Créditos: Eurostars Museum
Proveitos totais do turismo aumentam 25,5% face a novembro de 2019
Os números referentes ao alojamento turístico – hóspedes e dormidas -, bem como proveitos, no mês de novembro, voltam a colocar o turismo em Portugal no caminho certo para ultrapassar o ano de 2019.
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Em novembro de 2022, o setor do alojamento turístico registou 1,7 milhões de hóspedes (+19,7%) e 4,2 milhões de dormidas (+19,4%), correspondendo subidas de 19,7% e 19,4%, respetivamente, face a igual período de 2021, avançam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Isto faz com que os proveitos totais atinjam os 288,6 milhões de euros (+36,8% face a igual mês de 2021) e 214,2 milhões de euros de proveitos de aposento (+40,3% quando comparado com novembro do ano passado).
Já comparando estes valores com o mesmo mês de 2019, o INE indica aumentos de 25,5% nos proveitos totais e 29,2% nos relativos a aposento (+27% e +27,8% em outubro, respetivamente).
No conjunto dos primeiros onze meses de 2022, os proveitos totais cresceram 118,2% e os relativos a aposento aumentaram 120,4% face ao mesmo número de meses de 2021. Comparando com igual período de 2019, verificaram-se aumentos de 16,2% e 17,4%, respetivamente.
Em novembro, Lisboa concentrou 43,7% dos proveitos totais e 47% dos relativos a aposento, seguindo-se o Norte (15,9% e 16,0%, respetivamente), que ultrapassou o Algarve (13,6% e 11,8%, pela mesma ordem).
Nos primeiros onze meses de 2022, a evolução dos proveitos foi positiva nos três segmentos de alojamento. Comparando com o mesmo período de 2019, os proveitos totais na hotelaria aumentaram 14,8% e os de aposento cresceram 16,1% (pela mesma ordem, pesos de 87,3% e 85,6% no total do alojamento turístico). Nos estabelecimentos de alojamento local (quotas de 8,7% e 10,3%), registaram-se subidas de 14,4% e 15,3% e no turismo no espaço rural e de habitação (representatividade de 3,9% e 4,1%, respetivamente) os aumentos atingiram 64,2% e 61,9%, pela mesma ordem.
Não residentes com quota de quase 70%
Em novembro, o mercado interno contribuiu com 1,3 milhões de dormidas e voltou a registar uma evolução positiva (+6,3%), após um decréscimo em outubro (-3,2%).
Os mercados externos predominaram (peso de 68,9%) e totalizaram 2,9 milhões de dormidas (+26,4%).
Comparando com 2019, registaram-se aumentos de 0,8% nas dormidas de residentes e 5,9% nas de não residentes, o que neste último caso corresponde ao maior crescimento mensal face a 2019, revela o INE.
No conjunto dos primeiros onze meses de 2022, as dormidas aumentaram 89,4% (+22,4% nos residentes e +157,7% nos não residentes). Comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas diminuíram 1,2% (-5,3% nos não residentes e +8,4% nos residentes).
Novembro positivo para todas as regiões
Em novembro, todas as regiões apresentaram evoluções positivas do número de dormidas face ao mesmo mês de 2021. Lisboa concentrou 32,9% das dormidas, seguindo-se o Algarve e o Norte (17,5% em ambas).
Face a novembro de 2019, registaram-se decréscimos no Algarve (-5,4%), Centro (-2,3%) e Alentejo (-1,6%). Os maiores aumentos ocorreram na Madeira (+24,9%), Açores (+8,3%) e Lisboa (+5%).
Nas dormidas de residentes, destacou-se a Madeira com um crescimento de 57,1% face a 2019. Os maiores decréscimos registaram-se no Alentejo (-5,8%) e no Centro (-5,6%).
À exceção do Algarve (-6,9%), todas as restantes regiões registaram aumentos nas dormidas de não residentes, destacando-se a Madeira (+21,0%) e Açores (+14,7%), face a 2019.
O município de Lisboa concentrou 25,5% do total de dormidas em novembro de 2022 (13,9% do total de dormidas de residentes e 30,7% do total de dormidas de não residentes), atingindo 1,1 milhões de dormidas (1,3 milhões em outubro, 19,8% do total). Comparando com novembro de 2019, as dormidas aumentaram 3,2% (-2% nos residentes e +4,4% nos não residentes).
O Funchal representou 10,6% do total de dormidas (449,2 mil), correspondendo a um acréscimo de 23,8% (+66,3% nos residentes e +19,0% nos não residentes) em comparação com novembro de 2019.
No Porto, registaram-se 338,3 mil dormidas (8% do total) em novembro, mais 5,2% face ao mesmo mês de 2019 (-0,1% nos residentes e +6,6% nos não residentes).
Em Albufeira, registaram-se 227,7 mil dormidas (peso de 5,4% do total), sendo o município com a maior redução (-21,3%) face a novembro de 2019 (-16,6% nos residentes e -22,2% nos não residentes).
No conjunto dos primeiros onze meses de 2022, face a igual período de 2019, registaram-se decréscimos das dormidas em Lisboa (-5,2%; -0,5% nos residentes e -6,1% nos não residentes) e em Albufeira (-15,9%; -9,2% nos residentes e -17,8% nos não residentes). Nos municípios do Funchal e do Porto, as dormidas aumentaram 11,8% (+76,8% nos residentes e +4% nos não residentes) e 4,2% (+7,5% nos residentes e +3,5% nos não residentes), respetivamente.
Ocupação em alta
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (35,3%) aumentou 3,3 p.p. em novembro (+6,5 p.p. em outubro), face a igual período de 2021, ficando ligeiramente acima do valor observado no mesmo mês de 2019 (35,2%).
Em novembro, as taxas líquidas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na Madeira (57,1%) e Lisboa (49,1%), onde se verificaram também os maiores acréscimos neste indicador (+4,8 p.p. e +6,4 p.p., respetivamente). Em relação a 2019, apenas se verificaram crescimentos na Madeira (+8,4 p.p.) e Açores (+2,1 p.p.).
A taxa líquida de ocupação-quarto nos estabelecimentos de alojamento turístico (45,4%) aumentou 4,6 p.p. em novembro (+9,2 p.p. em outubro), ficando ligeiramente abaixo do valor registado em novembro de 2019 (45,6%).
Rendimento médio por quarto ocupado cresce mais de 24% face a novembro de 2019
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 39,8 euros em novembro, tendo aumentado 31,4% face a novembro de 2021 (+41,7% em outubro) e 23,8% em comparação com o mesmo mês de 2019 (+21,2% em outubro).
Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na AM Lisboa (78,8 euros, +51,9%) e na Madeira (49,3 euros, +21,2%).
Este indicador aumentou 72,6% desde o início do ano, com crescimentos de 74,6% na hotelaria, 83,6% no alojamento local e 18,4% no turismo no espaço rural e de habitação.
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 87,6 euros em novembro, +18,1% em relação ao mesmo mês de 2021 (+20,1% em outubro). Face a novembro de 2019, o ADR aumentou 24,2% (+19,6% em outubro).