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“Portugal sempre foi uma joia escondida no panorama turístico europeu”

Com os números a indicarem a abertura de 166 novos hotéis em Portugal até 2027, a Publituris Hotelaria quis saber junto de uma das consultoras hoteleiras de maior renome internacional o que leva os grupos internacionais a investir em Portugal. Para Nicolas Cousin, Managing Director Espanha & Portugal da Christie & Co, “os grupos hoteleiros internacionais estão sempre à procura de se expandir em mercados atrativos e Portugal é definitivamente um deles”.

Victor Jorge
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“Portugal sempre foi uma joia escondida no panorama turístico europeu”

Com os números a indicarem a abertura de 166 novos hotéis em Portugal até 2027, a Publituris Hotelaria quis saber junto de uma das consultoras hoteleiras de maior renome internacional o que leva os grupos internacionais a investir em Portugal. Para Nicolas Cousin, Managing Director Espanha & Portugal da Christie & Co, “os grupos hoteleiros internacionais estão sempre à procura de se expandir em mercados atrativos e Portugal é definitivamente um deles”.

Victor Jorge

Com o setor do turismo a registar os melhores números de sempre, em 2024, o número de novos hotéis no nosso país tem acompanhado essa evolução. Além de considerar Portugal “uma joia escondida no panorama turístico europeu”, Nicolas Cousin, Managing Director Espanha & Portugal da Christie & Co, salienta que, “apesar de ser um dos 10 principais mercados europeus, os custos operacionais e de construção são ainda mais baixos do que em países como Espanha, Itália ou Grécia”. E além do investimento, “os grupos internacionais estão a introduzir no mercado conceitos alternativos de alojamento”, diz o responsável da consultora.

O que explica o aumento da abertura de novos hotéis em Portugal?
Poderíamos dizer que Portugal sempre foi uma joia escondida no panorama turístico europeu, com a maioria dos ingredientes presentes em alguns dos principais destinos mundiais com grande património cultural, cidades e destinos de resort.

O recente crescimento de Portugal deve-se a vários fatores, tais como o ambiente macroeconómico positivo do país, o sólido desempenho turístico – isto depois de, em 2023, ter registado o maior número de dormidas de sempre, cerca de 77 milhões, e o RevPar atingiu um nível recorde de 65 euros – +32% em relação a 2019 -, os vários projetos de infraestruturas e um apetite crescente das principais cadeias hoteleiras para reforçar a sua presença num mercado que ainda é impulsionado por grupos hoteleiros locais.

Este crescimento é uma resposta à procura ou uma aposta no futuro?
Este crescimento é impulsionado por uma combinação saudável de aumento da procura e melhoria do desempenho comercial dos hotéis. As perspectivas positivas em termos de acessibilidade e de crescimento económico sugerem que existem muitas oportunidades para uma maior expansão.

Mas qual a razão para tantos grupos hoteleiros internacionais estarem a investir no mercado português?
A procura em Portugal está fortemente orientada para os visitantes internacionais, que representaram 70% do total de dormidas em 2023. Entretanto, 80% da oferta hoteleira é operada por operadores locais. Esta lacuna representa uma oportunidade de ouro para os grupos hoteleiros internacionais entrarem num mercado com menos concorrência de marcas e captarem uma parte significativa da procura.
Além disso, este movimento é apoiado por investidores internacionais que procuram adquirir ativos neste mercado para os reposicionar e remarcar.

Quais são os fatores únicos que tornam Portugal atrativo para estes investimentos?
Portugal destaca-se pela sua combinação única de atrações orientadas para o lazer e uma rede de negócios robusta. Apesar de ser um dos 10 principais mercados europeus, os custos operacionais e de construção são ainda mais baixos do que em países como Espanha, Itália ou Grécia, o que o torna uma opção ainda mais atrativa para os investidores internacionais.
Por último, Portugal surge também como um mercado natural (e mais acessível) para os operadores que investem em Espanha.

Nesse sentido, o que é que Portugal pode oferecer em termos de oportunidades de negócio para grupos hoteleiros internacionais?
Os grupos hoteleiros internacionais estão sempre à procura de se expandir em mercados atrativos e Portugal é definitivamente um deles. Além disso, e como já referi, é um mercado dominado por operadores locais, pelo que existem muitas oportunidades para estes grupos se desenvolverem, quer através de arrendamentos, Hospitality Management Associates (HMA) ou acordos de franchising, quer em cidades ou destinos orientados para resorts.

80% da oferta hoteleira é operada por operadores locais. Esta lacuna representa uma oportunidade de ouro para os grupos hoteleiros internacionais entrarem num mercado com menos concorrência de marcas e captarem uma parte significativa da procura

E o que é que estes grupos internacionais trazem de novo ou inovador para o setor hoteleiro português?
Para além da captação de novos mercados e segmentos fiéis às suas marcas, os grupos internacionais estão a introduzir no mercado conceitos alternativos de alojamento. As aberturas recentes e o pipeline ativo para os próximos anos incluem marcas como Six Senses, Viceroy, Andaz, Nobu e Anantara, que irão reforçar o segmento de luxo. A Limehome e a Staybridge estão a melhorar o segmento de estadias prolongadas, a Social Hub está a oferecer um conceito híbrido entre hotel, hostel e alojamento para estudantes e a Residence Inn está a trazer residências de marca. Além disso, estão a ser desenvolvidos segmentos de nicho como o conceito “hetero-friendly” da Axel Hotels.

Como é que os grupos internacionais podem transformar a experiência e a oferta hoteleira em Portugal?
A chegada destes operadores internacionais e as suas ofertas diversificadas irão alargar o leque de opções de alojamento disponíveis, respondendo a diferentes segmentos da procura. Isto tornará Portugal um destino ainda mais atrativo na Europa, com novas alternativas como as estadias prolongadas, as residências de marca e os conceitos híbridos. Para além disso, o aumento da concorrência e do nível de qualidade irá aumentar a qualidade geral da oferta no país.

Futuro Six Senses Lisbon, na Rua de São José | Créditos: DR

Em que regiões de Portugal estão os investidores a concentrar o seu interesse e porquê?
Destinos de excelência como Lisboa, Porto e o Algarve continuam a liderar o desenvolvimento hoteleiro em Portugal, representando 70% dos quartos planeados. Estas áreas beneficiam de um excelente desempenho hoteleiro e de um crescimento esperado da procura impulsionado por melhorias nas infraestruturas, mantendo-as na vanguarda do turismo europeu.

No entanto, estes mercados estão a atingir a maturidade e as oportunidades de desenvolvimento são cada vez mais escassas, gerando mais oportunidades de reposicionamento do que de desenvolvimento puro.

Existem regiões emergentes fora das zonas tradicionais como Lisboa, Porto ou Algarve?
Para além de Lisboa, Porto e Algarve, existe um interesse significativo nas regiões Norte (excluindo o Porto) e Centro, graças às suas boas ligações rodoviárias e ferroviárias às principais cidades. Cidades como Braga e Viana do Castelo, no Norte, e Coimbra e Fundoais, no Centro, são exemplos disso. Estas áreas também beneficiarão dos desenvolvimentos planeados para as infraestruturas, melhorando a sua conectividade com os principais centros e com Espanha.

As questões burocráticas, os preços dos imóveis ou falta de infraestruturas podem constituir os principais obstáculos que os grupos internacionais podem enfrentar quando investem em Portugal?
Apesar de existir uma moratória no licenciamento do alojamento local (hostels, Airbnb e guesthouses com menos de 10 quartos) até 2030, não vemos uma barreira comum que afete todo o mercado português.

No entanto, cada destino precisa de ser analisado individualmente. Por exemplo, o processo de licenciamento em Lisboa pode ser lento, e no Porto, o aumento esperado da oferta pode desafiar os níveis de ocupação a curto e médio prazo.

Futuro Axel Porto | Créditos: DR

Para que públicos-alvo ou segmentos de mercado estão a ser desenvolvidos estes novos hotéis?
Estão a ser desenvolvidos novos conceitos para dar resposta a uma grande variedade de procura, desde o segmento ultra-luxuoso, passando pelos viajantes de negócios que recorrem frequentemente a hotéis de estada prolongada, até aos grupos e nómadas digitais que podem preferir um serviço limitado ou conceitos híbridos.

Existe, então, um enfoque no turismo de luxo, nas viagens de negócios, no turismo sustentável ou noutros nichos?
Embora haja uma distribuição saudável entre os segmentos, espera-se que os segmentos de luxo e económico-médio registem o maior crescimento com um maior interesse por parte dos operadores (ou seja, Travelodge, B&B, para o segmento económico).

De que forma é que este investimento de grupos internacionais ajuda a reposicionar Portugal no mercado global da hotelaria?
A entrada de operadores internacionais tende a atrair viajantes com maior poder de compra, impulsionando o desempenho dos hotéis não só em localizações privilegiadas, mas também em mercados secundários. Isto ajuda a distribuir a procura por diferentes áreas, reduzindo o congestionamento turístico nas principais cidades e atenuando as pressões sazonais. Além disso, posiciona Portugal na vanguarda dos destinos turísticos.

Quais são as expectativas para o futuro em termos de competitividade com outros mercados europeus?
Portugal é um mercado em rápido crescimento, sendo o quarto país europeu com o maior aumento da oferta de quartos e o sétimo em termos de crescimento do RevPAR em 2023, em comparação com 2019. Isto indica que Portugal continuará a solidificar a sua posição como um destino de topo na Europa, apesar da sua menor dimensão em comparação com mercados maiores como Itália ou Espanha.

Como especialista, que conselhos daria aos grupos internacionais que estão a considerar investir em Portugal?
A chave é avaliar as necessidades do mercado e a proposta de valor que se pode oferecer enquanto grupo hoteleiro internacional. Para compreender bem a dinâmica do mercado, recomendamos vivamente que os operadores internacionais que ainda não estão presentes no mercado trabalhem em estreita colaboração com especialistas locais e internacionais.

Existem algumas tendências ou oportunidades no mercado português que ainda não foram exploradas?
Como já referi, os tipos alternativos de alojamento estão a entrar rapidamente no mercado. Para além das estadias prolongadas, dos conceitos híbridos e dos segmentos de nicho, há um interesse crescente pelos parques de campismo. Seguindo tendências semelhantes às de Espanha, os fundos institucionais estão a apostar no desenvolvimento de carteiras de parques de campismo com operadores especializados. Por exemplo, a marca WeCamp, pertencente ao fundo de investimento espanhol Meridia, tem já seis parques de campismo em funcionamento em Espanha, quatro em preparação e adquiriu recentemente um parque de campismo no Alentejo.

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Primeiro hotel Kimpton em Portugal abre portas no Algarve

O Kimpton Atlântico Algarve acaba de abrir portas. Localizado junto à Praia de São Rafael, e que faz parte do portefólio de gestão da Highgate Portugal, marca a estreia da marca em território nacional, numa abordagem que se pretende sofisticada, autêntica e personalizada ao universo lifestyle.

Com 149 quartos e suites, Kimpton Atlântico Algarve destaca-se pelo design elegante e acolhedor, da autoria da designer de interiores portuguesa Nini Andrade Silva com gestão da LUCID Development Group, que deixou a sua marca distintiva nos mais pequenos pormenores.

Texturas naturais e tons quentes definem o ambiente, enquanto superfícies em pedra polida, linho leve, cerâmicas artesanais e detalhes em madeira conjugam-se, na perfeição, para criar uma atmosfera que evoca elegância sóbria e acolhedora.

A experiência gastronómica no Kimpton Atlântico Algarve também é um fator de destaque, oferecendo aos hóspedes uma viagem pelos sabores da região, reinterpretados com criatividade e elegância, expressa no Terra – Bar e Café e Mercado, o Sombra, e o Marés, bem como o Zénite Rooftop Lounge.

Os hóspedes desta unidade hoteleira, o primeiro da marca Kimpton Hotels & Restaurants no nosso país, podem também desfrutar de tratamentos no Wellness Hub. Com uma área superior a 1.800 m2, este centro de bem-estar inclui uma piscina interior aquecida, circuito de spa hidroativo com tanque de flutuação, jacuzzi, sauna, banho turco e um ginásio de última geração. O Wellness Hub oferece ainda uma seleção de massagens e terapias personalizadas.

No Kimpton Atlântico Algarve, à semelhança de todos os hotéis da marca, os animais de estimação também são muito bem-vindos, sem qualquer custo adicional durante a estadia. Os hóspedes podem também usufruir do programa “Forgot It? We’ve Got It!”, que disponibiliza uma seleção de bens essenciais (desde humidificadores a modeladores de cabelo), disponibilizados de forma gratuita.

Catarina Simões, diretora-geral do Kimpton Atlântico Algarve, refere que neste hotel “convidamos os hóspedes a desfrutar de algo verdadeiramente inesperado: uma estadia que revigora a alma e desperta os sentidos”, para destacar que “desde o design irreverente, à gastronomia inusitada e à criação de experiências memoráveis, proporcionamos uma nova referência no segmento de luxo que é, simultaneamente, sofisticado e descontraído”.

A responsável assegura que “cada detalhe no Kimpton Atlântico Algarve é cuidadosamente pensado para celebrar os nossos hóspedes e, por esse motivo, estamos muito entusiasmados por trazer esta nova expressão de luxo à costa sul de Portugal.”

 

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Transação do Tróia Resort já está concluída

Após a conclusão do negócio, a Arrow Global anunciou que a gestão do desenvolvimento imobiliário fica a cargo da Norfin Serviços, enquanto a gestão dos hotéis e do campo de golfe fica na Details – Hospitality, Sports, Leisure. Já a marina de Tróia vai ser dinamizada pela equipa responsável pela gestão da Marina de Vilamoura.

A SC Investments e o Grupo Arrow Global já concluíram a transação do Tróia Resort, acordo que tinha sido assinado no final de 2024 e que foi agora concluído, segundo comunicado do Grupo Arrow Global.

O negócio, explica o grupo, foi assessorado pela Norfin Serviços, empresa da Arrow Global Portugal, que fica responsável pela gestão do desenvolvimento imobiliário, enquanto a gestão dos hotéis e do campo de golfe fica a cargo da Details – Hospitality, Sports, Leisure, outra das empresas da Arrow Global Portugal.

Já para a marina, explica João Bugalho, CEO da Arrow Global Portugal, vai ser aproveitado o “know-how da equipa responsável pela gestão da Marina de Vilamoura e o objetivo é desenvolver o Tróia Resort e os ativos que o constituem”.

“Nos próximos anos acreditamos que vai ser notória a implementação da nossa estratégia na região, com criação de valor e de emprego, respeitando, obviamente, toda a envolvente, nomeadamente os valores naturais”, acrescenta o responsável.

A operação do Tróia Resort incluiu, entre os principais ativos, a gestão dos hotéis Aqualuz Tróia Mar & Rio e The Editory By The Sea e das operações do Troiaresort, o Troia Golf, a concessão da marina de Tróia, a Atlantic Ferries (concessão do serviço público de transporte fluvial entre Setúbal e Tróia), bem como um conjunto de ativos Imobiliários, incluindo os que detêm potencial de desenvolvimento.

“O plano de desenvolvimento da península manterá os critérios de excelência e preservação dos valores naturais, nomeadamente o seu enquadramento na Reserva Natural do Estuário do Sado e na Reserva Botânica de Tróia, que continuarão a ser os elementos diferenciadores na região”, lê-se ainda no comunicado divulgado.

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Grupo Oásis tem melhor ano de sempre com receitas de 45,3M € em 2024

As receitas do grupo hoteleiro português Oásis Atlântico Hotels atingiram os 45,3 milhões de euros, em 2024, um aumento de 12% face ao ano anterior, um crescimento justificado sobretudo pela subida da taxa de ocupação e do número de dormidas que totalizaram mais de 756 mil, mais 2,2% face a 2023.

O EBITDA do grupo, que dispõe atualmente de oito hotéis (seis em Cabo Verde, um no Nordeste do Brasil, no Estado do Ceará, em Fortaleza, e um em Saidia, Marrocos), e ainda com vários projetos imobiliário–turísticos, tanto em Cabo Verde como no Brasil, também registou um crescimento de 12,3%, totalizando 13,8 milhões de euros, refletindo a forte performance operacional ao longo do ano. Além disso, a relação entre a dívida líquida e o EBITDA situou-se em 2,35 no final de 2024, uma redução de 11% face ao ano anterior.

Os principais mercados de origem que procuram os hotéis e os serviços do Grupo Oásis, nascido em Cabo Verde na década de 90 e que conta já com mais de 25 anos de crescimento na área de turismo e imobiliário-turística, continuam a ser Portugal, Escandinávia, Itália e Centro da Europa.

Face a estes resultados, Alexandre Abade, CEO do Grupo, considera que “podemos afirmar que 2024 foi o nosso melhor ano de sempre, o que obviamente nos deixa muito satisfeitos”, para realçar que, “acima de tudo, dão-nos a confiança necessária para os projetos de investimento que temos pela frente, e para uma nova fase de crescimento no Grupo Oásis, bem como para definirmos a melhor forma de recompensar e gerar oportunidades para a equipa e as pessoas que nos têm acompanhado nestes últimos anos.”

 

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An aerial view of the beach at Costa da Caparica civil parish on a sunny day in Almada, Setubal, Portugal
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Hotel da Praia do Sol passa a Hotel Paparica depois de adquirido por investidores privados

O histórico Hotel da Praia do Sol, na Costa da Caparica, foi adquirido por um grupo de investidores privados e vai dar lugar ao Hotel Paparica, “unidade hoteleira com um ambiente moderno a preços acessíveis”, que vai contar com 51 quartos e que será dedicado ao surf.

O histórico Hotel da Praia do Sol, na Costa da Caparica, foi adquirido por um grupo de investidores privados e vai dar lugar ao Hotel Paparica, uma “unidade hoteleira com um ambiente moderno a preços acessíveis”, que vai contar com 51 quartos e que será dedicado ao surf.

“O Hotel Paparica quer afirmar-se como um destino de qualidade a preços acessíveis numa região onde a oferta de hotelaria tem sido insuficiente para atender ao aumento da procura dos últimos anos”, refere a Athena Advisers, que conduziu a operação.

No comunicado divulgado, a Athena Advisers indica que foi responsável pela representação dos compradores no processo de aquisição do antigo Hotel da Praia do Sol, assim como pela “procura e identificação do ativo, pela prospeção de mercado que aferiu a viabilidade financeira do projeto e também pela montagem da operação de club deal que permitiu atrair investidores e captar o capital necessário à aquisição e renovação do hotel”.

Já a Athena Studio, empresa do grupo dedicada à área de marketing, teve a cargo “o branding do hotel, cujo nome “Paparica”, além das semelhanças gráficas e fonéticas com o nome Caparica, é inspirado no termo “paparicar””, acrescenta o comunicado, onde se indica também que “o valor do investimento da operação não foi revelado”.

“Estamos muito satisfeitos com a concretização deste negócio e por termos conseguido alavancar todo o nosso know-how na busca de oportunidades nesta zona e na montagem de toda a operação para captar investidores e financiamento para a compra e reabilitação do novo Hotel Paparica”, destaca David Moura-George, diretor geral da Athena Advisers Portugal.

De acordo com o responsável, “a Costa da Caparica é um destino turístico cada vez mais dinâmico, que atrai não apenas lisboetas e população local, mas também um número crescente de residentes e visitantes internacionais, sendo, por isso, essencial melhorar e aumentar a oferta hoteleira da região”.

As intervenções no antigo Hotel da Praia do Sol já arrancaram e, depois do edifício ser reabilitado, o novo Hotel Paparica vai contar com 51 quartos, apresentando uma “arquitetura moderna inspirada no ambiente de praia de toda esta região”.

Situado na principal artéria pedonal da Costa da Caparica, a Rua dos Pescadores, a cerca de 100 metros do oceano Atlântico, Hotel Paparica vai, segundo Roman Carel, fundador da Athena Advisers, ser dedicado ao surf.

“O Paparica será um hotel ligado ao surf, com um ambiente moderno e charmoso que celebra a arte de viver atlântica tão típica de Portugal e que pretende estar aberto ao bairro e à comunidade local, juntando portugueses e estrangeiros no coração da mais emblemática rua da Caparica. É esta a nossa visão de qualidade para o turismo português”, explica o responsável.

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Turismo e hospitalidade ganham nova ferramenta digital com dados estatísticos em tempo real

Com a presença do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, o KIPT CoLab apresentou, esta segunda-feira, em Lisboa, o Bartur, uma plataforma inteligente para o turismo e hospitalidade que, em tempo real, fornece dados estatísticos, considerados estratégicos para quem gere, planeia e trabalha nestes setores, colocando a ciência e tecnologia ao serviço das pessoas, numa linguagem simples.

Os intervenientes na sessão de apresentação do Barturis, Antónia Correia, presidente do Laboratório Colaborativo (KIPT CoLab) para a área do turismo, Catarina Paiva, administradora do Turismo de Portugal, Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, João Ferreira, Monitor Manager da ANI-Agência Nacional de Inovação, e o próprio secretário de Estado do Turismo, foram unânimes na sua intervenção sobre o valor desta nova ferramenta, uma vez que o turismo, setor que continua a ser atrativo e recomendado por empresários e trabalhadores, necessita de ser gerido com dados transformados em informação numa linguagem simples.

Nestes tempos modernos, foi destacada a relevância do conhecimento para a tomada de decisão, e o turismo e hospitalidade não fogem a isso, num primeiro passo dado pela KIPT CoLab, mas que segundo Ana Jacinto, “não está acabado, e a AHRESP não vai continuar sossegada, mas a trabalhar para encontrar plataformas complementares”, pois “precisamos de adicionar outro tipo de indicadores”, nomeadamente na área da restauração.

Já Catarina Paiva defendeu a importância dos dados para as decisões de gestão, lembrou que estes eram considerados um novo petróleo, mas hoje mais do que nunca, “vivemos a era da conexão, da partilha de informação, da necessidade de fazê-la circular”, para realçar que que as empresas que estão na linha da frente são aquelas que partilham informação e constroem pontes com elas.

Por sua vez, o secretário de Estado do Turismo lembrou a cimeira do GP 20 o ano passado no Pará (Brasil), em que foram convidados mais 20 países, entre os quais Portugal, em que a agenda esteve alavancada em três grandes questões, entre os quais a informação e edata, reconhecendo que este “é um tema incontornável e quase irreversível do ponto de vista da matriz em que assentam as nossas organizações”.

Referiu que todas as plataformas e observatórios e outros estudos que ajudem a entender melhor o turismo são bem-vindos, para realçar um clássico que diz que ‘conhecimento é sempre tradução e construção’, que reconhece estar assente à génese e filosofia de base da criação desta plataforma, porque “nos permite alavancar uma tomada de decisão e, muitas vezes por força por força de inação e de falta de tomada de decisão, que muitos dos nossos processos e dos nossos problemas acabam por não se resolver”.

Pedro Machado realçou ainda, durante a sessão do Barturis, apresentado em pormenor por Guilherme Portada, diretor de marketing, e Bernardo Generoso, Web Devepoper da Barturs, que a tomada de decisão pressupõe “conhecimento, e muito em concreto, estatístico, para podermos tomar as melhores opções”.

Se é importante a capacidade de decisão, segundo Pedro Machado, também o é a capacidade de escolha, bem como a necessidade de quebrar mitos, e tudo isso “se refuta com dados, com informação, e quem não tem dados não tem informação”, para recordar que esta indústria é muito recente em Portugal, por isso, há um longo caminho a percorrer. “Sabemos que é poderosa, e hoje está numa fase em matérias como coesão, correção de assimetrias, mas há muitas coisas que precisamos ainda de trabalhar”, concluindo que o objetivo final é que esta nova plataforma nos permita “ganhar valor”.

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WOTELS apresenta nova unidade em Águeda

O futuro WOT Pateira, com 57 quartos, resultará da remodelação do antigo Hotel Estalagem da Pateira, localizado na margem da Pateira de Fermentelos, no concelho de Águeda.

Após integrar duas unidades no Algarve e no Alentejo ao portefólio – a Aldeia da Pedralva e o Hotel Horta da Moura – o grupo WOTELS passa a contar com mais uma unidade, desta vez no antigo Hotel Estalagem da Pateira.

Situado na margem da Pateira de Fermentelos, conhecida como a “lagoa adormecida”, no concelho de Águeda, o futuro WOT Pateira será alvo de uma “profunda transformação” nos próximos dois anos, de acordo com o grupo.

Em comunicado é referido que “a nova unidade contará com espaços modernizados, novos serviços e uma integração cuidada com o meio envolvente”. É também indicado que “mais do que requalificar um edifício, a Wotels propõe-se a revitalizar um destino, preservando o seu legado e respeitando a paisagem”.

No website do Hotel Estalagem da Pateira é referido que o edifício conta com 50 quartos duplos, quatro suites e três quartos individuais, sendo que nove destes quartos são adaptáveis a pessoas com mobilidade condicionada. Das valências da unidade fazem parte uma piscina interior, sauna, duas piscinas exteriores e um restaurante.

Atualmente, o grupo WOTELS conta com 16 unidades de alojamento espalhadas de norte a sul do país.

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Vila Galé estabelece protocolo com Brumadinho para desenvolver hotel junto a Inhotim

Prevê-se que as obras para o futuro hotel de 308 quartos comecem em 2026 e que o edifício seja inaugurado em 2027.

Carla Nunes

O grupo Vila Galé anunciou este sábado, 24 de maio, o estabelecimento de um protocolo com Brumadinho, no Brasil, para o desenvolvimento de um hotel próximo a Inhotim.

O anúncio foi feito durante a conferência de imprensa relativa à inauguração do Vila Galé Collection Ouro Preto, o 12.º hotel do grupo no Brasil, na qual estiveram presentes o Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas José de Oliveira e o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema.

O futuro hotel situado junto ao Instituto do Inhotim, em Brumadinho, no Brasil, contará com um investimento de 130 milhões de reais (cerca de 20 milhões de euros) e um total de 308 quartos, num terreno cedido pelo município.

A previsão é a de que a futura unidade gere cerca de 300 empregos diretos no município de Brumadinho, antecipando-se que as obras de construção comecem em 2026 e o edifício seja inaugurado em 2027.

*A Publituris Hotelaria viajou até Ouro Preto, em Minas Gerais, Brasil, a convite do grupo Vila Galé e da TAP Air Portugal.

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

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Jorge Rebelo de Almeida frisa potencial turístico do Brasil na inauguração do 12.º hotel Vila Galé no país

O grupo Vila Galé inaugurou este sábado, 24 de maio, o seu 12.º hotel no Brasil, desta vez em Cachoeira do Campo, próximo de Ouro Preto, em Minas Gerais. Situado no edifício que albergou o primeiro regimento de cavalaria de Portugal no Brasil e o antigo colégio Dom Bosco, o hotel que terá 311 quartos foi alvo de um investimento de 180 milhões de reais (aproximadamente 28 milhões de euros).

Carla Nunes

A 24 de maio, o grupo Vila Galé inaugurou oficialmente a unidade hoteleira que tem vindo a desenvolver em Cachoeira do Campo, nas proximidades de Ouro Preto, no estado brasileiro de Minas Gerais. Desta forma, o Vila Galé Collection Ouro Preto abre agora portas no edifício que funcionou como o primeiro regimento de cavalaria de Portugal no Brasil e que, posteriormente, albergou o colégio Dom Bosco.

Após investir 180 milhões de reais neste projeto (cerca de 28 milhões de euros), Jorge Rebelo de Almeida, fundador e presidente do grupo Vila Galé, assegura que “não fazemos nada por sacrifício, dá muito prazer fazer projetos, [e] esse prazer é redobrado quando trazemos de volta à vida um edifício histórico”.

“Costumo dizer que uma cidade que não recupera o seu património histórico é uma cidade sem alma. Evidente que às vezes há algumas entidades que são um bocadinho complicadas e dificultam a vida, mas nem foi o caso aqui. Tivemos uma ajuda preciosa quer do Governo do Estado, quer da prefeitura”, afirma Jorge Rebelo de Almeida, que inaugura assim o 12.º hotel do grupo no Brasil.

Se o valor do projeto inicialmente comunicado foi de 80 milhões de reais (cerca de 12,5 milhões de euros), a atualização no número de investimento foi justificada por Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador no Vila Galé, com o facto de terem identificado a possibilidade de captar mais públicos, passando assim do projeto original de um hotel de 60 a 70 quartos, cingido apenas ao edifício histórico, para uma unidade com 311 quartos, com o acrescento de duas alas com unidades de alojamento.

“À medida que fomos tendo conhecimento da região e do seu potencial identificámos que para além deste edifício havia a possibilidade de desenvolver quer a parte do turismo equestre, com o desenvolvimento de um haras, quer a aposta que temos vindo a fazer no turismo de eventos, negócios e congressos, com um centro de congressos para cerca de 1.000 pessoas”, explica Gonçalo Rebelo de Almeida, justificando que o valor não consistiu numa “derrapagem de valores”, mas sim numa “mudança total de conceito de hotel”.

O potencial turístico do Brasil

Sobre a aposta neste país, o presidente do Vila Galé apontou em conferência de imprensa que “o potencial de desenvolvimento e crescimento é tremendo no Brasil, e o turismo pode dar esse contributo”. Contudo, é preciso “fazer o trabalho de casa”.

“O turismo não precisa de nada de muito específico, precisa de limpeza, segurança, educação – tudo coisas que são importantes para quem cá vive, e se isso tiver bom resultado, os turistas vão adorar”, refere Jorge Rebelo de Almeida, que apontou também para a necessidade de melhorar a captação de voos, embaratecer o transporte aéreo e ir buscar turistas lá fora.

“O Brasil tem uma vantagem adicional em relação a outros países, porque tem um mercado interno enorme. [Contudo], Portugal, que é do tamanho do estado de Santa Catarina, recebe 25 milhões de turistas, e o Brasil recebe 6,5 milhões de turistas. Não faz sentido”, afirma.

Também presente na cerimónia, o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, frisou que a prioridade do seu mandato “é a atração de investimento privado”, indicando que até hoje o Estado de Minas atraiu 478 biliões de reais neste tipo de investimento: “Não existe ramo mal vindo aqui, e o turismo é o mais bem-vindo, porque quando faz um investimento está a divulgar o estado”, afirma.

Futuros projetos

Os próximos projetos hoteleiros do grupo Vila Galé para o Brasil incluem um hotel em Belém do Pará, duas unidades hoteleiras no Maranhão no centro histórico – o Vila Galé Collection São Luís e o Vila Galé Collection Maranhão – e dois hotéis em Alagoas, o Vila Galé Coruripe Alagoas e um hotel NEP Kids, para crianças, inserido na mesma propriedade.

O grupo vai ainda avançar com um resort em Mangue Seco, além de ter anunciado na inauguração de sábado em Ouro Preto o estabelecimento de um protocolo com Brumadinho para o desenvolvimento de um hotel em Inhotim.

Em Portugal, o grupo tem em vista a abertura de unidades hoteleiras no Paço Real de Caxias, situado em Oeiras, em Penacova e em Miranda do Douro. Acresce a abertura do Vila Galé Collection Tejo na Golegã, na Quinta da Cardiga.

Sobre o Vila Galé Collection Ouro Preto

O Vila Galé Collection Ouro Preto contará com um total de 311 quartos, dos quais 95 localizados no edifício principal e 216 em duas alas de construção recente. As valências do hotel incluem o Satsanga Spa & Wellness, uma área de eventos para cerca de 900 pessoas, um haras – área dedicada à criação e reprodução de cavalos – e 15 hectares de plantação de vinha e olival. O hotel reúne ainda três restaurantes – Inevitável, Versátil e Massa Fina – biblioteca, um museu dedicado à história da polícia militar e do colégio Dom Bosco e o clube NEP, para crianças.

*A Publituris Hotelaria viajou até Ouro Preto, em Minas Gerais, Brasil, a convite do grupo Vila Galé e da TAP Air Portugal.

Sobre o autorCarla Nunes

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Paulo Galiado assume direção-geral do Évora Hotel

Antes de assumir funções no Évora Hotel, Paulo Galiado passou pela direção-geral do Spatia Comporta. Com um percurso fortemente marcado por experiências internacionais, o profissional assumiu cargos de gestão em grupos como o Four Points by Sheraton, Anantara Hotels & Resorts e Hilton.

Após a saída de Miguel Melo Breyner da direção-geral do Évora Hotel, o cargo passou a ser ocupado por Paulo Galiado, que assumiu funções como diretor-geral no passado mês de abril.

Formado em Economia pelo ISCTE e em Cozinha e Produção Alimentar pela ESHTE, Paulo Galiado desenvolveu um percurso profissional marcado por experiências internacionais em unidades de luxo e grandes operações hoteleiras.

No currículo soma passagens por destinos como República Dominicana, Espanha, Reino Unido, Angola, Dubai e Qatar, onde assumiu cargos de gestão em grupos como o Four Points by Sheraton, Anantara Hotels & Resorts e Hilton.

Entre os marcos da sua carreira destacam-se a gestão do Banana Island Resort by Anantara, no Qatar, e a abertura do primeiro LXR by Hilton no mesmo país. Em Portugal, passou recentemente pela direção geral do Spatia Comporta, antes de assumir a liderança do Évora Hotel.

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Locke de Santa Joana apresenta suite exclusiva após parceria com a Anthropologie

A suite do Locke de Santa Joana abrangida por esta parceria é decorada com uma curadoria de peças Anthropologie, tendo a particularidade de permitir aos hóspedes adquirir as peças do quarto. O hotel aceita reservas para esta unidade de alojamento de 19 de maio a 30 de setembro.

O grupo Locke estabeleceu uma parceria com a Anthropologie, marca internacional de objetos de lifestyle e decoração, da qual resultou a suite Locke x Anthropologie, no hotel Locke de Santa Joana, em Lisboa.

A suite, decorada com uma curadoria de peças Anthropologie, tem a particularidade de permitir aos hóspedes adquirir as peças do quarto, que se encontram disponíveis para venda através do website da Anthropologie.

Com uma decoração de inspiração mediterrânea, a suite com um quarto e terraço destaca-se “pelas texturas ricas, tons telúricos e detalhes artesanais”, como referido em nota de imprensa.

Com 31 metros quadrados de área interior e um terraço privado de 13 metros quadrados, bem como uma cama king size, pelo padrão britânico, esta suite conta com uma seleção exclusiva da Anthropologie que engloba têxteis, art prints e loiça, como pratos e copos.

Os produtos disponíveis abrangem também o espelho ‘Clara’, os castiçais em vidro com riscas ‘Eleanor’, o tapete de juta ‘Vela’ e a mesa de exterior ‘Lottie’.

“Estamos muito entusiasmados com esta parceria com a Anthropologie, que nos permitiu transformar a suite numa experiência imersiva das duas marcas. Com a mesma paixão pelo design e um público culturalmente curioso, esta colaboração foi, desde o início, algo que nos pareceu totalmente natural”, refere Carla Read, Brand Manager do Locke, em nota de imprensa.

As reservas para a suite Locke x Anthropologie podem ser realizadas através do website do grupo Locke de 19 de maio a 30 de setembro.

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