Hotelaria

“O interesse dos investidores internacionais em Portugal é cada vez maior”

Desde 2015, que a empresa portuguesa Kleya dá apoio a estrangeiros que queiram investir, viver, estudar ou trabalhar em Portugal. No setor hoteleiro, a procura é cada vez maior.

Carina Monteiro
Hotelaria

“O interesse dos investidores internacionais em Portugal é cada vez maior”

Desde 2015, que a empresa portuguesa Kleya dá apoio a estrangeiros que queiram investir, viver, estudar ou trabalhar em Portugal. No setor hoteleiro, a procura é cada vez maior.

Carina Monteiro

Vasco Rosa trabalhava em auditoria para as áreas da construção, imobiliário e hotelaria, antes de fundar em 2015, juntamente com Alexandra Cesário, a Kleya, empresa que dá apoio a projetos estrangeiros de investimento, residência, trabalho e estudo em Portugal. A ideia surgiu depois de Vasco perceber que podia transformar a qualidade de vida de Portugal que tanto atrai estrangeiros num negócio. “Nessa altura, em 2015, Portugal estava a sair da crise, mas havia um enquadramento fiscal e legal, quer com o regime de residentes não habituais, quer com os ‘golden visa’, que criava um contexto muito favorável ao desenvolvimento desta ideia de trazer gente para viver e investir cá”, começa por dizer o CEO da empresa.

Os primeiros clientes surgiram através de contactos pessoais. “Quando estudámos o negócio, identificámos que era necessário criar uma oferta. Existia um ‘gap’ grande em Portugal em termos de oferta para alguém que quisesse instalar-se cá, por exemplo, apenas seis meses por ano. Havia aqui uma oportunidade a nível do turismo residencial e havia também a questão das pessoas que procuram Portugal como destino de reforma”, conta. O primeiro projeto turístico foi com o fundo norte-americano Lone Star, que tinha adquirido Vilamoura no dia em que a Kleya abriu. “Tomámos a iniciativa de dizer qual era a nossa ideia de negócio, o que queríamos desenvolver e, passado um mês, estávamos em Londres a falar com os responsáveis do projeto. Desenvolvemos um conceito de turismo residencial e imobiliário para uma das parcelas dentro do master plan do Vilamoura World. Esse foi o no primeiro trabalho dentro da área do turismo”, recorda.

Na área do investimento turístico estrangeiro em Portugal, a Kleya oferece um serviço que contempla desde a parte da assessoria comercial e estratégica até à negociação. “Isso é essencial para alguém que quer entrar no mercado em Portugal”, defende Vasco Rosa. “Identificamos quais as melhores oportunidades e ajudamos depois a concretizá-las. Por exemplo, um grupo estrangeiro quer expandir-se internacionalmente e pensa em Portugal como um dos seus destinos. Pode vir ter connosco, nós interpretamos o que ele traz em termos de oferta e, se considerarmos que é uma oferta que pode vingar cá, vamos atrás das oportunidades ou podemos criá-las, como estamos a fazer em Vila Nova de Gaia. Isso pode significar negociar com empresas nacionais que têm ativos que consideramos interessantes e desenvolvemos um conceito que permita a entrada de um investidor estrangeiro. Depois, mesmo quando um investidor já está instalado, continuamos a dar apoio”, explica o responsável dando o exemplo. “O operador estrangeiro está a abrir um hotel novo no Porto e quer ter um restaurante, avaliamos quais são os grupos portugueses que podem casar com este grupo. Também fazemos o enquadramento do investidor dentro das linhas e incentivos ao investimento, criação de emprego, reabilitação, etc”.

Projetos
A Kleya está a assessorar um projeto hoteleiro de uma cadeia espanhola que vai estrear-se em maio deste ano em Portugal. Com um total de 70 quartos, o grupo espanhol chic&basic, com hotéis em Barcelona e Amesterdão, vai abrir a sua primeira unidade no Porto. O Chic & Basic Porto, de quatro estrelas, que fica localizada em frente ao Teatro Carlos Alberto, resulta de um contrato de arrendamento por 20 anos assinado entre a marca espanhola e um investidor local. “Este hotel tem um posicionamento muito ‘trendy’ e interessante, que marca uma diferença face à oferta atual. A marca chic&basic estava interessada no Porto ou em Lisboa, e no Porto conseguiu-se criar o contexto ideal para avançar primeiro. Dado o posicionamento da marca, era preciso um ativo muito central e em Lisboa é mais difícil encontrar, neste momento, um ativo com as caraterísticas para este projeto. Mas Lisboa não está excluída. Este investimento não ultrapassará os 15 milhões de euros, com a reabilitação, construção e engenharia a cargo de uma empresa portuguesa”, adianta Vasco Rosa.

A par deste projeto, a Kleya está a desenvolver outro hotel para Lisboa, para “a zona nova da Praça de Espanha”, concretamente. “É uma unidade cujo conceito vai estar ligado à música. Estamos em fase de aprovação do projeto e será uma oferta diferenciada face ao que existe. Mais uma vez com um investidor local, que por acaso também tem afinidades com o mundo da música em Portugal, e um grupo que tem capitais sul-americanos e espanhóis. Neste caso, são 90 quartos e um investimento de 20 milhões de euros.”

Em Gaia, estão também a desenvolver um conceito com um grupo português, que vai ter uma componente hoteleira e imobiliária “Esse projeto creio que vai ser uma oportunidade para requalificar a frente de rio em Gaia. Vai ser mais do que um projeto hoteleiro”, adianta apenas o responsável.

Investimento em alta
“O interesse e a vontade de investidores internacionais na área do turismo em Portugal é cada vez maior”, afirma o CEO da Kleya, defendendo que todos os indicadores apontam para isso. “A conjuntura internacional continua instável em muitas geografias, isso acaba por beneficiar Portugal. Também o facto de termos saído do procedimento da troika cria hoje uma segurança para que fundos de investimentos estrangeiros, que antes não olhavam para Portugal, passem a olhar. O nosso ‘rating’ está outra vez em níveis aceitáveis. Isso também facilita a procura por Portugal”, considera. Para o responsável, a dificuldade “está em encontrar as oportunidades”.

Apesar disso, considera que nas cidades ainda há áreas disponíveis para reabilitação. “A zona do Intendente há cinco anos era uma zona que ninguém pensaria como um local ‘trendy’, hoje está completamente diferente. Outras zonas da cidade proporcionam isso também: a zona do Beato, Marvila”. Independentemente das oportunidades, há também que avaliar o perfil de risco do investidor: “É muito mais seguro para o investidor internacional olhar para um hotel já em funcionamento, mas há outros investidores que têm esse perfil de risco e que estão disponíveis. Esse é também o nosso papel: encontrar parceiros locais fortes na área da construção, e outros, para poder facilitar a entrada de um novo player em Portugal”.

Não obstante considerar que ainda existem oportunidades para investir nas duas principais cidades do país, Vasco Rosa revela intenção de apostar no Interior do país. “Portugal tem excelentes redes de infraestruturas quer de comunicações, quer de estradas e internet e é fácil chegar aos aeroportos internacionais. Portanto, locais como Évora, Coimbra, Aveiro e o Norte, oferecem condições para o desenvolvimento de novos projetos e estamos já a trabalhar com alguns ‘players’ internacionais nesse sentido, até porque há incentivos para o desenvolvimento dessas zonas e que também podem alavancar esse processo. Espero em 2020 concretizar o primeiro projeto hoteleiro em Évora”.

Oportunidades e ameaças
O conforto, a segurança, a estabilidade política, aliada à personalidade dos portugueses são as caraterísticas que tornam Portugal um destino atrativo para viver ou investir. “Tenho pena que muita gente tenha saído no tempo da troika. Um dos maiores riscos que vejo é a falta de mão-de-obra qualificada para dar suporte ao crescimento da economia, e esse é um problema que pode agravar-se à medida que a economia cresce”, alerta. Do outro lado da moeda existem ainda alguns constrangimentos, que apesar de já identificados, ainda persistem.

“Apesar de ter havido progressos significativos, continua a haver espaço para melhorar a simplificação administrativa e a transparência para um investidor internacional. Dou como exemplo a legislação para o alojamento local. Não faz sentido para um hostel, que é um empreendimento turístico, estar debaixo dessas regras. Há um caminho a fazer ao nível legislativo, até porque a indústria do turismo tem modelos de negócio inovadores a aparecer e é preciso adaptar a legislação. É necessário assegurar também a transparência e eficiência nos processos. Não podemos continuar a ouvir dizer que um projeto de licenciamento demora meses para ser tramitado. Isso liga com os recursos humanos, na administração pública também não há pessoas suficientes para dar resposta”, defende.

PUB
PUB

Quanto aos clientes, Vasco Rosa define o perfil dos clientes da Kleya: “Somos uma empresa jovem, que se carateriza pela sua capacidade de inovação, como tal, procuramos operadores com este tipo de perfil. Ou seja, os nossos clientes não são os operadores já estabelecidos. Procuramos investidores de média dimensão, com perfil internacional, presentes em mais de um país, e que tenham uma oferta diferenciada em termos de ‘lifestyle’”.

Criada em 2015, a Kleya conta atualmente com uma equipa multidisciplinar de 10 colaboradores. “Considero que uma das mais-valias da nossa empresa foi a criação de uma equipa muito diversa com valências muito diferentes, desde o marketing à arquitetura, da hotelaria à gestão financeira”, conclui

Sobre o autorCarina Monteiro

Carina Monteiro

Mais artigos
Hotelaria

Grupo Água Hotels inaugura boutique hotel em Lagos

A unidade hoteleira de 20 quartos encontra-se localizada numa antiga casa senhorial no centro histórico de Lagos, estimando-se que crie 20 novos postos de trabalho.

O Água Hotels vai inaugurar em junho deste ano um boutique hotel em Lagos, o Água Hotels Lagos Bay.

Localizado numa antiga casa senhorial no centro histórico de Lagos, o hotel com 20 unidades de alojamento resulta de um investimento de 2,4 milhões de euros. Em nota de imprensa, o grupo refere que “este hotel marca mais um passo na estratégia de diversificação”, com a aposta “num segmento médio-alto e numa experiência mais personalizada, ligada à identidade dos destinos”.

Com o projeto arquitetónico e de construção a cargo da empresa Simão & Martins, o hotel conta com seis tipologias. Enquanto a Grand Suite situa-se na antiga sala de visitas da casa, com tetos trabalhados e banheira vitoriana, os quartos Signature oferecem vistas panorâmicas sobre a Meia Praia.

É esperado que a nova unidade crie 20 novos postos de trabalho.

“O Água Hotels Lagos Bay é um projeto que valoriza o património móvel e imóvel, a história e a localização, oferecendo aos clientes uma experiência intimista, distinta e com alma”, refere Mário Guerreiro, engenheiro administrador do grupo Água Hotels.

A esta abertura junta-se o desenvolvimento do Água Hotels Terra Fria, em Bragança, cujas obras de construção começaram em 2023, e o Água Hotels em Ferragudo, na Lagoa, com inauguração prevista para 2027.

Sobre o autorPublituris Hotelaria

Publituris Hotelaria

Mais artigos
Hotéis

Octant Évora aposta em novo espaço vínico com enoteca

A mais recente enoteca do Octant Évora conta com mais de 300 referências vínicas de cerca de 140 produtores de vinho. Mais do que um repositório de vinhos, o espaço conta com uma programação própria que inclui masterclasses, provas e experiências gastronómicas.

O Octant Évora criou um novo espaço no hotel, uma enoteca que pretende “celebrar a herança vinícola da região do Alentejo”, como referido em nota de imprensa.

O espaço que agora dá lugar à enoteca era anteriormente utilizado para pequenas reuniões e eventos. Agora, foi reinventado para guardar mais de 300 referências vínicas de 140 produtores de vinho.

Além das referências vínicas, o hotel criou um programa próprio para a enoteca, nas quais estão incluídas masterclasses, provas e experiências gastronómicas.

Nas masterclasses de vinho, as sessões mensais contam com produtores de vinho convidados para partilharem o seu conhecimento sobre castas específicas, técnicas de vinificação e o terroir do Alentejo, sendo complementadas com jantares vínicos.

Já nas sessões “Wine O’Clock” o hotel dá a conhecer aos visitantes uma seleção de vinhos brancos, tintos e rosés, acompanhada por queijos e enchidos.

Do conjunto de experiências gastronómicas destacam-se a “Mesa do Chefe”, com uma degustação intimista inspirada na cozinha tradicional alentejana, a cargo do chef-executivo Natanael Silva. Somam-se ainda as provas de vinhos e jantares, onde algumas das referências de produtores alentejanos são harmonizadas com menus selecionados, a par das experiências culinárias privadas, onde grupos de até 20 pessoas são convidados a preparar pratos tradicionais alentejanos.

A enoteca do Octant Évora conta ainda com uma wine shop, sendo que este espaço pode ser reservado para eventos privados, como reuniões e jantares.

“A nossa visão para a enoteca é criar uma nova casa para os vinhos do Alentejo e celebrar os melhores produtores da região”, afirma Sérgio Duarte, diretor-geral do Octant Évora.

“Trata-se de um espaço onde todos os produtores de vinho certificados do Alentejo estão representados, mas, mais do que apenas uma sala de provas, a enoteca será um palco de experiências: provas comentadas e encontros memoráveis entre quem faz o vinho e quem o ama”, termina.

Situado perto de Évora, o Octant Évora dispõe de 56 quartos e 16 villas, complementados por cinco piscinas, ginásio e spa.

Sobre o autorPublituris Hotelaria

Publituris Hotelaria

Mais artigos
Alojamento

Primeiro hotel Kimpton em Portugal abre portas no Algarve

O Kimpton Atlântico Algarve acaba de abrir portas. Localizado junto à Praia de São Rafael, e que faz parte do portefólio de gestão da Highgate Portugal, representa a estreia da marca em território nacional, numa abordagem que se pretende sofisticada, autêntica e personalizada ao universo lifestyle.

Com 149 quartos e suites, Kimpton Atlântico Algarve destaca-se pelo design elegante e acolhedor, da autoria da designer de interiores portuguesa Nini Andrade Silva com gestão da LUCID Development Group, que deixou a sua marca distintiva nos mais pequenos pormenores.

Texturas naturais e tons quentes definem o ambiente, enquanto superfícies em pedra polida, linho leve, cerâmicas artesanais e detalhes em madeira conjugam-se, na perfeição, para criar uma atmosfera que evoca elegância sóbria e acolhedora.

A experiência gastronómica no Kimpton Atlântico Algarve também é um fator de destaque, oferecendo aos hóspedes uma viagem pelos sabores da região, reinterpretados com criatividade e elegância, expressa no Terra – Bar e Café e Mercado, o Sombra, e o Marés, bem como o Zénite Rooftop Lounge.

Os hóspedes desta unidade hoteleira, o primeiro da marca Kimpton Hotels & Restaurants no nosso país, podem também desfrutar de tratamentos no Wellness Hub. Com uma área superior a 1.800 metros quadrados, este centro de bem-estar inclui uma piscina interior aquecida, circuito de spa hidroativo com tanque de flutuação, jacuzzi, sauna, banho turco e um ginásio de última geração. O Wellness Hub oferece ainda uma seleção de massagens e terapias personalizadas.

No Kimpton Atlântico Algarve, à semelhança de todos os hotéis da marca, os animais de estimação também são bem-vindos, sem qualquer custo adicional durante a estadia. Os hóspedes podem também usufruir do programa “Forgot It? We’ve Got It!”, que disponibiliza uma seleção de bens essenciais de forma gratuita, desde humidificadores a modeladores de cabelo.

Catarina Simões, diretora-geral do Kimpton Atlântico Algarve, refere que neste hotel “convidamos os hóspedes a desfrutar de algo verdadeiramente inesperado: uma estadia que revigora a alma e desperta os sentidos”, para destacar que “desde o design irreverente, à gastronomia inusitada e à criação de experiências memoráveis, proporcionamos uma nova referência no segmento de luxo que é, simultaneamente, sofisticado e descontraído”.

A responsável assegura que “cada detalhe no Kimpton Atlântico Algarve é cuidadosamente pensado para celebrar os nossos hóspedes e, por esse motivo, estamos muito entusiasmados por trazer esta nova expressão de luxo à costa sul de Portugal”.

 

Sobre o autorPublituris Hotelaria

Publituris Hotelaria

Mais artigos
Hotelaria

Transação do Tróia Resort já está concluída

Após a conclusão do negócio, a Arrow Global anunciou que a gestão do desenvolvimento imobiliário fica a cargo da Norfin Serviços, enquanto a gestão dos hotéis e do campo de golfe fica na Details – Hospitality, Sports, Leisure. Já a marina de Tróia vai ser dinamizada pela equipa responsável pela gestão da Marina de Vilamoura.

A SC Investments e o Grupo Arrow Global já concluíram a transação do Tróia Resort, acordo que tinha sido assinado no final de 2024 e que foi agora concluído, segundo comunicado do Grupo Arrow Global.

O negócio, explica o grupo, foi assessorado pela Norfin Serviços, empresa da Arrow Global Portugal, que fica responsável pela gestão do desenvolvimento imobiliário, enquanto a gestão dos hotéis e do campo de golfe fica a cargo da Details – Hospitality, Sports, Leisure, outra das empresas da Arrow Global Portugal.

Já para a marina, explica João Bugalho, CEO da Arrow Global Portugal, vai ser aproveitado o “know-how da equipa responsável pela gestão da Marina de Vilamoura e o objetivo é desenvolver o Tróia Resort e os ativos que o constituem”.

“Nos próximos anos acreditamos que vai ser notória a implementação da nossa estratégia na região, com criação de valor e de emprego, respeitando, obviamente, toda a envolvente, nomeadamente os valores naturais”, acrescenta o responsável.

A operação do Tróia Resort incluiu, entre os principais ativos, a gestão dos hotéis Aqualuz Tróia Mar & Rio e The Editory By The Sea e das operações do Troiaresort, o Troia Golf, a concessão da marina de Tróia, a Atlantic Ferries (concessão do serviço público de transporte fluvial entre Setúbal e Tróia), bem como um conjunto de ativos Imobiliários, incluindo os que detêm potencial de desenvolvimento.

“O plano de desenvolvimento da península manterá os critérios de excelência e preservação dos valores naturais, nomeadamente o seu enquadramento na Reserva Natural do Estuário do Sado e na Reserva Botânica de Tróia, que continuarão a ser os elementos diferenciadores na região”, lê-se ainda no comunicado divulgado.

Sobre o autorPublituris Hotelaria

Publituris Hotelaria

Mais artigos
Hotelaria

Grupo Oásis tem melhor ano de sempre com receitas de 45,3M€ em 2024

As receitas do grupo hoteleiro português Oásis Atlântico Hotels atingiram os 45,3 milhões de euros em 2024, um aumento de 12% face ao ano anterior. O crescimento é justificado sobretudo pela subida da taxa de ocupação e do número de dormidas, que totalizaram mais de 756 mil, um aumento de 2,2% face a 2023.

O EBITDA do grupo, que dispõe atualmente de oito hotéis (seis em Cabo Verde, um no Nordeste do Brasil, no Estado do Ceará, em Fortaleza, e um em Saidia, Marrocos), e ainda com vários projetos imobiliário–turísticos, tanto em Cabo Verde como no Brasil, também registou um crescimento de 12,3%, totalizando 13,8 milhões de euros, refletindo a forte performance operacional ao longo do ano. Além disso, a relação entre a dívida líquida e o EBITDA situou-se em 2,35 no final de 2024, uma redução de 11% face ao ano anterior.

Os principais mercados de origem que procuram os hotéis e os serviços do Grupo Oásis, nascido em Cabo Verde na década de 90 e que conta já com mais de 25 anos de crescimento na área de turismo e imobiliário-turística, continuam a ser Portugal, Escandinávia, Itália e Centro da Europa.

Face a estes resultados, Alexandre Abade, CEO do Grupo, considera que “podemos afirmar que 2024 foi o nosso melhor ano de sempre, o que obviamente nos deixa muito satisfeitos”, para realçar que, “acima de tudo, dão-nos a confiança necessária para os projetos de investimento que temos pela frente, e para uma nova fase de crescimento no Grupo Oásis, bem como para definirmos a melhor forma de recompensar e gerar oportunidades para a equipa e as pessoas que nos têm acompanhado nestes últimos anos.”

 

Sobre o autorPublituris Hotelaria

Publituris Hotelaria

Mais artigos
An aerial view of the beach at Costa da Caparica civil parish on a sunny day in Almada, Setubal, Portugal
Hotelaria

Hotel da Praia do Sol passa a Hotel Paparica depois de adquirido por investidores privados

O histórico Hotel da Praia do Sol, na Costa da Caparica, foi adquirido por um grupo de investidores privados e vai dar lugar ao Hotel Paparica, “unidade hoteleira com um ambiente moderno a preços acessíveis”, que vai contar com 51 quartos e que será dedicado ao surf.

O histórico Hotel da Praia do Sol, na Costa da Caparica, foi adquirido por um grupo de investidores privados e vai dar lugar ao Hotel Paparica, uma “unidade hoteleira com um ambiente moderno a preços acessíveis”, que vai contar com 51 quartos e que será dedicado ao surf.

“O Hotel Paparica quer afirmar-se como um destino de qualidade a preços acessíveis numa região onde a oferta de hotelaria tem sido insuficiente para atender ao aumento da procura dos últimos anos”, refere a Athena Advisers, que conduziu a operação.

No comunicado divulgado, a Athena Advisers indica que foi responsável pela representação dos compradores no processo de aquisição do antigo Hotel da Praia do Sol, assim como pela “procura e identificação do ativo, pela prospeção de mercado que aferiu a viabilidade financeira do projeto e também pela montagem da operação de club deal que permitiu atrair investidores e captar o capital necessário à aquisição e renovação do hotel”.

Já a Athena Studio, empresa do grupo dedicada à área de marketing, teve a cargo “o branding do hotel, cujo nome “Paparica”, além das semelhanças gráficas e fonéticas com o nome Caparica, é inspirado no termo “paparicar””, acrescenta o comunicado, onde se indica também que “o valor do investimento da operação não foi revelado”.

“Estamos muito satisfeitos com a concretização deste negócio e por termos conseguido alavancar todo o nosso know-how na busca de oportunidades nesta zona e na montagem de toda a operação para captar investidores e financiamento para a compra e reabilitação do novo Hotel Paparica”, destaca David Moura-George, diretor geral da Athena Advisers Portugal.

De acordo com o responsável, “a Costa da Caparica é um destino turístico cada vez mais dinâmico, que atrai não apenas lisboetas e população local, mas também um número crescente de residentes e visitantes internacionais, sendo, por isso, essencial melhorar e aumentar a oferta hoteleira da região”.

As intervenções no antigo Hotel da Praia do Sol já arrancaram e, depois do edifício ser reabilitado, o novo Hotel Paparica vai contar com 51 quartos, apresentando uma “arquitetura moderna inspirada no ambiente de praia de toda esta região”.

Situado na principal artéria pedonal da Costa da Caparica, a Rua dos Pescadores, a cerca de 100 metros do oceano Atlântico, Hotel Paparica vai, segundo Roman Carel, fundador da Athena Advisers, ser dedicado ao surf.

“O Paparica será um hotel ligado ao surf, com um ambiente moderno e charmoso que celebra a arte de viver atlântica tão típica de Portugal e que pretende estar aberto ao bairro e à comunidade local, juntando portugueses e estrangeiros no coração da mais emblemática rua da Caparica. É esta a nossa visão de qualidade para o turismo português”, explica o responsável.

Sobre o autorPublituris Hotelaria

Publituris Hotelaria

Mais artigos
Indicadores

Turismo e hospitalidade ganham nova ferramenta digital com dados estatísticos em tempo real

Com a presença do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, o KIPT CoLab apresentou, esta segunda-feira, em Lisboa, o Bartur, uma plataforma inteligente para o turismo e hospitalidade que, em tempo real, fornece dados estatísticos, considerados estratégicos para quem gere, planeia e trabalha nestes setores, colocando a ciência e tecnologia ao serviço das pessoas, numa linguagem simples.

Os intervenientes na sessão de apresentação do Barturis, Antónia Correia, presidente do Laboratório Colaborativo (KIPT CoLab) para a área do turismo, Catarina Paiva, administradora do Turismo de Portugal, Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, João Ferreira, Monitor Manager da ANI-Agência Nacional de Inovação, e o próprio secretário de Estado do Turismo, foram unânimes na sua intervenção sobre o valor desta nova ferramenta, uma vez que o turismo, setor que continua a ser atrativo e recomendado por empresários e trabalhadores, necessita de ser gerido com dados transformados em informação numa linguagem simples.

Nestes tempos modernos, foi destacada a relevância do conhecimento para a tomada de decisão, e o turismo e hospitalidade não fogem a isso, num primeiro passo dado pela KIPT CoLab, mas que segundo Ana Jacinto, “não está acabado, e a AHRESP não vai continuar sossegada, mas a trabalhar para encontrar plataformas complementares”, pois “precisamos de adicionar outro tipo de indicadores”, nomeadamente na área da restauração.

Já Catarina Paiva defendeu a importância dos dados para as decisões de gestão, lembrou que estes eram considerados um novo petróleo, mas hoje mais do que nunca, “vivemos a era da conexão, da partilha de informação, da necessidade de fazê-la circular”, para realçar que que as empresas que estão na linha da frente são aquelas que partilham informação e constroem pontes com elas.

Por sua vez, o secretário de Estado do Turismo lembrou a cimeira do GP 20 o ano passado no Pará (Brasil), em que foram convidados mais 20 países, entre os quais Portugal, em que a agenda esteve alavancada em três grandes questões, entre os quais a informação e edata, reconhecendo que este “é um tema incontornável e quase irreversível do ponto de vista da matriz em que assentam as nossas organizações”.

Referiu que todas as plataformas e observatórios e outros estudos que ajudem a entender melhor o turismo são bem-vindos, para realçar um clássico que diz que ‘conhecimento é sempre tradução e construção’, que reconhece estar assente à génese e filosofia de base da criação desta plataforma, porque “nos permite alavancar uma tomada de decisão e, muitas vezes por força por força de inação e de falta de tomada de decisão, que muitos dos nossos processos e dos nossos problemas acabam por não se resolver”.

Pedro Machado realçou ainda, durante a sessão do Barturis, apresentado em pormenor por Guilherme Portada, diretor de marketing, e Bernardo Generoso, Web Devepoper da Barturs, que a tomada de decisão pressupõe “conhecimento, e muito em concreto, estatístico, para podermos tomar as melhores opções”.

Se é importante a capacidade de decisão, segundo Pedro Machado, também o é a capacidade de escolha, bem como a necessidade de quebrar mitos, e tudo isso “se refuta com dados, com informação, e quem não tem dados não tem informação”, para recordar que esta indústria é muito recente em Portugal, por isso, há um longo caminho a percorrer. “Sabemos que é poderosa, e hoje está numa fase em matérias como coesão, correção de assimetrias, mas há muitas coisas que precisamos ainda de trabalhar”, concluindo que o objetivo final é que esta nova plataforma nos permita “ganhar valor”.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Alojamento

WOTELS apresenta nova unidade em Águeda

O futuro WOT Pateira, com 57 quartos, resultará da remodelação do antigo Hotel Estalagem da Pateira, localizado na margem da Pateira de Fermentelos, no concelho de Águeda.

Após integrar duas unidades no Algarve e no Alentejo ao portefólio – a Aldeia da Pedralva e o Hotel Horta da Moura – o grupo WOTELS passa a contar com mais uma unidade, desta vez no antigo Hotel Estalagem da Pateira.

Situado na margem da Pateira de Fermentelos, conhecida como a “lagoa adormecida”, no concelho de Águeda, o futuro WOT Pateira será alvo de uma “profunda transformação” nos próximos dois anos, de acordo com o grupo.

Em comunicado é referido que “a nova unidade contará com espaços modernizados, novos serviços e uma integração cuidada com o meio envolvente”. É também indicado que “mais do que requalificar um edifício, a Wotels propõe-se a revitalizar um destino, preservando o seu legado e respeitando a paisagem”.

No website do Hotel Estalagem da Pateira é referido que o edifício conta com 50 quartos duplos, quatro suites e três quartos individuais, sendo que nove destes quartos são adaptáveis a pessoas com mobilidade condicionada. Das valências da unidade fazem parte uma piscina interior, sauna, duas piscinas exteriores e um restaurante.

Atualmente, o grupo WOTELS conta com 16 unidades de alojamento espalhadas de norte a sul do país.

Sobre o autorPublituris Hotelaria

Publituris Hotelaria

Mais artigos
Hotelaria

Vila Galé estabelece protocolo com Brumadinho para desenvolver hotel junto a Inhotim

Prevê-se que as obras para o futuro hotel de 308 quartos comecem em 2026 e que o edifício seja inaugurado em 2027.

Carla Nunes

O grupo Vila Galé anunciou este sábado, 24 de maio, o estabelecimento de um protocolo com Brumadinho, no Brasil, para o desenvolvimento de um hotel próximo a Inhotim.

O anúncio foi feito durante a conferência de imprensa relativa à inauguração do Vila Galé Collection Ouro Preto, o 12.º hotel do grupo no Brasil, na qual estiveram presentes o Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas José de Oliveira e o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema.

O futuro hotel situado junto ao Instituto do Inhotim, em Brumadinho, no Brasil, contará com um investimento de 130 milhões de reais (cerca de 20 milhões de euros) e um total de 308 quartos, num terreno cedido pelo município.

A previsão é a de que a futura unidade gere cerca de 300 empregos diretos no município de Brumadinho, antecipando-se que as obras de construção comecem em 2026 e o edifício seja inaugurado em 2027.

*A Publituris Hotelaria viajou até Ouro Preto, em Minas Gerais, Brasil, a convite do grupo Vila Galé e da TAP Air Portugal.

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

Mais artigos
Hotelaria

Jorge Rebelo de Almeida frisa potencial turístico do Brasil na inauguração do 12.º hotel Vila Galé no país

O grupo Vila Galé inaugurou este sábado, 24 de maio, o seu 12.º hotel no Brasil, desta vez em Cachoeira do Campo, próximo de Ouro Preto, em Minas Gerais. Situado no edifício que albergou o primeiro regimento de cavalaria de Portugal no Brasil e o antigo colégio Dom Bosco, o hotel que terá 311 quartos foi alvo de um investimento de 180 milhões de reais (aproximadamente 28 milhões de euros).

Carla Nunes

A 24 de maio, o grupo Vila Galé inaugurou oficialmente a unidade hoteleira que tem vindo a desenvolver em Cachoeira do Campo, nas proximidades de Ouro Preto, no estado brasileiro de Minas Gerais. Desta forma, o Vila Galé Collection Ouro Preto abre agora portas no edifício que funcionou como o primeiro regimento de cavalaria de Portugal no Brasil e que, posteriormente, albergou o colégio Dom Bosco.

Após investir 180 milhões de reais neste projeto (cerca de 28 milhões de euros), Jorge Rebelo de Almeida, fundador e presidente do grupo Vila Galé, assegura que “não fazemos nada por sacrifício, dá muito prazer fazer projetos, [e] esse prazer é redobrado quando trazemos de volta à vida um edifício histórico”.

“Costumo dizer que uma cidade que não recupera o seu património histórico é uma cidade sem alma. Evidente que às vezes há algumas entidades que são um bocadinho complicadas e dificultam a vida, mas nem foi o caso aqui. Tivemos uma ajuda preciosa quer do Governo do Estado, quer da prefeitura”, afirma Jorge Rebelo de Almeida, que inaugura assim o 12.º hotel do grupo no Brasil.

Se o valor do projeto inicialmente comunicado foi de 80 milhões de reais (cerca de 12,5 milhões de euros), a atualização no número de investimento foi justificada por Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador no Vila Galé, com o facto de terem identificado a possibilidade de captar mais públicos, passando assim do projeto original de um hotel de 60 a 70 quartos, cingido apenas ao edifício histórico, para uma unidade com 311 quartos, com o acrescento de duas alas com unidades de alojamento.

“À medida que fomos tendo conhecimento da região e do seu potencial identificámos que para além deste edifício havia a possibilidade de desenvolver quer a parte do turismo equestre, com o desenvolvimento de um haras, quer a aposta que temos vindo a fazer no turismo de eventos, negócios e congressos, com um centro de congressos para cerca de 1.000 pessoas”, explica Gonçalo Rebelo de Almeida, justificando que o valor não consistiu numa “derrapagem de valores”, mas sim numa “mudança total de conceito de hotel”.

O potencial turístico do Brasil

Sobre a aposta neste país, o presidente do Vila Galé apontou em conferência de imprensa que “o potencial de desenvolvimento e crescimento é tremendo no Brasil, e o turismo pode dar esse contributo”. Contudo, é preciso “fazer o trabalho de casa”.

“O turismo não precisa de nada de muito específico, precisa de limpeza, segurança, educação – tudo coisas que são importantes para quem cá vive, e se isso tiver bom resultado, os turistas vão adorar”, refere Jorge Rebelo de Almeida, que apontou também para a necessidade de melhorar a captação de voos, embaratecer o transporte aéreo e ir buscar turistas lá fora.

“O Brasil tem uma vantagem adicional em relação a outros países, porque tem um mercado interno enorme. [Contudo], Portugal, que é do tamanho do estado de Santa Catarina, recebe 25 milhões de turistas, e o Brasil recebe 6,5 milhões de turistas. Não faz sentido”, afirma.

Também presente na cerimónia, o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, frisou que a prioridade do seu mandato “é a atração de investimento privado”, indicando que até hoje o Estado de Minas atraiu 478 biliões de reais neste tipo de investimento: “Não existe ramo mal vindo aqui, e o turismo é o mais bem-vindo, porque quando faz um investimento está a divulgar o estado”, afirma.

Futuros projetos

Os próximos projetos hoteleiros do grupo Vila Galé para o Brasil incluem um hotel em Belém do Pará, duas unidades hoteleiras no Maranhão no centro histórico – o Vila Galé Collection São Luís e o Vila Galé Collection Maranhão – e dois hotéis em Alagoas, o Vila Galé Coruripe Alagoas e um hotel NEP Kids, para crianças, inserido na mesma propriedade.

O grupo vai ainda avançar com um resort em Mangue Seco, além de ter anunciado na inauguração de sábado em Ouro Preto o estabelecimento de um protocolo com Brumadinho para o desenvolvimento de um hotel em Inhotim.

Em Portugal, o grupo tem em vista a abertura de unidades hoteleiras no Paço Real de Caxias, situado em Oeiras, em Penacova e em Miranda do Douro. Acresce a abertura do Vila Galé Collection Tejo na Golegã, na Quinta da Cardiga.

Sobre o Vila Galé Collection Ouro Preto

O Vila Galé Collection Ouro Preto contará com um total de 311 quartos, dos quais 95 localizados no edifício principal e 216 em duas alas de construção recente. As valências do hotel incluem o Satsanga Spa & Wellness, uma área de eventos para cerca de 900 pessoas, um haras – área dedicada à criação e reprodução de cavalos – e 15 hectares de plantação de vinha e olival. O hotel reúne ainda três restaurantes – Inevitável, Versátil e Massa Fina – biblioteca, um museu dedicado à história da polícia militar e do colégio Dom Bosco e o clube NEP, para crianças.

*A Publituris Hotelaria viajou até Ouro Preto, em Minas Gerais, Brasil, a convite do grupo Vila Galé e da TAP Air Portugal.

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2025 PUBLITURIS HOTELARIA. Todos os direitos reservados.