Setor de eventos revela dificuldades em contratar trabalhadores
Um inquérito realizado a 475 especialistas da área dos eventos mostrou que 40% destes empresários não conseguem contratar mão-de-obra, afetando o seu negócio. Se 36% dos especialistas entrevistados realizam mais serviços do que antes da pandemia, 40% recusam serviços por não terem capacidade de resposta aos mesmos.

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Os empresários que trabalham com eventos revelam que a falta de mão-de-obra é um dos principais desafios dos profissionais desta área, com um impacto direto nos seus lucros.
A conclusão parte da plataforma de contratação de serviços Fixando, que após um inquérito realizado junto de 475 especialistas da área dos eventos, durante o primeiro quadrimestre de 2023, chegou à conclusão que cerca de 40% dos empresários entrevistados afirmam que a falta de mão de obra no setor está a impactar negativamente o seu negócio e não conseguem contratar.
Os resultados deste inquérito, “realizado com o objetivo de entender como a pandemia afetou o setor e quais são as suas principais necessidades”, deram ainda conta de que 36% dos especialistas entrevistados realizam mais serviços do que antes da pandemia, no entanto, apenas 24% registou um aumento dos seus lucros.
Por outro lado, 40% diz que a falta de mão de obra no setor está a afetar o seu negócio, uma percentagem que se replica quando os empresários afirmam que não conseguem contratar pessoas atualmente.
30% dos inquiridos aumentou salários para captar mão-de-obra
Entre as principais causas para a falta de mão de obra, a maioria dos profissionais (56%) aponta o dedo à pandemia, que forçou muitos trabalhadores a procurar trabalho noutras áreas, mas também à falta de pessoas qualificadas (40%), bem como ao facto destes trabalhadores considerarem os salários pouco apelativos (44%).
A necessidade de recusarem serviços por não terem capacidade de resposta para os mesmos é um problema que afeta cerca de 40% destes profissionais.
Uma das soluções encontradas por cerca de 30% dos inquiridos passa pelo aumento da remuneração para estes trabalhos que, apesar de ter um impacto direto na redução dos seus lucros, é considerada como uma das soluções mais eficazes.
Perante esta situação, 63% dos especialistas afirma estar a ter uma quebra nos lucros entre 25% a 50%, o que deverá levar a um aumento generalizado dos preços praticados pelo setor.
“Neste momento não temos mãos a medir: é escolher o cliente que mais benefício nos dará e dizer que não a pequenos eventos. Os portugueses não querem trabalhar neste ramo devido à [quantidade de] horas [de trabalho] e por não terem fins-de-semana livres”, explica Luís Teixeira, gerente da empresa de organização de eventos Conspiração Catering, que reforça ainda a inevitabilidade do aumento dos preços.