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Hotelaria

Alojamento turístico atinge máximos históricos em agosto

Dados do INE, divulgados esta sexta-feira, 30 de setembro, mostram que os resultados do alojamento turístico em agosto correspondem aos “valores mensais mais elevados desde que há registo”.

Inês de Matos
Hotelaria

Alojamento turístico atinge máximos históricos em agosto

Dados do INE, divulgados esta sexta-feira, 30 de setembro, mostram que os resultados do alojamento turístico em agosto correspondem aos “valores mensais mais elevados desde que há registo”.

Inês de Matos

O alojamento turístico nacional contabilizou 3,4 milhões de hóspedes e 9,9 milhões de dormidas no passado mês de agosto, resultados que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), correspondem aos “valores mensais mais elevados desde que há registo”.

Os dados divulgados esta sexta-feira, 30 de setembro, pelo INE, traduzem crescimentos de 33,0% e 31,9%, respetivamente, face ao ano passado, bem como a subidas de 1,2% e 2,8% em comparação com o mesmo mês de 2019, que tinha sido, até aqui, o melhor de sempre.

O mercado interno contribuiu com 3,7 milhões de dormidas, o que representa uma descida de 11,4% face a mês homólogo do ano passado, que, segundo o INE, tinha correspondido a um “máximo histórico”. Já face a agosto de 2019, o mercado interno cresceu 8,2%.

Os mercados externos, por sua vez, totalizaram 6,2 milhões de dormidas, num aumento de 86,9% face a agosto do ano passado, ainda que tenha sido registada uma diminuição ligeira de 0,2% face ao mesmo mês de 2019.

Por tipo de alojamento, as dormidas na hotelaria, que representaram 81,1% do total, cresceram 32,1% face ao mesmo mês de 2021 e 2,8% em comparação com agosto de 2019, enquanto nos estabelecimentos de alojamento local, que representaram 13,8% do total, houve um aumentos de 39,0% face ao ano passado, ainda que, em comparação com agosto de 2019, se tenha notado uma descida de 3,8%.

Já no turismo em espaço rural e de habitação, cuja quota foi de 5,1%, houve um acréscimo de 14,2% em comparação com agosto do ano passado e um forte subida face ao mesmo mês de 2019, que chegou aos 26,6%.

Por mercados, o britânico, que representou 17,7% do total das dormidas de não residentes neste mês, apresentou uma subida 0,3% relativamente a agosto de 2019, enquanto o espanhol, que representou 17,6% do total, registou uma descida de 3,1%, e o francês, com uma quota de 12,9%, cresceu 0,9%.

O INE sublinha, no entanto, as subidas dos mercados alemão que, com uma quota de 9,2%, aumentou 3,4%, e norte-americano, cuja quota foi de 5,7% e “continuou a destacar-se (+28,3%) quando comparado com agosto de 2019, tendo apenas sido ultrapassado pelo mercado checo (+51,1%)”.

“Comparando com agosto de 2019, evidenciaram-se também os crescimentos registados pelos mercados suíço (+25,9%), dinamarquês (+24,6%) e romeno (+24,2%)”, indica ainda o INE, revelando também que “as maiores diminuições verificaram-se nos mercados brasileiro (-19,1%) e sueco (-9,8%)”.

Por regiões, a maioria das dormidas concentrou-se no Algarve (32,2%), seguindo-se a AM Lisboa (21,1%), o Norte (16,5%) e o Centro (11,6%), com o INE a frisar que “registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões” face a agosto do ano passado.

Já em comparação com agosto de 2019, “apenas o Algarve registou um decréscimo (-7,1%)”, diz o INE, que revela que “os aumentos mais expressivos ocorreram na RA Madeira (+16,9%) e no Norte (+15,9%)”.

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Nas dormidas dos residentes, apenas na RA Açores e no Algarve houve decréscimos de 3,6% e 2,8%, respetivamente, tendo-se observado o maior “crescimento na RA Madeira (+53,3%), seguida do Norte (+14,4%) e Centro (+14,3%)”.

Já as dormidas de residentes aumentaram no Norte (+17,0%), RA Madeira (+9,3%) e RA Açores (+7,1%), enquanto as maiores diminuições ocorreram no Algarve (-9,4%) e Alentejo (-8,4%), enquanto na AM Lisboa a variação foi nula.

Em agosto, a estada média ficou nas 2,93 noites, o que corresponde a uma descida de 0,8% face a agosto do ano passado, com a maior descida a encontrar-se entre os residentes, onde este indicador caiu 6,8%, para 2,61 noites, enquanto nos não residentes houve uma descida de 0,4%, para 3,17 noites.

“Na RA Madeira e no Algarve, as estadas médias continuaram a atingir os valores mais elevados: 5,15 e 4,54 noites, respetivamente”, refere ainda o INE.

Já no acumulado até agosto, as dormidas aumentaram 133,8% face ao ano passado, com uma subida de 33,7% nos residentes e de 278,4% nos não residentes, enquanto na comparação com o mesmo período de 2019, houve uma descida de 3,0%, com o INE a indicar que esta quebra foi “consequência da diminuição das dormidas de não residentes (-7,7%), dado que as de residentes cresceram 7,7%”.

Em agosto, 11,8% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes, quando em igual período do ano passado eram 18,6%.

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