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Opinião | Estratégia no turismo num mundo em disrupção

Opinião de Sérgio Guerreiro, Professor Universitário. Diretor Executivo, Westmont Institute of Tourism & Hospitality, Nova SBE.

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Opinião | Estratégia no turismo num mundo em disrupção

Opinião de Sérgio Guerreiro, Professor Universitário. Diretor Executivo, Westmont Institute of Tourism & Hospitality, Nova SBE.

A incerteza e a volatilidade tornaram-se palavras quase sempre presentes quando falamos da gestão no Séc. XXI. Há um dias revisitava um artigo que o McKinsey Global Institute preparou em 2019 para o World Economic Forum que assinalava uma intensificação da disrupção, causada pelo desvio do centro de gravidade da economia para leste, pela alterações dos padrões da globalização por via da crescente importância do digital, pela aceleração da tecnologia e do envelhecimento da população ocidental, geradores da polarização das desigualdades e da pressão sobre o ambiente.

O turismo cresceu de forma praticamente ininterrupta desde meados do século passado, impulsionado pelos desenvolvimentos tecnológicos que permitiram baixar de forma significativa os custos de transporte e criar instrumentos que aproximaram a oferta e a procura de viagens, permitindo que, mais do que uma atividade económica, o turismo se afirmasse como um bem de consumo com importância crescente e mesmo um valor da sociedade em que vivemos.

Ao impactar de forma sensível os movimentos das pessoas, a pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2 atingiu marcadamente alguns setores de atividade económica, acabando por quase paralisar a atividade turística a nível global, conduzindo a uma redução de cerca de 75% das viagens internacionais, fazendo o setor recuar 30 anos, representando uma perda de 1,3 biliões de dólares de exportações e colocando em risco mais de 100 milhões de postos de trabalho diretos no setor.

Olhando para os últimos 20 anos, o setor do turismo foi afetado por crises económicas e sociais importantes. A emergência de fenómenos terroristas, iniciada com o 11 de setembro de 2001 e com sequelas em zonas turísticas um pouco por todo o mundo, crises sanitárias como a SARS 2003 ou a crise económico-financeira de 2008/2009 constituíram importantes desafios ao crescimento do setor, mas do qual o mesmo se recuperou rapidamente.

A Covid-19 teve, contudo, um impacto mais expressivo, diria mesmo esmagador, com uma quebra da procura 11 vezes superior à crise de 2008/9, na medida em que afetou dois dos elementos fundamentais para a dinâmica do setor do turismo – a confiança dos consumidores e a liberdade de movimentação das pessoas. 

A incerteza é, hoje, um desafio permanente para os agentes do setor do turismo. Incerteza quanto ao início da recuperação do setor, quanto ao tempo necessário para restabelecer os níveis pré-pandemia e quanto às transformações estruturais que esta crise sanitária produzirá nas preferências da procura, bem como os impactos económicos que lhe estão associados.

Na verdade, o ambiente em que destinos e empresas turísticas tomam hoje as suas decisões estratégicas não tem paralelo com outro momento da história recente, apenas sendo porventura comparável à Segunda Grande Guerra em que, como agora, o mundo se debatia com outros desafios de maior magnitude.

A pandemia Covid-19 funcionou como acelerador dos processos de transformação que estavam na agenda de qualquer empresário do setor como o próximo desafio a endereçar. 

De um momento para o outro, a utilização de tecnologia passou a ser indispensável na relação e no contacto com o cliente e mesmo na prestação do próprio serviço, enquanto condições necessárias para que o negócio se pudesse desenvolver. Rapidamente, assistentes virtuais, menus digitais e outras formas de contacto com o cliente se tornaram prática corrente na generalidade dos negócios turísticos.

Por outro lado, o comportamento do consumidor alterou-se, por via das restrições que lhe foram impostas, mas também pela alteração dos seus padrões de comportamento. A alteração das relações laborais e a emergência do teletrabalho eram descritos há muito tempo por organizações como o Fórum Económico Mundial como fatores com potencial de alterar hábitos e preferências do consumidor. Com a Covid-19, essa possibilidade foi testada e em muitos casos com sucesso, podendo acelerar o processo de adoção permanente de novas metodologias de trabalho, geradoras de novas formas de relação dos indivíduos com o seu emprego, com o seu ambiente habitual e com a sua forma de experienciar o tempo livre, encerrando oportunidades para a diversificação de serviços por parte das empresas do turismo.

Por fim, esta será porventura a primeira crise com impacto económico em que a sustentabilidade não saiu da agenda, um sinal relevador de que as preocupações ambientais são relevantes para a sociedade em que vivemos e que produtores e consumidores terão de incorporar esses princípios e práticas nos modos de produção e no comportamento de consumo.

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Este cenário de disrupção contínua traz consigo desafios importantes para os líderes e para as suas equipas. 

Em primeiro lugar, a imperatividade da transformação digital, integrando a tecnologia em todos os aspetos da vida da empresa, ajustando os seus modelos de negócio, transformando os seus processos internos e melhorando a sua relação com o cliente. De acordo com o INE, em 2020, apenas 46,9% das empresas do setor do alojamento e restauração em Portugal tinham website, o que ilustra o caminho tremendo a percorrer no processo de digitalização que vai muito para além disso.

Por outro lado, num contexto de redução abrupta do tempo de tomada de decisão, a capacidade de utilizar de forma eficiente os dados na gestão e na criação de valor será um fator de competitividade poderoso, de que as empresas não poderão prescindir no futuro próximo.

Finalmente, a importância da inovação como prática fundamental que forneça às organizações a capacidade e a agilidade para introduzir novos produtos e serviços num ambiente de constante mutação, melhorando a experiência dos seus clientes, gerindo de forma mais eficiente os seus recursos e maximizando os resultados operacionais, gerando desta forma maior valor para a sociedade.

*Sérgio Guerreiro, Professor Universitário. Diretor Executivo, Westmont Institute of Tourism & Hospitality, Nova SBE.

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Primeiro hotel Kimpton em Portugal abre portas no Algarve

O Kimpton Atlântico Algarve acaba de abrir portas. Localizado junto à Praia de São Rafael, e que faz parte do portefólio de gestão da Highgate Portugal, marca a estreia da marca em território nacional, numa abordagem que se pretende sofisticada, autêntica e personalizada ao universo lifestyle.

Com 149 quartos e suites, Kimpton Atlântico Algarve destaca-se pelo design elegante e acolhedor, da autoria da designer de interiores portuguesa Nini Andrade Silva com gestão da LUCID Development Group, que deixou a sua marca distintiva nos mais pequenos pormenores.

Texturas naturais e tons quentes definem o ambiente, enquanto superfícies em pedra polida, linho leve, cerâmicas artesanais e detalhes em madeira conjugam-se, na perfeição, para criar uma atmosfera que evoca elegância sóbria e acolhedora.

A experiência gastronómica no Kimpton Atlântico Algarve também é um fator de destaque, oferecendo aos hóspedes uma viagem pelos sabores da região, reinterpretados com criatividade e elegância, expressa no Terra – Bar e Café e Mercado, o Sombra, e o Marés, bem como o Zénite Rooftop Lounge.

Os hóspedes desta unidade hoteleira, o primeiro da marca Kimpton Hotels & Restaurants no nosso país, podem também desfrutar de tratamentos no Wellness Hub. Com uma área superior a 1.800 m2, este centro de bem-estar inclui uma piscina interior aquecida, circuito de spa hidroativo com tanque de flutuação, jacuzzi, sauna, banho turco e um ginásio de última geração. O Wellness Hub oferece ainda uma seleção de massagens e terapias personalizadas.

No Kimpton Atlântico Algarve, à semelhança de todos os hotéis da marca, os animais de estimação também são muito bem-vindos, sem qualquer custo adicional durante a estadia. Os hóspedes podem também usufruir do programa “Forgot It? We’ve Got It!”, que disponibiliza uma seleção de bens essenciais (desde humidificadores a modeladores de cabelo), disponibilizados de forma gratuita.

Catarina Simões, diretora-geral do Kimpton Atlântico Algarve, refere que neste hotel “convidamos os hóspedes a desfrutar de algo verdadeiramente inesperado: uma estadia que revigora a alma e desperta os sentidos”, para destacar que “desde o design irreverente, à gastronomia inusitada e à criação de experiências memoráveis, proporcionamos uma nova referência no segmento de luxo que é, simultaneamente, sofisticado e descontraído”.

A responsável assegura que “cada detalhe no Kimpton Atlântico Algarve é cuidadosamente pensado para celebrar os nossos hóspedes e, por esse motivo, estamos muito entusiasmados por trazer esta nova expressão de luxo à costa sul de Portugal.”

 

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Transação do Tróia Resort já está concluída

Após a conclusão do negócio, a Arrow Global anunciou que a gestão do desenvolvimento imobiliário fica a cargo da Norfin Serviços, enquanto a gestão dos hotéis e do campo de golfe fica na Details – Hospitality, Sports, Leisure. Já a marina de Tróia vai ser dinamizada pela equipa responsável pela gestão da Marina de Vilamoura.

A SC Investments e o Grupo Arrow Global já concluíram a transação do Tróia Resort, acordo que tinha sido assinado no final de 2024 e que foi agora concluído, segundo comunicado do Grupo Arrow Global.

O negócio, explica o grupo, foi assessorado pela Norfin Serviços, empresa da Arrow Global Portugal, que fica responsável pela gestão do desenvolvimento imobiliário, enquanto a gestão dos hotéis e do campo de golfe fica a cargo da Details – Hospitality, Sports, Leisure, outra das empresas da Arrow Global Portugal.

Já para a marina, explica João Bugalho, CEO da Arrow Global Portugal, vai ser aproveitado o “know-how da equipa responsável pela gestão da Marina de Vilamoura e o objetivo é desenvolver o Tróia Resort e os ativos que o constituem”.

“Nos próximos anos acreditamos que vai ser notória a implementação da nossa estratégia na região, com criação de valor e de emprego, respeitando, obviamente, toda a envolvente, nomeadamente os valores naturais”, acrescenta o responsável.

A operação do Tróia Resort incluiu, entre os principais ativos, a gestão dos hotéis Aqualuz Tróia Mar & Rio e The Editory By The Sea e das operações do Troiaresort, o Troia Golf, a concessão da marina de Tróia, a Atlantic Ferries (concessão do serviço público de transporte fluvial entre Setúbal e Tróia), bem como um conjunto de ativos Imobiliários, incluindo os que detêm potencial de desenvolvimento.

“O plano de desenvolvimento da península manterá os critérios de excelência e preservação dos valores naturais, nomeadamente o seu enquadramento na Reserva Natural do Estuário do Sado e na Reserva Botânica de Tróia, que continuarão a ser os elementos diferenciadores na região”, lê-se ainda no comunicado divulgado.

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Grupo Oásis tem melhor ano de sempre com receitas de 45,3M € em 2024

As receitas do grupo hoteleiro português Oásis Atlântico Hotels atingiram os 45,3 milhões de euros, em 2024, um aumento de 12% face ao ano anterior, um crescimento justificado sobretudo pela subida da taxa de ocupação e do número de dormidas que totalizaram mais de 756 mil, mais 2,2% face a 2023.

O EBITDA do grupo, que dispõe atualmente de oito hotéis (seis em Cabo Verde, um no Nordeste do Brasil, no Estado do Ceará, em Fortaleza, e um em Saidia, Marrocos), e ainda com vários projetos imobiliário–turísticos, tanto em Cabo Verde como no Brasil, também registou um crescimento de 12,3%, totalizando 13,8 milhões de euros, refletindo a forte performance operacional ao longo do ano. Além disso, a relação entre a dívida líquida e o EBITDA situou-se em 2,35 no final de 2024, uma redução de 11% face ao ano anterior.

Os principais mercados de origem que procuram os hotéis e os serviços do Grupo Oásis, nascido em Cabo Verde na década de 90 e que conta já com mais de 25 anos de crescimento na área de turismo e imobiliário-turística, continuam a ser Portugal, Escandinávia, Itália e Centro da Europa.

Face a estes resultados, Alexandre Abade, CEO do Grupo, considera que “podemos afirmar que 2024 foi o nosso melhor ano de sempre, o que obviamente nos deixa muito satisfeitos”, para realçar que, “acima de tudo, dão-nos a confiança necessária para os projetos de investimento que temos pela frente, e para uma nova fase de crescimento no Grupo Oásis, bem como para definirmos a melhor forma de recompensar e gerar oportunidades para a equipa e as pessoas que nos têm acompanhado nestes últimos anos.”

 

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An aerial view of the beach at Costa da Caparica civil parish on a sunny day in Almada, Setubal, Portugal
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Hotel da Praia do Sol passa a Hotel Paparica depois de adquirido por investidores privados

O histórico Hotel da Praia do Sol, na Costa da Caparica, foi adquirido por um grupo de investidores privados e vai dar lugar ao Hotel Paparica, “unidade hoteleira com um ambiente moderno a preços acessíveis”, que vai contar com 51 quartos e que será dedicado ao surf.

O histórico Hotel da Praia do Sol, na Costa da Caparica, foi adquirido por um grupo de investidores privados e vai dar lugar ao Hotel Paparica, uma “unidade hoteleira com um ambiente moderno a preços acessíveis”, que vai contar com 51 quartos e que será dedicado ao surf.

“O Hotel Paparica quer afirmar-se como um destino de qualidade a preços acessíveis numa região onde a oferta de hotelaria tem sido insuficiente para atender ao aumento da procura dos últimos anos”, refere a Athena Advisers, que conduziu a operação.

No comunicado divulgado, a Athena Advisers indica que foi responsável pela representação dos compradores no processo de aquisição do antigo Hotel da Praia do Sol, assim como pela “procura e identificação do ativo, pela prospeção de mercado que aferiu a viabilidade financeira do projeto e também pela montagem da operação de club deal que permitiu atrair investidores e captar o capital necessário à aquisição e renovação do hotel”.

Já a Athena Studio, empresa do grupo dedicada à área de marketing, teve a cargo “o branding do hotel, cujo nome “Paparica”, além das semelhanças gráficas e fonéticas com o nome Caparica, é inspirado no termo “paparicar””, acrescenta o comunicado, onde se indica também que “o valor do investimento da operação não foi revelado”.

“Estamos muito satisfeitos com a concretização deste negócio e por termos conseguido alavancar todo o nosso know-how na busca de oportunidades nesta zona e na montagem de toda a operação para captar investidores e financiamento para a compra e reabilitação do novo Hotel Paparica”, destaca David Moura-George, diretor geral da Athena Advisers Portugal.

De acordo com o responsável, “a Costa da Caparica é um destino turístico cada vez mais dinâmico, que atrai não apenas lisboetas e população local, mas também um número crescente de residentes e visitantes internacionais, sendo, por isso, essencial melhorar e aumentar a oferta hoteleira da região”.

As intervenções no antigo Hotel da Praia do Sol já arrancaram e, depois do edifício ser reabilitado, o novo Hotel Paparica vai contar com 51 quartos, apresentando uma “arquitetura moderna inspirada no ambiente de praia de toda esta região”.

Situado na principal artéria pedonal da Costa da Caparica, a Rua dos Pescadores, a cerca de 100 metros do oceano Atlântico, Hotel Paparica vai, segundo Roman Carel, fundador da Athena Advisers, ser dedicado ao surf.

“O Paparica será um hotel ligado ao surf, com um ambiente moderno e charmoso que celebra a arte de viver atlântica tão típica de Portugal e que pretende estar aberto ao bairro e à comunidade local, juntando portugueses e estrangeiros no coração da mais emblemática rua da Caparica. É esta a nossa visão de qualidade para o turismo português”, explica o responsável.

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Turismo e hospitalidade ganham nova ferramenta digital com dados estatísticos em tempo real

Com a presença do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, o KIPT CoLab apresentou, esta segunda-feira, em Lisboa, o Bartur, uma plataforma inteligente para o turismo e hospitalidade que, em tempo real, fornece dados estatísticos, considerados estratégicos para quem gere, planeia e trabalha nestes setores, colocando a ciência e tecnologia ao serviço das pessoas, numa linguagem simples.

Os intervenientes na sessão de apresentação do Barturis, Antónia Correia, presidente do Laboratório Colaborativo (KIPT CoLab) para a área do turismo, Catarina Paiva, administradora do Turismo de Portugal, Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, João Ferreira, Monitor Manager da ANI-Agência Nacional de Inovação, e o próprio secretário de Estado do Turismo, foram unânimes na sua intervenção sobre o valor desta nova ferramenta, uma vez que o turismo, setor que continua a ser atrativo e recomendado por empresários e trabalhadores, necessita de ser gerido com dados transformados em informação numa linguagem simples.

Nestes tempos modernos, foi destacada a relevância do conhecimento para a tomada de decisão, e o turismo e hospitalidade não fogem a isso, num primeiro passo dado pela KIPT CoLab, mas que segundo Ana Jacinto, “não está acabado, e a AHRESP não vai continuar sossegada, mas a trabalhar para encontrar plataformas complementares”, pois “precisamos de adicionar outro tipo de indicadores”, nomeadamente na área da restauração.

Já Catarina Paiva defendeu a importância dos dados para as decisões de gestão, lembrou que estes eram considerados um novo petróleo, mas hoje mais do que nunca, “vivemos a era da conexão, da partilha de informação, da necessidade de fazê-la circular”, para realçar que que as empresas que estão na linha da frente são aquelas que partilham informação e constroem pontes com elas.

Por sua vez, o secretário de Estado do Turismo lembrou a cimeira do GP 20 o ano passado no Pará (Brasil), em que foram convidados mais 20 países, entre os quais Portugal, em que a agenda esteve alavancada em três grandes questões, entre os quais a informação e edata, reconhecendo que este “é um tema incontornável e quase irreversível do ponto de vista da matriz em que assentam as nossas organizações”.

Referiu que todas as plataformas e observatórios e outros estudos que ajudem a entender melhor o turismo são bem-vindos, para realçar um clássico que diz que ‘conhecimento é sempre tradução e construção’, que reconhece estar assente à génese e filosofia de base da criação desta plataforma, porque “nos permite alavancar uma tomada de decisão e, muitas vezes por força por força de inação e de falta de tomada de decisão, que muitos dos nossos processos e dos nossos problemas acabam por não se resolver”.

Pedro Machado realçou ainda, durante a sessão do Barturis, apresentado em pormenor por Guilherme Portada, diretor de marketing, e Bernardo Generoso, Web Devepoper da Barturs, que a tomada de decisão pressupõe “conhecimento, e muito em concreto, estatístico, para podermos tomar as melhores opções”.

Se é importante a capacidade de decisão, segundo Pedro Machado, também o é a capacidade de escolha, bem como a necessidade de quebrar mitos, e tudo isso “se refuta com dados, com informação, e quem não tem dados não tem informação”, para recordar que esta indústria é muito recente em Portugal, por isso, há um longo caminho a percorrer. “Sabemos que é poderosa, e hoje está numa fase em matérias como coesão, correção de assimetrias, mas há muitas coisas que precisamos ainda de trabalhar”, concluindo que o objetivo final é que esta nova plataforma nos permita “ganhar valor”.

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WOTELS apresenta nova unidade em Águeda

O futuro WOT Pateira, com 57 quartos, resultará da remodelação do antigo Hotel Estalagem da Pateira, localizado na margem da Pateira de Fermentelos, no concelho de Águeda.

Após integrar duas unidades no Algarve e no Alentejo ao portefólio – a Aldeia da Pedralva e o Hotel Horta da Moura – o grupo WOTELS passa a contar com mais uma unidade, desta vez no antigo Hotel Estalagem da Pateira.

Situado na margem da Pateira de Fermentelos, conhecida como a “lagoa adormecida”, no concelho de Águeda, o futuro WOT Pateira será alvo de uma “profunda transformação” nos próximos dois anos, de acordo com o grupo.

Em comunicado é referido que “a nova unidade contará com espaços modernizados, novos serviços e uma integração cuidada com o meio envolvente”. É também indicado que “mais do que requalificar um edifício, a Wotels propõe-se a revitalizar um destino, preservando o seu legado e respeitando a paisagem”.

No website do Hotel Estalagem da Pateira é referido que o edifício conta com 50 quartos duplos, quatro suites e três quartos individuais, sendo que nove destes quartos são adaptáveis a pessoas com mobilidade condicionada. Das valências da unidade fazem parte uma piscina interior, sauna, duas piscinas exteriores e um restaurante.

Atualmente, o grupo WOTELS conta com 16 unidades de alojamento espalhadas de norte a sul do país.

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Vila Galé estabelece protocolo com Brumadinho para desenvolver hotel junto a Inhotim

Prevê-se que as obras para o futuro hotel de 308 quartos comecem em 2026 e que o edifício seja inaugurado em 2027.

Carla Nunes

O grupo Vila Galé anunciou este sábado, 24 de maio, o estabelecimento de um protocolo com Brumadinho, no Brasil, para o desenvolvimento de um hotel próximo a Inhotim.

O anúncio foi feito durante a conferência de imprensa relativa à inauguração do Vila Galé Collection Ouro Preto, o 12.º hotel do grupo no Brasil, na qual estiveram presentes o Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas José de Oliveira e o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema.

O futuro hotel situado junto ao Instituto do Inhotim, em Brumadinho, no Brasil, contará com um investimento de 130 milhões de reais (cerca de 20 milhões de euros) e um total de 308 quartos, num terreno cedido pelo município.

A previsão é a de que a futura unidade gere cerca de 300 empregos diretos no município de Brumadinho, antecipando-se que as obras de construção comecem em 2026 e o edifício seja inaugurado em 2027.

*A Publituris Hotelaria viajou até Ouro Preto, em Minas Gerais, Brasil, a convite do grupo Vila Galé e da TAP Air Portugal.

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

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Jorge Rebelo de Almeida frisa potencial turístico do Brasil na inauguração do 12.º hotel Vila Galé no país

O grupo Vila Galé inaugurou este sábado, 24 de maio, o seu 12.º hotel no Brasil, desta vez em Cachoeira do Campo, próximo de Ouro Preto, em Minas Gerais. Situado no edifício que albergou o primeiro regimento de cavalaria de Portugal no Brasil e o antigo colégio Dom Bosco, o hotel que terá 311 quartos foi alvo de um investimento de 180 milhões de reais (aproximadamente 28 milhões de euros).

Carla Nunes

A 24 de maio, o grupo Vila Galé inaugurou oficialmente a unidade hoteleira que tem vindo a desenvolver em Cachoeira do Campo, nas proximidades de Ouro Preto, no estado brasileiro de Minas Gerais. Desta forma, o Vila Galé Collection Ouro Preto abre agora portas no edifício que funcionou como o primeiro regimento de cavalaria de Portugal no Brasil e que, posteriormente, albergou o colégio Dom Bosco.

Após investir 180 milhões de reais neste projeto (cerca de 28 milhões de euros), Jorge Rebelo de Almeida, fundador e presidente do grupo Vila Galé, assegura que “não fazemos nada por sacrifício, dá muito prazer fazer projetos, [e] esse prazer é redobrado quando trazemos de volta à vida um edifício histórico”.

“Costumo dizer que uma cidade que não recupera o seu património histórico é uma cidade sem alma. Evidente que às vezes há algumas entidades que são um bocadinho complicadas e dificultam a vida, mas nem foi o caso aqui. Tivemos uma ajuda preciosa quer do Governo do Estado, quer da prefeitura”, afirma Jorge Rebelo de Almeida, que inaugura assim o 12.º hotel do grupo no Brasil.

Se o valor do projeto inicialmente comunicado foi de 80 milhões de reais (cerca de 12,5 milhões de euros), a atualização no número de investimento foi justificada por Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador no Vila Galé, com o facto de terem identificado a possibilidade de captar mais públicos, passando assim do projeto original de um hotel de 60 a 70 quartos, cingido apenas ao edifício histórico, para uma unidade com 311 quartos, com o acrescento de duas alas com unidades de alojamento.

“À medida que fomos tendo conhecimento da região e do seu potencial identificámos que para além deste edifício havia a possibilidade de desenvolver quer a parte do turismo equestre, com o desenvolvimento de um haras, quer a aposta que temos vindo a fazer no turismo de eventos, negócios e congressos, com um centro de congressos para cerca de 1.000 pessoas”, explica Gonçalo Rebelo de Almeida, justificando que o valor não consistiu numa “derrapagem de valores”, mas sim numa “mudança total de conceito de hotel”.

O potencial turístico do Brasil

Sobre a aposta neste país, o presidente do Vila Galé apontou em conferência de imprensa que “o potencial de desenvolvimento e crescimento é tremendo no Brasil, e o turismo pode dar esse contributo”. Contudo, é preciso “fazer o trabalho de casa”.

“O turismo não precisa de nada de muito específico, precisa de limpeza, segurança, educação – tudo coisas que são importantes para quem cá vive, e se isso tiver bom resultado, os turistas vão adorar”, refere Jorge Rebelo de Almeida, que apontou também para a necessidade de melhorar a captação de voos, embaratecer o transporte aéreo e ir buscar turistas lá fora.

“O Brasil tem uma vantagem adicional em relação a outros países, porque tem um mercado interno enorme. [Contudo], Portugal, que é do tamanho do estado de Santa Catarina, recebe 25 milhões de turistas, e o Brasil recebe 6,5 milhões de turistas. Não faz sentido”, afirma.

Também presente na cerimónia, o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, frisou que a prioridade do seu mandato “é a atração de investimento privado”, indicando que até hoje o Estado de Minas atraiu 478 biliões de reais neste tipo de investimento: “Não existe ramo mal vindo aqui, e o turismo é o mais bem-vindo, porque quando faz um investimento está a divulgar o estado”, afirma.

Futuros projetos

Os próximos projetos hoteleiros do grupo Vila Galé para o Brasil incluem um hotel em Belém do Pará, duas unidades hoteleiras no Maranhão no centro histórico – o Vila Galé Collection São Luís e o Vila Galé Collection Maranhão – e dois hotéis em Alagoas, o Vila Galé Coruripe Alagoas e um hotel NEP Kids, para crianças, inserido na mesma propriedade.

O grupo vai ainda avançar com um resort em Mangue Seco, além de ter anunciado na inauguração de sábado em Ouro Preto o estabelecimento de um protocolo com Brumadinho para o desenvolvimento de um hotel em Inhotim.

Em Portugal, o grupo tem em vista a abertura de unidades hoteleiras no Paço Real de Caxias, situado em Oeiras, em Penacova e em Miranda do Douro. Acresce a abertura do Vila Galé Collection Tejo na Golegã, na Quinta da Cardiga.

Sobre o Vila Galé Collection Ouro Preto

O Vila Galé Collection Ouro Preto contará com um total de 311 quartos, dos quais 95 localizados no edifício principal e 216 em duas alas de construção recente. As valências do hotel incluem o Satsanga Spa & Wellness, uma área de eventos para cerca de 900 pessoas, um haras – área dedicada à criação e reprodução de cavalos – e 15 hectares de plantação de vinha e olival. O hotel reúne ainda três restaurantes – Inevitável, Versátil e Massa Fina – biblioteca, um museu dedicado à história da polícia militar e do colégio Dom Bosco e o clube NEP, para crianças.

*A Publituris Hotelaria viajou até Ouro Preto, em Minas Gerais, Brasil, a convite do grupo Vila Galé e da TAP Air Portugal.

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Paulo Galiado assume direção-geral do Évora Hotel

Antes de assumir funções no Évora Hotel, Paulo Galiado passou pela direção-geral do Spatia Comporta. Com um percurso fortemente marcado por experiências internacionais, o profissional assumiu cargos de gestão em grupos como o Four Points by Sheraton, Anantara Hotels & Resorts e Hilton.

Após a saída de Miguel Melo Breyner da direção-geral do Évora Hotel, o cargo passou a ser ocupado por Paulo Galiado, que assumiu funções como diretor-geral no passado mês de abril.

Formado em Economia pelo ISCTE e em Cozinha e Produção Alimentar pela ESHTE, Paulo Galiado desenvolveu um percurso profissional marcado por experiências internacionais em unidades de luxo e grandes operações hoteleiras.

No currículo soma passagens por destinos como República Dominicana, Espanha, Reino Unido, Angola, Dubai e Qatar, onde assumiu cargos de gestão em grupos como o Four Points by Sheraton, Anantara Hotels & Resorts e Hilton.

Entre os marcos da sua carreira destacam-se a gestão do Banana Island Resort by Anantara, no Qatar, e a abertura do primeiro LXR by Hilton no mesmo país. Em Portugal, passou recentemente pela direção geral do Spatia Comporta, antes de assumir a liderança do Évora Hotel.

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Locke de Santa Joana apresenta suite exclusiva após parceria com a Anthropologie

A suite do Locke de Santa Joana abrangida por esta parceria é decorada com uma curadoria de peças Anthropologie, tendo a particularidade de permitir aos hóspedes adquirir as peças do quarto. O hotel aceita reservas para esta unidade de alojamento de 19 de maio a 30 de setembro.

O grupo Locke estabeleceu uma parceria com a Anthropologie, marca internacional de objetos de lifestyle e decoração, da qual resultou a suite Locke x Anthropologie, no hotel Locke de Santa Joana, em Lisboa.

A suite, decorada com uma curadoria de peças Anthropologie, tem a particularidade de permitir aos hóspedes adquirir as peças do quarto, que se encontram disponíveis para venda através do website da Anthropologie.

Com uma decoração de inspiração mediterrânea, a suite com um quarto e terraço destaca-se “pelas texturas ricas, tons telúricos e detalhes artesanais”, como referido em nota de imprensa.

Com 31 metros quadrados de área interior e um terraço privado de 13 metros quadrados, bem como uma cama king size, pelo padrão britânico, esta suite conta com uma seleção exclusiva da Anthropologie que engloba têxteis, art prints e loiça, como pratos e copos.

Os produtos disponíveis abrangem também o espelho ‘Clara’, os castiçais em vidro com riscas ‘Eleanor’, o tapete de juta ‘Vela’ e a mesa de exterior ‘Lottie’.

“Estamos muito entusiasmados com esta parceria com a Anthropologie, que nos permitiu transformar a suite numa experiência imersiva das duas marcas. Com a mesma paixão pelo design e um público culturalmente curioso, esta colaboração foi, desde o início, algo que nos pareceu totalmente natural”, refere Carla Read, Brand Manager do Locke, em nota de imprensa.

As reservas para a suite Locke x Anthropologie podem ser realizadas através do website do grupo Locke de 19 de maio a 30 de setembro.

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