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Como atender hóspedes com deficiência pela voz dos próprios

Ana Sofia Martins, Catarina Oliveira, Madalena Ribeiro, Mariana Sapatinha e Marisa Maganinho têm uma coisa em comum: adoram viajar. No entanto, nem todas as unidades de alojamento proporcionam acessos suficientes […]

Carla Nunes

Como atender hóspedes com deficiência pela voz dos próprios

Ana Sofia Martins, Catarina Oliveira, Madalena Ribeiro, Mariana Sapatinha e Marisa Maganinho têm uma coisa em comum: adoram viajar. No entanto, nem todas as unidades de alojamento proporcionam acessos suficientes […]

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Ana Sofia Martins, Catarina Oliveira, Madalena Ribeiro, Mariana Sapatinha e Marisa Maganinho têm uma coisa em comum: adoram viajar. No entanto, nem todas as unidades de alojamento proporcionam acessos suficientes adaptados às suas deficiências, sejam elas motoras, auditivas, visuais ou intelectuais.

Com o objetivo de chamar a atenção para a questão das acessibilidades – neste caso de quem se desloca em cadeira de rodas – Ana Sofia Martins criou o blogue “JustGo – by Sofia”, onde partilha as suas aventuras pelo país e o mundo. As dificuldades com que se deparava em algumas viagens levaram-na a criar esta plataforma, com o intuito de chamar a atenção para a questão, “sempre pela positiva”, para que mais locais se tornem acessíveis.

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Também Mariana Sapatinha, portadora de paralisia cerebral e utilizadora da cadeira de rodas, seguiu o exemplo e criou um canal de Youtube, o “Vai de Rodas”, após perceber que “não é fácil encontrar informações sobre os lugares para fazer turismo adaptado”. Já Catarina Oliveira utiliza o seu Instagram, Espécie Rara Sobre Rodas (@especierarasobrerodas), para desconstruir “com algum humor e leveza” as questões de capacitismo associadas à pessoa com deficiência, bem como as barreiras físicas que encontra nas suas deslocações.

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Quando falamos em acessibilidade em hotelaria, neste caso referente a pessoas que se deslocam em cadeira de rodas, tanto Ana como Catarina e Mariana afirmam que a primeira questão se coloca logo na altura da reserva. É difícil perceber se o hotel é ou não acessível “porque essa informação não existe praticamente em lado nenhum”, seja no site do hotel ou nos motores de reserva, de acordo com Ana Sofia Martins.

Apesar de os motores de reserva disponibilizarem um filtro relativo a acessibilidades, todas as intervenientes explicam que este não dá qualquer garantia, uma vez que alguns hotéis afirmam ser acessíveis sem o serem, para além de existirem hotéis acessíveis que não fazem essa referência. Para Catarina Oliveira, a questão é fácil de contornar: “obrigar as instalações a colocar fotos da entrada sem obstáculos, ou com equipamentos facilitadores, das imediações do hotel, do quarto e da casa de banho adaptadas”.

Ainda no processo de reserva, Ana Sofia Martins e Catarina Oliveira apontam uma outra questão: o facto de só existirem entre um a dois quartos adaptados nas unidades hoteleiras, geralmente em hotéis de gama alta, já que “os hotéis mais baratos nem sempre estão acessíveis ou adaptados”, como explica Catarina Oliveira. De acordo com Ana Sofia Martins, também é recorrente reservar um quarto standard e ser contactada posteriormente com o aviso de que o quarto adaptado é de uma categoria superior, sendo por isso obrigada a pagar mais – apesar de já ter encontrado algumas unidades hoteleiras que não cobraram a diferença.

O número diminuto de quartos adaptados traz outra limitação: o facto de a lotação ser rapidamente atingida. Ana Sofia Martins explica que habitualmente tem “que reservar três, quatro quartos até conseguir um que esteja disponível e acessível”.

A solução passaria por adaptar mais quartos, ou existir “a possibilidade de estes serem adaptados na hora”, tal como aponta Ana Sofia Martins.

Catarina Oliveira acrescenta que essa adaptação “não ficaria assim tão cara, porque é um investimento a longo prazo”: “Se tiverem um quarto adaptado vão estar a chamar mais pessoas para o hotel. Depois vai ser a longo prazo – uma vez acessível, é só manter. E pelo menos as pessoas têm um quarto para ir em todas as gamas de hotel”, afirma.

Garantir a acessibilidade sem abdicar do design

Do ponto de vista arquitetónico, Rui Sousa, Management Advisor na Saraiva & Associados, explica que têm em conta três pontos: a acessibilidade arquitetónica, dimensionando os espaços e definindo circulações livres de barreiras arquitetónicas; a acessibilidade dos equipamentos, relativamente à sua dimensão, e o posicionamento de instrumentos de controle, como interruptores na cabeceira da cama ou a distância do toalheiro ao duche.

Para que um quarto esteja adaptado a uma pessoa que se desloca em cadeira de rodas, de um modo geral – uma vez que as necessidades podem depender de pessoa para pessoa –, Ana Sofia Martins aponta que primeiro é necessário um quarto com medidas mais largas, com uma cama “nem muito alta, nem muito baixa”. A casa de banho deve incluir “barras na sanita, no duche, e um banco para tomar banho”, que pode ser fixo ou amovível.

O “Guia Prático de Acessibilidade no Alojamento Turístico”, elaborado pela Accessible Portugal, acrescenta mais alguns pontos, como a inclusão de um lavatório com torneira de alavanca monocomando; sanita de modelo standard, sem abertura frontal – já que essas são destinadas a equipamentos hospitalares e não são necessárias no alojamento turístico – e acesso nivelado ao duche.

De notar ainda alguns “pormenores”, como o posicionamento mais baixo de objetos como o espelho da casa de banho, o varão dos cortinados, o secador de cabelo e do chuveiro manual, bem como a inclusão de um sistema nos armários que permita rebaixar o cabide.

O Management Advisor da Saraiva & Associados frisa que, no caso dos hotéis, têm em conta não só a acessibilidade mas também “o conforto e a estética integrada no conceito” da unidade, dando o exemplo de “instalações sanitárias acessíveis com equipamentos semelhantes aos das restantes unidades de alojamento”.

No fundo, os quartos “não precisam de ser feios para serem adaptados”, tal como defendem Ana Sofia Martins e Catarina Oliveira.

Nas restantes áreas do hotel, importa adaptar as superfícies ao nível da pessoa com mobilidade reduzida, seja no balcão da receção ou na zona de refeições, passando pelo acesso à piscina.

Os vários espetros da acessibilidade e a oportunidade de negócio

A acessibilidade não diz respeito apenas a pessoas com mobilidade reduzida. Ana Garcia, diretora da Accessible Portugal, alerta que “é comum associarmos a acessibilidade a pessoas que têm cadeiras de rodas”, algo que descreve como um “erro”.

“Quando falamos de acessibilidades falamos não de rampas, mas de pessoas. O que é preciso na oferta turística, seja ela no alojamento, na restauração ou na animação turística, é que dê resposta às necessidades dos clientes”, defende a diretora.

De acordo com dados dos censos de 2022, nos quais a Accessible Portugal tem vindo a trabalhar, 39% da população portuguesa tem algum tipo de limitação. O número, adiantado por Ana Garcia, espelha um mercado “que não deveria ser esquecido do ponto de vista de negócio”, uma vez que os clientes com deficiência “pernoitam mais noites, geralmente em épocas mais baixas”, acompanhados por amigos ou familiares.

“As pessoas estão disponíveis para pagar. Querem é ter de facto boas respostas, que configurem qualidade e segurança”, afirma Ana Garcia.

E foi precisamente para dar resposta às necessidades dos clientes que Marisa Maganinho criou a agência de viagens “Euvoo”, uma agência para todos onde é contemplado o turismo acessível, disponibilizando atendimento em Língua Gestual.

O negócio surgiu após as várias viagens que Marisa fez com o marido, que é surdo profundo, e do facto de se aperceberem que “de forma geral, o turismo não estava preparado para receber pessoas surdas, com mobilidade reduzida, ou cegas”. Sentiam que a surdez “era desconhecida”, que as respostas eram “totalmente desadequadas” e, sobretudo, que tinham mercado.

No caso da surdez, Marisa explica que as barreiras são essencialmente comunicativas: “Há quem considere que a surdez é só uma perda auditiva como acontece a pessoas mais velhas, que todos os surdos sabem fazer leitura labial, ou que não sabem ler nem escrever”, explica.

No que à acessibilidade hoteleira diz respeito, Marisa aponta para a necessidade “de informação obrigatória e útil adaptada a estas pessoas”. Refere ainda que nem tudo pode ser resolvido pela escrita e que alguns detalhes devem ser verificados, como a possibilidade de o cliente querer usar o room service, a eventualidade do housekeeping bater à porta ou ainda situações de perigo, como o disparo sonoro de um alarme de incêndio.

Para estas questões, o manual da Accessible Portugal indica algumas soluções, como a possibilidade de contacto entre a receção e o hóspede por telemóvel, através de mensagens escritas curtas. Refere ainda a necessidade de instalar campainhas com sinais luminosos, bem como avisos de emergência visuais associados ao sonoro.

Já da perspetiva das necessidades da pessoa cega, Madalena Ribeiro, consultora da Accessible Portugal, aponta para a necessidade de se reforçar a sinalética em braille nos vários pisos dos hotéis, nomeadamente no número de porta dos quartos e nos botões de elevador. Refere também a falta de informação útil sobre as unidades hoteleiras em formato acessível, seja em braille, ampliado, ou digital acessível, para que o cliente possa ter acesso aos preços dos serviços do hotel ou consultar menus de refeição.

Assegurar a formação das equipas

Quando questionadas sobre as sugestões que deixariam ao gestor hoteleiro, todas as entrevistadas responderam sem hesitar: apostar na formação de equipas.

De facto, e segundo Graça Joaquim, professora e investigadora na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, “as questões da acessibilidade e da inclusão são matérias tratadas nalgumas unidades curriculares de vários cursos, mas ainda são insuficientes, tanto na área da hotelaria como noutros setores, públicos e privados”.

Segundo a mesma, a formação em atendimento hoteleiro para pessoas com deficiência deverá incluir não só “o enquadramento jurídico e os direitos humanos”, como “matérias específicas sobre os vários tipos de deficiências e as necessidades de personalização subjacentes”.

Aliás, tanto Ana Sofia Martins como Catarina Oliveira referem que quando questionam pelos serviços do hotel, ou quando os mesmos são apresentados pelos colaboradores, estes mostram desconhecimento sobre o conceito de acessibilidade. O facto de os colaboradores estarem preparados para receber pessoas com deficiência, “evita a surpresa inicial, o pânico de não saber o que fazer e a consequente insegurança que passam ao cliente”, de acordo com Madalena Ribeiro.

Existe ainda a questão de garantir a independência do hóspede. Como refere Marisa Maganinho, “é importante perceber que o cliente pode e deve ser autónomo num momento de lazer e que tem o direito de ir sozinho”. Madalena Ribeiro acrescenta que “ainda existe uma desresponsabilização na prestação do serviço, entendendo-se que o grupo que acompanha a pessoa cega, neste caso, tem a obrigação de a apoiar em todas as suas necessidades”.

Ana Garcia explica que algumas unidades “têm imensas valências” construídas de raiz ou financiadas por projetos. No entanto, “como a rotação de pessoal é grande, não conhecem a informação, e depois falta a componente do serviço”.

De acordo com a diretora da Accessible Portugal, existem Unidade de Formação de Curta Duração (UFCD) de 25 horas no catálogo nacional de qualificações, que versam esta temática. Também a Accessible Portugal presta formação presencial e online em atendimento inclusivo voltado para o turismo. No entanto, a acrescentar a estas formações, Catarina Oliveira deixa uma sugestão.

“O ideal é fazermos uma coisa grande com todas as cadeias hoteleiras, uma formação base para os funcionários durante o fim de semana em que uma pessoa com deficiência vai ao hotel e fala sobre as várias deficiências e as suas necessidades. É importante os colaboradores terem um lugar seguro para fazer as perguntas que quiserem”, termina.

Formação

Conheça os vencedores do Jovem Talento da Gastronomia 2024

A final do concurso Jovem Talento da Gastronomia (JTG), que decorreu na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril e na Recheio Cascais, contou com 18 concorrentes, tendo sido apurados seis vencedores em categorias de cozinha, pastelaria, serviço de sala e bar.

Já são conhecidos os vencedores a edição deste ano do Jovem Talento da Gastronomia (JTG), um concurso nacional dirigido a jovens estudantes de restauração e hotelaria em Portugal com idades até aos 25 anos.

Após três semifinais que percorreram o país de norte a sul, os vencedores foram apurados na final que decorreu na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril e na Recheio Cascais, de 4 a 5 de dezembro.

Os 18 concorrentes presentes nesta fase final competiram nas categorias Artes da Mesa ICEL; Bartender INTER Magazine; Plant Based by Bonduelle; Pastelaria Derovo; Tradição com Arroz Bom Sucesso e Cozinha Recheio.

Conheça abaixo a lista de vencedores:

  • Artes da Mesa ICEL: Guilherme Moita, da Escola Profissional de Hotelaria e Turismo de Lisboa – Pólo Sta Iria;
  • Pastelaria Derovo: Bernardo Lourenço, da Escola de Hotelaria e Turismo do Douro-Lamego, com o prato “Tributo à Maçã”;
  • Bartender Inter Magazine: André Ferreira, da Escola de Hotelaria dos Açores, com os cocktails “Honor Old Fashioned” e “Heritage”;
  • Tradição com Arroz Bom Sucesso: Carolina Gaspar, da Escola de Formação Turística dos Açores, com o prato “Arroz do Atlântico”;
  • Plant Based by Bonduelle: André Pacheco, da Escola de Formação Turística dos Açores, com o prato “Favas, Ovo BT e chouriço vegetal”;
  • Cozinha Recheio: João Picão, da Escola Profissional Agrícola Engenheiro Silva Nunes, com snack e prato “Carpaccio de vitela” e “Bife à cortador”;
  • Prémio Francisco Vieira (atribuído ao concorrente que alcançou a pontuação mais elevada na final nacional ponderadas todas as categorias): André Ferreira, da Escola de Hotelaria dos Açores.

O painel de júri do concurso foi composto por 22 chefes nas áreas de cozinha, pastelaria, bar e sala. A presidir o painel esteve Luís Gaspar, chefe dos restaurantes Pica-Pau, Brilhante e Sala de Corte, em Lisboa

“Nos últimos anos, tenho notado uma grande evolução técnica dos concorrentes e uma atenção especial aos apontamentos do júri na semi-final e consequentes melhoramentos dos pratos, o que tem resultado em finais exigentes e a um grande nível”, refere Luís Gaspar em comunicado.

Do júri fez também parte Tiago Palrão, do Grupo Plateform; Matilde Machado, do Penha Longa Resort; Nuno Dinis, do White Rabbit Projects; Maria Hipólito, da EHTLisboa; Francisca Dias, do Esteva; Constance Bauer, do Peixoco; Rita Magro, do Blind; João Diogo Formiga, do Encanto by José Avillez; Clayton Ferreira, do Grupo Plateform; Davide Cunha, da Confeitaria Nacional; Ana Patrícia Correia, do Marupiu Pâtisserie; Flávio Silva, da Derovo; Beatriz Matias, do L’And Vineyards; Filipe Ramalho, do Páteo Real; Wilson Pires, do Verso Cocktails; Fernão Gonçalves, do Grupo Plateform; Luís Filipe Fonseca, do Grupo Plateform; Catarina Correia, do Catfish Bar; Paulo Carvalho, d’O Zagaia; Bruno Rocha, do Grupo Highgate Portugal e Gonçalo Costa, do Recheio.

O Jovem Talento da Gastronomia é patrocinado pela Recheio, Bom Sucesso, ICEL, Bonduelle e Derovo. Os patrocinadores institucionais são a Escola Profissional de Esposende e o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave. Os parceiros são a Prochef, a Plateform e a Caetano Auto. A loiça oficial é da Mesa Ceramics.

O concurso conta com o apoio das Escolas do Turismo de Portugal, da REDE-T, da Chaîne des Rôtisseurs, da SARA – HACCP, da ACPP e da DIG-IN. A INTER magazine é a revista oficial.

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Setores ligados ao Turismo entre os que mais recuam na constituição de novas empresas

Segundo o relatório Informa Business by Data, até final de novembro, a criação de novas empresas nos Transportes e Alojamento e restauração desceu 23% e 3,3%, respetivamente, numa tendência que foi acompanhada por mais de metade dos setores económicos.

Os setores ligados ao Turismo, nomeadamente os Transportes e o Alojamento e restauração, estão entre os que mais recuaram na constituição de novas empresas até novembro, avança a Informa D&B, que diz a criação de novas empresas nestes setores desceu 23% e 3,3%, respetivamente, comparativamente ao mesmo período de 2023.

Os dados do relatório Informa Business by Data, mostram que, até novembro, foram criadas 47.117 novas empresas em Portugal, o que corresponde a uma descida de 2,8% (-1.348 empresas) face ao mesmo período do ano passado.

“Este é o quarto mês em que a constituição de empresas recua consecutivamente”, indica a Informa D&B, explicando que novembro veio confirmar uma “tendência de abrandamento neste indicador”, que revelou descidas em mais de metade dos setores.

Nos setores ligados ao Turismo, os Transportes foram onde o número de novas empresas constituídas mais desceu, numa descida que chegou aos 23% e representou menos 1.292 constituições de empresas face a igual período do ano passado, com a Informa D&B a sublinhar que a quebra neste setor “só por si justifica a quase totalidade da descida global do indicador”.

Além dos Transportes, também o Alojamento e restauração viu serem constituídas menos empresas que em período homólogo do ano passado, apresentando uma descida de 3,3%, equivalente à constituição de menos 161 empresas.

O setor Grossista (-11%; -247 constituições de empresas) e a Agricultura e outros recursos naturais (-8,5%; -130 constituições de empresas) estiveram também entre os setores com menores constituições de empresas.

Em sentido contrário estiveram setores como a Construção, que registou o maior aumento na constituição de novas empresas (+7,2%; +388 constituições de empresas) e manteve a forte tendência de subida verifica nos últimos nove meses, mas também os Serviços empresariais (+1,7%; +132 constituições de empresas); os Serviços gerais (+0,4%; +30 constituições de empresas); as Tecnologias da informação e comunicação (+0,2%; +5 constituições de empresas) e as Atividades imobiliárias (+0,3%; +15 constituições de empresas).

O relatório da Informa D&B diz ainda a região Centro e as Regiões Autónomas da Madeira e Açores foram as únicas a registar “aumento no número as constituições de empresas no acumulado dos 11 meses”, com aumentos de 3,5%, 14% e 20%, respetivamente.

Encerramentos descem mas insolvências aumentam

O relatório Informa Business by Data mostra ainda que, até final de novembro, foram registados 11.480 encerramentos de empresas, o que corresponde a um decréscimo de 6,9% face ao período homólogo.

Nos últimos 12 meses, acrescenta a Informa D&B, houve 14 513 encerramentos, representando uma descida mais ligeira de 5,1% relativamente aos 12 meses anteriores, que foi transversal a “quase todos os setores de atividade”.

Já os setores dos Transportes (+15%; +115 encerramentos de empresas), TIC (+6,9%; +56 encerramentos de empresas) e Energias e ambiente (+38%; +25 encerramentos de empresas) foram “os únicos cujo número de encerramentos aumentou na comparação a 12 meses”.

No que diz respeito às insolvências, verificou-se que, até final de novembro, houve 1.910 empresas que iniciaram um processo de insolvência, o que traduz um aumento de 5,9% (+107 empresas com processos de insolvência) face ao mesmo período do ano passado.

A Informa D&B diz que esta subida foi “transversal a mais de metade dos setores de atividade”, ainda que tenha sido mais visível no “setor das Indústrias (+25%; +107 empresas com processo de insolvência), sobretudo nas Indústrias de Têxtil e Moda (+30%; +69 empresas com processo de insolvência) e em especial no distrito do Porto (+63%; +48 indústrias de têxtil e moda com processos de insolvência)”.

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Futuro Hilton Garden Inn na Moldávia | Créditos: DR, via website do Dacia Hotel

Hotelaria

Hilton estreia-se na Moldávia com investimento inicial de 5M€

A cadeia hoteleira marcará presença no país através de um processo de franchising no atual Dacia Hotel, em Chișinău, que após obras de remodelação passará a contar com a marca Hilton Garden Inn.

A Hilton chegará pela primeira vez à Moldávia ao abrir o seu primeiro hotel na capital do país, em Chișinău.

O projeto, que resultará de um investimento inicial de cinco milhões de euros, transformará o atual Dacia Hotel numa unidade hoteleira com a marca Hilton Garden Inn, através de um processo de franchising. As obras de remodelação envolvem a expansão e modernização da atual estrutura para ir ao encontro dos padrões da Hilton, prevendo-se que o investimento possa chegar entre os 10 e os 12 milhões de euros nos próximos anos.

A abertura do hotel, totalmente renovado, está prevista para 2026.

“A entrada da Hilton no mercado moldavo é um marco importante. A Moldávia é um destino emergente com muito potencial por explorar e acreditamos que este investimento não só elevará o nível de hospitalidade no país, como também catalisará ainda mais o crescimento do turismo e o desempenho económico”, afirmou Natalia Bejan, diretora da agência Invest Moldova, em nota de imprensa.

Futuro Hilton Garden Inn na Moldávia | Créditos: DR, via website do Dacia Hotel

Atualmente, o Dacia Hotel emprega várias dezenas de trabalhadores, pelo que a agência Invest Moldova antecipa que esta integração na cadeia da Hilton crie oportunidades de desenvolvimento profissional e de expansão de pessoal.

“Estamos confiantes de que este projeto será um sucesso e fornecerá serviços de alta qualidade aos turistas, quer venham do estrangeiro ou da Moldávia”, afirmou Iulia Scurtu, diretora do Dacia Hotel.

Atualmente, a Hilton conta com uma rede de mais de 860 propriedades com um total de 126.086 quartos em 49 países.

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RoomRaccoon participa em curso executivo de Revenue Management do ISCE

A RoomRaccon vai participar num curso online de Revenue Management do Instituto Superior de Lisboa e Vale do Tejo (ISCE), ao lecionar um módulo de Property Management Systems. As inscrições para o curso, que conta também com a participação de empresas como o RoomPriceGenie e a Lybra Tech, podem ser feitas até 31 de janeiro do próximo ano.

A RoomRaccoon, fornecedora de software de gestão hoteleira para hotéis independentes, será parte integrante de um novo curso executivo online em Revenue Management do Instituto Superior de Lisboa e Vale do Tejo (ISCE).

Desenvolvido em parceria com nove empresas da indústria, o curso conta com módulos lecionados por especialistas como a RoomRaccoon, o RoomPriceGenie e a Lybra Tech.

Karlla Borges, support manager do RaccoonPay, vai representar a RoomRaccoon no módulo Property Management Systems. Com uma década de experiência nos setores hoteleiro e de tecnologia, Karlla vai  partilhar os seus conhecimentos sobre otimização de operações hoteleiras e maximização de estratégias de receitas.

“A missão da RoomRaccoon é proporcionar ferramentas inteligentes aos hoteleiros, que contribuam para gerar receitas e melhorar a experiência dos hóspedes. Este curso enquadra-se nessa visão. É uma oportunidade entusiasmante para partilhar conhecimentos, inspirar futuros profissionais e contribuir para o crescimento da indústria hoteleira em Portugal”, afirma Karlla Borges em nota de imprensa.

O curso estará disponível em inglês e português, existindo descontos para utilizadores RoomRaccoon. Podem ser feitas inscrições online até 31 de janeiro de 2025, sendo que o curso inicia a 20 de fevereiro de 2025.

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Ocupação hoteleira no Algarve subiu 8,9% em novembro

Os hotéis do Algarve registaram um aumento de 8,9% na ocupação de quartos em novembro, face ao ano passado, para 43,3%, anunciou a AHETA.

De acordo com dados provisórios avançados pela Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), a taxa de ocupação das unidades de alojamento algarvias foi em novembro superior em 3,6 pontos percentuais face ao mesmo mês do ano anterior, tendo passado de 39,8% em 2023 para 43,3% este ano.

De assinalar que a percentagem de ocupação no mês passado é idêntica à verificada no mesmo mês de 2019 (43,8%), o último ano antes da pandemia de covid-19, que antecedeu os 12,0% de 2020.

Segundo o resumo mensal da evolução da hotelaria elaborado pela AHETA, os mercados que registaram maiores crescimentos homólogos foram o britânico (mais 7,4%), o espanhol mais 40%) e o alemão mais 11%).

O mercado nacional registou uma subida homóloga de 6,7%, segundo os números daquela associação.

Por outro lado, a estadia média foi de quatro noites, um valor semelhante ao verificado no mês homólogo do ano anterior.

As estadias médias mais prolongadas foram as do mercado sueco, com 9,5 noites, e do holandês, com 7,4, concluiu

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AHP reforça parceria com Santa Casa da Misericórdia para integrar pessoas com deficiência na hotelaria

Através da assinatura de um protocolo com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), a Associação da Hotelaria de Portugal compromete-se a divulgar as oportunidades da Valor T junto dos associados, sensibilizando-os para a integração de pessoas com deficiência nos quadros de pessoal.

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) assinaram um protocolo com o objetivo de promover a integração profissional de pessoas com deficiência no setor hoteleiro.

A assinatura, realizada no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, a 3 de dezembro, reforça a parceria já existente desde 2015 entre a instituição e a associação, como esta última refere em nota de imprensa.

A iniciativa surge no âmbito do projeto Valor T da SCML, uma plataforma dedicada à empregabilidade de pessoas com deficiência, bem como do compromisso da AHP com o pilar “Emprego Inclusivo”, inserido no seu Programa Corporativo de Responsabilidade Social e Sustentabilidade Ambiental – Programa HEART.

Através desta parceria, a associação compromete-se a divulgar as oportunidades da Valor T junto dos associados da AHP, sensibilizando-os para a integração de pessoas com deficiência nos seus quadros de pessoal, através de ações de formação e partilha de boas práticas. Em paralelo, a Valor T irá oferecer apoio técnico, promovendo uma transição eficaz no mercado de trabalho.

“O emprego inclusivo é um pilar essencial no âmbito do Programa HEART. Esta parceria, que complementa outras iniciativas que já desenvolvemos nesta área, reforça o compromisso da hotelaria em contribuir para uma sociedade mais inclusiva e equilibrada. Promover a empregabilidade de pessoas com deficiência é um passo decisivo não só na responsabilidade social, mas também na construção de uma sustentabilidade verdadeiramente humana no setor”, refere Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP, em nota de imprensa.

Já Vanda Nunes, diretora da Valor T – Talento e Transformação, afirma que “um dos pilares fundamentais para que as pessoas com deficiência possam ter uma vida autónoma e ativa, consagrado na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, é o acesso ao mercado de trabalho, de forma plena e em condições de igualdade com as demais.

A diretora acrescenta que “o mesmo objetivo é sublinhado na Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, num desígnio constitucional que, com os nossos parceiros, estamos empenhados em concretizar para garantir uma sociedade inclusiva, que respeita a diversidade e a encara como um fator de valorização e de progresso”.

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RM Academy apresenta nova plataforma de formação online em Revenue Management

A nova plataforma de formação da RM Academy terá cursos focados nos conceitos fundamentais da área, mas também nas tendências emergentes como a inteligência artificial e a automação.

A RM Academy, uma academia certificada pela DGERT em Revenue Management e parte integrante da RM HUB, passa a contar com uma plataforma própria de formação online, assente num modelo de subscrição.

Com um catálogo formativo atualizado, a plataforma promete abordar não apenas os conceitos fundamentais da área, mas também tendências emergentes como inteligência artificial e automação. A solução será disponibilizada em múltiplos idiomas.

“Estamos a criar uma solução acessível e flexível que responde às necessidades dos profissionais de hoje. A nossa missão é clara: tornar o Revenue Management acessível a todos,” afirma Rudi Azevedo, CEO da RM HUB.

Entre as novidades para 2025 encontra-se ainda o desenvolvimento de um sistema de Revenue Management (RMS) baseado em inteligência artificial, personalizável às necessidades do cliente.

Além das novidades na área tecnológica, a RM Academy planeia organizar eventos internacionais em Portugal, trazendo especialistas para partilhar a sua visão sobre o futuro do Revenue Management.

A expansão internacional, “embora não seja prioridade, está no horizonte”, com mercados como Espanha e Itália a serem considerados para os próximos anos, como a empresa refere em comunicado.

A RM HUB, empresa-mãe da academia, conta atualmente com 70 clientes, a gestão de 6.000 quartos diários e uma faturação de 150 milhões de euros. Em 2024, a empresa integrou o Top 5 das melhores PME’s de Portugal.

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Equipa da Admar SCR | Créditos: DR

Management

Admar SCR disponibiliza fundo de até 70M€ para investimentos em turismo e saúde

A empresa gestora de fundos de capital de risco disponibiliza até 70 milhões de euros, sendo que metade do valor será investido em hotéis, bem como empresas de serviços e tecnologia relacionados com o turismo. O objetivo passa por garantir que pelo menos 70% deste capital seja direcionado para projetos em Portugal.

A Admar SCR, empresa gestora de fundos de capital de risco, disponibiliza um novo fundo de investimento para potenciais aquisições nos setores da saúde e do turismo, quer em Portugal, quer no estrangeiro.

Sob o nome H2 Health & Hospitality FCRF, este novo fundo terá um capital de até 70 milhões de euros. Deste valor, 50% serão investidos em hotéis e empresas de serviços e tecnologia relacionados com o turismo. Os restantes 50% serão alocados a empresas e ativos no setor de saúde privada, incluindo hospitais privados, clínicas especializadas e unidades de cuidados continuados.

A empresa assegura em nota de imprensa que “pelo menos 70% do capital será direcionado para projetos em Portugal”, com ênfase tanto em novas iniciativas, como na aquisição de participações em empresas já estabelecidas. Já “o restante” do capital poderá ser investido em mercados internacionais, de acordo com a empresa.

O investimento mínimo no fundo é de 100.000 euros.

O H2 Health & Hospitality FCRF contará com a colaboração do Grupo Onyria para a área do turismo, dados os seus “mais de 40 anos de atividade e histórico no desenvolvimento de projetos turísticos”. No setor da saúde, o fundo terá o acompanhamento de Luís Miguel Farinha, consultor da CUF | Hospitais e Clínicas.

“O lançamento deste fundo é mais um passo na nossa estratégia de crescimento e diversificação de investimentos e reflete o nosso compromisso em desenvolver setores-chave da economia portuguesa”, afirma João Cota Dias, administrador da Admar SCR.

Este lançamento segue-se a um anterior fundo apresentado pela Admar SCR em 2021, o Golden Estate FCRF, focado em setores como imobiliário, turismo e energias renováveis, cujo período de captação de capital foi concluído este ano.

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Assembleia Municipal aprova referendo local ao Alojamento Local em Lisboa

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou remeter ao Tribunal Constitucional a iniciativa popular para um referendo local sobre o Alojamento Local em Lisboa, com o objetivo de fazer cessar a atividade e novas licenças em prédios de habitação.

A conversão da iniciativa popular para um referendo local sobre Alojamento Local (AL) em deliberação da Assembleia Municipal de Lisboa (AML) foi aprovada com votos a favor do PS, Bloco de Esquerda, PEV, PAN, Livre e deputados não inscritos Miguel Graça e Daniela Serralha (Cidadãos por Lisboa), contra do PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal, PPM, Aliança, Chega e deputada não inscrita Margarida Penedo, e abstenção do PCP e do MPT.

Na reunião, os deputados municipais discutiram o relatório da comissão eventual que apreciou a iniciativa popular de referendo local sobre o Alojamento Local, com a recomendação para que “a iniciativa seja convertida em deliberação para apreciação pela sessão plenária da AML”.

Em causa está a iniciativa popular promovida pelo Movimento Referendo pela Habitação (MRH), que propõe duas perguntas: Concorda em alterar o Regulamento Municipal do Alojamento Local no sentido de a Câmara Municipal de Lisboa, no prazo de 180 dias, ordenar o cancelamento dos alojamentos locais registados em imóveis destinados a habitação? Concorda em alterar o Regulamento Municipal do Alojamento Local para que deixem de ser permitidos alojamentos locais em imóveis destinados a habitação?

A AML vai remeter a deliberação para a realização do referendo ao Tribunal Constitucional, a quem competirá validar, ou não, a consulta popular.

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Groupe GM passa a disponibilizar linha hoteleira da marca MEMO Paris

A linha de fragrâncias desenhada pelo casal Clara Molloy e John Molloy, inspirada em viagens, passa a estar disponível para os hotéis no aroma Irish Leather.

O Groupe GM colabora pela primeira vez com a MEMO Paris, passando assim a disponibilizar uma linha de amenities da marca para a hotelaria.

Fundada em 2007 pelo casal Clara Molloy e John Molloy, a MEMO Paris inspira-se em vários destinos do mundo para criar as suas fragâncias, “imaginando o perfume como uma viagem”, como referido em nota de imprensa.

A fragrância escolhida para a nova linha de hotel é a Irish Leather, inspirada nas paisagens da terra natal do cofundador. Com notas de óleo de bagas de zimbro, mate verde e um acorde de couro, a nova linha promete “transportar os hóspedes do hotel para uma manhã campestre irlandesa”.

Nesta primeira linha de hotel da marca com o Groupe GM, a coleção conta com embalagens em preto e dourado, fabricadas à base de cana-de-açúcar e com tampas de plástico reciclado, no formato de 40 mililitros (ml). Está também disponível um sabonete em barra de 30 gramas, com certificação Roundtable on Sustainable Palm Oil (RSPO).

A linha inclui ainda dispensadores de grande formato, disponíveis nas referências de sabonete líquido, gel de banho, shampoo, condicionador e loção corporal, como o dispensador Ghost de 300 ml, feito de plástico reciclado em formato retangular.

No âmbito dos dispensadores, a linha está também disponível no formato EcoFill recarregável, com bolsas de recarga seladas que garantem a origem do produto e a rastreabilidade, enquanto previnem a contaminação bacteriana. O dispensador EcoFill para esta linha inclui janelas de visibilidade em ambos os lados do dispensador, sendo apenas necessários alguns segundos para trocar as bolsas de recarga.

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