My Story Hotels. “Preferimos ter os melhores 3 estrelas do que ser mais um 4 estrelas”
Com seis unidades atualmente no portefólio, o grupo gerido por Acácio Teixeira prepara-se para abrir mais três hotéis ainda este ano.

Rute Simão
Alexandra Henriques assume direção de marketing da cadeia WOTELS
Room00 recebe investimento de 400M€ por parte da King Street
Pestana Residences aposta no Algarve com novo projeto residencial em Ferragudo
Enoturismo para famílias com espaço para crescer nos hotéis vínicos
Patrícia Correia assume cargo de General Manager no Palácio de Tavira
Conheça os finalistas do Chefe do Ano 2025
AHRESP propõe 13 medidas para a próxima legislatura
Forte de Gaia reforça agenda vínica com nova edição do Wine Social Club
Portugal tem 131 estabelecimentos turísticos à venda
Hilton Vilamoura surge renovado após 18 anos de atividade e nova gestão
Foi em 2014 que Acácio Teixeira, proprietário das lojas de calçado Seaside, meteu o pé no negócio da hotelaria. O empresário, detentor de alguns prédios, converteu um dos empreendimentos na primeira unidade do My Story Hotels. Na rua do Ouro, em Lisboa, nasceu o três estrelas My Story Hotel Ouro. Foi a poucos metros que, em 2015, a segunda unidade a envergar a marca do grupo viu a luz do dia no Rossio. No ano passado, o portefólio do grupo hoteleiro ficou mais musculado com a entrada no Porto através da inauguração do My Story Apartments Santa Catarina e com o salto para os Açores, onde adquiriu o Vila Nova Hotel, em Ponta Delgada, que será remodelado este ano. 2018 encerrou com a abertura do My Story Charming Augusta e, para 2019, há mais três novos hotéis projetados: o primeiro quatro estrelas do grupo, o My Story Hotel Figueira, em Lisboa, uma unidade junto ao aeroporto, com 126 quartos e mais um hotel na Rua do Ouro. Para o Porto, há um projeto de 100 quartos e que ainda não tem data prevista para arrancar.
“Não temos aqui um grande plano de expansão. As coisas têm surgido devagar e se aparecer um bom negócio que seja fora de Lisboa ou do Porto, com certeza. Não temos um objetivo definido até porque o nosso dinheiro vem da nossa atividade”, refere o diretor de operações, Alfredo Tavares. O responsável admite que há outros destinos como o Algarve e a Madeira que seduzem o grupo mas revela que os investimentos são sempre feitos com os pés na terra. “Não entramos em loucuras. Se surgir uma oportunidade de negócio aproveitamos”, explica. O serviço é apontado como uma das principais preocupações nos hotéis da marca. “As pessoas hoje não querem grandes complicações. Querem ser bem servidas, um serviço de internet de excelência e um bom pequeno-almoço”, enumera. O rápido crescimento da oferta hoteleira que tem pautado o panorama nacional e a expressiva concorrência são, na opinião do responsável, um aspeto positivo e uma oportunidade de aprender. “Se tivermos um hotel bom à volta de cem maus, não vamos beneficiar com isso. Temos de ser humildes para aprender com quem sabe e olhar para quem está ca há muitos anos. O Lisbon Heritage Hotels tem cinco hotéis, todos eles fantásticos. E porque é que nos não podemos ter também cinco hotéis fantásticos? É tudo uma questão de trabalho, de ver o que eles fazem bem, sermos humildes e aprender”, refere.
Sem querer adiantar pormenores sobre números da operação, Alfredo Tavares conta que a taxa de ocupação nas unidades no grupo no ano passado foi de 90%. Elogiados pela elevada qualidade dos hotéis, até agora todos de três estrelas, o responsável explica que a classificação não é superior devido a alguns requisitos específicos que não cumprem, como o tamanho dos quartos. “Preferimos ter os melhores três estrelas do que ser mais um quatro estrelas. Por vezes vendemos acima dos quatro estrelas e isso é um motivo de satisfação”, conclui.
*Artigo publicado na edição de março da revista Publituris Hotelaria