No próximo ano, a Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) vai lançar uma plataforma agregadora da oferta hoteleira nacional. O anúncio foi feito por Raul Martins, presidente da Associação de Hotelaria de Portugal, numa conferência de imprensa que antecedeu o início do 28º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, que começou, esta quinta-feira, em Ponta Delgada.

Para a criação desta plataforma, a AHP candidatou-se a fundos comunitários, concretamente, ao Sistema de Incentivos às Acções Colectivas, do qual obteve 70% de apoio ao montante necessário para o investimento nesta ferramenta que vai estar disponível em 2017.

Segundo Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP, esta não será uma “central de reservas”, nem irá ser um concorrente ao Booking, pois esta seria “uma guerra perdida”, salientando, contudo, que “em negócio nenhum é bom haver monopolistas”. O objectivo, segundo os responsáveis, é aumentar as reservas directas dos hotéis, diminuindo a dependência que estes têm das OTA’s (Online Travel Agency).

Para Cristina Siza Vieira, esta é uma forma da hotelaria “autorregular-se e tomar nas suas mãos a distribuição”, capacitando também “os hotéis portugueses a saberem estar online”. “Toda a oferta [hoteleira] deve saber estar online, independentemente do seu distribuidor”, destaca a responsável, frisando que “é necessário que os hotéis se tornem mais donos do seu negócio”.

A plataforma, que terá comissões mais reduzidas que as actuais plataformas existentes no mercado, não vai funcionar como uma central de venda, pois direccionará o cliente para o canal de venda directa de cada unidade hoteleira.

Esta vai estar disponível para todas as unidades hoteleiras portuguesas, não apenas para os associados da AHP, com condições diferentes.

A futura plataforma, ainda com nome por designar, vai disponibilizar comparador de preços, a possibilidade das unidades realizarem promoções, entre outras facilidades.

* A jornalista encontra-se nos Açores a convite da AHP