das Herédias, com mais de 900 anos de história no Douro, alia tradição a uma visão contemporânea sob a liderança do enólogo Carlos Lucas, destacando-se pelas vinhas centenárias em encostas de altitude. Já a Quinta do Ribeiro Santo, dirigida pelo enólogo Carlos Silva, encontra-se instalada num vale entre as serras da Estrela e do Caramulo.

Os vinhos de ambas as casas serão apresentados num ambiente intimista e descontraído, com explicações sobre castas, terroirs e práticas enológicas. A acompanhar, os clientes podem encontrar um menu criado para a ocasião pelo chef-executivo do Forte de Gaia, João Vieira.

Composto por quatro momentos, o menu deste Wine Social Club foi desenhado por forma a “valorizar os vinhos em prova e proporcionar uma experiência gastronómica imersiva”, como referido em comunicado. A carta inclui um prato de bacalhau, seguido de “presa” de porco ibérico com Migas Serranas. A refeição termina com um Bolo de Rolo de Laranja do Algarve com merengue de limão.

A experiência decorre na Sala dos Trinta, o espaço do hotel dedicado a experiências vínicas, e está limitada a 30 lugares. Com o valor de 75 euros por pessoa, as reservas devem ser efetuadas através do email eventos@fortedegaia.com.

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Portugal tem 131 estabelecimentos turísticos à venda

No final de março e segundo as contas feitas pelo idealista, Portugal tinha, no final do primeiro trimestre deste ano, 131 estabelecimentos turísticos à venda, correspondendo a menos 51 unidades que no mesmo período do ano passado.

O site idealista fez as contas e conclui que existiam 131 estabelecimentos turísticos à venda, no final de março de 2025. Este número corresponde a menos 51 unidades que no mesmo mês de 2024, ou seja, uma quebra de 28%.

Os distritos de distritos do Porto, Setúbal e Lisboa são os que apresentam um menor número de unidades hoteleiras à venda, enquanto Guarda, Aveiro e Beja colocam-se no campo oposto.

As contas do idealista/data revelam que, no final de março deste ano, no Porto, existem 16 unidades hoteleiras à venda, menos 12 que em igual período de 2024, enquanto, em Setúbal esse número baixa para cinco unidades (-7) e em Lisboa eram 15 (-6).

Contudo, o distrito com mais unidades hoteleiras à venda, segundo os dados divulgados, é Faro, com 34 estabelecimentos a procurar novo dono, embora esse número seja menos em três unidades que a período homólogo de 2024.

E resto, Faro (34), Porto (16) e Lisboa (15) são responsáveis por mais de metade dos estabelecimentos turísticos à venda no final do primeiro trimestre de 2025. Somente três distritos não sofreram alterações no que diz respeito à unidades à venda: Évora (6), Coimbra (5) e Vila Real (4).

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Hilton Vilamoura surge renovado após 18 anos de atividade e nova gestão

O Hilton Vilamoura foi alvo de uma remodelação total após 18 anos de atividade, estando agora sob a gestão da Details – Hospitality, Sports, Leisure, empresa da Arrow Global Portugal.

O hotel foi alvo de intervenções profundas nos quartos e apartamentos, piscinas, áreas de restauração, lobby, salas de reuniões e centro de conferências, com o objetivo de “elevar a experiência de quem visita o resort, proporcionando ambientes contemporâneos e funcionais”, como referido em nota de imprensa.

Na área exterior, a zona das piscinas foi completamente transformada, sendo que a piscina principal conta agora com novo mobiliário e uma área dedicada a massagens ao ar livre.

Já na vertente gastronómica, os três espaços de restauração assumem uma nova vida. O Restaurante Aquarela aposta numa carta leve, situando-se junto à piscina. Por outro lado, o Restaurante Cilantro pretende fazer um tributo à cozinha mediterrânica, enquanto o Rubi Bar oferece opções de petiscos, snacks, sandes abertas, hambúrgueres e pizzas, além de uma seleção de cocktails de autor.

Entre as novidades do resort está a nova horta biológica, cujos legumes e ervas aromáticas são usados nas cozinhas dos restaurantes.

Ruby Bar

Também o Kids Club do Hilton Vilamoura foi melhorado com um novo espaço coberto, a par da renovação das madeiras dos passadiços e zonas de circulação.

Novas valências para eventos

A remodelação visou ainda o Centro de Conferências do Hilton Vilamoura, que apresenta uma nova configuração. A sala Tejo integra agora duas paredes LED, pensadas para eventos empresariais, conferências e apresentações de grande impacto. Já as salas de reunião foram repensadas com um conceito de design contemporâneo, integrando soluções que respondem a encontros presenciais e eventos híbridos.

Por fim, o 7Seven Spa integrou melhorias estruturais e operacionais “de forma a oferecer uma experiência ainda mais imersiva de bem-estar”.

Francisco Moser, CEO de Hospitality da Details – Hospitality, Sports, Leisure, destaca a importância estratégica desta renovação.

“Na Details, temos um compromisso profundo com a excelência e com a valorização contínua dos ativos que gerimos. Esta renovação retrata bem aquilo que temos feito nos ativos que gerimos: elevar experiências, superar expectativas e reforçar o posicionamento de Portugal como destino de referência no panorama internacional”, afirma.

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